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1. Conceitos 1. INTRODUÇÃO: O instituto em análise vem previsto no art. 29 do Código Penal e também é denominado de coautoria, participação, concurso de deliquentes, concurso de agentes, cumplicidade ou co-deliquência, e se trata da cooperação desenvolvida por várias pessoas para a prática de um injusto penal. Dada a sua utilidade e constância na vida prática penal é de suma importância saber qual a sua natureza jurídica, requisitos para configuração, espécies e formas de concurso de pessoas, bem como se dá a respectiva punição dos agentes. 2. DESENVOLVIMENTO: 2.1 - NATUREZA JURÍDICA: Existem três teorias que tratam do assunto, são elas: a) teoria unitária (monista): O Código Penal adotou via de regra esta teoria, determinando que “havendo pluralidade de agentes, com diversidade de condutas, mas provocando apenas um resultado, há somente um delito” [1] . Disciplina o caput do art. 29 do Código Penal que “quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”. b) teoria pluralista: Esta teoria foi adotada como exceção no § 2º do art. 29 do Código Penal, ao dispor que “se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave”. Em outras palavras, embora todos os agentes provoquem somente um resultado, cada partícipe responderá por um crime diferente. Fernando Capez com a didática que lhe é peculiar traz o seguinte exemplo: “ É o caso do motorista que conduz três larápios a uma residência para o cometimento de um furto. Enquanto aguarda, candidamente, no carro, os executores ingressarem no local e efetuarem a subtração sem violência (furto), estes acabam por encontrar uma moradora acordada, que tenta reagir e, por essa razão, é estuprada e morta. O partícipe que imaginava estar ocorrendo apenas um furto responderá somente por este crime, do qual quis tomar parte. Interessante: o delito principal foi latrocínio e estupro, mas o partícipe só responderá por furto, único fato que passou pela sua mente (se o resultado mais grave for
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