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5 Concurso de pessoas

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Requisitos do concurso pessoas:
•Pluralidade de agentes e de condutas: Concorrência de mais de uma pessoa na execução de uma infração penal. No concurso de pessoas nem todos os participantes, embora assim o desejem, contribuem com sua ação na infração penal. Alguns praticam o fato material típico, núcleo do tipo; outros praticam atos que, por si sós, configurariam atos atípicos. cada indivíduo pratica certo ato a fim de alcançar o objetivo criminoso. Tem-se a divisão das tarefas necessárias à execução do crime.
•nexo de causalidade material entre as condutas realizadas e o resultado obtido: as condutas devem estar ligadas, de modo a completarem-se no sentido da consumação do crime.
•Liame subjetivo entre os agentes: deve haver a ligação entre as vontades dos agentes, as condutas, no concurso de pessoas, são previamente combinadas e não podem fugir do acordado, configurando, portanto, um desígnio comum.
•Identidade do fato: a pluralidade de pessoas, configurado do concurso de pessoas, deve ter suas condutas direcionadas à prática do mesmo crime. As condutas devem se direcionar ao mesmo fato criminoso.
Sobre os requisitos para a caracterização do concurso de pessoas, a doutrina, de uma maneira geral, os delineia assim:
Pluralidade de agentes; Vínculo subjetivo; Unidade de crime; Relevância causal dos atos; Existência de fato punível.
Tipos de crime: 
Crimes comuns (gerais): podem ser realizados por qualquer pessoa (constituem a maioria dos tipos penais), exemplos: homicídio, furto, extorsão etc.
Crimes próprios (especiais): podem ser realizados apenas por indivíduos que estão em uma situação específica. Exemplo: peculato (apenas por funcionários públicos).
Crimes de mão própria (conduta infungível ou de atuação pessoal): são aqueles que só podem ser praticados por pessoas expressamente classificadas no tipo penal. Exemplo: crime de falso testemunho. Se tratam de crimes tão específicos que não admitem coautoria, somente participação.
O concurso de pessoas é o cometimento da infração penal por mais de uma pessoa. Existem ainda três teorias sobre o concurso de pessoas.
• teoria unitária(monista): quando mais de um agente concorre para a prática da infração penal, mas cada um praticando conduta diversa do outro, obtendo, porém, um só resultado. Neste caso, haverá somente um delito. Assim, todos os agentes incorrem no mesmo tipo penal. Teoria adotada no brasil, com exceções.
• teoria pluralista: quando houver mais de um agente, praticando cada uma conduta diversa dos demais, ainda que obtendo apenas um resultado, cada qual responderá por um delito. Esta teoria foi adotada pelo Código Penal ao tratar do aborto, pois quando praticado pela gestante, esta incorrerá na pena do art. 124, se praticado por outrem, aplicar-se-á a pena do art. 126.
• teoria dualista: segundo tal teoria, quando houver mais de um agente, com diversidades de conduta, provocando-se um resultado, deve-se separar os coautores e partícipes, sendo que cada "grupo" responderá por um delito.
Coautoria e participação
Há dois posicionamentos sobre o assunto, embora ambos dentro da teoria objetiva:
• teoria formal: de acordo com a teoria formal, autor é o agente que pratica a figura típica descrita no tipo penal, e partícipe é aquele que comete ações não contidas no tipo, respondendo apenas pelo auxílio que prestou (entendimento majoritário). Exemplo: o agente que furta os bens de uma pessoa, incorre nas penas do art. 155 do CP, enquanto aquele que o aguarda com o carro para ajudá-lo a fugir, responderá apenas pela colaboração.
• teoria normativa: aqui o autor é o agente que, além de praticar a figura típica, comanda a ação dos demais ("autor executor" e "autor intelectual"). Já o partícipe é aquele colabora para a prática da conduta delitiva, mas sem realizar a figura típica descrita, e sem ter controle das ações dos demais. Exemplo: se João atira em Pedro e o mata, e logo após Mario também desfere tiros em Pedro, Mario (executor de reserva) responderá apenas pela participação, pois não praticou a conduta matar, já que atirou em um cadáver. Ressalta-se, porém, que o juiz poderá aplicar penas iguais para autor e partícipe, e até mesmo pena mais gravosa a este último, quando, por exemplo, for o mentor do crime.
Para a participação: 
A participação é uma conduta acessória que será penalmente relevante apenas se realizada, ou ao menos tentada, a conduta principal (núcleo do tipo) pelo autor. Sobre a questão da punibilidade da participação, se destacam as seguintes teorias, discutidas a partir das espécies de acessoriedade em relação à conduta do autor:
• Teoria da acessoriedade mínima: estabelece que a participação se torna punível com a prática de um fato típico pelo autor.
• Teoria da acessoriedade limitada ou temperada (ou média): afirma que punição do partícipe se dá quando o autor pratica um fato típico e ilícito. ADOTADA NO BRASIL.
• Teoria da acessoriedade máxima (ou extrema): prevê que, para que seja punível a participação, necessário que o autor pratique fato típico, ilícito e culpável.
• Teoria da hiperacessoriedade: segundo essa teoria, se pune a participação quando o autor pratica fato típico, ilícito, culpável e seja por ele efetivamente punido
	 Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.  
        § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.  
        § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.  (COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA)
        Circunstâncias incomunicáveis
        Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.  
        Casos de impunibilidade
        Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
· Crime comum é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa.
· Crime próprio é aquele que exige do sujeito ativo uma qualidade especial.
· são aqueles que só podem ser praticados por pessoas expressamente classificadas no tipo penal.
· Pessoa jurídica pode, excepcionalmente, ser sujeito ativo de um crime.
· Menor de 18 anos é penalmente inimputável, ficando sujeito às normas estabelecidas na legislação especial.
· Para a teoria da acessoriedade mínima para que haja participação punível basta que o autor tenha praticado uma conduta típica; para a da acessoriedade temperada, adotada pela maioria da doutrina, basta que a conduta do autor seja típica e ilícita; para a da acessoriedade máxima se exige que a conduta do autor seja típica, ilícita e culpável.
· Para a doutrina majoritária, se o executor desiste voluntariamente da consumação do crime ou impede que o resultado se produza, responderá apenas pelos atos já praticados, beneficiando-se dessa circunstância os vários partícipes, nos termos dos artigos 15 e 29 do Código Penal.
· São requisitos para o concurso de pessoas: pluralidade de agentes e de condutas; relevância causal de cada conduta; liame subjetivo entre os agentes e identidade de infração penal.
· É possível a participação em delitos de mão própria.
· Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
· Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
· Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
· O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
· Em relação ao concurso de agentes estabelecido no Código Penal, é correto afirmar que se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. Art 29.
· No que dizrespeito ao concurso de pessoas e às expressas regras do CP (arts. 29 a 31), não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Art 30.
· No Direito Penal, a doutrina costuma reconhecer o concurso de pessoas quando a infração penal é cometida por mais de uma pessoa, podendo a cooperação ocorrer através de coautoria ou participação. Sobre o tema, de acordo com o Código Penal, é correto afirmar que: se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste. Art 29.
· A respeito do concurso de pessoas, é correto afirmar que Mévio, pela participação de menor importância na prática de furto à residência de Tício, poderá ter a pena diminuída. Art 29.
· Caio, secretário de juiz de Vara Cível, com o objetivo de subtrair o carro de seu desafeto, elabora um mandado de busca e apreensão e entrega ao oficial de justiça João para cumpri-lo, esclarecendo que o juiz tem urgência na execução da ordem. Acreditando na autenticidade do mandado, João vem a cumpri-lo imediatamente. Descoberta a ilicitude, é correto afirmar que, em relação ao crime contra o patrimônio ocorrido: Caio é autor mediato, enquanto João é mero instrumento, somente o primeiro devendo responder pelo crime; 
· Pedro e Paulo combinam de praticar um crime de furto em determinada creche, com a intenção de subtrair computadores. Pedro, então, sugere que o ato seja praticado em um domingo, quando o local estaria totalmente vazio e nenhuma criança seria diretamente prejudicada. No momento da empreitada delitiva, Pedro auxilia Paulo a entrar por uma janela lateral e depois entra pela porta dos fundos da unidade. Já no interior do local, eles verificam que a creche estava cheia em razão de comemoração do “Dia das Mães”; então, Pedro pega um laptop e sai, de imediato, pela porta dos fundos, mas Paulo, que estava armado sem que Pedro soubesse, anuncia o assalto e subtrai bens e joias de crianças, pais e funcionários. Captadas as imagens pelas câmeras de segurança, Pedro e Paulo são identificados e denunciados pelo crime de roubo duplamente majorado. Com base apenas nas informações narradas, a defesa de Pedro deverá pleitear o reconhecimento da cooperação dolosamente distinta, gerando aplicação da pena do crime menos grave. Art 29.
· De maneira geral, os delitos tipificados no ordenamento jurídico brasileiro são de concurso eventual, tendo em vista que podem ser executados por uma ou mais pessoas. Excepcionalmente, porém, existem delitos de concurso necessário, sendo indispensável a pluralidade de agentes para configuração do tipo. Sobre o tema concurso de pessoas, é correto afirmar que: o Código Penal, como regra geral, adota a teoria Monista, de modo que autor e partícipe respondem pelo mesmo crime, cada um, porém, na medida de sua culpabilidade; Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
· Rafael e Francisca combinam praticar um crime de furto em uma residência onde ela exercia a função de passadeira. Decidem, então, subtrair bens do imóvel em data sobre a qual Francisca tinha conhecimento de que os proprietários estariam viajando, pois assim ela tinha certeza de que os patrões, de quem gostava, não sofreriam qualquer ameaça ou violência. No dia do crime, enquanto Francisca aguarda do lado de fora, Rafael entra no imóvel para subtrair bens. Ela, porém, percebe que o carro dos patrões está na garagem e tenta avisar o fato ao comparsa para que este saísse rápido da casa. Todavia, Rafael, ao perceber que a casa estava ocupada, decide empregar violência contra os proprietários para continuar subtraindo mais bens. Descobertos os fatos, Francisca e Rafael são denunciados pela prática do crime de roubo majorado. Considerando as informações narradas, o(a) advogado(a) de Francisca deverá buscar o reconhecimento de que o agente quis participar de crime menos grave, aplicando-se a pena do furto qualificado. Art 29.
· São elementos caracterizadores do concurso de pessoas (coautoria e participação em sentido estrito), entre outros: liame subjetivo e relevância causal das condutas. 
· João instigou Leo a quebrar o braço de Rui, para que este não participasse de competição de luta. Leo começou a bater em Rui e resolveu espancá-lo até a morte. A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta. João responderá pelo crime de lesão corporal, porque quis participar de crime menos grave do que o cometido por Leo. Ver art 29 §2 e Art 31.
· Sobre a participação em sentido estrito, é correto afirmar que: não há participação culposa em crime doloso. Para ter participação em um crime doloso, é necessário que o partícipe também tenha dolo, ou seja, ele também tem a vontade consciente de produzir o ato criminoso.

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