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Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 AULA 03: Avaliação das distorções Identificadas. Execução dos trabalhos de auditoria. Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria. Fraudes e a Responsabilidade do Auditor. Risco de Auditoria. Controle Interno. SUMÁRIO PÁGINA Apresentação 01 1. Execução dos trabalhos de auditoria 02 2. Avaliação das distorções identificadas 04 3. Materialidade 11 4. Risco de Auditoria e Relevância 17 5. Fraudes e a Responsabilidade do Auditor 36 6. Controles Internos 44 Lista das questões comentadas durante a aula 70 Referências bibliográficas 88 Olá, Pessoal! Hoje veremos diversos temas pontuais e por isso a aula será um pouco mais extensa que o normal. Foquem nos dois principais assuntos da aula, que são Riscos de Auditoria e Controles Internos, combinado? Qualquer dúvida em relação à dins mica do curso ou comentário, estou à disposição por meio do endereço de email: rodrigofontenelle@estrategiaconcursos.com.br. Em relação às dúvidas sobre a matéria, responderei a todas que forem postadas no fórum do Estratégia. Curtam minha página no Facebook e continuem acompanhando notícias sobre cursos, concursos, dicas de auditoria, além da participação em diversos sorteios! WWW.FACEBOOK.COM/PROFRODRIGOFONTENELLE Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Principais normas abordadas na aula de hoje: NBC TA 200 NBC TA 240 NBC TA 265 NBC TA 315 NBC TA 320 1. Execução dos trabalhos de auditoria De modo geral, a etapa de execução consiste na obtenção de evidências apropriadas e suficientes para respaldar as conclusões da auditoria. Ou seja, nessa fase, a equipe de auditoria vai colocar em prática aquilo que foi planejado, aplicando as técnicas e procedimentos necessários para que se obtenham evidências, em quantidade e qualidade, que possam sustentar as conclusões. As principais atividades realizadas durante a execução são: a) desenvolvimento dos trabalhos de campo; b) análise dos dados coletados; c) elaboração da conclusão. Essas atividades, em geral, não são realizadas de forma isolada, sendo difícil delimitar exatamente quando começa uma e termina outra. A coleta e a análise de dados não são atividades estanques, sendo os dados coletados, interpretados e analisados simultaneamente. Dependendo da metodologia adotada no projeto de auditoria, pode haver variação significativa na organização dos trabalhos de campo e na estratégia de análise dos dados. O trabalho de campo consiste na coleta de dados e informações definidos no planejamento de auditoria. O tipo de dados a coletar e as fontes desses dados dependerão da estratégia metodológica e dos critérios estabelecidos. Os dados coletados devem ser precisos, completos e comparáveis. Entretanto, essa coleta, embora essencial, muitas vezes é considerada uma tarefa mecânica e a parte menos interessante da auditoria. De qualquer modo, a qualidade na coleta, análise e documentação dos dados é fundamental para garantir bons resultados. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Normalmente, a coleta de dados é feita in loco e a equipe aplica os instrumentos desenvolvidos e testados na fase de planejamento. Os métodos de coleta de dados mais usados são entrevista, questionário e observação direta. Quando o objetivo da auditoria inclui a generalização da conclusão para o universo pesquisado, as soluções mais comumente adotadas são tratamento estatístico e estudo de caso. Se o estudo de caso é representativo, é possível generalizar os resultados, ou seja, os achados identificados em um caso podem ser aplicados a outros casos. É importante que o auditor obtenha as melhores informações possíveis - tanto fatos quanto opiniões, argumentos e reflexões - de diferentes fontes e com o apoio de especialistas. tome nota! O auditor deve buscar as evidências necessárias para orientar sua conclusão e ter cuidado para não se desviar do foco do trabalho nem coletar grande quantidade de informações que, muitas vezes, são desnecessárias e irrelevantes. Para o sucesso dos trabalhos de campo, é necessária a realização de diversas atividades operacionais e administrativas. Assim, antes da execução da auditoria, a equipe deve, por exemplo: a) agendar visitas de estudo; b) providenciar ofícios de apresentação; c) reservar passagens e hotéis; d) informar telefones de contato ao supervisor; e) preparar material necessário (cópias de questionários, roteiros de entrevistas, etc.). Os esclarecimentos que se fizerem necessários devem ser colhidos ainda em campo, para evitar mal entendidos e eventuais novas solicitações de informações, com o consequente desperdício de esforços e sensação de desorganização da equipe por parte da empresa auditada. A equipe de auditoria deverá, sempre que possível, se apresentar aos responsáveis pelas áreas que serão fiscalizadas, esclarecendo o objetivo, os critérios e o escopo da fiscalização. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 A requisição de documentos e informações, durante os trabalhos de campo, deve fixar prazo para seu atendimento, estabelecido, sempre que possível e desde que não comprometa o prazo de execução, em comum acordo com o fiscalizado. A mencionada requisição será formalizada por meio de ofício de requisição, datado e numerado sequencialmente. O ofício de requisição deve ser entregue mediante atestado de recebimento na segunda via, a qual se constituirá em documentação de auditoria. Os documentos fornecidos pela empresa devem identificar quem os elaborou ou forneceu e a fonte da informação, além de estarem legíveis, datados e assinados. A equipe de auditoria deverá identificar os documentos recebidos, correlacionando-os ao item do ofício de requisição a que se referem. Os esclarecimentos acerca dos indícios devem ser colhidos por escrito ao longo da fase de execução, por intermédio de ofícios de requisição, evitando-se mal entendidos e minimizando o recolhimento de informações posteriores. Bom pessoal, em linhas gerais, esses comentários nos dão uma ideia de como funciona, na prática, a execução dos trabalhos de auditoria. 2. Avaliação das Distorções Identificadas Definições importantes para o tema: Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer. Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou do estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas. Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da governança, administração e outros funcionários para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. O termo "controles" refere-se a quaisqueraspectos de um ou mais dos componentes do controle interno. Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 controle interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevantes, independentemente se causada por fraude ou por erro, nas demonstrações contábeis e nas afirmações. Risco significativo é o risco de distorção relevante identificado e avaliado que, no julgamento do auditor, requer consideração especial na auditoria.____________ Este item começou a ser explorado agora pelas bancas de concurso e, por isso, ainda não temos muitas questões. De qualquer forma, como a mencionada norma é muito grande, tentamos trazer o que consideramos o principal acerca do tema. 2.1 - Procedimentos de avaliação de risco O auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base para a identificação e avaliação de riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis e nas afirmações. Os procedimentos de avaliação de riscos por si só, porém, não fornecem evidências de auditoria apropriada e suficiente para suportar a opinião da auditoria. Esses procedimentos incluem: (a) indagações à administração e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com probabilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante devido à fraude ou erro Muitas das informações obtidas pelas indagações do auditor são obtidas junto à administração e aos responsáveis pelas demonstrações contábeis. Contudo, o auditor também pode obter informações, ou uma perspectiva diferente na identificação de riscos de distorção relevante, por meio de indagações junto a outros dentro da entidade e a outros funcionários com graus diferentes de autoridade. Exemplificando: as indagações dirigidas aos responsáveis pela governança podem ajudar ol auditor a entender o ambiente em que as demonstrações contábeis são elaboradas. (b) procedimentos analíticos Procedimentos analíticos realizados como procedimentos de avaliação de risco podem identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha conhecimento e pode auxiliar na avaliação de risco de erros relevantes para fornecer uma base para planejar e implementar respostas para esses riscos. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Esses procedimentos podem incluir informações financeiras ou não financeiras, por exemplo, a relação entre vendas e área total do espaço de vendas ou volume dos produtos vendidos. (c) observação e inspeção A observação e a inspeção podem apoiar as indagações junto à administração e outros, e podem também fornecer informações sobre a entidade e o seu ambiente. Exemplos de tais procedimentos de auditoria incluem a observação e inspeção do seguinte: operações da entidade; documentos, registros e manuais de controles internos; relatórios elaborados pela administração e pelos responsáveis da governança; e dependências e instalações industriais da entidade. 2.2 - Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante O objetivo do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante1 independentemente se causada por fraude ou erro, nos níveis de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscos identificados de distorção relevante. O auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante: (a) no nível das demonstrações contábeis Os riscos de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis referem-se a riscos que se relacionam de forma generalizada às demonstrações contábeis como um todo e que afetam potencialmente muitas afirmações. 1 Segundo a NBC TA 200, DISTORÇÃO é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Exemplificando... Ao se deparar com uma AFIRMAÇÃO emitida pela empresa (por exemplo, o valor de R$ 500.000,00 na conta Fornecedores), o auditor irá confirmar se aquele valor reflete realmente a posição daquela conta ao final do exercício auditado ou se há uma DISTORÇÃO RELEVANTE naquela afirmação. Lembramos que essa distorção relevante pode ser consequência de uma fraude ou até mesmo de um erro. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Riscos dessa natureza não são necessariamente riscos que possam ser atribuídos a afirmações específicas na classe de transações, saldo de contas ou nível de divulgação. Ao contrário, representam circunstâncias que podem aumentar os riscos de distorção relevante no nível da afirmação, por exemplo, em decorrência dos controles serem burlados pela administração. Os riscos no nível das demonstrações contábeis podem ser especialmente relevantes para as considerações do auditor sobre os riscos de distorção relevante decorrente de fraude. Riscos no nível das demonstrações contábeis podem derivar especificamente de um ambiente de controle deficiente (embora esses riscos também possam relacionar-se a outros fatores, como condições econômicas em deterioração). Por exemplo, deficiências como a falta de competência da administração podem ter efeito mais disseminado sobre as demonstrações contábeis e podem exigir uma resposta mais abrangente do auditor. (b) no nível de afirmação para classes de transações, saldos de conta e divulgações, para fornecer uma base para a concepção e a execução de procedimentos adicionais de auditoria. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação para classes de transações, saldos de contas e divulgações precisam ser considerados porque tal consideração auxilia diretamente na determinação da natureza, época e extensão de procedimentos adicionais de auditoria no nível da afirmação, necessários para a obtenção de evidências de auditoria apropriadas e suficientes. Ao identificar e avaliar riscos de distorção relevante no nível da afirmação, o auditor pode concluir que os riscos identificados relacionam-se de forma generalizada às demonstrações contábeis como um todo e afetam potencialmente muitas afirmações. Ao declarar que as demonstra ções contábeis estão em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, a administração faz afirmações implícitas ou explicitamente no que se refere ao reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação dos vários elementos das demonstrações contábeis e divulgações relacionadas. As afirmações usadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer enquadram-se nas três categorias seguintes e podem assumir as seguintes formas: Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof.Rodrigo Fontenelle - Aula 03 (a) Afirmações sobre classes de transações e eventos para o período sob auditoria (b) Afirmações sobre saldos de contas no fim do período Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 (c) Afirmações sobre a apresentação e divulgação Como parte da avaliação de risco o auditor deve determinar se qualquer um dos riscos identificados é, no seu julgamento, um risco significativo. Ao exercer esse julgamento, o auditor deve excluir os efeitos dos controles identificados relacionados ao risco. Se o auditor determinou que existi risco significativo, o auditor deve obter entendimento dos controles da entidade, inclusive das atividades de controle, relevantes para esse risco. No que diz respeito a alguns riscos, o auditor pode julgar que não é possível ou praticável obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas apenas a partir de procedimentos substantivos. Tais riscos podem relacionar-se com registro impreciso ou incompleto de classes de transações rotineiras e significativas ou saldos de contas, cujas características frequentemente permitem processamento altamente automatizado, com pouca ou nenhuma intervenção manual. Em tais casos, os controles da entidade sobre esses riscos são relevantes para a auditoria e o auditor deve obter entendimento deles. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 QUESTÕES COMENTADAS 1 - (ESAF / CGU/ 2012) - Para lidar com riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude, o auditor independente pode lançar mão dos seguintes procedimentos de auditoria, exceto: a) Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem anúncio prévio. b) Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados pela alta administração. c) Executar procedimentos em contas ou outras conciliações elaboradas pela entidade. d) Testar a integridade de registros e operações processados em sistema computadorizado. e) Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade sendo auditada. Comentários: Questão literal da ESAF, retirada do apêndice 2 da NBC TA 240. Segundo essa norma, as respostas específicas à avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude variam dependendo dos tipos ou combinações de fatores de risco de fraude ou condições identificadas, e as classes de operações, saldos contábeis, divulgações e afirmações que eles possam afetar. Como exemplos específicos das respostas temos, dentre outros: • Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem anúncio prévio. Por exemplo, observar o estoque em locais onde a presença do auditor não foi previamente anunciada, efetuar contagem de caixa em data não anunciada, sem anúncio prévio. • Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade sendo auditada. • Testar a integridade de registros e operações processados em sistema computadorizado. • Executar procedimentos em contas ou outras conciliações elaboradas pela entidade, considerando inclusive conciliações realizadas em períodos intermediários. Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados pela alta administração é um exemplo de resposta específica à avaliação do auditor do risco de distorções relevantes decorrentes de apropriação indevida de ativos, segundo a norma mencionada. Resposta: B Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 3. NBC TA 320 - Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria A Resolução CFC n° 1.213/09, que aprovou a NBC TA 320 - Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria -, trata da responsabilidade do auditor independente de aplicar o conceito de materialidade no planejamento e na execução de auditoria de demonstrações contábeis, definindo que o objetivo do auditor é aplicar o conceito de materialidade adequadamente. A estrutura de relatórios financeiros, frequentemente, discute o conceito de materialidade no contexto da elaboração e apresentação de demonstrações contábeis, explicando que: • distorções são relevantes quando for esperado que possam influenciar as decisões econômicas de usuários; • julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas; e • julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários são baseados em considerações sobre as necessidades de informações financeiras comuns a usuários como um grupo. A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção das necessidades de informações financeiras dos usuários. A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas serão sempre avaliadas como não relevantes, pois as circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. De acordo com o CFC, m ateria lidade para execução da aud ito ria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações como um todo, para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas excedam a materialidade para as demonstrações como um todo. Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações. Exemplificando. Vamos admitir o seguinte balanço patrimonial: Balanço Patrimonial (em R$) Ativo circulante 300.000 Passivo circulante e não circulante 500.000 Ativo não circulante 700.000 PL 500.000 Ativo Total 1.000.000 Passivo Total 1.000.000 A partir do seu julgamento profissional, o auditor pode definir, por exemplo, que o valor que irá considerar material para uma conta será de 1% do Ativo Total. Dessa forma, valores inferiores a R$ 10.000,00 serão considerados não materiais, reduzindo a um nível baixo a probabilidade de que distorções não detectadas nessas contas influenciem nas demonstrações como um todo. 3.1 - Determinação da materialidade no planejamento e para a execução da auditoria Ao estabelecer a estratégia global de auditoria (durante o planejamento), o auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações contábeis. 3.2 - Revisão no decorrer da auditoria O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações que o teriam levado a determinar um valor diferente. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícioscomentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 FIQUE atento! A materialidade, assim como o planejamento do auditor NÃO é imutável e pode ser revista ao longo da execução da auditoria. Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa para as demonstrações do que inicialmente determinado, o auditor deve verificar se é necessário revisar a materialidade e se a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam apropriados. 3.3 - Documentação O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes valores e fatores considerados em sua determinação: (a) materialidade para as demonstrações como um todo; (b) se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação; (c) materialidade para execução da auditoria; e (d) qualquer revisão de (a) a (c) com o andamento da auditoria. QUESTÕES COMENTADAS 2 - (ESAF / RFB / 2014) - A determinação de materialidade para execução de testes: a) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente. b) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente. c) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que o auditor possui Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente e subsequentes. d) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente. e) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, não deve ser atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções em períodos subsequentes. Comentários: Segundo o item A 12 da NBC TA 320, A determinação de materialidade para execução de testes não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente. Resposta: A 3 - (ESAF / SUSEP / 2010) - Com relação aos níveis de relevância determinados em um processo de auditoria externa, é verdadeiro afirmar que: a) o processo de avaliação de relevância deve sempre considerar os níveis de risco e as distorções identificadas, não sendo permitido considerar nos limites eventuais distorções não idk ntificadas ou projetadas. b) o auditor, em nenhuma hipótese, pode estabelecer nível de relevância abaixo dos determinados no planejamento. c) não se devem considerar as avaliações de risco e relevância no seu conjunto, sendo sempre avaliadas individualmente. d) os níveis de relevância estabelecidos no planejamento devem ser mantidos, independentemente dos fatores encontrados, durante a realização dos trabalhos. e) se a administração da entidade auditada negar-se a ajustar as demonstrações contábeis e os procedimentos de auditoria adicionais, de forma a não permitir concluir que o montante agregado das distorções seja irrelevante, deve o auditor considerar os efeitos no seu parecer. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Comentários: A alternativa "a" está errada, pois é permitido considerar nos limites eventuais distorções não identificadas ou projetadas, como acontece, por exemplo, em um processo de amostragem, no qual o auditor projeta, para a população, a distorção encontrada na amostra. O auditor pode alterar o nível de relevância estabelecido no planejamento, uma vez que, como já vimos este não é imutável. A partir do seu julgamento profissional e dos resultados dos testes e procedimentos aplicados, o auditor poderá definir outro nível de relevância como mais apropriado àquela auditoria. Portanto, as opções "b" e "d" estão incorretas. A letra "c" também é falsa, pois risco e relevância são conceitos interligados que devem ser avaliados em conjunto. Conforme verificamos na próxima questão, inclusive, há uma relação inversa entre risco de auditoria e relevância. Por fim, a alternativa "e" retrata, de forma correta, uma situação em que o auditor deverá modificar sua opinião, o que será explicado mais detalhadamente em aula acerca desse tema. Resposta: E 4 - (ESAF / SUSEP / 2002) - Para o auditor independente, uma informação é relevante quando: a) sua omissão ou distorção puder influenciar nas decisões econômicas dos usuários, se estas forem tomadas com base nas demonstrações contábeis. b) a sua materialidade influenciar na tomada de decisões econômicas e financeiras dos usuários, tendo como base de decisão o parecer da auditoria. c) a sua distorção influenciar em decisões econômicas ou financeiras tomadas pelos usuários, tendo como base de juízo o parecer da auditoria independente. d) a sua omissão influenciar negativamente nas decisões tomadas com base nas demonstrações contábeis por acionistas preferenciais ou pelos membros do Conselho de Administração. e) a sua subjetividade e distorção influenciar nas decisões financeiras dos acionistas controladores e demaiE usuários, se tomadas com base nas demonstrações contábeis. Comentários: Segundo o item 11.6.1.2 da NBC T 11, vigente à época da elaboração da questão, uma informação é relevante se sua omissão ou distorção puder influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto das demonstrações contábeis. Apesar de a norma ter sido revogada, o conceito de relevância não mudou, sendo que a NBC TA 200 considera uma informação relevante se for razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. Resposta: A Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 5 - (FGV/CGE-MA/2014) - O auditor, ao realizar uma auditoria, exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base para: (A) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco. (B) identificar e avaliar os riscos de distorção irrelevante. (C) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos operacionais de relevância. (D) tomar decisões econômicas razoáveis com base nas informações das demonstrações contábeis. (E) entender que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas considerando níveis de materialidade. Comentários: O auditor define a materialidade (na questão, definido como magnitude das distorções) para determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco. Resposta: A 6 - (FGV/CGE-MA/2014) - A determinação da materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento profissional. Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que podem afetar a identificação de referencial apropriado incluem: (A) os elementos das notas explicativas. (B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica. (C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua. (D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada. (E) a volatilidade relativa do capital. Comentários: Segundo a NBC TA 320, "os fatores que podem afetar a identificação de referencial apropriado incluem: (a) os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, ativo, passivo, patrimônio líquido, receita, despesa); (b) se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica (por exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das operações, os usuários tendem a focar sua atenção em lucro, receita ou patrimônio líquido); (c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua; Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 (d) a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo, se a entidade é financiada somente por dívida em vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a informações sobre os ativos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da entidade); e (e) a volatilidade relativa do referencial." (Grifamos) Resposta: C 7 - (FCC/ICMS-SP/2013) - Uma demonstração contábil apresenta distorções relevantes, quando o valor de distorções (A) corrigidas não foi divulgado nas notas explicativas e supera a materialidade global estabelecida pelo auditor. (B) corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a materialidade global estabelecida para o trabalho. (C) não corrigidas, individualmente, é menor que a materialidade global. (D) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a materialidade global estabelecida para o trabalho. (E) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, supera o valor de R$ 10.000.000,00. Comentários: O auditor estabelece, quando do seu planejamento de auditoria, a materialidade global para aquele trabalho, dependendo do porte da empresa e sempre levando em conta seu julgamento profissional. Dessa forma, ele irá considerar uma distorção relevante quando encontrar uma distorção, ao longo do processo de auditoria, e essa distorção, além de não ser corrigida pela administração, for superior àquele valor estabelecido pelo auditor inicialmente. Resposta: D 4. Risco de Auditoria Risco de Distorção Relevante (Risco Inerente + Risco de Controle) e de Risco de Detecção Franco e Marra (2011) esclarecem que a auditoria é um trabalho complexo, que envolve a aplicação de sofisticados procedimentos, o que torna inevitável que haja um certo grau de risco de que erros ou irregularidades existentes possam não ser detectados durante o processo. O auditor não é obrigado a identificar a totalidade dos erros existentes nas atividades auditadas, mesmo porque sabemos que seu trabalho sofre limitações quanto aos recursos disponíveis, em comparação com a gama de atribuições a que é submetido. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Quando os erros não são significativos, não há tanto problema. Entretanto, quando forem relevantes e não tenham sido descobertos, esse fato pode prejudicar a confiabilidade em seu trabalho. Assim, faz-se necessário o conhecimento das diversas variáveis envolvidas no risco de auditoria, para que se possa minimizar seus efeitos. A NBC TA 200 define Risco de Auditoria como sendo o "risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção". (Grifamos) Trouxemos a definição literal da norma, porque veremos na resolução das questões que várias delas cobram apenas isso do candidato. Explicando melhor... O auditor aplica seus testes de auditoria e conclui que não há distorções relevantes nas demonstrações contábeis. Logo, emite uma opinião sem ressalva (objeto de estudo de outra aula). Entretanto, há sim distorções relevantes nas demonstrações contábeis, mas ele não conseguiu identificar. Dessa forma, está materializado o Risco de Auditoria. Cuidado para não confundirem com o Risco de Detecção que será apresentado a seguir. O risco de auditoria se refere à opinião expressa pelo auditor. Tipos de Risco Risco de detecção: É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções. Exemplificando: o auditor mplica seus testes de auditoria na conta Fornecedores e não identifica que há notas fiscais frias que geram uma distorção relevante nas demonstrações contábeis. Dessa forma, ele incorreu no Risco de Detecção. Se, mais tarde, quando for opinar sobre as demonstrações contábeis como um todo, ele emitir uma opinião equivocada devido a esse fato, aí sim temos o Risco de Auditoria. Percebam a diferença. Risco de distorção relevante: É o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das afirmações: Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 • Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados. • Risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectadae corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade. Em outras palavras, o risco inerente não depende da atuação do controle interno ou da auditoria. Ele vai existir pela simples existência do processo ou entidade a ser auditado. Nesse ponto, não se consideram a existência dos controles ou do trabalho do auditor. Ou seja, não estamos falando em controle e auditoria. O risco de controle diz respeito ao trabalho do controle interno. é o risco de que, mesmo que os controles sejam efetivos, não consigam evitar ou detectar um erro ou fraude no processo. Como exemplo, vamos citar um processo de compra no qual, ainda que haja a devida segregação de funções entre os responsáveis (um dos princípios do controle interno), pode envolver fraude não detectada, elaborada por meio de conluio entre dois ou mais funcionários. Por fim, o risco de detecção está diretamente relacionado ao trabalho do auditor. Como já vimos, em vista das limitações naturais a que um trabalho de auditoria está submetido, é possível que o auditor não detecte erros e fraudes no processo, ainda que pareçam graves. Risco de Auditoria = Risco de Distorção Relevante x Risco de Detecção A possibilidade de ocorrência de tais riscos deve ser analisada e avaliada por ocasião do planejamento da auditoria, para que sejam incluídos, nos programas, procedimentos específicos para detectá-los. Quanto maior for o grau de adequação dos controles internos administrativos, menor será a vulnerabilidade dos riscos inerentes à gestão propriamente dita. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 FIQUE atento! Risco de Detecção: É o risco do auditor! Riscos de Controle e Inerente: Existem independente do auditor. Importante! Há uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos de distorção relevante (inerente e controle). Quanto maior o risco de distorção relevante, menor os riscos de detecção a serem aceitos pelo auditor. A avaliação do risco de controle pelo auditor é: Alto (2) Médio Baixo A avaliação Alto (3) Menor (1) Menor Médio do risco inerente Médio Menor Médio Maior pelo auditor é: Baixo Médio Maior Maior Obs.: os números (1), (2) e (3) são apenas para fins de explicação. Explicando o quadro anterior. Dos quadrantes mais escuros, vamos nos concentrar no número (1). Se a avaliação, pelo auditor, do risco de controle, é alta (2), assim como a do risco inerente (3), o auditor irá aceitar um menor risco de detecção. Lembrem-se de que o auditor só pode influir no risco de detecção. Os outros existem independentemente da presença do auditor. Há também uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância, isto é, quanto menor for o nível estabelecido de relevância, maior será o risco de auditoria e vice-versa. Como assim? Risco de Auditoria Relevância Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Se o auditor considera um item da demonstração financeira auditada relevante, ele aplicará mais testes de auditoria, reduzindo, dessa forma, o risco de detecção que, como sabemos, é o risco do auditor. Como o risco de auditoria é função do risco de detecção e do risco de distorção relevante, se um desses riscos diminui, o risco de auditoria também diminuirá. Portanto, quanto maior a relevância, menor o risco de auditoria. Plano de Auditoria baseado no risco De acordo com Castro (2009), a Auditoria baseada no risco busca direcionar o foco do trabalho, a fim de avaliar as tendências e as condições que a entidade possui para atingir seus resultados. Para estabelecer o grau de priorização dos trabalhos da auditoria, utilizando a filosofia do risco, devemos analisar os seguintes fatores: a materialidade, a relevância e a criticidade. A materialidade ($$$) está relacionada ao montante de recursos financeiros envolvidos em determinada operação da entidade. A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão, situação ou unidade, existentes em um dado contexto, e deve ser considerada pelo auditor quando determinar a natureza, a extensão e oportunidade dos procedimentos de auditoria. Sobre criticidade, trata de certa fragilidade identificada nos controles internos, que podem ser consideradas como risco. Os demais conceitos serão tratados em tópico específico. Após a relação e classificação dos fatores de risco, deve ser estabelecido o grau de impacto e a probabilidade da ocorrência, elaborando-se uma matriz de probabilidade e impacto, que é um dos instrumentos mais utilizados em gestão de riscos, na análise qualitativa, priorizando os riscos. Seguem dois exemplos de matriz de probabilidade e impacto: 1) Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 2) Nesse ponto, alguns de você poderiam pensar: mas avaliar a probabilidade e o impacto de um risco não é uma tarefa muito subjetiva? Concordamos. Entretanto, lembrem-se de que risco é evento negativo, futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu e nem sabemos se vai mesmo ocorrer). Assim, fica difícil estabelecer uma forma mais objetiva de se priorizar as atividades de auditoria baseada no risco. Tem que ser por estimativa mesmo. RISCO é evento negativo, futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu e nem sabemos se vai mesmo ocorrer). Se na questão constar um evento que já tenha ocorrido, não estamos mais falando de risco. Isso tudo serve para priorizar os riscos mais significativos, possibilitando o foco nas áreas a serem auditadas. Um ponto que sempre gostamos de ressaltar nas aulas é o seguinte: a identificação dos riscos é responsabilidade da administração da entidade, e não dos auditores internos. O papel da auditoria interna, nesse caso, é garantir que os riscos identificados estejam sendo adequadamente controlados. De acordo com a NBC TA 315 - Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante -, o auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante: Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 (a) no nível das demonstrações contábeis; e (b) no nível de afirmação para classes de transações, saldos de conta e divulgações, para fornecer uma base para a concepção e a execução de procedimentos adicionais de auditoria. Para este propósito, o auditor deve: • identificar riscos ao longo de todo o processo de obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente; • avaliar os riscos identificados e avaliar se eles se relacionam de forma generalizada às demonstrações contábeis como um todo; • relacionar os riscos identificados aos controles relevantes que o auditor pretende testar; e • considerar a probabilidade de distorção e se a distorção potencial é de magnitude que possa resultar em distorção relevante. Risco que exige consideração especial da auditoria Como parte da avaliação de riscos, o auditor deve determinar se qualquer um dos riscos identificados é, no seu julgamento, um risco significativo. Ao exercer esse julgamento, o auditor deve excluiros efeitos dos controles identificados relacionados ao risco. Ao exercer o julgamento quanto a quais riscos são significativos, o auditor deve considerar pelo menos o seguinte: (a) se o risco é um risco de fraude; (b) se o risco está relacionado com desenvolvimentos significativos recentes, econômicos, contábeis ou de outro tipo, e que, portanto, exijam atenção específica; (c) a complexidade das transações; (d) se o risco envolve transações significativas com partes relacionadas; (e) o grau de subjetividade na mensuração das informações contábeis relacionadas ao risco, especialmente as mensurações que envolvam uma vasta gama de incerteza de mensuração; e (f) se o risco envolve transações significativas que estejam fora do curso normal do negócio para a entidade ou que de outra forma pareçam não usual. Se o auditor determinou que existe risco significativo, deve obter entendimento dos controles da entidade, inclusive das atividades de controle, relevantes para esse risco. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Existem riscos para o qual os procedimentos substantivos (sobre o sistema contábil) sozinhos não fornecem evidências de auditoria suficientes e apropriadas. Tais riscos podem relacionar-se com registro impreciso ou incompleto de classes de transações rotineiras e significativas ou saldos de contas, cujas características frequentemente permitem processamento altamente automatizado, com pouca ou nenhuma intervenção manual. Em tais casos, os controles da entidade sobre esses riscos são relevantes para a auditoria e o auditor deve obter entendimento deles. Revisão da avaliação de risco A avaliação pelo auditor dos riscos de distorção relevante pode mudar durante o curso da auditoria, à medida que evidências adicionais de auditoria são obtidas. Nas circunstâncias em que o auditor obtém evidências de auditoria executando procedimentos adicionais, ou se são obtidas novas informações, incompatíveis com as evidências de auditoria em que o auditor originalmente baseou a avaliação, o auditor deve revisar a avaliação e, portanto, modificar os procedimentos adicionais de auditoria planejados. QUESTÕES COMENTADAS 8 - (ESAF / CVM / 2010) - Segundo as normas de auditoria vigentes, risco de auditoria pode ser caracterizado como: a) o risco de haver insuficiência de informações sobre determinada transação nas demonstrações contábeis sem que o auditor possa perceber. b) possibilidade de ser o trabalho do auditor inviabilizado pela inexistência de informações confiáveis para o trabalho. c) o risco de o Controle Interno não ter detectado a tempo uma falha que leva a entidade a elaborar demonstrações contábeis distorcidas. d) o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria inadequada, quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. e) possibilidade de o auditor emitir parecer sem ressalvas, quando distorções relevantes nas demonstrações contábeis forem intencionalmente encobertas. Comentários: Questão bastante "batida" e retirada de forma literal da NBC TA 200. Segundo essa norma, Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. Resposta: D 9 - (ESAF / SUSEP / 2010) - Com relação aos níveis de relevância determinados em um processo de auditoria externa, é verdadeiro afirmar que: a) o processo de avaliação de relevância deve sempre considerar os níveis de risco e as distorções identificadas, não sendo permitido considerar nos limites eventuais distorções não identificadas ou projetadas. b) o auditor, em nenhuma hipótese, pode estabelecer nível de relevância abaixo dos determinados no planejamento. c) não se devem considerar as avaliações de risco e relevância no seu conjunto, sendo sempre avaliadas individualmente. d) os níveis de relevância estabelecidos no planejamento devem ser mantidos, independentemente dos fatores encontrados, durante a realização dos trabalhos. e) se a administração da entidade auditada negar-se a ajustar as demonstrações contábeis e os procedimentos de auditoria adicionais, de forma a não permitir concluir que o montante agregado das distorções seja irrelevante, deve o auditor considerar os efeitos no seu parecer. Comentários: A alternativa "a" está errada, pois é permitido considerar nos limites eventuais distorções não identificadas ou projetadas, como acontece, por exemplo, em um processo de amostragem, no qual o auditor projeta, para a população, a distorção encontrada na amostra. O auditor pode alterar o nível de relevância estabelecido no planejamento, uma vez que, como já vimos este não é imutável. A partir do seu julgamento profissional e dos resultados dos testes e procedimentos aplicados, o auditor poderá definir outro nível de relevância como mais apropriado àquela auditoria. Portanto, as opções "b" e "d" estão incorretas. A letra "c" também é falsa, pois risco e relevância são conceitos interligados que devem ser avalia dos em conjunto. Inclusive, há uma relação inversa entre risco de auditoria e relevância. Por fim, a alternativa "e" retrata, de forma correta, uma situação em que o auditor deverá modificar sua opinião, o que será explicado mais detalhadamente em aula acerca desse tema. Resposta: E 10 - (ESAF / RFB / 2012) - O auditor externo, ao ser contratado para auditar o Hotel Paraíso Azul S.A., constata em seus registros que a ocupação média do hotel é de 90% dos quartos. 50% das contas dos hóspedes foram pagas em dinheiro e os livros não identificam parte dos hóspedes. O sindicato dos hotéis da região divulgou, em relatório atualizado, que a ocupação dos hotéis na Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 região não ultrapassa 70%. O noticiário da região dá indícios que vários negócios estão sendo usados para lavagem de dinheiro. A situação apresentada pode evidenciar para o auditor um risco: a) de negócio e detecção. b) de fraude e de controle. c) de distorção relevante e de controle. d) de detecção e distorção relevante. e) residual e de fraude. Comentários: Embora tenha sido uma questão polêmica e que foge dos quatro tipos de risco que usualmente estudamos em auditoria (risco de detecção, controle, inerente e de auditoria), a ESAF considerou que, como o auditor independente tem que obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, há também o risco de fraude inserido no processo de auditoria. Dessa forma, a banca considerou na situação enunciada um risco de fraude (diversos elementos que sugerem fraude, tais como relatório do sindicato e noticiário da região) e de controle (os controles instituídos não foram suficientes para identificar a fraude). Resposta: B 11 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Sobre os temas 'risco de auditoria' e 'relevância', é correto afirmar que: a) quanto menor for a relevância, maior será o risco. b) quanto menor for o risco, menor será a relevância. c)não existe relação entre risco e relevância. d) quanto maior for a relevância, maior será o risco. e) quanto maior for o risco, maior será a relevância. Comentários: Há duas maneiras de resolver esta questão. A primeira é entendendo a relação entre risco de auditoria e relevância, que será explicado a seguir. Uma informação será relevante se sua omissão ou distorção puder influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto das demonstrações contábeis como um todo. Deve-se ressaltar que o que é relevante para uma empresa pode não ser para outra, já que vários fatores serão utilizados pelo auditor, por meio do seu julgamento profissional, para estabelecer um nível de relevância aceitável para permitir a detecção de distorções relevantes. Há uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância, isto é, quanto maior for o risco de auditoria, menor será o valor estabelecido como nível de relevância e vice-versa. Explicando melhor, se o auditor julga um item como relevante, ele aplicará mais testes para verificar sua conformidade. Executando mais Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 procedimentos de auditoria naquele item, isto é, dando mais atenção ao item, a chance de o auditor não detectar uma distorção relevante diminui, o que faz com que o risco de auditoria também diminua. Dessa forma, quanto maior for a relevância do item, menor será o risco de auditoria e vice-versa. Dessa forma, a única opção correta é a letra "a". Entretanto, mesmo que não se soubesse a relação entre risco de auditoria e relevância, o candidato poderia eliminar três assertivas ("b", "d" e "e"). Isso porque as três apresentam uma relação direta entre risco de auditoria e relevância. Dessa forma, se uma estivesse correta as outras também estariam. Deve-se ficar atento a questões como essa, pois as próprias alternativas se anulam, ficando mais fácil de encontrar a resposta correta. Resposta: A 12 - (ESAF / CGU / 2008) - De acordo com a NBC-T-11, Risco de Auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. Nesse contexto, há risco de auditoria nos seguintes casos, exceto: a) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos eficientes quando na realidade não são. b) na possibilidade de o auditor considerar incorreto o saldo de uma conta quando na realidade este saldo esteja correto. c) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos ineficientes quando na realidade são. d) na possibilidade de o auditor considerar correto o saldo de uma conta quando na realidade este saldo esteja incorreto. e) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos ineficientes quando na realidade não são. Comentários: A NBC T 11, legislação aplicável à época desta prova, definia Risco de Auditoria como sendo a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequap a sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. A NBC TA 200, apesar de definir com outras palavras, como vimos em questões anteriores, não modifica o conceito de risco de auditoria. Dessa forma, na letra "a", os controles internos da empresa não são eficientes, mas há a possibilidade de o auditor entender esses controles são eficientes. Já a alternativa "e" apresenta uma situação inversa. O controle interno é eficiente e o auditor tem a possibilidade de considerá-lo ineficiente. Portanto, há risco de auditoria (emissão de opinião inadequada) nesses dois casos. Na opção "b" o saldo de uma conta estava correto, mas o auditor tem a possibilidade de considerá-los incorretos. Dessa forma, sua opinião estaria inadequada e há risco de auditoria. A opção "d" traz o caso inverso. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 O saldo de uma conta está incorreto e o auditor tem a possibilidade de considerá-lo correto. Também há risco de auditoria. Por fim, a letra "c" é a resposta da questão, pois não há risco de auditoria na situação em tela. Segundo essa opção, os controles internos são ineficientes e o auditor os considera dessa forma. Logo, não há emissão de uma opinião inadequada. Antes de passarmos para a próxima questão, cabe uma observação. A NBC TA 200 estabelece, no seu item A33, que o risco de auditoria não inclui o risco de que o auditor possa expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis contêm distorção relevante quando esse não é o caso. Esse risco, segundo a norma, geralmente é insignificante. Resposta: C 13 - (ESAF / PMRJ / 2010) - Assinale a opção falsa a respeito dos assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o risco de detecção em uma auditoria. a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado. b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados. c) Aplicação do ceticismo profissional. d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria. e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações. Comentários: Segundo a NBC TA 200, Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções. Em outras palavras, é o risco do auditor! Nesse sentido, todas as alternativas, com exceção da letra "e" (gabarito da questão) apresentam assuntos que devem ser observados pelo auditor para redução do seu risco de detecção. A alternativa "e" é falsa, pois de o auditor diminui seu escopo e aplica menos testes, ele estará aumentando a possibilidade de não detectar alguma distorção relevante e, dessa forma, aumentando o risco Re detecção. Resposta: E 14 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - O sistema adquirido pela empresa Certifica S.A. continha um erro de parametrização interna, não registrando na contabilidade dez notas fiscais. O auditor ao realizar os testes de auditoria constata o erro. Esse risco de auditoria é denominado risco de: a) negócio. b) detecção. c) inerência. d) controle. e) estrutura. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Comentários: Segundo a NBC TA 200, risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade. Nesse sentido, para responder à questão, é só prestar atenção em duas "dicas" dadas pela banca. A primeira é que existe um sistema de controle. Dessa forma, não há que se falar em risco inerente ou do negócio. O segundo é que o sistema falhou. Portanto, para não esquecer. Há controle, mas este falha: Risco de Controle! Resposta: D 15 - (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS/2014) - Analise as definições abaixo: 1. Risco de que um saldo inadequado de uma conta não seja detectado oportunamente. Mesmo que os controles internos sejam eficientes há sempre a possibilidade de alguma falha humana. 2. Risco de que o auditor não identifique uma distorção relevante existente.Mesmo tendo estabelecido de forma apropriada a natureza, a época e a extensão dos testes, há uma distorção relevante existente. 3. Probabilidade de ocorrência de anomalias, irregularidades ou erros significativos, que depende da atividade desenvolvida e da complexidade das operações. Depende também da competência e da integridade das estruturas de gestão. Assinale a alternativa que identifica corretamente os tipos de riscos de auditoria. A. 1. risco de detecção 2. risco inerente 3. risco de controle B. 1. risco inerente 2. risco de controle 3. risco de detecção C. 1. risco inerente 2. risco de dete cção 3. risco inerente D. 1. risco de controle 2. risco de detecção 3. risco inerente E. 1. risco de controle 2. risco inerente 3. risco inerente Comentários: Conforme definição dos riscos de controle, detecção e inerente apresentados na NBC TA 200. Resposta: D 16 - (CETRO / ISS-SP / 2014) conforme a 1.203/2009. NBC TA 200, Analise os conceitos aprovada pela Resolução abaixo, CFC n° Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 I. Risco de Detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo Auditor para reduzir o risco de Auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções. II. Risco de Auditoria é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorções relevantes antes da Auditoria. III. Risco de Distorção Relevante é o risco de que o Auditor expresse uma opinião de Auditoria equivocada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. É correto o que se afirma em: (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I, II e III. (D) I e III, apenas. (E) III, apenas. Comentários: O item I traz a definição literal de risco de detecção apresentada pela norma. Os itens II e III inverteram os conceitos de RISCO DE AUDITORIA e RISCO DE DISTORÇÃO RELEVANTE. Para que esses itens fossem considerados corretos, bastaria substituir os conceitos. Resposta: A 17 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) - A NBC TA 200 - Objetivos gerais do auditor independente e a Condução de uma Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, estabelece que o risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Este consiste em dois componentes, quais sejam: a) Risco do negócio e risco de detecção b) Risco de detecção e risco de controle c) Risco de controle e risco inerenfi d) Risco inerente e risco de detecção e) Risco significativo e risco de controle Comentários: Questão mais literal, impossível! Segundo a NBC TA 200, o Risco de Distorção Relevante é dividido em Risco de Controle e Risco Inerente. Resposta: C 18 - (FGV/HEMOCENTRO-SP/2013) - Quanto ao risco e à relevância em auditoria, analise as afirmativas a seguir. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 I. Risco é a possibilidade de o auditor expressar uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis com distorções relevantes. II. O componente de risco de controle é a possibilidade de ocorrência de erros ou irregularidades relevantes antes de conhecer-se a eficácia dos sistemas de controle, normalmente relacionado com a atividade operacional da entidade. III. Para determinar o risco de auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade, compreendendo, por exemplo, as políticas de pessoal e a segregação de funções. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. Comentários: O item I traz a definição literal de risco de auditoria, sem erros. Já o item II troca os conceitos de risco inerente e risco de controle. Dessa forma, para torna-lo correto, basta substituirmos a palavra controle por inerente. Por fim, o item III apresenta de forma adequada exemplos de verificações que devem ser realizadas pelo auditor para determinar o risco de auditoria. Resposta: E 19 - (FCC/TCE-AM/2013) - As dificuldades próprias dos trabalhos de auditoria tem como origem a natureza das informações contábeis e dos procedimentos de auditoria, bem como a necessidade da condução dos trabalhos em um período razoável. Assim, a possibilidade do auditor expressar uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorções relevantes, a exem p o da diferença entre valores, recebe o nome de: (A) riscos de auditoria. (B) erro operacional. (C) distorção de conclusão. (D) erro relevante. (E) acidente de auditoria. Comentários: Questão retirada de forma praticamente literal da NBC TA 200, que trata dos objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria. Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 Segundo essa norma, Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. Resposta: A 20 - (FCC/TCE SP/2013) - Em auditoria, o denominado risco de detecção: (A) independe da suficiência e adequação das evidências de auditoria coletadas pelo auditor para emissão de seu relatório. (B) é uma função direta da eficácia dos controles internos da entidade que está sendo auditada. (C) é invariável, qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de transações por ela praticadas. (D) existe independentemente da auditoria das demonstrações contábeis, ou seja, é inerente à entidade. (E) está diretamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria. Comentários: Risco de Detecção é o risco do próprio auditor não executar os procedimentos necessários de forma correta. Está diretamente relacionado à natureza, época e extensão dos procedimentos que ele irá planejar e executar. A letra A está errada, pois depende sim das evidências coletadas pelo auditor. A alternativa B também está incorreta, pois não há essa relação direta. Os controles internos guardam relação com o risco inerente e de controle. Esses sim impactarão o nível de risco de detecção A SER ACEITO pelo auditor. A letra C está errada, pois o risco de detecção a ser aceito pelo auditor irá variar dependendo do risco que ele entender que há em determinada transação ou atividade da empresa auditada. Por fim, a alternativa D está incorreta, pois esse Risco apresentado é o Risco Inerente e não o de DetecRão. Resposta: E - É correto afirmar que o: (A) risco de auditoria independe do planejamento eficaz dos trabalhos a serem desenvolvidos na entidade. (B) risco de detecção aumenta quando se utilizam técnicas de amostragem adequadas para aplicação de testes substantivos em um grande número de itens auditados. (C) risco inerente em auditoria é sempre o mesmo qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de transações e saldos que serão examinados pelo auditor. 21 - (FCC / MPE PE / 2012) Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCEAO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 (D) risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. (E) processo da auditoria independente não sofre limitações inerentes ao próprio trabalho a ser desenvolvido e, portanto, não há risco de auditoria. Comentários: A letra A está errada, pois o risco de auditoria depende sim de um bom planejamento realizado pelo auditor. Quando o auditor utiliza técnicas de amostragem adequadas, estará diminuindo seu risco de detecção e não aumentado. Portanto, a alternativa B também está incorreta. A letra C está errada, pois o risco inerente é aquele risco intrínseco da própria classe de transações e saldos ou atividade da empresa. Dessa forma, algumas classes e atividades estão mais sujeitas à presença de fraudes e/ou erros que outras, portanto, seus riscos inerentes diferem. A letra D é o gabarito da questão e a alternativa E está incorreta, pois, como foi visto, sempre há a presença do risco de auditoria, uma vez que há limitações no controle interno da empresa auditada e o auditor trabalha por amostragem. Resposta: D 22 - (FCC / TRT 6a Região / 2012) - A empresa Condor S.A. atua no segmento de crédito pessoal, com financiamentos de até R$ 30.000,00. Como sua política de análise de crédito é bastante flexível, possui um volume de operações grande, fazendo com que as perdas por inadimplência sejam absorvidas pelas operações. Como a política comercial é atuar junto a grandes lojas de varejo, a empresa concede aos inadimplentes, 80% de perdão nas multas e juros, concedido pelo próprio colaborador no caixa, desde que o cliente venha até as lojas parceiras para quitar os débitos. O auditor constatou que devido à facilidade da concessão dos descontos, os funcionários passaram a se apropriar das quitações em dinheiro feita pelos inadimplentes, dando o desconto e ficando com o dinheiro. Segundo os conceitos de auditoria externa, referida fraude evidencia um risco de: (A) detecção. (b ) controle. (C) monitoramento. (D) inerente. (E) operações. Comentários: Em questões desse tipo, com o caput muito extenso, temos que nos ater ao que realmente interessa. Observamos que a empresa tem um controle instituído, que é a presença de um funcionário para receber os pagamentos dos clientes inadimplentes. O problema é que não há um monitoramento desse controle, o que acaba gerando fraude por parte do Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 funcionário. Dessa forma, quando há um controle, mas ele é falho, temos a evidência de um risco de controle. Resposta: B 23 - (FCC / ARCE-CE / 2012) - É INCORRETO afirmar: (A) As demonstrações financeiras das companhias abertas devem ser obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na Comissão de Valores Mobiliários. (B) O auditor deve reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto, obter segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido a fraude ou erro. (C) O objetivo de uma auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. (D) As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança. (E) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. Comentários: Conforme visto, não há como reduzir o risco de auditoria a zero, dada as limitações inerentes ao controle interno da empresa auditada e o uso da técnica de amostragem por parte do auditor, o que faz com que ele não consiga aplicar testes em todas as transações realizadas pela empresa. Além disso, o auditor tem segurança razoável em sua opinião e não segurança absoluta. Portanto, a letra B está incorreta. Resposta: B 24 - (CESPE/TCU/2013) - Os auditores não podem examinar todas as possíveis evidências que eliminariam os riscos de um julgamento equivocado. Um desses possíveis riscos é o risco inerente, presente, por exemplo, na situação em que uma empresa competidora de licitação ilionária é levada a elaborar demonstrações contábeis que favorecem sua imagem quanto à sua real situação econômico-financeira. Comentários: O risco inerente é aquele que guarda relação com a atividade desempenhada pela entidade, antes da adoção de qualquer controle implementado. Esse risco independe da atuação do auditor e não está sob seu domínio. Nesse sentido, a questão traz uma situação em que há um risco inerente alto, que é o da adulteração das demonstrações contábeis por parte da empresa, devido à necessidade dessa empresa vencer a licitação bilionária. O auditor não pode interferir nesse risco, como exposto no Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 parágrafo anterior, mas pode diminuir o risco de detecção, este sim "nas mãos" do auditor, por meio da aplicação de mais testes de auditoria. Resposta: C 25 - (CESPE / TCU / 2011) - A hipótese de o auditor se equivocar ao manifestar opinião de que as demonstrações contábeis contêm distorção relevante constitui, na acepção das normas brasileiras de contabilidade um tipo de risco considerado insignificante. Comentários: Atenção! A definição da NBC TA 200 é clara. Considera-se risco de auditoria o risco das demonstrações contábeis conterem distorções relevantes e o auditor opinar de forma inadequada, ou seja, considerar que não haja essas distorções. O risco de o auditor considerar que há distorções relevantes nas demonstrações contábeis quando na verdade elas não existem é, segundo a norma, insignificante. Portanto, a questão está correta. Resposta: CERTO 26 - (FGV / ICMS-AP / 2011) - Segundo a resolução n° 1.203/09, do CFC - Conselho Federal de Contabilidade, o auditor corre o risco de "os procedimentos executados para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que pode ser relevante, individualmente ou em conjunto, com outras distorções". Assinale a alternativa que indique o tipo de risco citado no trecho acima. (A) Risco inerente. (b ) Risco de auditor. (C) Risco de detecção. (D) Risco relevante. (E) Risco residual. Comentários: Para não errar, sempre que a questão der a entender que foi uma falha do auditor (em não detectar uma distorção relevante) ela estará se referindo a esse risco. Resposta: C Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 88 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Curso de Auditoria para RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 03 5. Fraudes, erro e a responsabilidade do auditor Em regra, as normas de auditoria costumam referir-se a erro e fraude, cuja distinção fundamental se baseia no caráter involuntário ou não de um e de outro. Entende-se por erro, ato não voluntário, não intencional, resultante de omissão, desconhecimento, imperícia, imprudência, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de documentos, registros ou demonstrações. Existe apenas culpa, pois não há intenção de causar dano. O termo fraude, por sua vez, refere-se a ato voluntário, intencional, resultante de omissão ou manipulação de transações,
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