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Reservatórios de Concreto Armado
Tipos, Cálculo, Dimensionamento e detalhamento 
9°Período
Curso: Engenharia Civil
Professor: Diego Bastos 
Objetivos
• Gerais
– Conhecer os tipos, ações, métodos de
análise estrutural, dimensionamento e
detalhamento de estruturas especiais.
• Específicos
– Cálculo, dimensionamento e detalhamento de
e reservatórios.
Referências Bibliográficas
• CHUST, R. (2015). Notas de Aula – Pós Graduação em 
Estruturas de Concreto - INBEC. Rio de Janeiro;
• LEONHARDT, F. & MÖNNIG, E. (1978). Construções
de concreto. Ed. Interciência, v. 01, 02, 03 e 04, Rio de
Janeiro;
• SOUZA, V. C. M.; CUNHA, A. J. P – Lajes em concreto
armado e protendido. Cap-9-Caixas d’água, Piscinas e
Subsolos. Rio de Janeiro, 1998
• GUIMARÃES, A. E. P. Indicações para o projeto e
execução de reservatórios cilíndricos em concreto
armado. Dissertação – Mestrado, Escola de Engenharia
de São Carlos, Universidade de São Paulo, 1995.
Referências Bibliográficas
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto. Rio de
Janeiro, 2007.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 6122 – Projeto e execução de fundações. Rio de
Janeiro, 2010.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas. Rio
de Janeiro, 1984.
Generalidades
- Estruturas concebidas em Concreto Armado
- Combinação de elementos bidimensionais (placas e
chapas) , formando a estrutura.
- Podem apresentar formas paralepipédicas ou circulares
- Cuidados especiais com a fissuração
Utilização
- Reservatórios elevados em edifícios Residenciais, 
comerciais
e industriais.
- Reservatórios inferiores
- Piscinas enterradas ou elevadas
-Estruturas pertencentes a ETEs e ETAs
-Estruturas para estoque de produtos (Silos)
Classificação
- Reservatórios elevados:
-De pequena capacidade (vol.< 50 m³)
-De média capacidade (50 m³ < vol. < 200 m³)
-De grande capacidade (vol. > 200 m³)
- Reservatórios enterrados:
-De pequena capacidade (vol.< 100 m³)
-De média capacidade (100 m³ < vol. < 500 m³)
-De grande capacidade (vol. > 500 m³)
RESERVATÓRIO ELEVADO:
- Abastecimento;
- Reserva Técnica de
Incêndio;
Obs: possibilidade
de uso de reservatório em fibra.
- Apoiado sobre pilares;
RESERVATÓRIO INFERIOR:
-Enterrado ou externo
-Apoiado diretamente sobre o solo ou estacas
PISCINAS:
-Enterrada ou elevada
-Aplicação de impermeabilizante
ESTRUTURAS PERTENCENTES 
A ETEs E ETAs:
Tanque de Aeração
Tanque de Desinfecção
ELEMENTOS DOS RESERVATÓRIOS:
- Formado por placas e chapas;
- Laje de tampa;
- Laje de fundo;
- Paredes (Vigas Paredes);
- Pilares de sustentação (elevados);
- Estacas ou sapatas (enterrados);
AÇÕES NOS ELEMENTOS:
LAJE DE TAMPA
Ações Permanentes:
Peso próprio dos elementos de concreto
- Revestimento superior e inferior;
- Sobrecarga acidental ;
Ações Varáveis:
- Peso do solo (caso de reservatório enterrado);
LAJE DE FUNDO
Ações Permanentes:
- Peso próprio dos elementos de concreto
- Peso próprio da impermeabilização; 
- Peso do líquido
Ações Variáveis:
- Sobrepressão da água (caso reservatório enterrado);
AÇÕES NOS ELEMENTOS:
AÇÕES NOS ELEMENTOS:
PAREDES (RESERVATÓRIO ENTERRADO)
Ações Permanentes:
- Peso próprio dos elementos de concreto
- Reação da laje de tampa;
- Reação da laje de fundo;
- Empuxo horizontal do liquido;
- Empuxo horizontal do liquido;
PAREDES (RESERVATÓRIO ELEVADO)
Ações Permanentes:
- Peso próprio dos elementos de concreto
- Revestimento internos e externos
- Reação da laje de tampa;
- Reação da laje de fundo;
- Empuxo horizontal do liquido;
Ações Variáveis:
- Ação do Vento (em Pilares e Fundações);
AÇÕES NOS ELEMENTOS:
PAREDES (RESERVATÓRIO ELEVADO)
Ações Permanentes:
- Peso próprio dos elementos de concreto
- Revestimento internos e externos
- Reação da laje de tampa;
- Reação da laje de fundo;
- Empuxo horizontal do liquido;
Ações Variáveis:
- Ação do Vento (em Pilares e Fundações);
AÇÕES NOS ELEMENTOS:
VALORES MÍNIMOS DE 
COBRIMENTO E fCK
Classe de Agressividade Ambiental (CAA):
VALORES MÍNIMOS DE 
COBRIMENTO E fCK
Cobrimentos:
- Peso próprio dos elementos de concreto:
Pa= γa.h
γa= 10 kN/m³ ou 1 tf/m³
- Peso próprio da impermeabilização;
0,5 kN/m² a 1,0 kN/m² γbetume= 13 kN/m³
- Peso do solo (reservatório enterrado)
Psolo=solo.h
γsolo= 18 kN/m³ ou 1,8 tf/m³
γsub= 15 kN/m³ ou 1,5 tf/m³
γsat= 25 kN/m³ ou 2,5 tf/m³
DETERMINAÇÃO DAS AÇÕES 
NOS ELEMENTOS:
- Sobrecarga acidental (ABNT NBR 6120:1980):
P= 3 kN/m² ou 0,3 tf/m² (automóveis)
P= 0,5 kN/m² ou 0,05 tf/m² (região sem acesso ao 
público)
- Empuxo d’água:
Pha= γa.h
Eágua=ka.Pha.h/2 Eágua
Ka = 1,0
DETERMINAÇÃO DAS AÇÕES 
NOS ELEMENTOS:
ELEMENTOS ESTRUTURAIS:
• Flutuação (reservatório enterrado)
• Tensão no Solo (reservatório enterrado);
• Esforços Solicitantes nos Elementos ;
• Abertura de Fissuras ;
VERIFICAÇÕES:
FLUTUAÇÃO
-A Flutuação ocorre em reservatórios enterrados com 
presença
de lençol freático acima da cota de apoio da laje de fundo
Fs = Pconcreto Fs>1,2
Empuxo
VERIFICAÇÕES:
TENSÃO NO SOLO
-Situação em que utiliza-se fundação direta;
σs=Pconcreto
Área
σs< σadm
- Peso da estrutura cheia dividido pela área da base;
- No caso da existência de abas, considerar o peso das abas
e o peso do solo sobre as mesmas;
- O valor de sadm é obtido a partir de parâmetros
geotécnicos, fornecidos por consultor geotécnico,
usualmente variando entre 1,0 kgf/cm² e 3,0 kgf/cm²;
VERIFICAÇÕES:
ESFORÇOS SOLICITANTES
-Os esforços solicitantes são obtidos a partir da Análise 
Estrutural dos elementos;
-Análise de acordo com capítulo 14 da ABNT NBR 6118:2014, 
podendo ser considerado comportamento elástico-linear, 
conforme item 14.5.2.
- Consideração da fissuração, caso ocorra;
- Deve-se garantir a ductilidade dos elementos de concreto
VERIFICAÇÕES:
ABERTURA DE FISSURAS
-A provável abertura de fissuras é dada por:
σsi = tensão efetiva na armadura no Estádio II
φi = diâmetro da barras da armadura (em mm);
h1 = coeficiente de conformação superficial das barras de aço;
Esi = módulo de elasticidade do aço;
fctm = resistência média à tração do concreto.
ρri = taxa geométrica da armadura passiva ou ativa aderente
em relação à área da região de envolvimento
e = Relação entre os módulos de elasticidade, podendo ser
tomado igual a 15
VERIFICAÇÕES:
Tipos de vinculações para lajes isoladas:
Tabelas Prof. Libânio M. Pinheiro (2007)
Lx será sempre o menor lado
CÁLCULO:
Tipos de vinculações para lajes isoladas:
Tabelas Prof. Libânio M. Pinheiro (2007)
CÁLCULO:
Tipos de vinculações para lajes isoladas:
Tabelas Prof. Libânio M. Pinheiro (2007)
λ< 2 Laje armada em 2 direções
λ > 2 Laje armada em 1 direção
CÁLCULO:
DETALHAMENTOS:
DETALHAMENTOS:
EXEMPLO:
Dimensionar a armadura de flexão da Laje da tampa da caixa 
d’água abaixo.
Planta baixa e corte vertical
EXEMPLO:
1. Dados
-Paredes/ Laje de fundo: h= 15 cm
-Laje de tampa: h= 12 cm
-Classe de agressividade ambiental IV
-Cobrimento: 4,50 cm
-Concreto C40
2. Laje de Tampa
2.1 Ações
-P.P: 0,12 x 2500 = 300 kgf/m²
-Revestimento + regularização = 100 kgf/m²
-Sobrecarga Acidental = 50 kgf/m²
Total: 450 kgf/m²
EXEMPLO:
2. Laje de Tampa
2.2 Reações e momentos
-Mx = 7,72x35,28 = 419,6 kgf.m/m
-My = 3,89x35,28 = 137,2 kgf.m/m
EXEMPLO:
2. Laje de Tampa
2.3 Profundidade da Linha Neutra
𝑥 = 1,25. 𝑑 . ሼ1 − ቎ ቏1 −
𝑀𝑑
(0,425 . 𝑏 . 𝑑2 . 𝑓𝑐𝑑 )
} 𝑓𝑐𝑑=
4
1,4
𝑥𝑥 = 1,25. 7,5 . ሼ1 − ൦ ൪1 −
1,4 . 419,60
(0,425 . 100 . 7,52 .
4
1,4)
} = 0,41 𝑐𝑚
𝑥𝑦 = 1,25. 7,5 . ሼ1 − ቎ ቏1 −
1,4 .137,20
(0,425 .100 .7,52.
4
1,4
)
} = 0,13 cm
EXEMPLO:
2. Laje de Tampa
2.4 Área de Aço Calculada
𝐴𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙
+ =
𝑀𝑑
𝑑 −0,4 . 𝑥 . 𝑓𝑦𝑑
= 
1,4 . 419,60
9 −0,4 .0,41 .
50
1,15
= 1,84 cm²/m 
𝐴𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑎
+ =
𝑀𝑑
𝑑 −0,4 . 𝑥 . 𝑓𝑦𝑑
= 
1,4 . 137,20
9 −0,4 .0,13 .
50
1,15
= 0,59 cm²/m 
EXEMPLO:
2. Laje de Tampa
2.5 Área de Aço Mínima
2.5 Armadura adotada
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,023 .
4
1,4
50
1,15
. 100 . 12= 1,81 cm²/m 
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 < 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎
𝐴𝑠,𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 = 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎= 1,84 cm²/m (Armadura Positiva Principal)
𝐴𝑠,𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 = 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛= 1,81 cm²/m (Armadura Positiva Secundária)
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 > 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎

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