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Responsabilidade Civil Prof Ms Luane Lemos Aula 02 - Conduta Culposa Revisando: elementos da responsabilidade subjetiva: - conduta culposa, nexo de causalidade e dano * CONDUTA CULPOSA Para fins de responsabilidade civil subjetiva pode-se falar de conduta humana culposa como elemento para sua caracterização 1. CONDUTA Conceito (Cavalieri): comportamento humano voluntário que se exterioriza através de uma ação ou omissão, produzindo consequências jurídicas. A voluntariedade é o aspecto subjetivo da conduta e a ação ou omissão, o aspecto objetivo Ação é conduta positiva e omissão é aquilo que se faz não se fazendo A omissão em si não gera materialmente o dano. Na verdade, a omissão, no sentido de não impedimento do resultado, faz com que a causa do dano opere, sendo uma cooperação com o resultado. Só pode ser responsabilizado por omissão quem tem o dever jurídico de agir. Em caso de responsabilidade por fato de incapaz, da coisa ou de animal, a responsabilidade é por omissão, por falta de cuidado, guarda ou vigilância. 2. IMPUTABILIDADE A conduta culpável deve ser também reprovável, então o agente deve gozar de maturidade e sanidade mental: Os menores de 16 anos não são imputáveis (art 3, inciso I do CC) Os que por enfermidade ou deficiência mental não tiverem discernimento para os atos da vida civil (art. 3º, II do CC) Respondem por estes os responsáveis e os curadores 3. CULPA LATO SENSU Para fins de responsabilidade civil é necessário que se comprove a culpa no ato. Caso tenha sido um acidente (ou caso fortuito) deve a vitima conformar-se com seu azar. A vontade é o impulso causal do comportamento humano. Uma manifestação do querer suficiente para afastar um resultado puramente mecânico. Quando o ato é formado a partir de um reflexo (como sonambulismo) ou ocorre mediante coação irresistível ele não pode ser considerado como volitivo. Em caso de coação compulsiva (onde a pessoa comete o ato sozinha, mas mediante coação) é caso de excludente de responsabilidade. A intenção é a vontade dirigida para um fim. Para fins de responsabilidade civil a configuração de dolo ou culpa não influencia no resultado ou na reparação. Na responsabilidade penal, sim. 3.1 DOLO O dolo é a conduta intencional voltada para o resultado ilícito. É a ação do agente que mesmo antevendo o dano prossegue na intenção de causar o resultado. Para a configuração do dolo deve haver então a previsão do resultado e a consciência da ilicitude do ato. 3.2 CULPA A culpa é a violação do dever de cuidado, de diligência, que o agente podia conhecer e observar. O agente intenciona algo lícito, mas comete ERRO DE CONDUTA por agir com descuido. A conduta nasce lícita, mas desvia-se do seu curso causando um efeito ilícito. CONCEITO (Cavalieri): conduta voluntária contrária ao dever de cuidado imposto pelo Direito, com a produção de um evento danoso involuntário, porém previsto ou previsível. ELEMENTOS: conduta voluntária e resultado involuntário; previsão; falta de cuidado. Previsão: só se pode prever o que for razoável. Deve ser uma previsão especifica e não genérica (um dia isso ia ocorrer). Pode ser exigida do homem médio, comum, de acordo com sua condição pessoal, idade, cultura, sexo etc. Não havendo previsibilidade se recai no caso fortuito ou força maior. Falta de cuidado: negligência (omissão), imprudência (ação), imperícia (falta de habilidade). ESPÉCIES: culpa in elegendo e in vigiando Não existem mais no Código Civil de 2002 Culpa Concorrente: prefere-se falar em causas concorrentes do que em culpa concorrente. As duas condutas, do agente e da vitima concorrem adequada e diretamente para o evento em grau de importância e intensidade. A indenização será proporcional ao grau de culpa de cada um. Art 945 do CC
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