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DATA: 08/04/17 EDU. FISICA AULA 4 Refletir sobre os desafios presentes na prática da Educação Física Escolar. PERGUNTA DO PROFESSOR JOÃO MARCS PARA DEBATER NO FÓRUM 2. Compreender a Educação Física Escolar como componente curricular e de competência ético-profissional. 3. Debater sobre os procedimentos de ensino da Educação Física Escolar como Proposta de Trabalho: A proposta da realização deste trabalho indica o exercício do princípio de autoridade diante do conhecimento básico. Para tal, solicita-se que a composição do presente contemple: 1. A organização da revisão de cada um dos conceitos integrantes da tríade citada na tela anterior, registrando três definições de diferentes autores para cada um dos termos pesquisados e elaborando a sua definição conceitual para cada um dos termos; 2. Após a conclusão da primeira parte do trabalho e da sistematização do conteúdo desta aula, o(a) aluno(a) deverá construir um texto de duas a três laudas contemplando a questão apresentada no início da aula: Como podemos integrar a Educação Física Escolar à prática didático-pedagógica comprometida com um fazer ético e libertador, por uma Educação cidadã e emancipatória? 3. O trabalho proposto deverá favorecer a participação qualitativa do(a) aluno(a) no Fórum debate da aula. RESUMO Pensar a Educação Física Escolar como componente curricular com a possibilidade de indicar caminhos qualitativos para o enfrentamento dos desafios presentes na prática pedagógica é um compromisso que implica em trabalhar as questões teórico-político-filosóficas que dificultam o entendimento de importantes variáveis da vida cotidiana no contexto escolar e as ações necessárias para a transformação delas. É relevante fazer refletir que, quando se refere à prática educativo-pedagógica as ideias são as mais variadas: EXEMPLO: É comum excluir as crianças “indisciplinadas” das aulas da Educação Física Escolar por desconhecer a sua competência educativo-pedagógica na construção de regras sociais a partir de jogos cooperativos. A prática escolar, de conservas culturais, compreende a Educação Física Escolar como atividade recreativa dissociada da prática educativa cidadã. A Educação Física é uma das áreas do conhecimento humano que objetiva estudar a educação da saúde do corpo integrado e suas implicações na formação básica do ser humano. É, também, um extenso campo de ações socioeducativas direcionadas às práticas humanas em relação ao movimento corpóreo, suas limitações e suas possibilidades -- Nesse sentido, afirma-se que a Educação Física se ocupa do conhecimento da educação do físico e das atividades psicomotoras, cuidadosamente estruturadas para o desenvolvimento da pessoa como ser intelectual, afetivo, sociocultural, solidário, lúdico... A Educação Física Escolar como componente curricular deverá explicitar sua base de conteúdos e suas estratégias de ensino comprometidas com a prática da educação libertadora, como propunha Paulo Freire (1994) ao inovar o processo pedagógico, integrando à metodologia criativa os conhecimentos compartilhados na busca de significados comuns e de solução de problemas de ensino-aprendizagem, para além de “saberes específicos”. Estas reflexões desejáveis sobre o como fazer para a contemplação da Educação Física Escolar como componente curricular caracterizam uma abertura dinâmica de construção-reconstrução da consciência da prática pedagógica escolar profissional, propondo mudanças significativas sobre as diretrizes estáticas e definitivas que são impostas pelos modelos de homogeneização da teoria da administração escolar, pela administração especificamente capitalista e pelo foro de universalidade. Cabe lembrar a fala de Freire (1992) ao ressaltar que “A gente tem que lutar para tornar possível o que ainda não é possível. Isto faz parte da tarefa histórica de redesenhar e reconstruir o mundo.”. As novas perspectivas vislumbradas para a Educação Física Escolar como componente curricular deverão cuidar do desenvolvimento de propostas que envolvam práticas cooperativas, afirmando as tendências educativo-pedagógicas, fundadas em práticas de produção coletiva e comprometidas com a contextualização dos conteúdos de complexidade, para que os movimentos proximais favoreçam as aprendizagens. A educação que recorre às práticas corporais, isto é, à educação física, intervém mais para desenvolver conhecimentos do que para transmitir verdades. Esses conhecimentos devem advir das relações entre as pessoas e seu mundo, tendo como resultado: A produção de um conhecimento original, de um lado irredutível – isto é, inconfundível, singular, diferente daquele das outras pessoas, porque construído por uma pessoa específica – e, de outro, complementar – pois, sendo produto da relação com o mundo, estabelece ligação com ele e refere-se, em linhas gerais, aos conhecimentos de todas as outras pessoas. O favorecimento da apropriação dos patrimônios culturais produzidos pela humanidade; no caso específico da educação física, a apropriação da cultura mais diretamente vinculada às práticas corporais, tais como os jogos e exercícios. Essas práticas serão tanto objeto de ensino quanto veículo educacional (neste último caso, quando tematizadas). (FREIRE, João Batista & SCAGLIA, Alcides José, 2003, p. 33). Educação Física Escolar: o impacto do processo de inclusão AULA 6 Reconhecer a integração dos estudos e das práticas da Educação Física Escolar como elo articulador na construção do projeto pedagógico escolar; R ejane Sousa 2. Pontuar as contribuições teóricas estruturantes e as práticas da Educação gestao-democratica.jpg infoescola.com Manfred Eigen, Prêmio Nobel de química em 1967, afirmou, em seu livro O jogo: as leis naturais que regulam o acaso, que a sociedade humana organizada seria a superação da individualidade humana. Ele não quis desmerecer a conquista da individualidade, mas dizer que é necessário superar o estado atual, autocentrado no indivíduo, para alcançar o estado de descentralização, no qual se vive cooperativamente, de modo que o individual jamais é superior ao coletivo, e o coletivo, por sua vez, não suprime o indivíduo. (FREIRE, João B. & SCAGLIA, Alcides J., 2003, p. 30). AULA 7 VOA (Ivan Lins / Leda Selma) Se teu sonho for maior que ti Alonga tuas asas Esgarça os teus medos Amplia o teu mundo Dimensiona o infinito E parte em busca da estrela... Voa alto! Voa longe! Voa livre! Voa! E esparrama pelo caminho A solidão que te roubou Tantas fantasias Tantos carinhos E tanta vida! Voa alto! Voa longe! Voa livre! Voa! Voa (Ivan Lins e Leda Selma) é muito mais que um recurso poético, é uma belíssima composição para sensibilizar e introduzir uma reflexão sobre a formação humana pela ética possível e necessária de viver a Vida Feliz! Pergunta dos alunos do fórum Quero destacar em especial as duas perguntas da primeira parte do livro CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSCA O que é imagem corporal? Anteriormente, tínhamos um homem que não reconhecia sua individualidade, e foi com Sócrates que tivemos a percepção de um individuo que se reconhecia perante outro. Com a percepção de individualidade, em que o corpo era dividido em corpo perecível, sendo, mortal com uma alma imortal. Neste conceito Platão tem uma definição antagônica de corpo e alma, sendo um corpo mortal, impuro e uma alma pura, sabia e eterna (GALLO, 1997) A forma que o corpo humano se manifesta no mundo, não fazendo a dissociação das dimensões que ela envolve, rompendo um modelo cartesiano. A construção social vem da forma que o homem interage com sua corporeidade. Resultante de um processo histórico. Temos um homem modificando seu agir, pensar e seu sentir de acordo com sua realidade. Caracterizando um grupo como unidade. Identificada pelo corpo de cada individuo que a este grupo pertence. (GONÇALVES, 1994). 2-Quando ocorreu a instrumentalização do corpo? Com o crescimento do capitalismono século XIX, a instrumentalização do corpo se fez necessária a produção industrial, tivemos gestos e movimentos padronizados em nossas manifestações corpóreas. Tivemos uma homogeneização de gestos e hábitos provenientes das novas tecnologias de produção em massa e com isso foi se estendendo a outras esferas sociais, como a educação do corpo. Atendendo aos interesses da produção. A sociedade industrial gerou grandes avanços técnico-científico. A elite burguesa moderna teve um enorme incremento de técnicas e práticas corporal. Teve o aumento da expectativa de vida, novos meios de transporte e comunicação alterando a forma de realiza- ção das atividades corporais. Destacarei um aspecto do seu texto para explicar a turma. A questão da educação física tecnicista (Darrido, 2009), foi muito presente no século passado, sobretudo de 1964 até 1984, quando o professor apenas ensinar gestos técnicos aos alunos. Tal concepção esqueceu, abandonou o desenvolvimento de valores positivos por meio do ensino do esporte, priorizando a formação do atleta, visando a técnica "perfeita
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