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Reforma Sanitária 
• O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, no início da década de 1970;
• A expressão ficou esquecida por um tempo até ser recuperada nos debates prévios à 8ª Conferência Nacional de Saúde, quando foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da Saúde. 
• Profissionais da área da Saúde, movimentos sociais organizados, intelectuais e representantes da sociedade civil, preocupados com a saúde pública, começaram um amplo processo de discussão sobre a saúde que contribuiu para elaboração de importantes documentos, como relatórios de plenárias, conferências e entrevistas com atores protagonistas do Movimento da Reforma Sanitária;
Proposições do Movimento da Reforma Sanitária:
• Saúde como direito de todo o cidadão; 
• Garantia de acesso da população às ações de saúde de cunho preventivo e/ou curativo com integração das ações em um único sistema; 
• Descentralização da gestão, tanto administrativa, como financeira; 
• Controle social das ações de saúde. 
Sobre a conferência 
• Aconteceu em março de 1986 em Brasília e foi considerada um dos eventos político-sanitários mais importantes da história da saúde; 
• Foi o Marco do Movimento da Reforma Sanitária; 
• Reuniu mais de 5.000 pessoas; 
• Definiu as estratégias a serem defendidas na Constituinte de 1988; 
• Aprovou texto sobre saúde que seria posteriormente incluído na CF 1988. 
Propostas básicas 
• Reconhecimento da saúde como direito de cidadania e dever do Estado; 
• Defesa de um sistema único, de acesso universal, igualitário e descentralizado de saúde; 
• Descentralização administrativa e financeira para os Estados e Municípios; 
• Promoção do Controle social pelo Estado.
Resultados da 8ª Conferência Nacional de Saúde 
• O conceito abrangente de saúde; 
• Saúde como direito de cidadania e dever do Estado; 
• A instituição de um Sistema Único de Saúde; 
• A participação da comunidade exercendo o controle social. 
Saúde “Em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde.
Artigo 196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
Artigo 197 e 198 Art. 197: “São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.” 
Art.198: “As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade.”
Artigo 199 “A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º podem participar de forma complementar do sistema único mediante contrato convênio com preferência para as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para às instituições privadas com fins lucrativos. 
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde do País, salvo nos casos previstos em lei.”
Artigo 200 “Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições: 
• Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
• Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
• Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
• Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; 
• Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
• Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.”
A carta e sua intenção 
A Carta de Ottawa é um documento apresentado na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizado em Ottawa (Canadá), em novembro de 1986. 
Trata-se de uma Carta de Intenções que busca contribuir com as políticas de saúde em todos os países, de forma equânime e universal.
Objetivo 
•A promoção da saúde tem como objetivo reduzir as desigualdades existentes nos níveis de saúde das populações e assegurar a igualdade de oportunidades e recursos, com vista a capacitá-las para a completa realização do seu potencial de saúde. 
•Para atingir este objetivo, é necessário acesso à informação e oportunidades que permitam opções saudáveis de vida. As populações não podem realizar totalmente o seu potencial de saúde sem que sejam capazes de controlar os fatores que a determinam. 
•O foco da promoção da saúde é alcançar a equidade em saúde.
As condições fundamentais para a saúde: 
 Paz;  Abrigo;  Educação;  Alimentação;  Recursos econômicos;  Ecossistema estável;  Recursos sustentáveis; 
 Justiça social;  Equidade.
Princípio 01: Construir Políticas Saudáveis 
•A promoção da saúde está para além da prestação de cuidados de saúde. Inscreve a saúde na agenda das decisões políticas, em todos os setores e em todos os níveis, conscientizando-os das consequências para a saúde das suas decisões e levando-os a assumir as responsabilidades neste campo. 
•Uma política de promoção da saúde combina diversas abordagens complementares, incluindo a legislação, as medidas fiscais, os impostos e as mudanças organizacionais. 
Princípio 02: Criação de ambientes favoráveis 
•O princípio orientador a nível mundial, das nações, das regiões e das comunidades é a necessidade de encorajar os cuidados mútuos – cuidar uns dos outros, das comunidades e do ambiente natural. É preciso assegurar a conservação dos recursos naturais do planeta, em uma perspectiva de responsabilidade global. 
•É essencial avaliar sistematicamente o impacto que o ambiente, em rápida evolução, tem na saúde – particularmente nas áreas da tecnologia, do trabalho, da produção de energia e da urbanização. 
Princípio 03: Reforçar a Ação Comunitária 
•A promoção da saúde desenvolve-se através da intervenção concreta e efetiva na comunidade, estabelecendo prioridades, tomando decisões, planeando estratégias e implementando-as com vista a atingir melhor saúde. 
•O desenvolvimento das comunidades é criado a partir dos seus recursos materiais e humanos, com base na autoajuda e no suporte social, no desenvolvimento de sistemas flexíveis que reforcem a participação pública e orientem para a resolução dos problemas de saúde. 
Princípio 04: Desenvolver Competências Pessoais 
•A promoção da saúde pressupõe o desenvolvimento pessoal e social, através da melhoria da informação, educação para a saúde e reforço das competências que habilitem para uma vida saudável. Deste modo, as populações ficam mais habilitadas para controlar a sua saúde e o ambiente e fazer opções conducentes à saúde. 
•É fundamental capacitar as pessoas para aprenderem durante toda a vida, preparando-as para as suas diferentes etapas e para enfrentarem as doenças crônicas e as incapacidades. 
Princípio 05: Reorientar os Serviços de Saúde 
•Para além das suas responsabilidades na prestação de cuidados clínicos e curativos, os serviços de saúde devem orientar-se cada vez mais para a promoção da saúde. 
•Esses serviços têm de adotar um amplo mandato que seja sensível e que respeite as especificidades culturais. Devem apoiar os indivíduos e ascomunidades na satisfação das suas necessidades para uma vida saudável e abrir canais de comunicação entre o sector da saúde e os sectores social, político, econômico e ambiental.
Objetivo geral 
•Explicar a promoção da qualidade de vida e redução da vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. 
Objetivos específicos 
•Descrever a implementação de ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção básica; 
•Reconhecer a importância da ampliação da autonomia e da corresponsabilidade de sujeitos e coletividades, inclusive o poder público, no cuidado integral à saúde, e da diminuição e/ou extinção das desigualdades de toda e qualquer ordem (étnica, racial, social, regional, de gênero, de orientação/opção sexual, entre outras); 
•Explicar a contribuição para o aumento da resolutividade do sistema de saúde, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança das ações de promoção da saúde. 
Lei nº 8080 de 19 de setembro de 1990
Definição 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde no Brasil; 
Regula as ações e serviços de saúde executados por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado no território nacional.
Disposições gerais 
•A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício; 
•O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação; 
•O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
•A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; 
•Os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País; 
•Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
Princípios Doutrinários 
Universalização: A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. 
Equidade: O objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. 
Integralidade: Este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.
Entendendo os princípios do SUS 
Integralidade 
•Conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; 
•Atender o ser humano na sua singularidade; 
•Não fragmentar o cuidado em saúde que é ofertado. 
Descentralização 
Redistribuição das responsabilidades pelas ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo; Parte do princípio de que “quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto”; Está vinculada ao conceito de Municipalização que é entendida como a profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo, com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde; Cabe ao município maior responsabilidade na implementação das ações de saúde dos seus cidadãos.
Regionalização 
•Distribuição dos serviços de saúde por região; 
•É regulamentada pelas Normas Operacionais Básicas (conjunto de legislações específicas que orientam de que forma a gestão e as ações em saúde devem ser organizadas); 
Hierarquização
Integração dos serviços de saúde em rede com a Atenção Primária ordenando e coordenando todos os serviços ofertados.
Definição 
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.
Participação popular 
O Sistema Único de Saúde, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I - A Conferência de Saúde;
II - O Conselho de Saúde.
1 - A participação social no Sistema Único de Saúde é garantia constitucional. Marque V para verdadeiro e F para falso nas assertivas abaixo: 
(V) As conferências de saúde são de extrema importância. Exemplo disso foi a VIII Conferência Nacional de Saúde de 1986 que resultou no texto sobre a saúde na Constituição Federal de 1988. 
(F) As conferências de saúde acontecem em nível Nacional de 4 em 4 anos e nos estados e municípios de 2 em 2 anos. 
(V) Participam dos conselhos de saúde representantes do Governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários. 
(F) Os usuários do SUS não podem participar das conferências e conselhos de saúde; 
(V) O conselho de saúde é um órgão deliberativo e de tomada de decisão.
2 - São condições para participação do setor privado no Sistema Único de Saúde, EXCETO: 
Celebração do contrato conforme as normas de direito público; 
Os contratos devem ser elaborados pelo gestor da rede privada e o gestor do SUS deverá aceitar as condições impostas por este.
Preferência pelos serviços sem fins lucrativos. 
Cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e na sequência complementar a rede assistencial com o setor privado de preferência sem fins lucrativos.
Os serviços contratados serão submetidos às normas técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde.
3 - Para receberem os recursos do Ministério da Saúde, os Municípios, Estados e Distrito Federal precisam contar com, EXCETO: 
D. Inserção da iniciativa privada 
4 - José, 53 anos, hipertenso de longa data, compareceu à consulta médica de rotina agendada para avaliação. Durante a consulta, o usuário queixou-se de disúria (dor ao urinar) e urgência miccional, mas relatou que quando vai ao banheiro quase não sai urina. Pediu ao médico um exame porque estava preocupado devido a histórico na família de câncer de próstata. O médico apontou a necessidade de agendar outra consulta para avaliar o caso porque a consulta daquele dia era apenas para avaliar a hipertensão arterial. Agindo dessa forma que princípio do SUS o médico está infringindo: 
A. Integralidade
5 - Dona Silvia deu entrada na Unidade Básica de Saúde (UBS) com fortes dores de cabeça. O agente comunitário de saúde (ACS) responsável pelo atendimento informou que a mesma não poderia ser atendida naquela UBS porque ela não morava na área de cobertura da equipe de saúde da família. Dona Sílvia disse que estava tendo dificuldade para conseguir atendimento perto de sua residência e que como trabalhava perto desta UBS achou por bem buscar ajuda já que as dores estavam insuportáveis. O ACS, por sua vez, manteve-se irredutível e Dona Sílvia foi liberada sem atendimento. Que princípio do SUS, presente na Lei nº 8080/90, que versa sobre o direito à saúde, não foi respeitado pelo ACS: 
D. UniversalidadeLei nº 8080 de 19 de setembro de 1990
Definição 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde no Brasil; 
Regula as ações e serviços de saúde executados por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado no território nacional.
PACS (programa agentes comunitários de saúde)
Origem e evolução 
•Início do século XX: visitadores sanitários e inspetores sanitários surgiram para controle da peste e febre amarela; 
• Estes profissionais foram muito utilizados pela SUCAM (Superintendência de Campanhas de Saúde Pública) para erradicação da malária e varíola.
Atividades do Agente Comunitário de Saúde 
• Acompanhamento de gestantes e nutrizes; 
• Incentivo ao aleitamento materno; 
• Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança; 
• Garantia do cumprimento do calendário da vacinação e de outras vacinas que se fizerem necessárias; 
• Controle das doenças diarreicas; 
• Controle da Infecção Respiratória Aguda (IRA); 
• Orientação quanto a alternativas alimentares; 
• Utilização da Medicina popular; 
• Promoção das ações de saneamento e melhoria do meio ambiente.
Legislação 
•Percebendo a expansão do Programa Saúde da Família que se consolidou como estratégia prioritária para a reorganização da Atenção Básica o governo emitiu a portaria Nº 648, de 28 de março de 2006, onde ficava estabelecido que o PSF é a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica; 
•Em 2011, a portaria Nº 2.488/2011 revogou a portaria Nº 648/2006 ao estabelecer a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica e aprovar a Política Nacional de Atenção Básica para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e para o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
ESF (estratégia de saúde da família)
PROESF (Projeto de Expansão e Consolidação Saúde da Família) 
•Iniciativa do Ministério da Saúde, apoiada pelo Banco Mundial voltada para a organização e o fortalecimento da Atenção Básica à Saúde no país; 
•Visa contribuir para a implantação e consolidação da Estratégia de Saúde da Família em municípios com população acima de 100 mil habitantes e a elevação da qualificação do processo de trabalho e desempenho dos serviços, otimizando e assegurando respostas efetivas para a população, em todos os municípios brasileiros; 
•O volume total de recursos investidos entre os anos de 2002 a 2009, na vigência do PROESF, foi de US$ 550 milhões, sendo 50% financiados pelo BIRD e 50% como contrapartida do governo brasileiro. 
•A implantação da Estratégia do Saúde da Família, nas grandes cidades, é mais complexa, exigindo mudanças de ordem quantitativa e qualitativa na sua operacionalização. O PROESF, neste sentido, viabilizou recursos para estruturação das equipes/unidades, buscando integrar procedimentos de outros níveis de complexidade do Sistema Único de Saúde; 
•O PROESF estruturou-se em três componentes técnicos, que representam os investimentos financiados com recursos do Projeto. 
PROESF (Projeto de Expansão e Consolidação Saúde da Família) 
Componente 1 Apoio à Conversão do Modelo de Atenção Básica de Saúde: 
• Modernização institucional; 
• Adequação da rede de serviços; 
• Fortalecimento dos sistemas de avaliação e informação; 
• Desenvolvimento de Recursos Humanos.
PROESF (Projeto de Expansão e Consolidação Saúde da Família) Componente 2 Desenvolvimento de Recursos Humanos: 
•Capacitação e educação permanente de recursos humanos (treinamento introdutório); 
• Formação de recursos humanos em Saúde da Família (capacitação de gestores, especialização e residência em saúde da família); 
• Apoio e monitoramento das atividades de desenvolvimento de recursos humanos. 
PROESF (Projeto de Expansão e Consolidação Saúde da Família) Componente 3 Monitoramento e Avaliação: 
•Adequação dos sistemas de monitoramento da atenção básica; 
•Avaliação da implementação das ESF; 
•Qualificação das unidades básicas de saúde e Equipes de Saúde da Família; 
•Fundo de Investigação e Avaliação. 
Bases conceituais da ESF 
• Família como objeto da atenção; 
• Vínculo; 
• Atuar para além dos muros das Unidades de Saúde; 
• Trabalhar de forma interdisciplinar e multidisciplinar; 
• Ter responsabilidade integral pela população da área de abrangência. 
Objetivos da ESF 
•Eleger a família e o seu espaço social como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde; 
•Prestar assistência integral, resolutiva, contínua e com qualidade à população adscrita, na Unidade de Saúde e em seu domicílio; 
•Humanizar as práticas de saúde, estabelecendo vínculos entre os profissionais de Saúde e a população; 
•Propiciar o reconhecimento da saúde como um direito de cidadania e, portanto expressão da qualidade de vida. 
Princípios da Estratégia Saúde da Família 
•Adscrição de clientela: Definição precisa do território de atuação; 
•Territorialização: Mapeamento da área, compreendendo segmento populacional determinado; 
•Diagnóstico da situação de saúde da população: Cadastramento das famílias e dos indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do território; 
•Planejamento baseado na realidade local: Programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas. 
Características do processo de trabalho na Estratégia de Saúde da Família 
• Interdisciplinaridade: Trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações; 
• Vinculação: Participação na dinâmica social das famílias assistidas e da própria comunidade; 
• Competência cultural: Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito. 
•Participação social: Participação da comunidade no planejamento, na execução e na avaliação das ações; 
•Intersetorialidade: Trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde; 
•Fortalecimento da gestão local: Apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local.