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* Entamoeba histolytica Profa. Nara Amélia Farias 2016 * INTRODUÇÃO - 1875, médico russo Lösch – fezes de camponês com disenteria transferiu amebas do paciente a um cão, por injeção retal adoeceu, e teve ulceração no cólon camponês morreu e, na necrópsia, foram encontradas úlceras similares * * INTRODUÇÃO Atualmente fala-se em complexo E. histolytica / E. dispar E. histolytica - invasiva, diversos graus de virulência - diversas formas clínicas E. dispar - não é invasiva - maioria dos casos assintomáticos ou com leve colite * INTRODUÇÃO Estudos com isoenzimas 22 diferentes grupos ou zimodemos de E. histolytica (só 9 invasivos) * amebíase intestinal e de outros órgãos 10% da população mundial infectada alta letalidade – 100.000 óbitos/ano eficácia de diagnóstico e tratamento - ↓ letalidade México 1980- 23% 2000- menos de 1% cistos em coprólitos humanos de 7.200 anos atrás, México INTRODUÇÃO * INTRODUÇÃO um dos causadores da “diarréia de turista” fator econômico – recuperação Brasil - RS, SC e PR homem animais (cães, gatos, suínos, macacos) * REINO: Protista SUB-REINO: Protozoa FILO: Sarcomastigophora SUB-FILO: Sarcodina ORDEM: Amoebida FAMÍLIA: Entamoebidae GÊNERO: Entamoeba ESPÉCIE: E. histolytica E. dispar E. coli E. hartmani E. gengivalis TAXONOMIA * E. muris (roedores) E. cobayae (cobaias) E. gallinarum E. invadens (répteis) E. ranarum (anfíbios) E. terrapinae (tartarugas) E. polecki (porco) E. chattoni (macacos) E. bovis TAXONOMIA * Trofozoíto MORFOLOGIA (20 – 40 µm) polimórfico pseudópodes ectoplasma endoplasma vacúolos digestivos núcleo grânulos de cromatina forma minuta forma magna * Cisto (12 µm) parede forma 1 a 4 núcleos corpos cromatóides MORFOLOGIA * BIOLOGIA cistos desencistamento trofozoíto divisão binária trofozoítos cistos * * Forma Invasiva Fator Bacteriano Cobaias estéreis inóculo trofozoítos minuta no ceco (poucos dias) Cobaias com flora bacteriana normal mesmo inóculo ↓ úlceras amebianas em 90% dos casos Escherichia coli Aerobacter aerogenes. * BIOLOGIA Reprodução Assexuada por Fissão Binária * Alimentação dos Trofozoítos - fagocitose - pinocitose - transporte através da membrana BIOLOGIA * BIOLOGIA Locomoção pseudópodos - deslizamento * habitat luz do intestino grosso úlceras da mucosa e submucosa de ceco, apêndice, cólon e reto abcessos e lesões – fígado, pulmões, cérebro e pele BIOLOGIA * Direta fecal-oral Água contaminada Alimentos contaminados Vendedores artesanais de alimentos na rua Transmissão comum em presídios , hospitais para doentes mentais, asilos, sem cuidados higiênicos primários homossexuais masculinos (EUA) “doença das mãos sujas” – mãos não lavadas antes de comer e depois de defecar BIOLOGIA * PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS Invasão de mucosa intestinal adesão à célula movimentos amebóides liberação de enzimas proteolíticas (hialuronidase, proteases, mucopolissacaridases) destruição e fagocitose das células progressão no tecido dispersão para outros órgãos – abcessos * A patogenia depende de fatores susceptibilidade estado nutricional estado imunológico flora bacteriana intestinal Do hospedeiro PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS * PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS ASSINTOMÁTICOS (90%) MORTE (amebíase intestinal aguda ou necrose hepática) * PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS * Formas Clínicas a) Amebíase Intestinal disentérica – aguda, cólicas, diarréia, fezes muco- sanguinolentas † perfurações intestinais múltiplas colite não disentérica – desconforto abdominal, fezes pastosas alternadas com normais apendicite amebiana – processo inflamatório e/ou ulceração no apêndice – dor intensa – indicação cirúrgica PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS * PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS Características da amebíase intestinal invasiva: sinais clínicos da amebíase presença de trofozoítos hematófagos nas fezes ou em material de raspagem retal com cureta alterações características da mucosa intestinal no exame retossigmoidoscópico testes sorológicos positivos para Ac específicos Características da amebíase intestinal não invasiva: curso assintomático ausência de trofozoítos hematófagos ausência de alterações endoscópicas na mucosa intestinal testes sorológicos negativos para Ac específicos * Lesões da parede intestinal Amebíase invasiva PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS * Lesões da parede intestinal múltiplas ulcerações PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS * PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS Ulcerações múltiplas e perfuração do colon * Amebíase intestinal invasiva PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS Trofozoítos com hemácias * b) Amebíase Extra-Intestinal hepática – mais frequente. Hepatite aguda e abcesso. Dor + febre + hepatomegalia dolorosa cutânea - geralmente na região perianal pulmonar cerebral PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS * Amebíase hepática PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS * Amebíase hepática PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS * Vários abcessos hepáticos, causa mortis de humano * Amebíase cutânea Venezuela PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS * PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS Amebíase cutânea Biópsia de lesão perianal * PATOGENIA / SINAIS CLÍNICOS Abcessos cutâneos – imunossupressão transplante * , pulmões, cérebro,pele * EPIDEMIOLOGIA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA * Condições sanitárias e sócio-econômicas aglomerados humanos higiene educação sanitária alimentação habitação, esgotos água tratada Região bem saneada e limpa tem raros casos de amebíase EPIDEMIOLOGIA * Fatores que favorecem a disseminação dose infectante – 1 a 10 cistos grande produção de cistos portador são com fezes normais – 60 cistos/mg evacuação de 100 g – 6 milhões de cistos viabilidade do cisto – 20 dias (sombra) EPIDEMIOLOGIA * Fatores que agravam a infecção stress má-nutrição alcoolismo tratamentos com corticosteróides imunodeficiência alterações da flora bacteriana intestinal * Prevalência e formas clínicas variáveis hepática intestinal assintomáticos EPIDEMIOLOGIA 90% em homens 20 a 40 anos * Belem Prevalência mundial – 10% Homossexuais masculinos – 30% Países subdesenvolvidos – 50 a 80% EPIDEMIOLOGIA * EPIDEMIOLOGIA % Prevalência de parasitos humanos na área urbana de Belém, PA, 2004 (n=845) amostra única – prevalência subestimada * EPIDEMIOLOGIA todas as idades, mais em adultos profissões de risco – trabalhadores de rede de esgoto, manipuladores de frutas e legumes adubados ouirrigados com material contaminado diarréia de viajantes - por não ter tido contato anterior (europeu no Rio) - indivíduo já parasitado receber cepa diferente ou o “fator bacteriano” que determina a transformação de suas amebas em formas invasivas (gaúcho no Rio) * pessoas que vivem em precárias condições sanitárias imigrantes de países desenvolvidos turistas de países desenvolvidos pessoas internas em instituições com higiene precária homossexuais masculinos Grupos de Risco * DIAGNÓSTICO PROBLEMA: diferenciação laboratorial das não patogênicas até 4 núcleos até 8 núcleos TROF. até 4 núcleos até 8 núcleos * Para um diagnóstico seguro de amebíase são necessárias 4 condições: quadro clínico compatível presença demonstrada do parasito um teste sorológico específico positivo (indica a invasão dos tecidos) resposta favorável à terapêutica antiamebiana * Clínico difícil (quadro comum a várias doenças) DIAGNÓSTICO * Laboratorial - exame de fezes (repetir) diarreicas – coradas com hematoxilina férrica- trofozoítos formadas – centrifugo-flutuação com Sulfato de Zinco – cistos - retossigmoidoscopia – lesões e coleta de material por raspado trofozoítos invasivos – hematoxilina-férrica ulcerações DIAGNÓSTICO * imunodiagnóstico (formas invasivas) - ELISA diagnóstico por imagem Raio X, ultra-som, tomografia, ressonância magnética (formas extra-intestinais) *Atual – Kit de ELISA para busca de coproantígenos de E. histolytica com Ac monoclonais (específicos) e PCR – ainda muito caro DIAGNÓSTICO * PROFILAXIA educação sanitária – “doença das mãos sujas” Sempre lavar as mãos: após defecar e se limpar antes de tocar em alimentos após tocar em material que possa estar contaminado após higienizar doentes e crianças antes de ingerir qualquer alimento antes de preparar alimentos * PROFILAXIA * ⋇ exames periódicos em manipuladores de alimentos, com tratamento dos portadores Ex: Caribe (<90%) ⋇ identificação e tratamento de portadores sãos – grande eliminação diária de cistos PROFILAXIA * ⋇ notificação de surtos – para detectar a fonte e controlar ⋇ cuidados com o paciente - isolamento – fezes, lençóis, roupas - desinfecção ambiental e de utensílios - manipulador de alimento deve ser afastado da função até o final do tratamento PROFILAXIA * Tratar assintomáticos – antes de imunosupressão ou em diagnóstico de AIDS (metronidazol) Associar antibióticos PROFILAXIA ⋇ evitar alimentos manipulados por vendedores ambulantes * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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