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* Leishmania 2016 * protozoário flagelado homem e animais Lutzomyia 2 milhões de pessoas/ano regiões tropicais e sub-tropicais (exceto Austrália e Ilhas do Pacífico) formas tegumentar e visceral 1 - INTRODUÇÃO * Cutânea Cutâneo-mucosa INTRODUÇÃO Leishmaniose Tegumentar Difusa * INTRODUÇÃO Leishmaniose Visceral NE – 70% dos casos crianças imunodeprimidos cão reservatório chegou ao RS (2009) * INTRODUÇÃO QUADRO MUNDIAL GRAVE expansão das áreas atingidas aumento do número de casos pouco conhecimento da população desinformação de profissionais da saúde negligência da indústria HIV x LV Brasil – LC e LV chegaram ao RS no século XXI * ESTÁ ENTRE AS 6 ENDEMIAS MAIS IMPORTANTES DO MUNDO (OMS) alta incidência da enfermidade mutilações pela forma cutâneo-mucosa mortalidade pela forma visceral expansão geográfica nas últimas décadas * Leishmaniose Tegumentar Ásia - Século I Américas – pré colombiana - cerâmicas incas - índios e colonizadores de vales andinos Brasil - 1909 (trabalhadores matas SP) SC – 1997 RS – 2002 (PoA e Missões) 2 - HISTÓRICO * Huaco Peruano Dias Atuais * HISTÓRICO Leishmaniose Visceral Índia - 1885 “Kal – azar” Brasil - 1934 (fígado de suspeito de Febre Amarela) 1954 - 1º surto - Sobral (CE) janeiro de 2009 – RS – São Borja (cão em 2008) SC – 2010 registro de casos caninos * REINO: Protista SUB-REINO: Protozoa FILO: Sarcomastigophora SUB-FILO: Mastigophora ORDEM: Kinetoplastida FAMÍLIA: Trypanosomatidae GÊNERO: Leishmania ESPÉCIES: L. braziliensis (cutânea e cutâneo-mucosa grave) L. guyanensis (cutânea) L. amazonensis (cutânea difusa) L. infantum (=chagasi ) (visceral) 3 – POSIÇÃO TAXONÔMICA * POSIÇÃO TAXONÔMICA características moleculares características imunológicas * POSIÇÃO TAXONÔMICA - tipo de hospedeiros - adaptação ao hospedeiro humano (algumas não se adaptaram) - órgão parasitado (pele ou órgãos internos) - causar lesões maiores ou menores - com ou sem metástases - possibilidade de auto-cura - indução de imunidade temporária, permanente ou nenhuma - especificidade quanto ao hospedeiro invertebrado (apenas uma ou várias espécies de mosquito) Caracterização biológica das espécies Todas parasitam vertebrados * macrófagos HV 2 a 6 µm formato ovóide núcleo arredondado, excêntrico cinetoplasto baciliforme blefaroplasto, flagelo intracelular, bolsa flagelar a) amastigotas cinetoplasto 4 – MORFOLOGIA * b) promastigotas tubo digestivo do mosquito tamanho variado (105 a 40 µm) fusiforme flagelo ≥ corpo celular núcleo arredondado, mediano cinetoplasto entre o núcleo e a extremidade anterior MORFOLOGIA * 5 – BIOLOGIA HOSPEDEIRO VERTEBRADO homem, animais domésticos e silvestres * HOSPEDEIRO INVERTEBRADO – Lutzomya spp. nomes vulgares características morfológicas características do vôo hábitos/atividades habitat 450 espécies – 30 transmissoras Lutzomyia longipalpis – LV – adaptação a ambientes alterados * * BIOLOGIA BIOLOGIA CICLO BIOLÓGICO promastigotas amastigotas em macrófagos * * * Ação da saliva do mosquito BIOLOGIA * BIOLOGIA CURSO DA INFECÇÃO * 6.1 – Leishmaniose Tegumentar O alastramento da doença está intimamente ligado ao desequilíbrio ambiental 6 – EPIDEMIOLOGIA * EPIDEMIOLOGIA (LTA) HOSPEDEIRO VERTEBRADO - homem, cão, burro HOSPEDEIRO INVERTEBRADO - Lutzomyia spp. RESERVATÓRIOS – roedores, gambá, tatu, tamanduá, preguiça, canídeos e equinos * DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA África, Ásia, Europa América (sul EUA ao norte Argentina) Brasil - em todos os estados RS - 2002 SC – 1997 N Maiores índices CO NE EPIDEMIOLOGIA (LTA) * ÁREAS DO CORPO MAIS ATINGIDAS pernas 37% tórax 6% cabeça 7% braços 30% EPIDEMIOLOGIA (LTA) * Evidências da transmissão domiciliar aumento da incidência e expansão geográfica da doença, mesmo em pessoas que não entram em matas ocorrência em áreas de colonização antiga adultos e crianças de ambos os sexos alta densidade de flebotomíneos no ambiente domiciliar e baixa nas matas animais domésticos infectados (cão e burro). * crianças c/6 meses – lesão oro-nasal * seios Cão doente Cão saudável doentes saudáveis EPIDEMIOLOGIA (LTA) * EPIDEMIOLOGIA (LV) 6.2 – Leishmaniose Visceral Urbanização mais precoce que LTA (adaptação do vetor) 1ª epidemia urbana – década de 70 – Teresina, PI 70% dos casos no NE RS – humanos 2009 * EPIDEMIOLOGIA (LV) Até anos 80 Campo Grande Belo Horizonte Palmas São Luiz Teresina São Paulo Brasília * Cerca de 10.000 doentes/ano 1.000 mortes/ano EPIDEMIOLOGIA (LV) * EPIDEMIOLOGIA (LV) CRIANÇAS imaturidade imunológica celular (agravada pela desnutrição) - maior exposição ao vetor no peridomicílio * RESERVATÓRIOS SILVESTRES – canídeos e gambá* EPIDEMIOLOGIA (LV) * RESERVATÓRIO DOMÉSTICO EPIDEMIOLOGIA (LV) * HOSPEDEIRO INVERTEBRADO - Lutzomyia longipalpis vales margens de lagos e rios com chuvas casas rurais e urbanas jardins parques hortas quintais EPIDEMIOLOGIA (LV) * EPIDEMIOLOGIA (LV) DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA regiões tropicais e sub-tropicais 90% dos casos do mundo em 5 países: Índia Bangaladesh Nepal Sudão Brasil América Latina: Brasil (90%), Argentina e Venezuela * Brasil: todas as regiões, inclusive no Sul (2009) 90% dos casos no NE distribuição heterogênea 7,4 % de letalidade EPIDEMIOLOGIA (LV) * EPIDEMIOLOGIA (LV) AMBIENTE PROPÍCIO À LV baixo nível socioeconômico promiscuidade difícil acesso ao Sistema de Saúde * EPIDEMIOLOGIA EXPANSÃO GEOGRÁFICA + AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS grandes cidades destruição de florestas e matas (SP 1800 - 81% 1990 – 4%) construção de grandes represas desenvolvimento agrícola intenso processo migratório por pressões econômicas e sociais (infectados em áreas livres e suscetíveis em focos naturais) pobreza crescente urbanização precária esvaziamento rural surgimento do HIV desnutrição e stress ( imunidade) * Leishmaniose Visceral no Estado do RS EPIDEMIOLOGIA 2008 Theo origem: São Borja idade: 4 anos raça: Pug hospital Ulbra – Canoas eutanásia pós diagnóstico Janeiro de 2009 – 2 casos humanos * EPIDEMIOLOGIA Área vulnerável vetor LV em municípios argentinos LV em municípios brasileiros * São Borja (maio 2009) LVC – 87 casos LVH – 3 vetor * * Uruguaiana (2011) 120 cães eutanasiados primeiro caso diagnosticado de LV em Uruguaiana EPIDEMIOLOGIA (LV) * 2008 - 2013 * nódulo úlcera típica lesão profunda com metástase a) Forma Tegumentar Lesão mecânica + química (saliva) Atração de células fagocitárias Parasitismo de macrófagos cura Lesão inicial nódulo desintegração da epiderme e membrana basal úlcera típica metástases cutâneas e/ou cutâneo-mucosas 7 – PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS * Forma Tegumentar Típica * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS (LT) Forma Cutâneo-mucosa - destruição de mucosa e cartilagem secundária – meses a 5 anos nariz, faringe, boca, palato, laringe “nariz de anta”, deformações, mutilações infecções respiratórias * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS (LT) Eritema infiltrado inflamatório coriza ulceração destruição gradativa do assoalho da fossa nasal, palato mole faringe úvula laringe traquéia 10 m 13 m 15m 16m 18m Menina de 5 anos - Brasília diagnóstico e início do tratamento * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS (LT) Forma Cutânea Difusa deficiência imunológica do hospedeiro sub-espécies diferentes, capazes de induzir imunodepressão do hospedeiro crônica, com recidivas não responde a tratamento estado anérgico – imunodeficiência lesões nodulares rosto e extremidades * * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS b) Forma Visceral * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS (LV) emagrecimento enfraquecimento geral suscetibilidade a infecções tendência a hemorragias anorexia anemia distensão abdominal debilidade caquexia infecções secundárias morte * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS (LV) * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS (LV) * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS (LV) * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS (LV) * PATOGENIA/SINAIS CLÍNICOS (LV) CÃES maioria assintomáticos, mas com muitos parasitos na derme alopecias, descamações (orelhas, focinho) pelo opaco, emagrecimento conjuntivite úlceras rasas onicogrifose paresia dos posteriores caquexia, morte linfonodos aumentados * CO-INFECÇÃO Leishmania / HIV diagnosticada em 34 países terceira infecção associada a HIV (hepatites virais e tuberculose) principalmente LV ambos pioram o estado clínico do paciente mortalidade maior (AIDS aumenta o risco de morte por LV de 10 a 100 vezes) co-infecção dificulta o diagnóstico sorológico * RURAL URBANA Leishmanioses AIDS AUMENTO DOS CASOS DE CO-INFECÇÃO NO MUNDO * FORMA TEGUMENTAR a) Diagnóstico Epidemiológico b) Diagnóstico Clínico ocorrência de casos na região procedência cães ou equinos com lesões cutâneas entrada em matas - lesões características 8 – DIAGNÓSTICO * c) Diagnóstico Laboratorial DIAGNÓSTCO (LT) Parasitológico escarificação biópsia punção aspirativa cultivo in vitro cultivo in vivo PCR * DIAGNÓSTCO (LT) Imunológico Intradermo-reação de Montenegro Positivo – nódulo ≥ 5 mm de diâmetro Falso negativo – infecções recentes - forma difusa Sorológicos – ELISA e RIFI (≥1:40) (Chagas e LV) * FORMA VISCERAL DIAGNÓSTCO (LV) CÃO * DIAGNÓSTCO (LV) b) Diagnóstico Laboratorial Parasitológico Aspirado de medula óssea ou linfonodos esfregaço - cultivo in vitro - PCR * * * a) Detectar os casos orientação para procura de Unidades de Saúde busca ativa nas áreas de foco treinamento do pessoal da Saúde – detecção e encaminhamento rápidos b) Tratar os enfermos glucantime e anfotericina B 9 – CONTROLE * CONTROLE c) Combater os vetores * adultos, domiciliares e peridomiciliares pulverizações periódicas – piretróides limpeza de peridomicílio limpeza de abrigos de animais poda periódica de árvores plantar repelentes naturais (ex. citronela) Brasil – descontinuidade - reinfestações * CONTROLE d) Evitar o contato homem-vetor repelentes mosquiteiros telas finas camisas e calças compridas construções a, no mínimo, 200m da mata e) Controle de reservatórios Forma tegumentar – a maioria é silvestre * Não atrair roedores e gambás - destino adequado ao lixo - domicílio e peridomicílio limpos * CONTROLE Forma visceral – cães - controle de cães errantes - doação de cães soronegativos - telas em canis - coleiras impregnadas de piretróides - eutanásia de soropositivos Não é recomendado tratar 80% recidiva em menos de um ano remissão temporária dos sinais clínicos pouco efeito sobre a infectividade ao mosquito risco de selecionar parasitos resistentes às poucas drogas disponíveis para o tratamento humano * CONTROLE f) Medidas educativas divulgação à população, sobre a ocorrência na região meios de comunicação orientarem a buscar diagnóstico informar que diagnóstico e tratamento são gratuitos ampla divulgação sobre onde procurá-los esclarecer o papel do cão como reservatório da LV * CONTROLE f) Vacinas para os cães eficácia discutível Leishmune (Fort Dodge) – MS x MA Leish–Tec (Hertape Calier) – UFMG, proteína recombinante (A2) * CONTROLE OMS Brasil – desde a década de 50 NÃO FUNCIONA: aumento do número de casos aumento das áreas de ocorrência * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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