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GÊNERO SARCOCYSTIS Distribuição cosmopolita Diferentemente de Toxoplasma e Neospora há mais de 100 espécies que infectam os animais. É o gênero mais numeroso dos seis que compõem a família Sarcocystidae. Parasitos conhecidos há mais de 150 anos. Acomete peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, inclusive o homem, desde do ártico até regiões tropicais Em alguns locais 100% dos bovinos e ovinos estão infectados O gênero Sarcocystis agrupa protozoários parasitos obrigatórios heteroxenos. É o gênero mais numeroso dos seis que compõem a família Sarcocystidae. A infecção por parasitos desse gênero configura uma enfermidade denominada sarcocistose ou sarcosporidiose que possui um caráter zoonótico e cosmopolita. A sarcocistose embora geralmente assintomática em seus hospedeiros definitivos, pode ser fatal em seus hospedeiros intermediários. O Genero Sarcocystis Miescher (1843) em músculo esquelético de Mus musculus na Suíça, denominado “Tubulos de Miescher”. Sarcocystis (sarco=músculo) por Lankester (1882); Heidorn et al (1972) o ciclo vital, heteroxinico - presa/predador. Genero Sarcocystis Protozoárioesporozoário obrigatoriamente heteroxênico; Binômio presa-predador; Protozoário esporozoário obrigatoriamente heteroxênico; Cisto músculo Oocisto esporulado Classificação TAXONOMIA Ordem Eucoccidiorida Subordem Eimeriorina Família Aggregatidae Cryptosporidiidae - Cryptosporidium Eimeriidae Lankesterellidae Sarcocystidae - Toxoplasma, Sarcocystis, Neospora Filo Apicomplexa Presença de um complexo apical: - Anéis polares – elementos de suporte, função de locomoção - micronemas e roptrias - organelas secretoras que medeiam a penetração do parasita na célula do hospedeiro - conóides – estruturas fibrilares - Apicoplasto - Mitocôndria - Não possuem cílios ou flagelos - Parasitas de grande interesse médico e veterinário PRINCIPAIS ESPÉCIES acidental Família Sarcocystidae Seu ciclo é heteroxênico Apresentam esporogonia dentro ou fora do corpo do hospedeiro; Seus cistos podem ser septados ou lisos. Biologia do Sarcocystis Fase assexuada do ciclo (HI) na forma de cistos no tecido muscular; Na mucosa intestinal, desenvolvem seu ciclo esporogônico (sexuado); Os oocistos esporulados ou esporocistos são eliminados nas fezes, já infectantes para o HI. Ciclo vital Sarcocystis Ciclo S. hominis e S. suihominis Tecido bovino infectado com cisto de S. cruzi HD se infecta ingerindo músculo contaminado Desenvolvimento da fase sexuada do parasito no intestino do HD Eliminação de oocistos nas fezes do HD Contaminação de alimentos e água e posterior ingestão dos oocistos pelo HI HI desenvolve fase assexuada do ciclo com desenvolvimento de merontes e cistos na musculatura Ciclo Vital do Sarcocystis cruzi Ciclo S. neurona CARACTERÍSTICAS DO CICLO 1.PEliminação de esporocistos nas fezes de carnívoros = 1 semana a vários meses 2.Detecção da presença de bradizoítos infectantes na musculatura do HI após ingestão de esporocistos = 2 a 3 meses, até 12 meses. Diagnóstico 1. Exame de fezes dos cães e gatos para pesquisa de esporocistos (HD). 2. Exame macroscópico dos sarcocistos na musculatura (HI) 3. Pesquisa de anticorpos 4. PCR Histopatológico Cisto em músculo cardíaco MEROZOÍTOS EXAME A FRESCO Sinais clínicos 1. HD – geralmente não causa sintomas, pode ocorrer diarréia moderada 2. HI – quando ocorre geralmente relacionados à fase merogônica no endotélio vascular 1. Bovinos: Sarcocystis cruzi (espécie mais patogênica) febre, anemia, perda de peso, diminuição da produção de leite, sintomas neurológicos, aborto e até morte (depende do número de esporocistos ingeridos). Podem ter infecções recurrentes. 2. Ovinos: Sarcocystis tenella (espécie mais patogênica), pode apresentar retardo no crescimento. 3. Suínos não tem grande importância 4. Equinos: Sarcocystis neurona (espécie mais patogênica), denominada de Mieloencefalite Protozoárica Equina (MEP). Doença fatal, causa distúrbios neurológicos (merontes no SNC). Hospedeiro aberrante. Fase esquizogônica no SNC SARCOCYSTIS NEURONA Nos anos 70 foi descrita como “MIELITE SEGMENTAL” em 52 casos compilados nos EUA. Em 1974 primariamente os sinais clínicos e lesões microscópicas foram descritas e erroneamente o parasito causador identificado como Toxoplasma gondii. Ciclo S. neurona Sinais clínicos dependem da região e da extensão das lesões ; Mais freqüentemente a medula; Mais comum é uma alteração na marcha; Comprometimento de um ou mais membros; Ataxia assimétrica dos membros posteriores, fraqueza e atrofia musculares.; Ataxia, paralisia facial e protusão, flacidez e paralisia da língua, atrofia dos músculos temporal e masseter e disfagia.; Lesão no cérebro causa depressão, cegueira e diminuição das respostas sensoriais contralateral à lesão. Equino com sinais clínicos de MEP Flacidez do trem posterior e ataxia LESÕES MACROSCÓPICAS Hemorragia aguda no cordão espinhal de cavalo com MEPE (A). Corte longitudinal da dura-máter apresentando pontos de hemorragia aguda (B). Controle S. neurona Controle dos gambás: Dificultar o acesso dos gambás às instalações; Eliminar fontes de alimentação p/ gambás; Capturar os gambás e trocá-los de lugar. Controle geral de Sarcocystis Evitar consumo de carnes cruas; Destino adequado a carcaças de animais no campo; Destino adequado a fezes humanas evitando a poluição fecal do solo; CONTROLE Evitar consumo de carnes cruas; Destino adequado a fezes humanas evitando a poluição fecal do solo; Fiscalização das carnes nos abatedouros.
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