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Subcultura criminosa no Brasil

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NOME: YASMIM BEATRIZ SILVEIRA SANTOS.
TURMA: DIREITO/ 1° SEMESTRE.
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA PROFESSOR: ANTÔNIO LESSA.
 SUBCULTURA CRIMINOSA NO BRASIL
 
 Não é preciso pensar muito para identificar um exemplo de subcultura criminosa no Brasil, uma vez que os brasileiros sabem como funcionam as favelas que existem no território brasileiro. Desse modo, torna-se necessário discutir sobre o que é subcultura e como o funcionamento das favelas pode ser encaixado nesse contexto. Ademais, precisa-se exemplificar qual o meio social, o que gerou a subcultura e quais são as medidas que o Estado já tomou para solucionar a problemática. 
 Em primeira análise, cabe pontuar que segundo Cohen, um dos principais teóricos da subcultura, os ambientes em que a criminalidade surge, são cenários desorganizados, com ausência de normas eficientes e carentes de controles sociais. Nessa perspectiva, o que ocorre nas favelas é o império de normas distintas das tidas como oficiais e dotadas de outros valores. Sendo assim, a subcultura pode exemplificar-se por uma cultura dentro da cultura. 
 Sabemos que é comum em quase todas as favelas, existir o chefe do tráfico, cujo papel não se limita em apenas comandar as práticas criminosas, mas também cabe a ele organizar a comunidade por meio de regras e normas que muitas vezes, ele mesmo por si as decide. Por mais que pareça estranho um criminoso no comando de uma comunidade onde existem cidadãos que não tem nenhuma relação com o crime, é inegável que a maioria dos moradores das favelas compactua com essas normas e de certa forma são beneficiados pelos chefes do tráfico e seus aliados.
 O filme Cidade dos Homens exemplifica com clareza essas relações entre traficantes e moradores das favelas. Ademais, mostra que os traficantes distribuem cestas básicas e remédios para os moradores, solucionam questões que são levadas até eles, e estabelecem regras, como por exemplo, não roubar no território da favela, e controlam até mesmo quem entra e sai da comunidade. 
 Fora do cenário cenográfico, podemos citar como exemplo, o caso de um dos maiores traficantes do Brasil, chefe do Complexo da Pedreira, chamado popularmente de Playboy. Em sua comunidade, ele instaurou regras, proibindo circulação de carro roubado e roubos na favela. Além disso, quem não obedece às regras está sujeito a punições. Playboy distribui cestas básicas e botijões de gás para os moradores e diz-se como um mal necessário.
 Basta pensar em favelas que vem na mente dos brasileiros diversos problemas, como por exemplo, pobreza, falta de saneamento básico, dificuldade de locomoção, falta de escritura das casas, ineficiência da polícia, dentre vários outros problemas existentes. Dessa forma, o meio social em que se instaurou essa subcultura, é um meio onde predomina a violência, a pobreza e outros vários problemas estruturais e sociais. Diante disso, o que gerou essa subcultura foi a desorganização e a grosso modo, a vontade de ascender socialmente, visto que, sem o tráfico jamais seria possível os traficantes terem acesso a coisas tão comuns para pessoas de Classe Média Alta.
 Sob esse contexto, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s) instaladas em algumas favelas, foram ineficientes para resolver á problemática. Segundo o site do G1, na matéria Falência das UPP’s e mais sete pontos: como o Rio chegou ao novo capítulo da guerra do tráfico na Rocinha, “As unidades de polícia pacificadora (UPP) poderiam ter tido maior êxito. Há uma ausência de decisão em relação à política pública. Era previsto que se não houvesse avaliação e monitoramento desse programa, recursos organizacionais, materiais, isso ia ter fragilidade. ” - Paula Poncioni.
 Além da ineficácia do modelo de UPPs, especialistas apontam que a vulnerabilidade dos policiais ao tráfico é um dos problemas graves da crise. E a falta de verba nos cofres públicos, juntamente com a crise pela qual o país passa se soma ao cenário. Com tudo isso, o Estado encontra dificuldade em atender as Políticas Públicas, fato esse que acentua a presença do crime organizado e do tráfico de drogas, tornando o cotidiano da favela numa guerra sem fim. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
https://www.passeidireto.com/arquivo/28436236/teorias-sociologicas---subculturas-criminais
https://lucacsevalli.jusbrasil.com.br/artigos/320520349/torcidas-organizadas-e-a-teoria-da-subcultura-delinquente-de-albert-cohen
https://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/os-traficantes-e-o-imperio-da-lei-nas-favelas/ 
https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/falencia-das-upps-e-mais-sete-pontos-como-o-rio-chegou-ao-novo-capitulo-da-guerra-do-trafico-na-rocinha.ghtml

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