AULA 3 EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - FARGS
PRÁTICA SIMULADA IV
CASO CONCRETO AULA 3
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
Aluno: Marcio Ferreira Tavares
Matrícula 201204085951
Porto Alegre, 08 de março de 2018
AO JUIZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA, NO ESTADO DO CEARÁ.
XYZ S.A. representada por seus acionistas CARLOS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG XX, CPF XX, residente e domiciliado na Rua XX, no XX, no bairro XX, cidade de XX/UF, CEP XX, com endereço eletrônico XX, e GUSTAVO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG XX, CPF XX, residente e domiciliado na Rua XX, no XX, no bairro XX, cidade de XX/UF, CEP XX, com endereço eletrônico XX, vêm, por meio de seu advogado signatário (procuração anexa), com endereço profissional na Rua XX, no XX, no bairro de XX, cidade de XX/UF, CEP XX, onde recebe intimações, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor:
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
em face de PEDRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG XX, CPF XX, residente e domiciliado na Rua XX, no XX, bairro XX, cidade de XX/UF, CEP XX, com endereço eletrônico XX, pelas seguintes razões de fato e de direito que passa a expor:
I-DOS FATOS
Os Exequentes, em conjunto com o Executado, decidiram constituir a companhia XYZ Viagens S.A, de capital fechado, com sede no Município de Fortaleza, Estado do Ceará.
No estatuto social, ficou estipulado um capital social no valor de R$ 900.000,00. Este capital social foi dividido em 900 ações, sendo 300 ações preferenciais sem direito de voto e 600 ações ordinárias. Todas estas ações seriam subscritas em dinheiro com um valor de emissão de 1.000,00 reais cada.
Carlos e Gustavo ficaram responsáveis pela administração da companhia. Cada um deles poderia representá-la alternativamente.
Os três acionistas (Exequentes e o Executado), subscreveram a quantidade de 300 ações, sendo 200 ações ordinárias e 100 ações preferenciais. Tendo havido a realização, com entrada de 10% do preço de emissão. No que tange ao restante, os acionistas comprometeram-se a integraliza-la até o dia 23 de julho de 2015, consoante respectivos boletins de subscrição assinados.
Todavia, o Executado não integralizou o preço de emissão de suas ações. Os Exequentes, então, optaram por exigir a prestação do Executado, pois não desejam a redução do capital da companhia, nem excluir o Executado para que seja admitido um novo sócio.
Cabe ressaltar que a sociedade não publicou nenhum aviso de campanha aos seus subscritores, por entender ser desnecessário.
Diante dos fatos expostos, não restou outra alternativa aos Exequentes, senão buscar guarida no Poder Judiciário a fim de obter seus direitos.
II-DOS FUNDAMENTOS
Pelos fatos narrados, os Exequentes pugnam pela execução da quantia certa fundada no título executivo extrajudicial, qual seja, o boletim de subscrição, consoante preconiza o Art. 107, I, da Lei n. 6.404/76 c/c 784, XII do Novo Código de Processo Civil: Art. 107. Verificada a mora do acionista, a companhia pode, à sua escolha:
I - promover contra o acionista, e os que com ele forem solidariamente responsáveis (artigo 108), processo de execução para cobrar as importâncias devidas, servindo o boletim de subscrição e o aviso de chamada como título extrajudicial nos termos do Código de Processo Civil;
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
(...) XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. A parte Ré deverá pagar a quantia certa acrescida de multa de 10%, haja vista sua inadimplência, segundo o disposto no artigo 106, § 2°, da Lei no 6.404/76: 
Art. 106. O acionista é obrigado a realizar, nas condições previstas no estatuto ou no boletim de subscrição, a prestação correspondente às ações subscritas ou adquiridas.
 (...) § 2° O acionista que não fizer o pagamento nas condições previstas no estatuto ou boletim, ou na chamada, ficará de pleno direito constituído em mora, sujeitando-se ao pagamento dos juros, da correção monetária e da multa que o estatuto determinar, esta não superior a 10% (dez por cento) do valor da prestação.
No Código Civil, essa obrigação e a respectiva sanção pelo descumprimento estão previstas no art. 1.004:
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do artigo 1.031
Diante dos fatos expostos, evidente o direito do exequente na execução do título executivo extrajudicial fundado em quantia certa.
III-DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer:
a) A citação do executado, no prazo legal, conforme elenca o artigo 829 do CPC, efetuar o pagamento da dívida, acrescida de juros e correções monetária até a data do efetivo pagamento, ou apresentem embargos, sob pena de, não o fazendo, ter de imediato tantos bens penhorados quanto bastem para a garantia da execução, conforme elenca o artigo 831 do CPC;
b) Seja fixado de plano os honorários advocatícios no importe de 10% do valor da causa, podendo este ser elevado para 20%, caso rejeitados os embargos à execução ou não opostos, assim como seja o executado condenado ao pagamento das custas judiciais, estes de acordo com o disposto no artigo 82 § 2o e artigo 85, ambos do NCPC.
c) Seja o executado considerado em mora, condenando-o ao pagamento da multa de 10% sob o valor do título, conforme disposto no artigo 106, § 2°, da Lei no 6.404/76 e conforme memória de cálculo atualizada conforme ANEXO II;
d) Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova documental suplementar e superveniente, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal do Executado sob pena de confesso, caso não compareça ou comparecendo se recuse a depor.
IV-DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais- valor a ser atualizado com 10 % de multa, juros e atualização monetária).
Nestes termos, pede deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/XX NºXX