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ENTREVISTA Nome: Eleidite Mattos Ávila, Rebeca Aguida Arruda Barbosa. Cargo: Assistente Social Judicial Vara: Da infância Comarca: Santo Antônio de Lisboa Florianópolis Faculdade: Faculdades Integradas do Norte de Minas Acadêmico: Tainan da Costa Lima AFIRMATIVA No divorcio litigioso em que a iniciativa parte unilateralmente de um, ou de ambos os conjugues, que passam a declarar interesses contrários no inicio ou no decorrer do processo, trata-se, portanto, do divorcio judicial, dele sendo parte integrante a pessoa de um juiz de direito. Qual o papel do Assistente social judicial no processo de divorcio judicial litigioso? Ao articular os litígios de família com as transformações ocorridas na organização familiar, fica implícita a ideia de família que deu sustentação à pesquisa realizada. Admitiu-se a existência de novos modos de pensar a diversidade de arranjos encontrados pelas famílias, nas últimas décadas. Diversidade fundada na força das mudanças processadas no mundo do trabalho, perpassando as representações dos papéis de gênero e das funções parentais, assim chamadas. Ao resgatar a fala de pais e mães que buscam a justiça ante os impasses surgidos após processos de separação ou ruptura, a pesquisa se encaminhou para o rompimento com os padrões normativos. Não se tratou de traçar normas do bom comportamento parental, mas dos próprios sujeitos envolvidos nos litígios declinarem, através de suas falas, o significado de buscar na instância pública uma resposta às dificuldades de encontrarem arranjos satisfatórios após os processos de separação ou ruptura. Os litígios de família são muito desgastantes, o que requer do pesquisador a habilidade para evitar aguçar feridas, às vezes ainda recentes, dos processos de ruptura. Por outro lado, uma questão situada entre a ética e a construção do objeto da pesquisa merece ser destacada. O pesquisador, neste caso, é um assistente social cujo encargo na instituição consiste em emitir parecer profissional sobre as situações litigiosas que são objeto da pesquisa. Este parecer subsidia as decisões judiciais interferindo nos arranjos familiares. O assistente social nas varas de família exerce a função pericial. Se a relação de proximidade com o campo da pesquisa facilita o acesso a uma instituição tão impermeável, como o judiciário, é verdade que ela traz alguns complicadores. Como assistente social perita, devo me esforçar para conhecer profundamente a matéria que examino cotidianamente. Por fim, pode-se afirmar que o papel do Assistente Social no campo jurídico não se limita ao subsidio através de informações, mas, de interventor, mediador, e facilitador nas relações familiares, a usuários, nas instituições, ou seja, independente da área de atuação este profissional sempre deverá promover a emancipação social. Através do trabalho desenvolvido in loco pelo assistente social, este terá a oportunidade de inteirar-se largamente sobre a situação investigada, “proceder a encaminhamentos, promover entendimentos, articular conjuntamente com as pessoas envolvidas, as soluções para seus problemas” (PIZZOL, 2005, p. 149). O profissional terá condições de perceber as demandas e causas geradoras de conflitos, podendo promover articulações com outras instituições, para que a situação seja resolvida da forma mais adequada. A conciliação e importante no sentido de transformar o processo de litigioso para consensual? SEPARAÇÃO JUDICIAL - Litigiosa - Conversão em divórcio direto em audiência de conciliação - Admissibilidade - Hipótese em que preenchido o requisito do decurso de dois anos da separação de fato - Conversão não prevista pela lei, porém, não proibida por ela - Fundamento da conversão no princípio da economia processual - Filhos do casal, ademais, que são maiores e capazes - Recurso não provido. Ajuizada inicialmente, por um dos cônjuges, ação de separação litigiosa, poderão os cônjuges transacionar no curso do processo, para convertê-lo em divórcio consensual, fazendo-se as necessárias adaptações nos próprios autos. Do pedido Diante do exposto, requerem digne-se Vossa Excelência determinar: O deferimento da concessão da gratuidade da justiça; A homologação do presente acordo na forma requerida, decretando-se a extinção do vínculo matrimonial do casal de forma consensual; A determinação da expedição dos mandados ao registro civil para as devidas averbações, nos termos da lei. A quem deve ser creditado o prejuízo maior na separação: aos conjugues ou aos filhos? O relacionamento acaba, mas as mágoas ficam. Tristeza, rancor, tempo perdido, aversão, entre tantos incontáveis outros sentimentos negativos são o que sobram de algumas uniões desfeitas. Alguns casais, após a separação, travam verdadeiras guerras, utilizando-se muitas vezes de seus mais preciosos bens para prejudicar os ex-companheiros: seus próprios filhos. As crianças e adolescentes se veem desorientados, em meio a um turbilhão de emoções, visto os fortes acontecimentos ao seu entorno. Para descarregar toda a amargura restante de um relacionamento sem sucesso, pais, mães, avós e responsáveis promovem uma verdadeira “lavagem cerebral” nas crianças e adolescentes, instigando a raiva contra o outro genitor, através de fatos muitas vezes mentirosos, ardilosos e desleais. O intuito é o rompimento dos laços afetivos dos filhos para com o outro progenitor, criando fortes sentimentos de raiva e temor nos jovens, os quais passam a repudiar a pessoa de um dos pais. Estas condutas caracterizam a Alienação Parental. Os efeitos da alienação parental desencadeiam consequências que podem durar desde a infância até a vida adulta, como agressividade, transtornos psicológicos e até mesmo o suicídio. No entanto, é muito grande a dificuldade de comprovar a existência de alienação parental, visto que na maioria das situações, as crianças/adolescentes não contam sobre a influência negativa que estão recebendo. Contudo, existem sinais que permitem identificar a alienação parental, tais como a mudança brusca de comportamento (a criança desinibida passa a se inibir e vice-versa) ou queda no rendimento escolar (neste caso, é necessário contatar a escola, para obter maiores detalhes sobre as mudanças ocorridas). Importante lembrar que a alienação parental não ocorre somente entre pais separados. A alienação pode ser realizada também por casais que ainda convivem maritalmente ou por parentes (avós, tios ou qualquer um que tenha convivência familiar com a criança ou adolescente). Se houver indícios, o pai ou mãe vítima da alienação deverá procurar um profissional habilitado para se informar, e, se for o caso, propuser uma ação de alienação parental, por meio da qual o juiz determinará a realização de um estudo psicossocial junto à criança ou adolescente. Caso seja declarada a existência de alienação parental, aquele que a praticou arcará com as consequências na proporção do grau de alienação, podendo sofrer desde a aplicação de multa até a perda da guarda. A vítima da alienação poderá, ainda, requerer a reparação pelos danos morais que lhe foram causados. Qualquer tipo de alienação parental deve ser repudiado, e o importante é que separados ou casados, ou pais ou responsáveis zelem sempre pelo melhor interesse da criança e do adolescente.
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