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Unidade 1 : Conceitos Básicos de Enfermagem Perioperatória 1.1. Evolução Histórica da Cirurgia 1.2. Classificação das Cirurgias 1.3. Terminologia Cirúrgica 1.4. As fases do Perioperatório Unidade 2 : O Centro Cirúrgico 2.1. Conceito 2.2. Objetivos 2.3. Planta Física 2.4. Localização 2.5. Equipamentos 2.6. Áreas 2.7. Aspectos gerenciais do Centro Cirúrgico 2.8. Aspectos éticos e Legais do Centro Cirúrgico Unidade 3 :Recursos Humanos do Centro Cirúrgico 3.1. Conceito 3.2. Objetivos 3.3. Enfermeiro 3.4. Circulante 3.5. Instrumentador 3.6. Anestesista 3.7. Cirurgião Unidade 4 :Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar no Ambiente Perioperatório 4.1. Causas de Infecções 4.2. Controle de Infecções 4.3. Infecção no sítio Cirúrgico 4.4. Limpeza e desinfecção de Equipamentos e Instrumentais 4.5. Biossegurança Unidade 5 : Sistematização da Assistência de Enfermagem no Perioperatório 5.1. Assistência de Enfermagem no pré-operatório 5.2. Visita pré-operatória 5.3. Assistência de Enfermagem no trans-operatório 5.4. Recepção do Cliente no Centro Cirúrgico 5.5. Tempos Cirúrgicos 5.6. Assistência de Enfermagem no pós-operatório 5.7. Preparação para a Alta Unidade 6 : Preparo da Unidade Cirúrgica 6.1. Preparo da sala Cirúrgica 6.2. Paramentação Cirúrgica 6.3. Degermação das Mãos 6.4. Instrumental cirúrgico 6.5. Fios de sutura 6.6. Posições cirúrgicas Unidade 7 : A Anestesia e Suas Implicações para a Assistência de Enfermagem 7.1. Histórico da Evolução Anestésica 7.2. Segurança do paciente 7.3. Visita pré anestésica 7.4. Medicações pré anestésicas 7.5. Sedação e analgesia 7.6. Monitorização perioperatória 7.7. Tipos anestésicos 7.8. Controle da Dor 7.9. Complicações Anestésicas Unidade 8 : Sala de Recuperação Pós-anestésica (SRPA) 8.1. Conceito 8.2. Objetivos 8.3. Planta Física 8.4. Localização 8.5. Equipamentos 8.6. Áreas 8.7. Critérios para admissão na SRPA 8.8. Critérios para Alta Unidade 9 : Assistência de Enfermagem no pós-operatório 9.1. Complicações Cirúrgicas 9.2. Cicatrização de feridas 9.3. Drenos 9.4. Curativos 9.5. Educação e Preparo para Alta Unidade 10 : Central de Material Esterilizado ( CME) 10.1.Conceito 10.2.Objetivos 10.3.Planta Física 10.4.Localização 10.5.Equipamentos 10.6.Áreas 10.7.Aspectos Gerenciais da CME 10.8.Fluxo de material 10.9.Limpeza e Desinfecção dos Artigos 10.10. Métodos de processamento Unidade 11 : Sistematização da Assistência de Enfermagem nas Intervenções Cirúrgicas 11.1.Sistema Respiratório 11.2.Sistema Cardiovascular 11.3.Sistema Musculo-esquelético 11.4.Sistema Gastrintestinal 11.5.Sistema Geniturinário 11.6.Sistema Neurológico CENTRO CIRÚRGICO O Centro Cirúrgico é um lugar especial dentro do hospital, convenientemente preparado segundo um conjunto de requisitos que o tornam apto à prática da cirurgia. É, portanto, um setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas, visando atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada. Nele, a maior parte das técnicas realizadas são estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção. Por ser um complexo sistema que integra um hospital, o centro cirúrgico requer suporte adequado técnico-administrativo no que concerne à equipamentos, normas e rotinas, recursos operacionais e humanos, que promovam a prevenção e controle dos riscos e protejam ética e legalmente as equipes multidisciplinares e a instituição. Dependências Básicas Vestiários Masculinos e Femininos: Devem oferecer acesso externo (por fora das instalações do Centro Cirúrgico) e interno (pelo corredor cirúrgico). É importante que eles disponham de sanitários e chuveiros (para uso das equipes) e armários (para a guarda de uniformes, roupas e outros pertences). Posto de Enfermagem: Local destinado à chefia e à secretaria, que exercem o controle administrativo da unidade. Copa: Área reservada ao pessoal do centro cirúrgico, para lanches rápidos. Sala de Estar: Deve ficar localizada próximo aos vestiários e à copa, sempre que possível, servindo de área de descanso para a equipe do centro cirúrgico. Área de baldeação ou troca-macas: Localizada à entrada do Centro Cirúrgico, onde se dá a transferência do paciente da maca em que veio para a maca privativa do centro. Sala de material cirúrgico ou de estocagem de material esterilizado: Destina-se à recepção, guarda e redistribuição de todo o material limpo e esterilizado a ser usado no Centro Cirúrgico. Poderá, eventualmente, contar com uma autoclave de esterilização rápida, para emergências. Lavabos: Destinados à lavagem e antissepsia das mãos e antebraços, antes da operação. Por isso, devem ser equipados com recipientes para Antissépticos e torneiras que possam ser manobradas sem o uso das mãos. Sala de Expurgo: Local equipado com tanque para o despejo de sangue, secreções e outros líquidos provenientes da operação. Na sala de expurgo também de depositam, inicialmente, instrumentos, roupas usadas e outros materiais, para posterior lavagem. É considerada, portanto, área suja. Sala de material de limpeza: Área para a reserva de materiais e de utensílios usados na limpeza do Centro Cirúrgico. Sala de equipamentos: área usada para guardar aparelhos como os de anestesia, bisturi elétrico, aspiradores, focos portáteis, suportes de soro, mesas auxiliares e materiais que, eventualmente, não estejam em uso. O aparelho de raio X móvel poderá também ser guardado nessa sala, caso não haja local específico para ele. Rouparia: Local destinado à guarda da roupa limpa não-estéril. Muitas vezes é representada apenas por um armário. Sala de Operação(S.O): Dependência do Centro Cirúrgico destinada à realização das intervenções cirúrgicas. Por isso, o trânsito a ela é restrito e a limpeza é feita com o máximo rigor, pois deve ser a área mais limpa do centro. Comumente, tem a forma retangular. Sala de guarda de medicamentos e materiais estéreis descartáveis: Local onde se armazenam materiais descartáveis como seringas e agulhas, equipos de soro, fios de sutura, frasco de soro, entre outros. Localização do Centro Cirúrgico O centro cirúrgico deve estar localizado em área de fácil acesso para pacientes críticos e próximo às áreas de suporte. As salas cirúrgicas devem ser de fácil limpeza e, se possível, sem janelas. O desenho das salas cirúrgicas devem possibilitar: 1. Exclusão de contaminação externa ao centro cirúrgico para as salas, evitando o trânsito de muitas pessoas; 2. Separação de áreas limpas das contaminadas. O centro cirúrgico é dividido em três áreas: 1. Irrestrita: Os profissionais podem circular com roupas comuns, que são permitidas, como o corredor que dá acesso ao exterior, vestiário e secretaria, incluindo pacientes. 2. Semi-restrita: O tráfego é limitado a pessoas do próprio setor. O corpo e a cabeça devem estar cobertos, para não intervir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita, como expurgo, sala de estar e sala de preparo de material. 3.Restrita: Máscara são exigidas, além da roupa privativa de centro cirúrgico. As técnicas de assepsia devem ser rigorosamente controladas e utilizadas,evitando contaminação do meio, como salas cirúrgicas, sala de recuperação pós-anestésica e corredor interno. As atividades básicas do centro cirúrgico, segundo o Ministério da Saúde, são a realização de procedimentos cirúrgicos e endoscópicos e define as seguintes subatividades: - recepcionar e transferir pacientes; - assegurar a execução de procedimentos pré-anestésicos e executar procedimentos anestésicos nos pacientes; - realizar a correta escovação das mãos; - executar cirurgias e endoscopias em regime de rotina ou em situações de urgência; - realizar relatório médico e de enfermagem e registro das cirurgias e endoscopias realizadas; - proporcionar cuidados pós-anestésicos; - garantir apoio diagnóstico necessário e retirar órgãos para transplantes. Itens de uma sala de operação Mobiliário Mínimo necessário Peça central: mesa de operações Mesas auxiliares Carrinho de anestesia + monitores Cestos (Hampers) Bacias + Suportes Bisturi elétrico Armários / bancadas Iluminação Focos Teto Cúpula com revestimento de espelhos refletores x múltiplas lâmpadas conjugadas Filtro atérmico Vareta externa e braços articulados para mobilidade Focalização Preferência atual Focos auxiliares Bases sobre rodízios + baterias Acessórios Acessórios Foco frontal Adaptado à cabeça do cirurgião Afastadores com sistema iluminador Ligados a sistema de fibras ópticas Ideais para iluminação em cavidades profundas Foco “cobra” Ventilação Ventilação Ar como via de transmissão de bactérias e fonte de contaminação Fonte de microrganismos: pessoas na sala cirúrgica Gotículas de ar expirado Descamação de cels. da pele Partículas transportadas nos sapa- tos Função de exaustão: remoção de odores, calor e gases anestésicos voláteis Função de exaustão: remoção de odores, calor e gases anestésicos voláteis Controle bacteriológico Filtragem do ar: Retirar e impedir entrada de partículas contaminantes Partículas > 5µ Troca de ar a cada 10-20 x / hora Pressão positiva no interior da sala Fluxos laminares – alto custo Controle de Temperatura Controle de Temperatura Temperatura: paciente x cirurgião Hipotermia: hipoxia, calafrios, hiperpirexia T 21 - 24oC Controle de Umidade Perda por evaporação (exposição de serosas) Umidade 45 - 55% Faixa ideal: 70% normotérmicos Equipe multiprofissional e suas atribuições Quatro equipes prestam assistência direta ao Centro Cirúrgico. É muito importante os seus membros atuarem de forma integrada e harmônica, visando à segurança do paciente e à eficiência do ato cirúrgico. É importante, ainda, que as boas relações humanas e o profissionalismo sempre prevaleçam sobre as tensões, inevitáveis nesse tipo de trabalho. A equipe de anestesia é composto de médicos anestesistas, sendo responsável por escrever a medicação pré-anestésica, planejar e executar a anestesia. Também cabe a esta equipe controlar o paciente durante e após o ato cirúrgico, até o restabelecimento de seus reflexos. A equipe cirúrgica realiza o ato cirúrgico. Dela fazem parte o médico cirurgião, um ou mais médicos auxiliares, dependendo da operação, e o Instrumentador. O Instrumentador deverá ser um elemento da equipe de enfermagem ou, eventualmente, um médico. A equipe de limpeza é formada por auxiliares de limpeza pertencentes ao quadro hospitalar ou a uma firma prestadora de serviços. Em qualquer dos casos, no entanto, a equipe sempre trabalha sob a orientação técinica do enfermeiro. A equipe de enfermagem é composta pelo enfermeiro o técnico de enfermagem e o auxiliar de enfermagem. Técnicos e auxiliares de enfermagem assumem, no Centro Cirúrgico, a função de circulante ou Instrumentador. É freqüente encontrar também, nessa equipe, um escriturário diretamente subordinado ao enfermeiro-chefe, responsável pelo trabalho burocrático, como, por exemplo, a datilografia e a distribuição dos programas cirúrgicos. Atribuições da Enfermagem Enfermeiro-chefe Prover a unidade de pessoal e de material necessários ao seu bom funcionamento; Organizar o trabalho a ser feito, distribuindo-o de forma racional; Comandar o pessoal, baseando-se nos princípios éticos de relacionamento humano, preocupando-se com o seu crescimento profissional; Coordenar e supervisionar a assistência prestada ao paciente no trans- operatório,executando-a sempre que houver necessidade. Circulante Montagem da sala de operações Saber quais são as operações marcadas para a sala sob sua responsabilidade, ou respectivos horários e a existência ou não de solicitação de equipamento ou material especial; Verificar a limpeza das paredes e do piso da sala. Geralmente a limpeza diária é feita de véspera, ao final das operações do dia; Arrumar a sala, provendo-a com o equipamento necessário à operação; Remover o pó dos equipamentos expostos e das superfícies, começando pelas partes consideradas mais limpas. Pode-se usar um tecido ou compressa velha embebida em álcool etílico a 70% ou outros desinfetantes; Testar as luzes e aparelhos a serem utilizados, como, por exemplo: Focos, pontos de gazes, aspirador, etc.; Regular a temperatura da sala; Verificar se o lavabo está equipado para lavagem e antissepsia das mãos e antebraços; Revisar os materiais existentes na sala, tais como: medicações, antissépticos e impressos, completando o que estiver faltando; Revisar os materiais existentes na sala, tais como: medicações, antissépticos e impressos, completando o que estiver faltando; Providenciar o material específico de cada operação; Colocar o pacote de campos e aventais, as luvas e a caixa de instrumentos em local acessível para sua utilização, no momento devido; Preparar soro morno, se necessário; Preparar soro morno, se necessário; Equipar o carro de anestesia e colocá-lo à cabeceira da mesa cirúrgica. Em muitos serviços, o controle de materiais de anestesia é responsabilidade de um funcionário específico ou dos próprios anestesistas; Abrir os pacotes de material estéril. Auxílio ao Instrumentador Ajudar o instrumentador a vestir o avental ou capote, e a calçar as luvas estéreis; Colaborar na montagem das mesas auxiliares, fornecendo os materiais estéreis e os líquidos necessários ao instrumentador, dentro dos princípios de assepsia; Esses princípios de assepsia (que devem ser cuidadosamente observados pelo circulante) são: Manter uma certa distância da mesa do instrumentador, quando lhe oferecer o material; Evitar tocar na parte interna das caixas que forem aberta; Utilizar pinça servente estéril para retirar os instrumentos de caixa ou cubas; Utilizar pinça servente estéril para retirar os instrumentos de caixa ou cubas; Usar a técnica adequada para o fornecimento de soluções antissépticas, como álcool iodado, e de outros líquidos, como os oro fisiológico, depositando-os em cuba redonda pequena; Utilizar técnicas corretas para oferecer os materiais. Instrumentador O técnico ou auxiliar de enfermagem, atuando na função de instrumentador, passa a integrar a equipe cirúrgica e, como tal, suas atribuições, são: Verificar para que sala de operação está escalado e, em função disso, em que operações irá atuar; Informar-se quanto aos tipos de fios, agulhas e materiais especiais a serem utilizados, caso não esteja familiarizado com a rotina do cirurgião; Informar-se quanto aos tipos de fios, agulhas e materiaisespeciais a serem utilizados, caso não esteja familiarizado com a rotina do cirurgião; Executar o preparo das mãos e dos antebraços, vestir o avental esterilizado e calçar as luvas cirúrgicas, de acordo com a técnica correta. Na sala, efetua-se a secagem das mãos e parte dos antebraços com uma compressa esterilizada, indo na direção das mãos para o cotovelo. Estando com as mãos secas, o instrumentador vestirá o avental esterilizado, tocando-o apenas pelo avesso para não contaminá-lo, já que as mãos, embora escovadas, ainda estão sem luvas. Unidade 1: Conceitos Básicos de Enfermagem Perioperatória 1.1. Evolução Histórica da Cirurgia 1.2. Classificação das Cirurgias 1.3. Terminologia Cirúrgica 1.4. As fases do Perioperatório 1.1. Evolução Histórica da Cirurgia A história das doenças é tão antiga quanto a história da humanidade. Consideramos que a cirurgia e as doenças têm idades semelhantes. As formas tradicionais de patologias – traumatismos, tumores, infecções e doenças congênitas – praticamente se iniciaram nos primórdios da espécie humana. Dessa forma, os cirurgiões, nos dias atuais, tratam doenças análogas às que eram atendidas pelos cirurgiões de tempos antigos. Da mesma maneira que hoje, os cirurgiões da antiguidade atendiam pacientes feridos, tentavam estancar sangramentos e retirar tumorações. Nas antiguidades romana e grega, os cirurgiões eram considerados especialistas, na medida em que os médicos tradicionais recorriam a dietas e drogas. Nos traumas, sempre se recorria aos cirurgiões. Nos estudos atribuídos a Hipócrates, figuram textos sobre fraturas, luxações e outras patologias de terapêutica cirúrgica. Um dos mais importantes desses estudos foi o livro intitulado Sobre a cirurgia (400 a.C.), no qual o autor descrevia as qualificações que um cirurgião deveria ter e quais eram suas atribuições. Além de Hipócrates, autor de aproximadamente 70 obras, uma das maiores autoridades em medicina grega foi o enciclopedista romano do início do primeiro século d.C., Auto Cornélio Celso, autor da definição clássica da inflamação (“as características da inflamação são: tumor, rubor, calor e dor”). Contudo, mais interessantes ainda foram os conceitos de Celso a respeito da cirurgia. No final da idade média, quando a medicina parecia estagnada, a cirurgia desenvolveu- se mais do que outras áreas da medicina. No Renascentismo, os cirurgiões e os médicos não-cirurgiões vislumbraram que a sua união permitiria um maior desenvolvimento no combate às doenças, uma vez que durante 1.500 anos houve uma nítida separação entre o que hoje poderíamos definir como clínicos e cirurgiões. É impossível escrever sobre a história da cirurgia sem citar Pare, Vesálio, Hunter, Lister, Halsted e outros que serão citados posteriormente. Poucos foram tão populares na história da medicina moderna quanto Ambroise Pare (1510-1590). Destaca-se seu espetacular trabalho no estudo da anatomia humana relacionada à cirurgia. As origens do estudo da anatomia são obscuras, contudo, os primeiros cirurgiões que tratavam pacientes feridos tinham algum conhecimento a respeito. A dissecção anatômica começou a ser efetuada no final do século XIII, entretanto, os primeiros trabalhos ilustrados sobre anatomia humana devem- se ao estudo magnífico de André Vesálio. A importância de Vesálio está ligada ao fato de ele ter iniciado um programa de estudo de anatomia. São de Vesálio as impressionantes obras De humani corporis fabrica e Epítome, sendo esta última tida como um dos primeiros guias estudantis para o estudo da anatomia humana. refere ao estudo da anatomia é o de Henry Gray, que, em 1859, apresentou a primeira edição de sua obra Anatomia descritiva e cirúrgica. Um dos grandes momentos da medicina do século XVIII foi a publicação de Localização e causas da doença investigadas pela anatomia, em 1761, de Giovann Morgagni. Anatomista igualmente magnífico, John Hunter (1728-1793) é considerado o precursor da cirurgia experimental. Além do desenvolvimento dessa arte, cabe a Hunter o Tratado sobre o sangue, a inflamação e feridas por projéteis de armas de fogo, publicado um ano após a sua morte. Sendo assim, Hunter mereceu o pitáfio proposto pelo médico historiador Fielding Garrison: “Com o advento de John Hunter, a cirurgia deixou de ser considerada apenas uma forma técnica de tratamento e começou a se impor como um ramo da medicina científica, firmemente embasado na fisiologia e na patologia”. Os cirurgiões do século XVIII tiveram importância na reforma sanitária ocorrida nesse período. Edmund Park e John Simon, na Inglaterra, e Stephen Smith e Willard Parker, nos Estados Unidos, simbolizam esse momento. No início do século XIX, os procedimentos cirúrgicos ainda não eram freqüentes. Na Inglaterra e na América, alguns dias da semana eram dedicados a operações cirúrgicas. Contudo, a dor, a infecção, a hemorragia e o choque eram as quatro maiores dificuldades para o desenvolvimento da cirurgia. Uma vez que o objetivo da ciência médica é aliviar a dor e o sofrimento, o desenvolvimento da anestesia para uso durante as cirurgias figura como uma das maiores descobertas da ciência. O uso de álcool, raiz de mandrágora e ópio era, de algum modo, já conhecido. Contudo, o uso realmente efetivo da anestesia geral pode ser datado da década de 1840. Wiliam T.G. Morton (1819-1868), um cientista de Boston, demonstrou o bem-sucedido uso da anestesia com éter em 16 de Outubro de 1846, no Massachusetts General Hospital. No entanto, mesmo com esmerada técnica cirúrgica, os operadores hábeis constatavam com freqüência que seu trabalho tornava-se inútil diante dos processos infecciosos pós-operatórios. Joseph Lister (1827-1912) não se conformava com esse fato e, por isso, tratou de convencer o mundo de que a infecção era prejudicial e poderia ser prevenida e tratada. Dessa forma, podemos intitular Lister como o criador da cirurgia anti- séptica. Na Escócia, Lister investigou problemas relacionados à cirurgia, como a inflamação, a cicatrização das feridas e o papel da coagulação. A despeito de Lister realizar as primitivas esterilizações em suas enfermarias e de realizar as cirurgias da forma mais higiênica possível, a taxa de gangrenas, piemias e infecções gerais entre seus pacientes era muito alta. Por volta de 1865, o cientista francês Louis Pasteur (1822-1895) desenvolveu a teoria da produção da doença infecciosa por germes, e coube a Lister a plena compreensão do significado e da importância do trabalho de Pasteur. Portanto, talvez seja digno definir que a anti-sepsia e o controle inicial da infecção têm nesses dois nomes a referência histórica que fez mudar os horizontes da cirurgia, fazendo dessa arte uma ciência mais segura no combate às enfermidades. No que se refere à definição do papel do sangue e dos líquidos corporais, somente em 1850 Claude Bernard, com a publicação de Líquidos no organismo, deu início a esse entendimento. As necessidades nutricionais dos pacientes cirúrgicos foram objetivos da atenção de Jonathan Rhoads, professor da Universidade da Pensilvânia, cabendo a ele e a seu colega Stanley Dudrick os primeiros estudos relacionados à hiperalimentação parenteral total, na metade do século XX. Já o treinamento e a qualificação do cirurgião tiveram origem no nome de William S. Halsted (1852-1922), brilhante cirurgião americano que introduziu o sistema de treinamento em residência nos Estados Unidos, além de contribuirdecisivamente para o estudo das cirurgias de tireóide, mama e hérnia. Deve-se a Halsted a preleção O treinamento do cirurgião, Yale, 1904, que define as atribuições do cirurgião, bem como os métodos de treinamento para ser alcançada a prática cirúrgica. Quinze anos antes, 1989, quando da inauguração do John Hopkins Hospital, Halsted foi nomeado cirurgião titular, tornando-se Professor de Cirurgia da primeira turma médica três anos depois. É importante lembrar que Halsted igualmente estudou cirurgia, histologia e patologia em vários centros alemães, observando os trabalhos de Bergmann, Volkmann, Billroth, Esmarch e Mikulicz em suas clínicas. Dessa forma, tornou- se partidário do uso da anti-sepsia e dos métodos de treinamento obstinados dos alemães na América. Halsted era um professor rigoroso e considerava Theodor Kocher (1841-1917), de Berna, Suíça, o maior cirurgião de sua época. Kocher ficou conhecido graças aos seus trabalhos sobre o cérebro e a medula. Pioneiro no estudo da cirurgia da tireóide, Kocher recebeu o Prêmio Nobel, em 1909, pelo trabalho sobre tratamento cirúrgico do bócio tireóideo, primeira vez que este prêmio foi concedido a um cirurgião. Em seu trabalho, Kocher desenvolveu a técnica cirúrgica da tireóide e contribuiu para a compreensão do papel da tireóide no metabolismo corporal. Ainda no que se refere ao treinamento em cirurgia, é fundamental citar Bernhardt von Langenbeck (1810-1887), mestre cirurgião alemão conhecido como o pai do sistema de residência moderna em cirurgia. Entre seus alunos, incluem-se o próprio Theodor Kocher e outro Theodor, cujo inesquecível sobrenome é Billroth (1829-1894), professor de Cirurgia da Universidade de Viena e pioneiro da cirurgia abdominal. Outro momento significativo a ser referido neste momento é a descoberta dos raios X, em 1895, por Wilhelm K. Rontgen (1845-1923), que consistiu em uma grande contribuição para a propedêutica cirúrgica. Outro nome importante a ser lembrado em relação ao início do século XX é o de Sir Alexander Fleming, que descreveu e isolou um agente inibitório que chamou de lisozima e, anos após, estudando evolutivamente seu achado, acabou por originar uma importante substância antibacteriana, denominada, então, penicilina. É provável que, mais recentemente, em cirurgia, nenhum assunto tenha se popularizado tanto quanto os transplantes de órgãos, a tal ponto que, em 1990, Joseph E. Murray recebeu um Prêmio Nobel por seus trabalhos sobre transplante renal. No que se refere à história e à evolução da cirurgia laparoscópica, é importante lembrar que, em 1983, Mouret, na França, e Semm, na Alemanha, publicaram suas experiências com a apendicectomia laparoscópica. Em 1987, Philippe Mouret, de Lyon, realizou a primeira colecistectomia laparoscópica da história da medicina. Já a partir do ano seguinte, iniciaramse na videocolecistectomia vários cirurgiões renomados, tais como François Dubois, da França, Saye e Mickernan, dos Estados Unidos. Perissat, eminente cirurgião francês, publicou a primeira grande série de colecistectomias laparoscópicas, com 42 casos, no período de novembro de 1988 a junho de 1989. Em 1990, durante o Segundo Congresso Mundial de Cirurgia Endoscópica, em Atlanta (EUA), foram apresentadas as primeiras grandes séries de videocolecistectomias, por François Dubois, com 350 casos, e Reddick, de Nashville, com 200 casos. No Brasil, a introdução da colecistectomia videolaparoscópica se deve a Thomas Szego no ano de 1990.8 Ainda neste ano, a mesma cirurgia foi realizada por Áureo Ludovico de Paula, em Goiás, e por Célio D. Nogueira, em Minas Gerais. Logo após, no ano seguinte, a técnica avançou com Osmar Creuz, no Rio de Janeiro, e Pablo Roberto Miguel, no Rio Grande do Sul. Na última década do século XX, a colecistectomia laparoscópica passou a constituir-se no método de preferência para o tratamento das colecistopatias. Em decorrência da freqüência com que é realizada essa operação, os cirurgiões viram-se obrigados a incorporar a videolaparoscopia em suas condutas clínico- cirúrgicas,9 o que também tornou necessário o desenvolvimento de cursos de treinamentos didáticos de pós-graduação e em laboratório. Em relação à cirurgia bariátrica, com o crescimento da patologia obesidade na América, é válido lembrar que, nas décadas de 1960 e 1970, os cirurgiões que realizavam cirurgia para reduzir a obesidade utilizavam mais os procedimentos que diminuíam a absorção intestinal. Edward Mason, na Universidade de Iowa, começou a utilizar uma técnica que reduzia acentuadamente o tamanho do reservatório gástrico, com base na observação de que as gastrectomias parciais que deixavam um coto gástrico pequeno remanescente resultavam em emagrecimento significativo. Também nessas décadas, Nicola Scopinaro, cirurgião italiano, desenvolveu a derivação bileopancreática, técnica cirúrgica que busca a perda de peso do paciente por meio da disabsorção alimentar. Contudo, o chamado “padrão-ouro” em cirurgia bariátrica se relaciona às técnicas mais realizadas atualmente, os quais foram propostas por Mathias Fobi e Rafael Capella (com anel de contensão) e por Wittgrove e Clark (sem anel de contensão). A restrição se fundamenta na feitura de um pequeno estômago com anastomose gastrojejunal estenosada (Wittgrove e Clark) ou com uma cinta restritiva feita por um tubo de silicone (Fobi), ou, ainda, com uma fita de polipropileno (Capella) que engloba a circunferência do neoestômago. Em relação ao atendimento do paciente politraumatizado, a cirurgia geral na área de atuação de cirurgia do trauma tem se preocupado em evoluir na sistematização do atendimento, especialmente com a utilização do hoje mundialmente conhecido ATLS (Advanced Trauma Life Suport). Fonte: Silva, RS. Histórico e Evolução da cirurgia. in: Cavazolla LT, Silva RS, Bregeiron R. et al. Condutas em Cirurgia geral. Ed. ARTMED. 2008. 1.2. Classificação das Cirurgias CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA SEGUNDO O TEMPO Cirurgia eletiva: Tratamento cirúrgico é proposto e programado, podendo aguardar a realização. EX: mamoplastia,catarata. Cirurgia eletiva: Tratamento cirúrgico é proposto e programado, podendo aguardar a realização. EX: mamoplastia,catarata. Cirurgia de urgência : Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizada no prazo de 24 horas no máximo.EX: apendicectomia, abdomen agudo. Cirurgia de urgência : Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizada no prazo de 24 horas no máximo.EX: apendicectomia, abdomen agudo. Cirurgia de emergência: Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata com a finalidade de salvar a vida do paciente. Ex: ferimento por arma de fogo, hemorragias, lesão de grandes vasos. Cirurgia de emergência: Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata com a finalidade de salvar a vida do paciente. Ex: ferimento por arma de fogo, hemorragias, lesão de grandes vasos. 3 CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA QUANTO À FINALIDADE Diagnóstica ou exploratória:Realizada para se visualizar as partes internas ou orgãos e/ou realizar biópsias. Diagnóstica ou exploratória:Realizada para se visualizar as partes internas ou orgãos e/ou realizar biópsias. Curativa: Quando se corrige alterações orgânicas. Curativa: Quando se corrige alterações orgânicas. Ablativa: É a ressecção ou ablação de parte de um orgão. Ablativa: É a ressecção ou ablação de parte de um orgão. Paliativa: Tem a finalidadde de aliviar ou diminuir a intensidade da doença; ou compensar os distúrbios para compensara dor por exemplo. Paliativa: Tem a finalidadde de aliviar ou diminuir a intensidade da doença; ou compensar os distúrbios para compensar a dor por exemplo. Reconstrutiva ou reparadora: Tem a finalidade de reconstituir um tecido ou uma estrutura lesada. Reconstrutiva ou reparadora: Tem a finalidade de reconstituir um tecido ou uma estrutura lesada. Reconstrutora ou coméstica:Quando se processa uma reconstituição ou plástica. Reconstrutora ou coméstica:Quando se processa uma reconstituição ou plástica. Transplante:Tem a finalidade de substituir orgãos ou estruturas não funcionantes. Transplante:Tem a finalidade de substituir orgãos ou estruturas não funcionantes. 5 O TRATAMENTO CIRÚRGICO :IMPACTO FÍSICO, EMOCIONAL E SOCIAL “significado” que o paciente e família atribuem á cirurgia. “significado” que o paciente e família atribuem á cirurgia. Em algumas vezes mudanças no estilo de vida. Em algumas vezes mudanças no estilo de vida. Alteração da imagem corporal. Alteração da imagem corporal. Medo da anestesia, da dor, da morte do desconhecido. Medo da anestesia, da dor, da morte do desconhecido. Invasão ao próprio corpo. Invasão ao próprio corpo. 8 CLASSIFICAÇÃO DO RISCO CIRÚRGICO DO AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGISTS: ASA 9 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O RISCO CARDIOLÓGICO Cirurgia de grande porte: grande probabilidade de perda de fluidos e sangue. Ex: aneurisma. Cirurgia de grande porte: grande probabilidade de perda de fluidos e sangue. Ex: aneurisma. Cirurgia de médio porte: média probabilidade de perda de fluidos e sangue. Ex: cirurgia ortopédica. Cirurgia de médio porte: média probabilidade de perda de fluidos e sangue. Ex: cirurgia ortopédica. Cirurgia de pequeno porte: pequena probabilidade de perdas de fluidos e sangue. Ex: timpanoplastia. Cirurgia de pequeno porte: pequena probabilidade de perdas de fluidos e sangue. Ex: timpanoplastia. 10 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DA CIRURGIA Cirurgia limpa: são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou descontaminados, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou de falha técnicas. Cirurgias em que não ocorrem penetrações do trato digestivo,respiratório ou urinário. Ex:mamoplastia, cirurgia de ovário. Cirurgia limpa: são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou descontaminados, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou de falha técnicas. Cirurgias em que não ocorrem penetrações do trato digestivo,respiratório ou urinário. Ex:mamoplastia, cirurgia de ovário. Cirurgia potencialmente contaminada: são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora bacteriana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas discretas no trans operatório. Cirurgias limpas com drenagem se enquadram nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo,respiratório ou urinário. Ex: gastrectomia.. 11 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DA CIRURGIA Cirurgias contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos traumatizados, recentemente abertos, colonizados por flora bacteriana abundante cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência se supuração local. Ex:apendicite, obstrução biliar ou urinária. Cirurgias contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos traumatizados, recentemente abertos, colonizados por flora bacteriana abundante cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência se supuração local. Ex:apendicite, obstrução biliar ou urinária. Cirurgias infectadas: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou orgão, em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Ex: apêndice supurado, cirurgia de reto e anûs com secreção purulenta. Cirurgias infectadas: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou orgão, em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Ex: apêndice supurado, cirurgia de reto e anûs com secreção purulenta. 12 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O TEMPO DE DURAÇÃO DO ATO CIRÚRGICO Cirurgia porte I : com duração máxima de 2 horas. Cirurgia porte I : com duração máxima de 2 horas. Cirurgia porte II : com duração de 2 à 4 horas. Cirurgia porte II : com duração de 2 à 4 horas. Cirurgia porte III : com duração de 4 à 6 horas. Cirurgia porte III : com duração de 4 à 6 horas. Cirurgia porte IV : com duração acima de 6 horas. Cirurgia porte IV : com duração acima de 6 horas. 13 TEMPOS CIRÚRGICOS 1º TEMPO: diérese: significa dividir, separar, cortar os tecidos através do bisturi elétrico, tesoura ou laser. 1º TEMPO: diérese: significa dividir, separar, cortar os tecidos através do bisturi elétrico, tesoura ou laser. 2º TEMPO: hemostasia: através da compressão direta com os dedos, uso de pinças ou do bisturi elétrico. 2º TEMPO: hemostasia: através da compressão direta com os dedos, uso de pinças ou do bisturi elétrico. 3ºTEMPO: exerese 3ºTEMPO: exerese 4º TEMPO: síntese: aproximação das bordas da ferida operatória através de sutura, adesivos ou ataduras. 4º TEMPO: síntese: aproximação das bordas da ferida operatória através de sutura, adesivos ou ataduras. 14 TERMINOLOGIA CIRÚRGICA A nomenclatura é a definição de um procedimento cirúrgico e são invariavelmente determinadas pela associação de um radical a um sufixo. Normalmente, o radical diz respeito ao tecido ou estrutura cirurgiada, enquanto o sufixo se refere ao tipo de cirurgia realizada, ou seja, o que foi feito com esse tecido ou orgão no decorrer da cirurgia. 15 EXEMPLOS DE PREFIXOS Adeno: glândula Adeno: glândula Cisto: bexiga Cisto: bexiga Cole: vesícula Cole: vesícula Oftalmo: olhos Oftalmo: olhos Procto: reto Procto: reto Salpinge:trompas de falópio Salpinge:trompas de falópio Espleno: baço Espleno: baço Flebo:veias Flebo:veias Angio: vasos sanguíneos Angio: vasos sanguíneos Orqui: testículos Orqui: testículos Artro: articulação Artro: articulação Histero: útero Histero: útero 16 SUFIXOS Tomia:incisão, corte. Ex: laparotomia Tomia:incisão, corte. Ex: laparotomia Stomia:comunicar um orgão tubular oco, com exterior através de uma boca. Ex:colostomia Stomia:comunicar um orgão tubular oco, com exterior através de uma boca. Ex:colostomia Ectomia: retirada parcial ou total de um orgão. Ex:esplenectomia Ectomia: retirada parcial ou total de um orgão. Ex:esplenectomia Plastia: reconstrução plástica. Ex: rinoplastia Plastia: reconstrução plástica. Ex: rinoplastia Pexia: fixação. Ex:nefropexia. Pexia: fixação. Ex:nefropexia. Centese: punção de um orgão ou tecido para drenagem ou coleta de um líquido. Ex: toracocentese. Centese: punção de um orgão ou tecido para drenagem ou coleta de um líquido. Ex: toracocentese. Scopia: visualização de uma cavidade através de um aparelho especial. Ex:endoscopia Scopia: visualização de uma cavidade através de um aparelho especial. Ex:endoscopia
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