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15/01/2014 1 Prof.: Dr.: Anderson Antonio Denardin MACROECONOMIA ABERTA O conceito de economias abertas está relacionado ao fato de uma economia poder efetuar alguma forma de transação com as demais economias no resto do mundo. O conceito de abertura abrange três noções distintas: Abertura no mercado de bens: determina a possibilidade que empresas e consumidores dispõem de escolher entre adquirir bens nacionais e estrangeiros. Abertura dos mercados financeiros: constitui a possibilidade que os investidores financeiros têm de escolher entre ativos financeiros domésticos ou ativos estrangeiros. Abertura do mercado de fatores: define a possibilidade que as empresas têm de escolher onde localizar a produção e que os trabalhadores têm de escolher onde trabalhar e, que os indivíduos, de um modo geral , tem de escolher para onde migrar. 15/01/2014 2 O DIAGRAMA DO FLUXO CIRCULAR DA RENDA MERCADO DE BENS E SERVIÇOS - As empresas vendem - As famílias compram MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO - As famílias vendem - As empresas compram FAMÍLIAS - Compram e consomem bens e serviços - São proprietárias de fatores de produção e os vendem EMPRESAS - Produzem e vendem bens e serviços - Contratam e utilizam fatores de produção Bens e Serviços Vendidos Bens e Serviços Comprados Receita Despesa Insumos para a produção Terra, Trabalho e Capital Salário, aluguéis e lucros Renda Fluxo de bens e serviços Fluxo de moeda ECONOMIAS ESTRANGEIRAS ECONOMIAS ESTRANGEIRAS MACROECONOMIA ABERTA Uma economia está ligada ao resto do mundo em virtude das transações comerciais e financeiras que realizam com as economias estrangeiras. O Balanço de Pagamentos é um instrumento da contabilidade nacional que registra as transações comerciais e financeiras de um país com o resto do mundo. Ele registra o total de dinheiro que entra e sai de uma economia, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capital financeiro, bem como, transferências unilaterais. Existem duas contas principais no Balanço de Pagamento: Conta Corrente: que registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferência; Conta Capital: registra as transações de fundos, empréstimos e transferências financeiras. 15/01/2014 3 EXTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 1) Conta Correntes: 1.1) Balanço Comercial 1.1.1) Exportações de bens e serviços; 1.1.2)Importações de bens e serviços; 1.2) Saldo de serviços 1.2.1) Serviços não- fator (fretes, seguros, turismo, etc...) 1.2.2) Serviços de capital (recebimento de juros, remessas de lucros) 1.2.3) Serviços de mão-de-obra (remessa de trabalhadores do exterior) 1.3) Transferências Unilaterais correntes 1.3.1) Transferências oficiais. 1.3.2) Outros EXTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 2) Conta Capital 2.1) Investimento direto 2.1.1) Investimento direto do país 2.1.1.1) Participação no capital 2.1.1.2) Empréstimo entre empresas 2.1.2) Investimento estrangeiro direto 2.1.2.1) Participação no capital 2.1.2.2) Empréstimo entre empresas 15/01/2014 4 2) Conta Capital 2.2) Investimentos em carteira 2.2.1) Investimento do país em carteira 2.2.1.1) Ações de companhias estrangeiras 2.2.1.2) Títulos de renda fixa 2.2.2) Investimento estrangeiro em carteira 2.2.2.1) Ações de companhias do país 2.2.2.2) Títulos de renda fixa EXTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 2) Conta Capital 2.3) Derivativos 2.3.1) Ativos 2.3.2) Passivos 2.4) Outros investimentos 2.4.1) Outros investimentos do país 2.4.2) Outros investimentos estrangeiros 3) Erros e Omissões 4) Resultado do Balanço 5) Conta de Capitais Compensatórios 5.1) Contas de Caixa 5.1.1) Haveres no exterior 5.1.2) Reservas em ouro EXTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 15/01/2014 5 Regra simples para o saldo do Balanço de Pagamentos: Qualquer pagamento efetuada a estrangeiro é considerado um item de déficit no balanço de pagamentos. Qualquer pagamento proveniente de estrangeiros constitui um item de superávit do balanço de pagamentos. O saldo do balanço de pagamentos é constituído pela soma dos déficits (superávits) da conta correntes e de da conta capital. Saldo do Balanço de Pagamento = Saldo na Conta Corrente + Saldo na Conta Capital. Assim, temos que: Receitas > Despesas = Superávit no Balanço de Pagamentos Despesas > Receitas = Déficit no Balanço de Pagamentos SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS Definição: As taxas nominais de câmbio entre duas moedas quaisquer podem ser definida pelo quantidade de moeda nacional necessária para adquirir uma unidade da moeda estrangeira. As taxas de câmbio entre as moedas são cotadas de duas maneiras distintas: Pelo número de unidades de moeda estrangeira que se pode obter com uma unidade de moeda nacional. Ex.: taxa de câmbio 2 R$/1US$ - 1 R$ = 0,5 US$ Pelo número de unidades de moeda nacional que se pode obter com uma unidade de moeda estrangeira; Ex.: taxa de câmbio 1US$ /2 R$ - 0,5 US$ = 1 R$ TAXA DE CÂMBIO NOMINAL 15/01/2014 6 A taxa nominal de câmbio entre duas moedas quaisquer é determinada pela interação entre a demanda e oferta de divisas que ocorre no mercado de câmbio. A taxa de câmbio é determinada a cada instante pela interação entre compradores e vendedores de divisas no mercado de câmbio. TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E (R$/US$) OFERTA Q(US$) DEMANDA E E* Q* A taxa de câmbio entre duas moedas quaisquer varia continuamente ao longo do tempo. Estas variações são chamadas de apreciações (valorização) nominais ou depreciações (desvalorizações) nominais: Apreciação (Valorização) da taxa de cambio R$/US$: ocorre quando o preço das moedas estrangeiras (US$) avaliada em termos de moeda nacional (R$) é reduzido, ou seja, a moeda se valoriza quando ocorre uma redução na taxa de câmbio (redução no preço da moeda estrangeira). Ex.: 2R$/1US$ - 1,8 R$/US$ Depreciação (Desvalorização) da taxa de cambio R$/US$: ocorre quando o preço das moedas estrangeiras (US$) avaliada em termos de moeda nacional (R$) é aumentado, ou seja, a moeda se desvaloriza quando ocorre um aumento na taxa de câmbio (aumento no preço da moeda estrangeira). Ex.: 2R$/1US$ - 2,5 R$/1US$ TAXA DE CÂMBIO NOMINAL 15/01/2014 7 EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO NOMINAL 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 19 9 4 .0 6 19 9 4 .1 0 19 9 5. 0 2 19 9 5. 0 6 19 9 5. 10 19 9 6 .0 2 19 9 6 .0 6 19 9 6 .1 0 19 9 7. 0 2 19 9 7. 0 6 19 9 7. 10 19 9 8 .0 2 19 9 8 .0 6 19 9 8 .1 0 19 9 9 .0 2 19 9 9 .0 6 19 9 9 .1 0 20 0 0 .0 2 20 0 0 .0 6 20 0 0 .1 0 20 0 1. 0 2 20 0 1. 0 6 20 0 1. 10 20 0 2. 0 2 20 0 2. 0 6 20 0 2. 10 20 0 3. 0 2 20 0 3. 0 6 20 0 3. 10 20 0 4 .0 2 20 0 4 .0 6 20 0 4 .1 0 20 0 5. 0 2 20 0 5. 0 6 20 0 5. 10 20 0 6 .0 2 20 0 6 .0 6 20 0 6 .1 0 20 0 7. 0 2 20 0 7. 0 6 20 0 7. 10 20 0 8 .0 2 20 0 8 .0 6 20 0 8 .1 0 20 0 9 .0 2 20 0 9 .0 6 Taxa de Câmbio 1996/06 - 2009/06 Taxa de Câmbio -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 19 9 4 .0 9 19 9 5. 01 19 9 5. 0 5 19 9 5. 0 9 19 9 6 .0 1 19 9 6 .0 5 19 9 6 .0 9 19 9 7. 0 1 19 9 7. 0 5 19 9 7. 0 9 19 9 8 .0 1 19 9 8 .0 5 19 9 8 .0 9 19 9 9 .0 1 19 9 9 .0 5 19 9 9 .0 9 20 0 0 .0 1 20 0 0 .0 5 20 0 0 .0 9 20 0 1. 0 1 20 0 1. 0 5 20 0 1. 0 9 20 0 2. 0 1 20 0 2. 0 5 20 0 2. 0 9 20 0 3. 0 1 20 0 3. 0 5 20 0 3. 0 9 20 0 4 .0 1 20 0 4 .0 5 20 0 4 .0 9 20 0 5. 0 1 20 0 5. 0 5 20 0 5. 0 9 20 0 6 .0 1 20 0 6 .0 5 20 0 6 .0 9 20 0 7. 0 1 20 0 7. 0 5 20 0 7. 0 9 20 0 8 .0 1 20 0 8 .0 5 20 0 8 .0 9 20 0 9 .0 1 20 0 9 .0 5 M IL H Õ E S R $ EXPORTAÇÕES, IMPORTAÇÕES E SALDO COMERCIAL 1994/09 - 2009/05 EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES SALDO COMERCIAL EXPORTAÇÕES, IMPORTAÇÕES E SALDO COMERCIAL 15/01/2014 8 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 19 9 4 .0 9 19 9 4 .1 2 19 9 5. 0 3 19 9 5. 0 6 19 9 5. 0 9 19 9 5. 12 19 9 6 .0 3 19 9 6 .0 6 19 9 6 .0 9 19 9 6 .1 2 19 9 7. 0 3 19 9 7. 0 6 19 9 7. 0 9 19 9 7. 12 19 9 8 .0 3 19 9 8 .0 6 19 9 8 .0 9 19 9 8 .1 2 19 9 9 .0 3 19 9 9 .0 6 19 9 9 .0 9 19 9 9 .1 2 20 0 0 .0 3 20 0 0 .0 6 20 0 0 .0 9 20 0 0 .1 2 20 0 1. 0 3 20 0 1. 0 6 20 0 1. 0 9 20 0 1. 12 20 0 2. 0 3 20 0 2. 0 6 20 0 2. 0 9 20 0 2. 12 20 0 3. 0 3 20 0 3. 0 6 20 0 3. 0 9 20 0 3. 12 20 0 4 .0 3 20 0 4 .0 6 20 0 4 .0 9 20 0 4 .1 2 20 0 5. 0 3 20 0 5. 0 6 20 0 5. 0 9 20 0 5. 12 20 0 6 .0 3 20 0 6 .0 6 20 0 6 .0 9 20 0 6 .1 2 20 0 7. 0 3 20 0 7. 0 6 20 0 7. 0 9 20 0 7. 12 20 0 8 .0 3 20 0 8 .0 6 20 0 8 .0 9 20 0 8 .1 2 20 0 9 .0 3 20 0 9 .0 6 M IL H Õ E S R $ EXPORTAÇÕES, IMPORTAÇÕES E TAXA DE CÂMBIO 1994/08 - 2009/08 EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES TAXA DE CÂMBIO EXPORTAÇÕES, IMPORTAÇÕES E TAXA DE CÂMBIO A taxa de câmbio real é determinada pelo produto da taxa de câmbio nominal e a razão entre os preços dos bens estrangeiros (medidos em dólares), e o preços dos bens domésticos (medidos em reais). Onde, “e” representa a taxa de câmbio real; “E” representa a taxa de câmbio nominal; “P*” o índice de preços externos; e “P”, o índice de preços nacionais. OBS.: a taxa de câmbio real mede a competitividade de um país no comércio internacional. TAXA DE CÂMBIO REAL P EP e * 15/01/2014 9 Com base na relação estabelecida pela taxa de câmbio real, temos que: Aumentos (reduções) na taxa de câmbio nominal promovem aumentos (reduções) proporcionais na taxa de câmbio real (depreciação/apreciação do câmbio real); Aumentos (reduções) no nível de preços externos promovem aumentos (reduções) proporcionais na taxa de câmbio real (depreciação/apreciação do câmbio real); Aumento (reduções) no nível de preços domésticos promovem redução (aumentos) na taxa de câmbio real (apreciação/depreciação do câmbio real). TAXA DE CÂMBIO REAL 0 E e 0 * P e 0 P e REGIMES CAMBIAIS Taxa de Câmbio Fixa: em um sistema de taxas de câmbio fixas, os bancos centrais dos países fixam suas taxas de câmbio em um determinado valor, e se comprometem a comprar e vender divisas ao valor fixado, promovendo variações em suas reservas cambiais. Inclui-se nesse sistema o regime de bandas cambiais, Brasil (1995-1998). Taxa de Câmbio Flexível (Flutuante): em um regime de taxas de câmbio flexíveis, por outro lado, os bancos centrais permitem que a taxa de câmbio se ajuste para equacionar a oferta e a demanda por moeda estrangeira, ou seja, a taxa de câmbio é determinada pelas condições de mercado. O regime de câmbio flutuante pode se apresentar de duas formas: Sistema de Flutuação Limpa: os bancos centrais ficam totalmente de fora do mercado de divisas e permitem que as taxas de câmbio sejam determinadas livremente nos mercados de câmbio (as variações nas reservas oficiais são iguais a zero). Sistema de Flutuação Suja: os bancos centrais intervêm no mercado de câmbio comprando e vendendo moedas estrangeiras, na tentativa de influenciar as taxas de câmbio (as variações nas reservas oficiais podem ser positivas ou negativas). 15/01/2014 10 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 19 9 4 .0 6 19 9 4 .1 0 19 9 5. 0 2 19 9 5. 0 6 19 9 5. 10 19 9 6 .0 2 19 9 6 .0 6 19 9 6 .1 0 19 9 7. 0 2 19 9 7. 0 6 19 9 7. 10 19 9 8 .0 2 19 9 8 .0 6 19 9 8 .1 0 19 9 9 .0 2 19 9 9 .0 6 19 9 9 .1 0 20 0 0 .0 2 20 0 0 .0 6 20 0 0 .1 0 20 0 1. 0 2 20 0 1. 0 6 20 0 1. 10 20 0 2. 0 2 20 0 2. 0 6 20 0 2. 10 20 0 3. 0 2 20 0 3. 0 6 20 0 3. 10 20 0 4 .0 2 20 0 4 .0 6 20 0 4 .1 0 20 0 5. 0 2 20 0 5. 0 6 20 0 5. 10 20 0 6 .0 2 20 0 6 .0 6 20 0 6 .1 0 20 0 7. 0 2 20 0 7. 0 6 20 0 7. 10 20 0 8 .0 2 20 0 8 .0 6 20 0 8 .1 0 20 0 9 .0 2 20 0 9 .0 6 TAXA DE CÂMBIO NOMINAL X TAXA DE CÂMBIO REAL 1994/06 - 2009/06 Taxa de Câmbio Real Taxa de Câmbio Nominal TAXA DE CÂMBIO NOMINAL X REAL EXEMPLO Suponhamos o seguinte: i) Os únicos produtos no mundo são a soja brasileira e o vinho francês. ii) O preço de um saco de soja no Brasil é de R$ 20,00. Apure a taxa “real” de câmbio entre o Brasil e a França quando: a) O euro vale R$ 2,20 e o preço de uma garrafa de vinho na França é de 25 euros. b) O euro vale R$ 2,20 e o preço de uma garrafa de vinho na França é de 30 euros. c) O euro vale R$ 2,30 e o preço de uma garrafa de vinho na França é de 30 euros. d) O euro vale R$ 2,00 e o preço de uma garrafa de vinho na França é de 30 euros. e) Se o preço da soja no Brasil aumentar para R$ 25, calcule os valores para a, b, c e d. f) Explique o que ocorre com a taxa de câmbio (apreciação ou depreciação) quando aumenta o preço do vinho na França, quando aumenta o preço da soja no Brasil, e quando muda a taxa de câmbio nominal R$/Euro. 15/01/2014 11 Em uma economia aberta, parte da produção de bens serviços doméstica é vendida para estrangeiros (exportações) e parte dos gastos domésticos são realizados com aquisição de bens e serviços estrangeiros (importações). Assim, em uma economia aberta, a análise da demanda agregada deve ser modificada para incluir as transações efetuadas por um país com o resto do mundo. O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS EM UMA ECONOMIA ABERTA Em uma economia aberta, a equação de demanda é determinada por: Onde, X representa as exportações e M representaas importações. Ou, de modo equivalente: Onde TC representa o saldo em transações correntes, ou transações correntes: O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS EM UMA ECONOMIA ABERTA )( MXGICYDA TCGICYDA MXTC 15/01/2014 12 Saldo em Transações Correntes: é dada pela diferença entre o valor das exportações e das importações de bens e serviços de um país. O saldo em conta corrente pode apresentar três situações distintas: Deficit em Transações Correntes: as importações de um país excedem suas exportações. Importações (M) > Exportações (X) Superávit em Transações Correntes: as exportações de um país excedem suas importações. Exportações (X) > Importações (M) Equilíbrio em Transações Correntes: refere-se a uma situação em que as exportações são iguais às importações. Exportações (X) = Importações (M) O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS EM UMA ECONOMIA ABERTA Um país com déficit em transações corrente deve cobrir seu excesso de gasto tomando emprestado a diferença com os estrangeiros, portanto, estará aumentando sua dívida externa líquida pelo valor equivalente ao montante do déficit. O país deficitário torna-se devedor internacional. Por outro lado, um país com superávit em transações está financiando o déficit em transações correntes de seus parceiros comerciais, emprestando dinheiro a eles, portanto, acumulando crédito internacional. O país superavitário torna-se credor internacional. Este raciocínio mostra que o saldo em transações correntes de um país é igual à mudança em sua riqueza externa líquida. Os empréstimos internacionais podem ser identificado como comércio intertemporal. Um país com um déficit em transações correntes está importando consumo presente e exportando consumo futuro. Já um país com superávit em transações correntes está exportando consumo presente e importando consumo futuro. O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS EM UMA ECONOMIA ABERTA 15/01/2014 13 O saldo em transações correntes também pode ser definido pela diferença entre a renda nacional e os gastos domésticos dos residentes, como segue: Assim temos que: Se Y > (C+I+G), TC > 0 e ΔDivida < 0 (aumento na riqueza externa líquida). Se Y < (C+I+G), TC < 0 e ΔDivida > 0. (redução na riqueza externa líquida). Se Y = (C+I+G), TC = 0 e Δdivida = 0. (a riqueza não se altera). TRANSAÇÕES CORRENTES E O ENDIVIDAMENTO EXTERNO TCGICY TCGICY )( Enquanto em uma economia fechada a poupança nacional deve ser sempre igual ao investimento, em uma economia aberta poupança e investimento podem ser diferentes: Uma economia aberta pode poupar aumentando seu estoque de capital ou adquirindo riqueza externa, ao passo que uma economia fechada pode poupar apenas aumentando seu estoque de capital. POUPANÇA E TRANSAÇÕES CORRENTES TCIS TCIGCY TCIGCY )( 15/01/2014 14 POUPANÇA PRIVADA E POUPANÇA DO GOVERNO Poupança Privada: é definida como a parte da renda disponível que é poupada, e não consumida. A renda disponível é representada pela renda nacional (Y), deduzidos os impostos líquidos arrecadados das famílias e das firmas pelo governo (T). Poupança do Governo: é definida pela diferença entre a receita de impostos arrecadada pelo governo (T) e seus gastos (G). CTYS p GTSg As duas modalidades de poupança (privada e do governo) formam a poupança nacional, como segue: TCISS TCIS TCIGCY TCIGTCTY TCIGTCTY NacionalPoupança GP SS GP )()( POUPANÇA PRIVADA E POUPANÇA DO GOVERNO 15/01/2014 15 Efeitos das decisões de poupança do governo nas economias abertas: A última relação afirma que a poupança privada de um país pode assumir três formas distintas: Investimento na acumulação de capital doméstico (I); Compras de riqueza dos estrangeiros (TC); Compras de dívida emitida pelo governo, se G >T. )( )( TGTCIS GTTCIS STCIS TCISS P P GP GP POUPANÇA PRIVADA E O DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO DO GOVERNO Em uma economia fechada temos que os gastos doméstico dependem da taxa de juros e da renda, assim temos: As transações correntes são determinadas por: Onde, “Yf” representa a renda externa, “Y” a renda doméstica e “e” a taxa de câmbio real. O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS EM UMA ECONOMIA ABERTA ),( iYf GICYDA ),(),( eYMeYXTC f 15/01/2014 16 Com base na expressão que representa as exportações líquidas (NX) Temos as seguintes relações entre as variáveis: Um aumento (diminuição) na renda externa aumenta (diminui) as exportações; Um aumento (diminuição) na taxa de câmbio aumenta (diminui) as exportações , e diminui (aumenta) as importações. Um aumento (diminuição) na renda doméstica aumenta (diminui) as importações. O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS EM UMA ECONOMIA ABERTA ),(),( eYMeYXTC f 0 ;0 ;0 ;0 e M Y M e X Y X f Considerando a exportações líquidas: Temos as seguintes relações funcionais: Com base nessas relações, podemos estabelecer os seguintes resultados: Um aumento (redução) na renda externa, permanecendo inalterados outros fatores, melhora (piora) o saldo das transações correntes de um país e aumenta (diminui) a demanda agregada. Um aumento (redução) na renda doméstica aumenta (diminui) os gastos com importações e piora (melhora) o saldo em transações correntes. Um aumento (redução) na taxa de câmbio (depreciação/apreciação cambial) melhora (piora) o saldo em transações correntes e aumenta (diminui) a demanda agregada. O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS EM UMA ECONOMIA ABERTA ),,( eYYfTC f ;0 ;0 ;0 e TC Y TC Y TC f 15/01/2014 17 Considerando um dado nível de renda externa Yf , e para um dado nível de taxa de câmbio real “e”, a curva que representa o salto em transações correntes é dada por: A curva de transações correntes é uma função decrescente do nível de renda. Um aumento na renda expande as importações e reduz as exportações líquidas. A curva é mais inclinada quanto maior for a propensão marginal a importar. CURVA DA BALANÇA COMERCIAL TC Y ),,( eYYfTC f 0 Y A curva IS de uma economia aberta inclui agora o saldo em conta corrente como uma componente da demanda Uma vez que o nível de equilíbrio da renda dependerá tanto da renda externa como da taxa de câmbio real, faz-se necessário identificar como mudanças nessas variáveis afetam o nível de equilíbrio da renda. EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS ),,( eYYf f TCGICY 15/01/2014 18 EFEITO DE UM AUMENTO NA RENDA DOMÉSTICA SOBRE A CURVA DE DEMANDA AGREGADA E SOBRE O SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES i LM Y IS E Y0 i0 i1 Y1 IS’ E’ 0 Y E E’ NX Y0 Y1 EFEITO DE UMA EXPANSÃO NA RENDA EXTERNA SOBRE A CURVA DE DEMANDA AGREGADA E SOBRE O SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES i LM Y IS E Y0 i0 i1 Y1 IS’ E’ 0 Y E E’ TC Y0 Y1 15/01/2014 19 EFEITO DE UMA DEPRECIAÇÃO NA TAXA DE CÂMBIO SOBRE A CURVA DE DEMANDA AGREGADA E SOBRE O SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES i LM Y IS E Y0 i0 i1 Y1 IS’ E’ 0 Y E E’ TC Y0 Y1 A tabela resume as principais alterações promovidas por mudanças nas principais variáveis que afetam as exportações líquidas: EFEITOS DE DISTÚRBIOS NA RENDA E NA TAXA DE CÂMBIO SOBRE AS EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS AUMENTO (REDUÇÃO) NA RENDA DOMÉSTICA AUMENTO (REDUÇÃO) NA RENDA EXTERNA DEPRECIAÇÃO (APRECIAÇÃO) REAL RENDA DOMÉSTICA+ (-) + (-) + (-) EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS - (+) + (-) + (-) 15/01/2014 20 CONFLITO DE INTERESSE ENTRE PLENO EMPREGO E EQUILÍBRIO EXTERNO i LM Y IS E Y0 i0 I Y*EX=0 0 Y E E’ NX Y0 Y* II III A curva do balanço de pagamentos (BP) de uma economia aberta inclui, além do saldo em transações corrente, o saldo na conta capital (CK), representado por: O saldo em transações correntes é determinado pelo nível de renda interno e externo, e pela taxa de câmbio real. O movimento de capitais, por sua vez, responde ao diferencial de retorno oferecido pelos ativos domésticos e estrangeiros, ou seja, pelo diferencial entre as taxas de juros internas e externas (i,i*). O movimento de capital depende, essencialmente, das decisões de portfólio dos agentes em busca de maximização de retorno em suas carteiras de ativos. BALANÇO DE PAGAMENTOS *),()*,,(*),,*,,( iiCKeYYTCiieYYBP 15/01/2014 21 Para que o saldo do balanço de pagamentos esteja em equilíbrio, temos que: A curva BP representa as combinações de taxa de juros e níveis de renda para os quais o balanço de pagamentos apresenta-se em equilíbrio. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO NO BALANÇO DE PAGAMENTOS *),()*,,( 0*),()*,,( 0 iiCKeYYTC iiCKeYYTC BP Para efeito de análise, podemos escrever a condição de equilíbrio como: CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO NO BALANÇO DE PAGAMENTOS 0 * ;0;0;0 * ;0 0*),()*,,( 0 i CK i CK e TC Y TC Y TC iiCKeYYTC BP 15/01/2014 22 Para um dado nível de renda esterna Y*, uma dada taxa de câmbio real (e), e um dado nível de taxa de juros externa (i*), o saldo do balanço de pagamentos (BP) de uma economia aberta pode ser representado por: Ou seja, o saldo do balanço de pagamentos é uma função da taxa de juros e do nível de renda doméstica. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO NO BALANÇO DE PAGAMENTOS *)ˆ,()ˆ*,ˆ,(),( iiCKeYYTCiYBP Para dados valores de (Y*, e, i*), podemos representar a curva de equilíbrio no Balanço de Pagamentos no plano (i, Y), como segue: Ao longo da curva BP, existe equilíbrio no balanço de pagamentos. À esquerda de BP, existe superávit porque a taxa de juros doméstica está além da taxa de equilíbrio para o nível corrente de renda. E, à direita de BP existe déficit, pois taxa de juros doméstica está aquém da taxa de equilíbrio para o nível corrente de renda. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO NO BALANÇO DE PAGAMENTOS BP Y i Superávit Déficit 15/01/2014 23 A inclinação da curva BP dependerá basicamente do grau de mobilidade de capitais, isto é, da forma como estes respondem a variações na taxa de juros. Assim temos que: Se qualquer desvio da paridade acarreta um fluxo instantâneo de capital para dentro ou para fora do país, mantendo a igualdade entre i=i*, a curva BP seria uma reta horizontal passando pelo ponto i = i*. Se não existir qualquer mobilidade de capital entre o país e o exterior, a curva BP é representada por uma reta vertical. Se a mobilidade de capital for menos que perfeita, a curva BP apresenta inclinação positiva. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO NO BALANÇO DE PAGAMENTOS *)( ii CK 0 *)( ii CK *)( 0 ii CK Para saber qual depósito, em moeda doméstica ou moeda estrangeira oferece a maior taxa de retorno esperada, deve-se calcular a taxa de retorno, em moeda doméstica, dos títulos domésticos e estrangeiros, e compará-los. A taxa de retorno em moeda nacional dos depósitos em moeda estrangeira é, aproximadamente, determinada pela taxa de juros dos títulos estrangeiros mais a taxa de depreciação da moeda doméstica em relação a moeda estrangeira. Como segue: Onde, i* = taxa de juros de um ano dos depósitos em moeda estrangeira. E t = taxa de câmbio presente (moeda nacional/moeda estrangeira). E e t+1 = taxa de câmbio esperada que prevalecerá no final do período (moeda nacional/moeda estrangeira). TAXA DE CÂMBIO E RETORNO DOS ATIVOS t t e t E EE i )( * 1 15/01/2014 24 Esse retorno esperado devemos comparar à taxa de juros dos depósitos em moeda doméstica (i), para decidir qual dos títulos é mais atrativo. A diferença entre a taxa de retorno esperada dos depósitos estrangeiros e o nacional é dado pela seguinte expressão: Quando a diferença for positiva a taxa de retorno dos ativos domésticos é maior do que a taxa de retorno dos ativos estrangeiros. Quando a diferença for negativa a taxa de retorno dos ativos domésticos é menor do que a taxa de retorno dos ativos estrangeiros. Quando a diferença for igual a zero a taxa de retorno dos ativos domésticos é igual a taxa de retorno dos ativos estrangeiros. TAXA DE CÂMBIO E RETORNO DOS ATIVOS t t e t E EE ii )( * 1 0 )( * 1 t t e t E EE ii 0 )( * 1 t t e t E EE ii 0 )( * 1 t t e t E EE ii COMPARANDO A TAXA DE RETORNO DOS DEPÓSITOS EM REAIS COM OS DEPÓSITOS EM DÓLAR Exemplo: TAXA DE JUROS DO REAL (R$) TAXA DE JUROS DO DÓLAR (US$) TAXA ESPERADA DE DEPRECIAÇÃO DO REAL EM RELAÇÃO AO DÓLAR (E e t+1 -E t )/E t TAXA DE RETORNO DIFERENÇA ENTRE OS DEPÓSITOS EM REAIS E DÓLAR i-i*(E e t+1 -E t )/E t 1 0,10 0,06 0,00 0,04 2 0,10 0,06 0,04 0,00 3 0,10 0,06 0,08 -0,04 4 0,10 0,12 -0,04 0,02 15/01/2014 25 COMPARANDO A TAXA DE RETORNO DOS DEPÓSITOS EM REAIS COM OS DEPÓSITOS EM DÓLAR Efeito de mudanças na taxa de câmbio corrente sobre os retornos esperados. Considere que a taxa de câmbio esperada seja de 2,5 R$/US$, e que a taxa de juros do dólar seja de 5%. Assim temos TAXA DE CÂMBIO REAIS DÓLAR (R$/US$) TAXA DE JUROS DOS DEPÓSITOS EM DÓLAR REAL (R$) TAXA ESPERADA DE DEPRECIAÇÃO DO REAL EM RELAÇÃO AO DÓLAR (2,50-E t )/E t TAXA DE RETORNO EM REAIS DOS DEPÓSITOS EM DÓLAR i-i*(E e t+1 -E t )/E t 1,80 0,05 0,389 0,439 1,85 0,05 0,351 0,401 1,90 0,05 0,316 0,366 1,95 0,05 0,282 0,332 2,00 0,05 0,250 0,300 2,05 0,05 0,220 0,270 2,10 0,05 0,190 0,240 COMPARANDO A TAXA DE RETORNO DOS DEPÓSITOS EM REAIS COM OS DEPÓSITOS EM DÓLAR 1,7 1,8 1,9 2 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 Relação entre Taxa de Câmbio R$/US$ Corrente e o Retorno Esperado em Reais dos Depósitos em Dolar Retorno Esperado em R$ dos depositos em US$ 15/01/2014 26 O mercado de câmbio está em equilíbrio quando os depósitos em todas as moedas oferecem a mesma taxa de retorno esperada. A condição de que os retornos esperados dos depósitos em determinado par de moedas sejam iguais quando medidos em uma mesma moeda é denominada “condiçãoda paridade dos juros”. Ela considera que os detentores potenciais de depósitos em moeda estrangeira consideram esses depósitos como ativos igualmente atraentes. EQUILÍBRIO NO MERCADO DE CÂMBIO t t e t E EE ii )( * 1 T a x a d e C â m b io R $ /U S $ Retorno Esperado dos depósitos em Dólar Taxa de Retorno (R$) DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO DE EQUILÍBRIO E2R$/US$ E*R$/US$ E1R$/US$ Taxa de Retorno dos Depósitos em Reais (R$) i 15/01/2014 27 T a x a d e C â m b io R $ /U S $ Retorno Esperado dos depósitos em DólarTaxa de Retorno (R$) EFEITO DE UM AUMENTO NA TAXA DE JUROS DO REAL E*R$/US$ E1R$/US$ Taxa de Retorno dos Depósitos em Reais (R$) i i’ T a x a d e C â m b io R $ /U S $ Retorno Esperado dos depósitos em Dólar Taxa de Retorno (R$) EFEITO DE UM AUMENTO NA TAXA DE JUROS EM DÓLAR OU DA TAXA DE CÂMBIO ESPERADA E*R$/US$ E1R$/US$ Taxa de Retorno dos Depósitos em Reais (R$) i 15/01/2014 28 É possível rearranjar a condição de paridade dos juros e escrever na forma de uma relação negativa entre a taxa de juros doméstica e a taxa de câmbio, como segue: Esta equação diz que, para uma dada taxa de câmbio futura esperada E e t+1 , e uma taxa de juros estrangeira i*, o aumento da taxa de juros interna provoca a diminuição da taxa de câmbio e, portanto, uma apreciação cambial. De maneira simétrica, a diminuição da taxa de juros interna provoca o aumento da taxa de câmbio e, portanto, uma depreciação da moeda. Quando i = i*, temos que a taxa de câmbio corrente (E) é igual a taxa de câmbio esperada (Ee), ou seja, E = Ee EQUILÍBRIO NO MERCADO DE CÂMBIO *1 1 ii E E e t t Taxa de Câmbio R$/US$ Relação de paridade de juros, dados i* e Ee T a x a d e j u ro s i RELAÇÃO ENTRE TAXA DE JUROS E TAXA DE CÂMBIO DECORRENTE DA PARIDADE DE JUROS i i* i Apreciação da moeda nacional Ee Depreciação da moeda nacional 15/01/2014 29 As equações que determinam a interação entre o produto, a taxa de juros e a taxa de câmbio, estabelecem as condições para garantir o equilíbrio no mercado de bens e no mercado financeiro, assim temos que: O equilíbrio no mercado de bens implica que o produto depende, entre outros fatores, das taxas de juros e da taxa de câmbio: A taxa de juros, por sua vez, é determinada pelas condições de equilíbrio no mercado monetário, ou seja, pela interação entre a oferta e demanda por moeda: A condição de paridade de juros implica uma relação negativa entre a taxa de juros doméstica e a taxa de câmbio: CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO MERCADO DE BENS E FINANCEIROS *1 1 ii E E e t t )*,,(),()( EYYTCGiYITYCY ),( iYL P M Taxa de Câmbio E Relação de paridade de juros, dados i* e Ee T a x a d e j u ro s i RELAÇÃO ENTRE TAXA DE JUROS E TAXA DE CÂMBIO DECORRENTE DA PARIDADE DE JUROS i’ i i” Apreciação da moeda nacional E Depreciação da moeda nacional i Y LM IS T a x a d e j u ro s i i’ i” 15/01/2014 30 EFEITO DE MUDANÇAS DA TAXA DE JUROS SOBRE O PRODUTO E SOBRE A TAXA DE CÂMBIO O aumento na taxa de juros produz os seguintes efeitos sobre o produto e sobre a taxa de câmbio: Efeito Direto: Primeiro, é o efeito direto sobre o investimento, que já estava presente no modelo IS-LM de uma economia fechada. Ou seja, o aumento da taxa de juros provoca a diminuição do investimento e, portanto, a diminuição da demanda por bens produzidos internamente e, conseqüentemente, diminui o produto agregado. Efeito Indireto: o segundo efeito, que só está presente em economias abertas, é o efeito que ocorre por meio da taxa de câmbio. O aumento na taxa de juros intera, acima da taxa de juros internacional, promove um aumento na entrada de divisas (oferta de moeda estrangeira é maior que a demanda) acarretando uma apreciação cambial. A apreciação cambial torna os bens produzidos internamente relativamente mais caros que os bens estrangeiros, acarretando a diminuição das exportações líquidas e, por sua vez, a diminuição da demanda por bens produzidos internamente e o produto. Taxa de Câmbio E Relação de paridade de juros, dados i* e Ee T a x a d e j u ro s i EFETO DA POLÍTICA FISCAL EM ECONOMIAS ABERTAS i’ i Apreciação da moeda nacional E Depreciação da moeda nacional i Y LM IS T a x a d e j u ro s i i’ IS’ 15/01/2014 31 Suponha que, a partir de um orçamento equilibrado, o governo resolva aumentar os gastos e criar um déficit orçamentário, verifica-se os seguintes efeitos sobre o produto, a taxa de juros e a taxa de câmbio: Um aumento dos gastos do governo acarreta o aumento da demanda e, portanto, do produto. À medida que o produto aumenta, também aumenta a demanda por moeda, o que pressiona a taxa de juros para cima. O aumento na taxa de juros (i>i*), que torna os títulos de dívidas domésticos mais atraentes, promove uma entrada de divisas (oferta de divisas supera a demanda), o que acarreta uma apreciação da moeda nacional. O aumento da taxa de juros e a apreciação cambial fazem com que a demanda interna por bens diminua, o que compensa, em parte, o efeito dos gastos do governo sobre a demanda e o produto. EFETO DA POLÍTICA FISCAL EM ECONOMIAS ABERTAS Os distintos componentes da demanda agregada agem como segue: O consumo e os gastos do governo claramente aumentam – o consumo em virtude do aumento da renda, e os gastos do governo devido a política fiscal expansionista. O efeito sobre os investimentos é ambíguo. Uma vez que o investimento é função da renda e da taxa de juros I(Y,i), por um lado, o aumento do produto provoca o aumento dos investimentos. Por outro lado, a taxa de juros mais elevada promove uma redução nos investimentos. Dependendo de qual desses dois efeitos predomine, o investimento pode aumentar ou diminuir. Uma vez que o saldo em transações correntes depende da renda externa, da renda doméstica e da taxa de câmbio, temos que a apreciação cambial e o aumento do produto se combinam para reduzir o saldo em transações correntes. A apreciação diminui as exportações e aumenta as importações, enquanto o aumento do produto faz com que as importações aumentem ainda mais. O déficit orçamentário leva à deterioração do balanço comercial. Se o comércio estiver inicialmente equilibrado, o déficit orçamentário provocará o déficit comercial. EFETO DA POLÍTICA FISCAL EM ECONOMIAS ABERTAS 15/01/2014 32 Taxa de Câmbio E Relação de paridade de juros, dados i* e Ee T a x a d e j u ro s i EFETO DA POLÍTICA MONETÁRIA EM ECONOMIAS ABERTAS i’ i Apreciação da moeda nacional E Depreciação da moeda nacional i Y LM IS T a x a d e j u ro s i i’ LM’ Para um nível dado de produto, a diminuição do estoque de moeda de M/P para M’/P, faz com que a curva LM se desloca para a esquerda de LM para LM’, provocando: Um aumento das taxas de juros; À medida que a taxa de juros aumenta, os investimentos são reduzidos, promovendo uma redução no produto; O aumento na taxa de juros (i>i*), que torna os títulos de dívidas domésticos mais atraentes, promove uma entrada de divisas (oferta de divisas supera a demanda), o que acarreta uma apreciação da moeda nacional. O aumento da taxa de juros e a apreciação cambial fazem com que a demanda interna por bens diminua, promovendo uma redução na demanda e no produto. EFETO DA POLÍTICA MONETÁRIA EM ECONOMIAS ABERTAS 15/01/2014 33 A analise que estende o modelo IS-LM padrão para uma economia aberta com mobilidade de capital, é denominado modelo Mundell-Fleming. O modelo Mundell-Fleming agrega as condições de equilíbrio simultâneo no mercado de bens (IS), no mercado monetário (LM) e, no balanço de pagamento (BP), como segue: Equilíbrio no mercado de bens IS: Equilíbrio no mercado monetário LM: Equilíbrio no Balanço de Pagamentos BP: O MODELO MUNDELL-FLEMING )*,,( ),(),( ),( ),()( ]),()*,([),()( eYYfTCiYf eYMeYXGiYITYCY ),( ),( iYL P M 0*),()*,,( ),(),,( iiCKeYYTC A DEMANDA AGREGADA A demanda agregada é constituída pela soma do consumo (C) com o investimento (I), com os gastos do governo (G) e com o saldo comercial (X-M) (Exportações menos Importações), e é representada do seguinte modo: Essa equação, denominada identidade, estabelece uma relação entre a produção a renda e a demanda agregada. Correntes Transações em Saldo Líquidas sExportaçõe )( MXGICDAY 15/01/2014 34 A DEMANDA AGREGADA Supomos que as exportações dependem da taxa de câmbio real efetiva “e” e do rendimento do resto do mundo Y*, e que as importações dependem do rendimento interno Y e, também, da taxa de câmbio real efetiva “e”, como segue: Onde, a1 e a2 representam, respectivamente, as sensibilidades das exportações e importações à movimentos na taxa de câmbio. E os parâmetros “d” e “m” representam, respectivamente, a sensibilidade das exportações à renda externa (propensão Marginal a Exportar da Renda) e a sensibilidade das importações à renda doméstica (Propensão Marginal a Importar da Renda). mYeaMYefM dYeaXYefX 20 10 ),( **),( A DEMANDA AGREGADA Assim, as exportações líquidas (Net eXport), ou saldo em transações correntes é dado por: Assim, temos que as exportações líquidas dependem da sensibilidade com que reagem a mudanças no câmbio, representado pelo parâmetro “v”, e da Propensão Marginal a Importar da Renda, representada pelo parâmetro “m”. mYveXX aavdYMX mYeaadYMXNX mYeaMdYeaXYYefMX 0 21000 2100 2010 NN : temos),( e *,NX Fazendo )(* **),,()( 15/01/2014 35 A DEMANDA AGREGADA Considere, ainda: FUNÇÃO CONSUMO: 00 0 0 )1( cTrYtcCC TrTr tYT TrTYYd cYdCC A DEMANDA AGREGADA Considere, ainda: FUNÇÃO INVESTIMENTO: GASTO DO GOVERNO: biII 0 0GG 15/01/2014 36 A DEMANDA AGREGADA Considere, ainda: FUNÇÃO EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS: PP PP P EP e mYveXX ** * :Onde NNM)-(X 0 EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS Substituindo na função de Demanda Agregada, temos: ])1(-[1 : temos,A Fazendo ])1(-[1 N N])1(-[1 N)1(-Y N)1(Y M)-(XGICY 00 00000 00000 00000 00000 00000 mtc biveNXA Y GIcTrC mtc biveXGIcTrC Y veXGbiIcTrCYmtc veXGbiIcTrCmYYtc mYveXGbiIcTrYtcC 15/01/2014 37 EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS Como reage o produto em função de mudanças nos diferentes parâmetros: 0 ])1(-[1 0 ])1(-[1 0 ])1(-[1 0 ])1(-[1 1 ])1(-[1 0 0000 00 mtc b i Y mtc v e Y mtc c Tr Y mtcNX Y I Y C Y A Y mtc biveNXA Y EQUILÍBRIO NO MERCADO MONETÁRIO Considere as condições para o equilíbrio no mercado monetário, e suponha que em condição de equilíbrio i = i*: hi P M k Y P M L P M P M hikYL 1 Equilìbrio de Condição * Moeda de Oferta Moeda de Demanda 15/01/2014 38 EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS E MONETÁRIO Considere as condições para o equilíbrio no mercado de bens e monetário, assim temos que: (2) 11 Monetário mercado no Equilíbrio (1) ])1(-[1 Bens de Mercado no Equilíbrio 00 P M kY h ihi P M k Y mtc biveNXA Y EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS E MONETÁRIO Substituindo (2) em (1) obtemos o equilíbrio simultâneo no mercado de bens e monetário: 0 ])1(-[1 Y 0 ])1(-[1 1 N Y A Y 0 ])1(-[1 b/h M/P Y ])1(-[1 00 00 h bk mtc v e h bk mtc X h bk mtc h bk mtc P M h b veNXA Y 15/01/2014 39 EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS E MONETÁRIO Resolvendo para a taxa de juros temos: 0 ])1(-[1 i 0 ])1(-[1 k N i A i 0 ])1(-[1 ])1(1[ M/P i ])1(-h[1 ])1(1[ 00 00 h bk mtc kv e h bk mtc X h bk mtc mtc h bk mtc P M mtckvekNXkA i EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS E MONETÁRIO Igualando as duas funções e resolvendo para a taxa de câmbio real efetiva, temos: A taxa de câmbio real de equilíbrio é dada por: hi P M kmtc biveA 1 ])1(-[1 0 i vk kbmtch P M vk mtc v NXA e ])1(-[1])1(-[1)( 0 15/01/2014 40 EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS E MONETÁRIO Como a taxa de cambio muda em função dos distintos parâmetros: 0 ])1(-[1 0 ])1(-[1 / 0 1 ])1(-[1])1(-[1)( 00 00 vk kbmtch i e vk mtc PM e vNX e A e i vk kbmtch P M vk mtc v NXA e EFICIÊNCIA DE POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS SOB DIFERENTES REGIMES CAMBIAIS: - REGIME DE CÂMBIO FÍXO - REGIME DE CÂMBIO FLEXÍVEL 15/01/2014 41 EFICIÊNCIA DE POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS SOB REGIME DE CÂMBIO FÍXO Sob taxas de câmbio fixa, o Banco Central intervém no mercado cambial mantendo constante o preço das moedas estrangeiras em termos de moeda nacional. Ele faz isso comprando e vendendo moeda estrangeira à taxa de câmbio fixa. Em um sistema de taxas fixas, os bancos centrais têm que financiar quaisquer superávit ou déficit de balanço de pagamentos que surjam à taxa de câmbio determinada (fixa), comprando e vendendo moeda estrangeira. Para manter a política de câmbio fixo, o Banco Central tem que manter um estoque de reservas de moeda estrangeira, para garantir a estabilidade da taxa de câmbio e a realização de suas operações no mercado cambial. TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL 15/01/2014 42 POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL i Y’ LM’ IS T a x a d e j u ro s i i’ LM BP=0 Y IS’ E E’ E” POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL Política Fiscal Expansionista Aumento na Demanda Agregada e na Renda Doméstica Aumento na taxa de Juros (i > i*) Entrada de capital, Superávit no Balanço de Pagamentos Pressão para Apreciação Cambial Intervenção do BC comprando divisas e vendendo moeda nacional Expansão monetária, queda na taxa de juros, retomada do equilíbrio no Balanço de Pagamentos. Aumento no nível de renda de equilíbrio 15/01/2014 43 POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL i Y’ LM IS’ T a x a d e j u ro s i i’ LM’ BP=0 Y’ IS E E’ E” POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL Política Fiscal Contracionista Redução na Demanda Agregada e na Renda Doméstica Redução na taxade Juros (i < i*) Saída de capital, déficit no Balanço de Pagamentos Pressão para depreciação cambial Intervenção do BC vendendo divisas e comprando moeda nacional Contração monetária, aumento na taxa de juros, retomada do equilíbrio no Balanço de Pagamentos. Redução no nível de renda de equilíbrio 15/01/2014 44 Sob taxas de câmbio fixas e perfeita mobilidade de capitais, a política fiscal mostra-se plenamente eficiente para a determinação do nível de renda de equilíbrio. Sob perfeita mobilidade de capital, uma política fiscal expansionista (contracionista) promove uma elevação (redução) na taxa de juros, uma pressão para a apreciação (depreciação) da moeda e, por conseguinte, exige uma intervenção do Banco Central produzindo uma expansão (contração) na oferta monetária para assegurar a taxa de câmbio constante. Assim sendo, o aumento (redução) da renda promovida pela política fiscal expansionista (contracionista) é potencializado pela expansão da oferta monetária do Banco Central. De modo geral, sob taxas de câmbio fixas e perfeita mobilidade de capitais, distúrbios reais que afetam a demanda agregada, afetam o nível de renda de equilíbrio. POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL POLÍTICA MONETÁRIA SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL i’ Y LM’IS T a x a d e j u ro s i i BP=0 Y’ E E’ POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA LM 15/01/2014 45 POLÍTICA MONETÁRIA SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL Política Monetária Expansionista Redução na taxa de Juros (i < i*) Saída de capital, déficit no Balanço de Pagamentos Pressão para depreciação Cambial Intervenção do BC vendendo divisas e comprando moeda nacional Contração monetária, aumento na taxa de juros, retomada do equilíbrio no Balanço de Pagamentos. O nível de equilíbrio da renda não é alterado POLÍTICA MONETÁRIA SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL i Y LM IS T a x a d e j u ro s i i’ IS’ BP=0 Y’ E E’ POLÍTICA MONETÁRIA CONTRACIONISTA 15/01/2014 46 POLÍTICA MONETÁRIA SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL Política Monetária Contracionista Aumento na taxa de Juros (i > i*) Entrada de capital, Superávit no Balanço de Pagamentos Pressão para apreciação Cambial Intervenção do BC comprando divisas e vendendo moeda nacional Expansão monetária, redução na taxa de juros, retomada do equilíbrio no Balanço de Pagamentos. O nível de equilíbrio da renda não é alterado Sob taxas de câmbio fixas e perfeita mobilidade de capital, um país não pode promover uma política monetária independente. As taxas de juros não podem se desalinhar das taxas que prevalecem no mercado mundial. O comprometimento para manter a taxa de câmbio fixa torna o estoque monetário endógeno, dado que o Banco Central tem que prover moeda estrangeira ou moeda doméstica que for demandada à taxa de câmbio determinada. Qualquer tentativa para reduzir (aumentar) a taxa de juros doméstica aumentando (reduzindo) o estoque monetário, incentiva a saída (entrada) de capital, promovendo pressão para depreciação (apreciação) da moeda. Isso cria a necessidade de intervenção do Banco Central comprando e vendendo moeda estrangeira até que as taxas de juros alinhem-se outra vez com as taxas do mercado mundial. Sob taxas de câmbio fixas e perfeita mobilidade de capital, a política monetária torna-se completamente ineficiente. TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL 15/01/2014 47 EFICIÊNCIA DE POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS SOB REGIME DE CÂMBIO FLEXÍVEL Sob taxas de câmbio totalmente flexíveis, o banco central não intervém no mercado cambial. A taxa de câmbio deve ajustar-se para equilibrar o mercado, fazendo com que a demanda e a oferta de moeda estrangeira se equilibrem. Sob taxas de câmbio totalmente flexíveis, a ausência de intervenção implica um balanço de pagamentos equilibrado. Qualquer déficit em conta corrente deve ser financiado por entrada privada de capital e qualquer superávit por saídas de capital. Os ajustamentos na taxa de câmbio asseguram que a soma das contas corrente e de capital sejam iguais a zero. TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL 15/01/2014 48 POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL i Y LM IS T a x a d e j u ro s i i’ IS’ BP=0 Y’ E E’ POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL Política Fiscal Expansionista Aumento na Demanda Agregada e na Renda Doméstica Aumento na taxa de Juros (i > i*) Entrada de capital Apreciação Cambial Aumento das Importações e Redução nas Exportações A piora no saldo comercial anula o efeito inicial promovido pela política fiscal expansionista sobre o nível de renda de equilíbrio. 15/01/2014 49 POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL i’ Y’ LM IS’ T a x a d e j u ro s i i IS BP=0 Y E’ E POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL Política Fiscal Contracionista Redução na Demanda Agregada e na Renda Doméstica Redução na taxa de Juros (i < i*) Saída de capital Depreciação Cambial Redução nas Importações e Aumento nas Exportações Melhora no saldo comercial anula o efeito inicial promovido pela política fiscal expansionista sobre o nível de renda de equilíbrio. 15/01/2014 50 Sob taxas de câmbio flexíveis e perfeita mobilidade de capitais, a política fiscal mostra-se completamente ineficiente para a determinação do nível de renda de equilíbrio. Sob perfeita mobilidade de capital, uma política fiscal expansionista (contracionista) promove uma elevação (redução) na taxa de juros, uma pressão para a apreciação (depreciação) da moeda e, por conseguinte, produz uma piora (melhora) no saldo em transações correntes (Exportações-Importações). Assim sendo, o aumento (redução) da renda promovida pela política fiscal expansionista (contracionista) é completamente anulado pela redução (aumento) da renda promovido pela queda nas exportações líquidas. De modo geral, sob taxas de câmbio flexíveis e perfeita mobilidade de capitais, distúrbios reais que afetam a demanda agregada, não afetam o nível de renda de equilíbrio. POLÍTICA FISCAL SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL POLÍTICA MONETÁRIA SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL i’ Y’ LM’ IS T a x a d e j u ro s i i LM BP=0 Y IS’ E E’ E” POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA 15/01/2014 51 POLÍTICA MONETÁRIA SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL Política Monetária Expansionista Redução na taxa de Juros (i < i*) Saída de capital Depreciação Cambial Aumento das Exportações e Redução nas Importações A melhora no saldo comercial potencializa o efeito promovido pela política monetária expansionista sobre o nível de renda de equilíbrio Melhora no Saldo Comercial POLÍTICA MONETÁRIA SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL i Y’ LM IS’ T a x a d e j u ro s i i’ LM’ BP=0 Y IS E E’ E” POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA 15/01/2014 52 POLÍTICA MONETÁRIA SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL Política Monetária Contracionista Redução na taxa de Juros (i > i*) Entradade capital Apreciação Cambial Redução das Exportações e Aumento nas Importações A piora no saldo comercial potencializa o efeito promovido pela política monetária contracionista sobre o nível de renda de equilíbrio Piora no Saldo Comercial Sob taxas de câmbio flexíveis e perfeita mobilidade de capitais, a política monetária mostra-se bastante eficiente para a determinação do nível de renda de equilíbrio. Qualquer tentativa para reduzir (aumentar) a taxa de juros doméstica aumentando (reduzindo) o estoque monetário, incentiva a saída (entrada) de capital, promovendo pressão para depreciação (apreciação) da moeda, uma melhora (piora) no saldo comercial e, por conseguinte, um aumento (redução) no nível de renda de equilíbrio. POLÍTICA MONETÁRIA SOB TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL 15/01/2014 53 Vantagens da taxa de câmbio flexível: Permite aos formuladores de políticas econômicas concentrarem-se em metas internas, livres de preocupações com déficits no balanço de pagamentos. A flexibilidade da taxa de câmbio removeria conflitos potenciais que surgem entre o equilíbrio interno e o equilíbrio externo. Taxas de câmbio flexíveis protegem a economia interna de choques econômicos originários no exterior. TAXAS DE CÂMBIO FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL EFEITOS DE POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS COM PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAIS Taxa Fixa Taxas Flexíveis Expansão Monetária - Não afeta o nível de renda de equilíbrio; - Redução no estoque de reservas cambiais. - Depreciação Cambial; - Melhora no Saldo em Transações Correntes; - Expansão no nível de renda de equilíbrio. Expansão Fiscal - Expansão no nível de renda de equilíbrio. - Aumento no estoque de reservas cambiais. - Apreciação Cambial; - Piora o Saldo em Transações Correntes; - Não afeta o nível de renda de equilíbrio; 15/01/2014 54 EFEITOS DE POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS COM PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAIS Taxa Fixa Taxas Flexíveis Contração Monetária - Não afeta o nível de renda de equilíbrio; - Aumento no estoque de reservas cambiais. - Apreciação Cambial; - Piora no Saldo em Transações Correntes; - Contração no nível de renda de equilíbrio. Contração Fiscal - Redução no nível de renda de equilíbrio; - Redução no estoque de reservas cambiais. - Depreciação Cambial; - Melhora no Saldo em Transações Correntes; - Não afeta o nível de renda de equilíbrio; EFEITOS DE POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS SOB TAXAS DE CÂMBIO FIXAS E FLEXÍVEIS E PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS COM PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAIS Taxa Fixa Taxas Flexíveis Política Monetária Ineficiente Eficiente Política Fiscal Eficiente Ineficiente 15/01/2014 55 EFEITOS DE MUDANÇA NOS PREÇOS SOBRE A TAXA DE CÂMBIO E M/P 1 M/P 0 E 0 E 1 L(Y, i) i 1 i 0 Taxa de Retorno dos Depósitos em Ativos Nacionais Taxa de Retorno dos Depósitos em Ativos Estrangeiros i 2 1 2 1 0 EFEITO DE UM AUMENTO NO NÍVEL DE PREÇOS DOMÉSTICOS EFEITOS DE AUMENTO NOS PREÇOS SOBRE A TAXA DE CÂMBIO Aumento no Nível de Preços Redução na Oferta Real de Moeda Aumento na taxa de juros i > i* Entrada de Capital Redução da Taxa de Câmbio (Valorização Cambial) Oferta por moeda estrangeira aumenta 15/01/2014 56 EFEITOS DE MUDANÇA NOS PREÇOS SOBRE A TAXA DE CÂMBIO E M/P 0 M/P 1 E 1 E 0 L(Y, i) i 0 i 1 Taxa de Retorno dos Depósitos em Ativos Nacionais Taxa de Retorno dos Depósitos em Ativos Estrangeiros i 1 2 1 2 0 EFEITO DE UMA REDUÇÃO NO NÍVEL DE PREÇOS DOMÉSTICOS EFEITOS DE REDUÇÃO NOS PREÇOS SOBRE A TAXA DE CÂMBIO Redução no Nível de Preços Aumento na Oferta Real de Moeda Redução na taxa de juros i < i* Fuga de Capital Aumento da Taxa de Câmbio (Desvalorização Cambial) Demanda por moeda estrangeira aumenta 15/01/2014 57 Hipóteses Iniciais: O Banco Central fixa a taxa de câmbio em um nível E0, e se compromete a vender moeda estrangeira a este preço enquanto tiver algo para vender; O Banco Central permite a expansão do crédito doméstico, de modo que o governo recorre aos empréstimos do banco central para financiar eventuais déficits orçamentários; O Banco Central abandona o regime de câmbio fixo se as reservas oficiais caírem a zero. DINÂMICA DA CRISE CAMBIAL DINÂMICA DA CRISE CAMBIAL E M/P 0 M/P 1 E s = E0 E sT1 T*T 1 Taxa de Câmbio Sombra Flutuante Es Tempo Estoque de Reservas Oficiais 0 E sT2 T 2 Diminuição das Reservas Oficiais Promovidas pelo Pelo Ataque Especulativo 15/01/2014 58 DINÂMICA DA CRISE CAMBIAL Déficit Orçamentário Financiamento via Expansão Monetária (O Banco Central Compra os Títulos do Governo) Aumento na Oferta Monetária Fuga de Capital Ataque Especulativo Crise Cambial Esombra = E0(Fixa) P e * ii Hipótese Inicial: depreciação real da moeda de um país melhora suas transações correntes. Em que condições essa hipótese é válida? A validade dessa hipótese depende da resposta dos volumes de exportações e importações às mudanças nas taxas de câmbio real. A condição de Marshall-Lerner (Alfred Marshall e Abba Lerner) afirma que, permanecendo tudo o mais constante (ceteris paribus), uma depreciação real melhora as transações correntes se o volume de exportações e importações forem suficientemente elásticas em relação à taxa de câmbio real. CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER 15/01/2014 59 As transações correntes são determinadas por: Supondo que a renda externa Y* é mantida constante, e que a taxa de câmbio real é determinada por e=E.P*/P, a equação de transações correntes pode ser reescrita como: Fazendo M = e.X*, obtemos as importações medidas em produto interno, de modo que a transação corrente podem ser determinadas por: CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER MODELO ),()*,()*,,( eYMeYXeYYTC ),()(),( eYMeXeYTC ),(*)(),( eYeXeXeYTC Para definir o efeito da variação cambial sobre as transações correntes, derivamos a expressão em relação a taxa de câmbio real. Assim, obtemos: De forma mais específica a equação pode ser reescrita como: Essa equação resume os dois efeitos de uma depreciação real sobre as transações correntes: efeito volume e efeito valor. CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER MODELO e YeX eeYX e eX e eYTC ),(* ),(*.1 )(),( e YeX eeYX e eX e eYTC ),(* ),(* )(),( 15/01/2014 60 Efeito Volume: efeito de mudanças em “e” sobre o número de unidades de produto exportadas e importadas. Efeito Valor: representado por X*(Y,e), sugere que um aumento em “e” piora as transações correntes, uma vez que eleva o valor do volume inicial das importações em termos de produtos internos. CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER MODELO 0 ),(* 0 )( e YeX e eX Deve-se estabelecer as condições para que: Definindo a elasticidade da demanda por exportações em relação a “e”, CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER MODELO 0 ),(* ),(* )( 0 ),( e YeX eeYX e eX e eYTC sImportaçõepor Demanda da deElasticida * * * sExportaçõepor demanda da deElasticida X e e X X e e X 15/01/2014 61 Multiplicando o lado direito da equação TC por e/X, temos: Se as transações correntes são inicialmente iguais a zero (equilíbrio em transações correntes), temos que: CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER MODELO 0 ),(* ),(* )( X e e YeX e X e eYX X e e eX ),(*)( 0),(*)( ),(*)(),( eYeXeX eYeXeX eYeXeXeYTC Substituindo X por “e.X*”, temos: CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER MODELO 1* : temos0* Como 01* 0 * ),(* 1 )( :como expressão a reescrever podemos ndo,Simplifica 0 * ),(* * ),(* )( * X e e YeX X e e eX eX e e YeX e eX e eYX X e e eX 15/01/2014 62 A condição de Marshall-Lerner é representada por: A condição de Marshall-Lerner afirma que, se as transações correntes forem inicialmente iguais a zero, uma depreciação real da moeda causa um superávit em transações correntes caso a soma das elasticidades câmbio das demandas por exportações e importações seja maior que a unidade. CONDIÇÃO DE MARSHALL-LERNER MODELO 1* Uma hipótese importante na teoria do comércio internacional é que, permanecendo tudo o mais constante, uma depreciação da moeda local melhora imediatamente as transações correntes, enquanto uma apreciação real faz com que as transações correntes piorem imediatamente. Na realidade, o que se verifica é que o comportamento subjacente aos fluxos de comércio pode ser muito mais complexo, uma vez que, envolve elementos dinâmicos – tanto do lado da oferta quanto do lado da demanda – que levam as transações correntes a se ajustar gradualmente às mudanças na taxa de câmbio. AJUSTE GRADUAL DO FLUXO DE COMÉRCIO E A DINÂMICA DAS TRANSAÇÕES CORRENTES 15/01/2014 63 A CURVA J: Em alguns casos se observa que as transações correntes de um país pioram imediatamente após uma depreciação real da moeda e só começam a melhorar alguns meses mais tarde, ao contrário da hipótese levantada inicialmente. Se as transações correntes inicialmente pioram após uma depreciação, sua trajetória temporal, descreve uma trajetória inicial semelhante ao formato de uma curva J, portanto, a denominação “curva J” atribuída a este fenômeno. As transações correntes, medidas em produto doméstico, podem se deteriorar abruptamente logo após uma depreciação da moeda, pois a maioria dos pedidos de importações e exportações é feito muitos meses antes. Nos primeiros meses após a depreciação, os volumes de exportações e importações podem, portanto, refletir decisões de compra feitas com base na taxa de câmbio real antiga. Assim, o efeito principal da depreciação é elevar o valor do nível de importações pré-contratadas em termos dos produtos domésticos. AJUSTE GRADUAL DO FLUXO DE COMÉRCIO E A DINÂMICA DAS TRANSAÇÕES CORRENTES A CURVA J: Como as exportações medidas em produtos domésticos não mudam, enquanto as importações medidas em produto doméstico aumentam, existe uma queda inicial nas transações correntes. Mesmo depois dos contratos antigos de exportação e importação terem sido cumpridos, ainda leva tempo para que as novas encomendas se ajustem plenamente à mudança no preço relativo. Do lado da produção, os exportadores podem ter de instalar unidades e equipamentos adicionais e contratar novos trabalhadores. Na medida em que as importações consistam em materiais intermediários usados nas manufaturas domésticas, o ajuste da importação também ocorre gradualmente, conforme os importadores vão adotando novas técnicas de produção que economizem insumos intermediários. Existe defasagem também no consumo, uma vez que, para expandir o consumo estrangeiro de exportações domésticas pode ser necessário construir novas lojas de varejo no exterior, o que leva tempo para se consolidar. AJUSTE GRADUAL DO FLUXO DE COMÉRCIO E A DINÂMICA DAS TRANSAÇÕES CORRENTES 15/01/2014 64 A CURVA J: descreve a defasagem temporal com que uma depreciação real da moeda real melhora as transações correntes. AJUSTE GRADUAL DO FLUXO DE COMÉRCIO E A DINÂMICA DAS TRANSAÇÕES CORRENTES Depreciação real ocorre e a curva J se inicia 2 Efeito de Longo Prazo da depreciação real sobre as transações correntes TC TempoFim da Curva J 1 3 EFEITO DE CURTO E DE LONGO PRAZO DE UM AUMENTO PERMANENTE NA OFERTA DE MOEDA E M/P 0 M/P 1 E 1 E 3 L(Y, i) i 0 i 1 Taxa de Retorno dos Depósitos em Ativos Nacionais Taxa de Retorno dos Depósitos em Ativos Estrangeiros i 3 2 1 2 E M/P 0 M/P 1 E 1 E 0 L(Y, i) i 0 i 1 Taxa de Retorno dos Depósitos em Ativos Nacionais i 1 2 1 2 0 15/01/2014 65 EFEITO DE CURTO E DE LONGO PRAZO DE UM AUMENTO PERMANENTE NA OFERTA DE MOEDA i E 1 E 0 i 1 i 0 t 0 TAXA DE JUROS Tempo M P 1 P 0 M 1 M 0 NÍVEL DE PREÇOS t 0 OFERTA DE MOEDA 1 2 1 E 2 Tempo TAXA DE CÂMBIO Tempo Tempot0 P E 2 1 2 1 2 3 OVERSHOOTING DA TAXA DE CÂMBIO: Como efeito de um aumento na oferta monetária, a taxa de câmbio sofre uma depreciação superior a depreciação de equilíbrio de longo prazo. Diz-se que a taxa de câmbio sofre uma “ultrapassagem ou overshooting” quando sua resposta imediata (de curto prazo) a uma perturbação é maior que sua resposta de longo prazo. A ultrapassagem ou overshooting da taxa de câmbio é um fenômeno importante porque ajuda a explicar a variabilidade excessiva da taxa de câmbio no curto prazo. A ultrapassagem é uma conseqüência direta da rigidez de curto prazo do nível de preços. Em um mundo hipotético onde o nível de preços pudesse se ajustar imediatamente a seu novo nível de longo prazo, após um aumento na oferta de moeda, a taxa de juros do dólar não diminuiria, porque os preços se ajustariam imediatamente e isso evitaria que a oferta de moeda real aumentasse. Em tais condições, não haveria necessidade da ultrapassagem para manter o equilíbrio no mercado de câmbio. A taxa de câmbio alcançaria o equilíbrio simplesmente saltando de uma só vez para seu novo nível de longo prazo. EFEITO DE CURTO E DE LONGO PRAZO DE UM AUMENTO PERMANENTE NA OFERTA DE MOEDA 15/01/2014 66 EFEITO PASS-THOUGH DA TAXA DE CÂMBIO PARA PREÇOS: O repasse dos movimentos cambiais aos índices de preços de um país é denominado na literatura econômica de “efeito pass-through cambial”. O grau de pass-through é definido como a elasticidade taxa de câmbio – preços domésticos, isto é, é o impacto percentual de uma mudança de 1% na taxa de câmbio nominal sobre os preços domésticos, sejam eles comercializáveis ou não. Esse grau de repasse cambial aos preços identifica a sensibilidade dos preços domésticos em relação às mudanças cambiais. REPASSE DA TAXA DE CÂMBIO E INFLAÇÃO Câmbio de Taxa da Preço deElasticida P e e P e e P P e e P P p EFEITO PASS-THOUGH DA TAXA DE CÂMBIO PARA PREÇOS: Diversos fatores afetam o grau deste repasse de variações cambiais para os preços, dentre os mais importante, destacam-se: - o grau de abertura da economia; - o nível de aquecimento da demanda doméstica (hiato do produto); - ambiente inflacionário; - o grau de participação de insumos importados na produção de bens domésticos; - o desvio da taxa de câmbio real de sua taxa de equilíbrio. - Grau de concentração de mercado; - A elasticidade preço-demanda. Sendo assim, em uma economia aberta, os preços dos produtos consumidos domesticamenteestão sujeitos a choques advindos do mercado externo, seja por questões relacionadas a ajustes nos preços relativos das moedas, seja por movimentações nas condições internacionais de oferta e demanda. REPASSE DA TAXA DE CÂMBIO E INFLAÇÃO 15/01/2014 67 EFEITO DE MUDANÇAS NA TAXA DE CÂMBIO SOBRE DIFERENTES INDICADORES DE PREÇOS -.004 -.002 .000 .002 .004 .006 .008 .010 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 RESPOSTA DO IGP-DI A UM CHOQUE NA TAXA DE CÂMBIO -.002 -.001 .000 .001 .002 .003 .004 .005 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 RESPOSTA DO IPC À UM CHOQUE NA TAXA DE CÂMBIO -.004 -.002 .000 .002 .004 .006 .008 .010 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 RESPOSTA DO IGPM À UM CHOQUE NA TAXA DE CÂMBIO -.008 -.004 .000 .004 .008 .012 .016 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 RESPOSTA DO IPA À UM CHOQUE NA TAXA DE CÂMBIO
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