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AVALIAÇÃO NUMÉRICA DO DESEMPENHO MECÂNICO DE UM MATERIAL COMPÓSITO LAMINADO DE FIBRA DE VIDRO INSERIDOS EM VIGAS DE MADEIRA COMO FORMA DE REPARO OU REFORÇO: ESTUDO DA INFLUÊNCIA DAS DIMENSÕES EM GEOME

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A Engenharia transformando ideias em soluções inteligentes 
Anais do 2° COEN – Congresso de Engenharias – Universidade Federal de São João del-Rei – MG 
Anais do 12° CONEMI – Congresso Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial 
AVALIAÇÃO NUMÉRICA DO DESEMPENHO MECÂNICO DE UM MATERIAL 
COMPÓSITO LAMINADO DE FIBRA DE VIDRO INSERIDOS EM VIGAS DE 
MADEIRA COMO FORMA DE REPARO OU REFORÇO: ESTUDO DA 
INFLUÊNCIA DAS DIMENSÕES EM GEOMETRIAS QUADRADAS 
 
Mário Benedito Ferreira 
(1)
 (mariobferreira@yahoo.com.br), Gustavo Freitas Corrêa 
(2)
 
(gustavo_freitas_88@yahoo.com.br), André Luis Christoforo (3) (alchristoforo@yahoo.com.br), 
Francisco Antonio Rocco Lahr 
(4)
 (frocco@sc.usp.br) 
 
(1-3) Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ); Departamento de Engenharia Mecânica 
(4) Universidade de São Paulo (USP- EESC); Departamento de Engenharia de Estruturas 
 
RESUMO: Vigas são elementos estruturais comumente empregados em estruturas e em projetos 
mecânicos. Em se tratando da confecção destes elementos estruturais, destaca-se o emprego da 
madeira, por ser este um material de fonte renovável, de baixa densidade e de desempenho mecânico 
satisfatório. As estruturas construídas com madeira, quando não tratadas corretamente,podem 
apresentar problemas que venham a comprometer as finalidades para as quais foram projetadas. 
Este trabalho objetiva avaliar numericamente, com auxilio do Método dos Elementos Finitos, o 
desempenho mecânico gerado pelo emprego de um material compósito laminado, reforçado com 
fibras de vidro, como forma de reforço e reparo em estruturas de madeira. Os reparos são 
considerados de geometria quadradas, retirados da madeira na região a ser reforçada. O estudo 
prioriza avaliar o desempenho mecânico de uma viga reforçada para várias proporções distintas 
entre a aresta da cavidade quadrada e a altura da viga, permitindo apontar se o reforço a ser 
aplicado é eficiente. 
 
PALAVRAS-CHAVE: fibra de vidro, vigas de madeira, Método dos Elementos Finitos. 
 
NUMERICAL EVALUATION OF MECHANICAL PERFORMANCE OF A 
COMPOSITE MATERIAL LAMINATED FIBERGLASS INSERTED IN WOOD 
BEAMS OR REPAIR AS A MEANS OF STRENGTHENING: STUDY OF THE 
INFLUENCE OF DIMENSIONS IN SQUARE GEOMETRIES 
 
ABSTRACT: Beams are structural elements commonly used in structures and mechanical designs. 
When it comes to making these structural elements, there is the use of wood, because it is a renewable 
source of material, low density and good mechanical performance. Structures built with wood, when 
not treated properly, can present problems that may compromise the purposes for which they were 
designed. This study evaluates numerically with the aid of the finite element method, the mechanical 
performance generated by use of a laminated composite material reinforced with glass fibers as a 
means of strengthening and repair wooden structures. Repairs are considered geometry square, 
removed the wood in the region to be strengthened. The study focuses evaluate the mechanical 
performance of a beam reinforced to separate various ratios between the edge of square cavity and 
the height of the beam, allowing to point the reinforcement is to be applied efficiently. 
 
KEYWORDS: fiber glass, wood beams, finite element method. 
 
2° COEN – UFSJ 
12° CONEMI 
São João del-Rei, Minas Gerais, 02 a 05 de Outubro de 2012 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
As vigas são elementos presentes na maioria das estruturas, e em se tratando da 
construção destes elementos estruturais, destaca-se a madeira, por ser um material de fonte 
renovável, tendo como uma de suas principais características a excelente relação entre 
resistência e densidade que, segundo Calil et al (2003), essa razão chega a ser quatro vezes 
superior quando comparada ao aço. 
Dentre o vasto campo das madeiras, chama-se a atenção para o Eucalipto, que 
originalmente é uma planta da Austrália, onde existem mais de 600 espécies. No século XX o 
Eucalipto teve seu plantio intensificado no Brasil, sendo utilizado algum tempo em nas 
ferrovias, como dormentes e lenha e posterior mente como postes de eletrificação das linhas. 
Posteriormente nos anos 20, as siderúrgicas mineiras transformavam-no em carvão vegetal 
para a produção de ferro-gusa. 
O Eucalipto devido a sua boa capacidade de rebrota e rápido crescimento, podendo 
chegar até 3 ciclos de corte para uma mesma muda original, tornou-se um espécie 
amplamente cultivada nos dias de hoje, exibindo características favoráveis ao meio ambiente. 
 Segundo Christoforo (2007), no Brasil, o seu emprego só não é maior principalmente 
pela falta de conhecimento sobre as suas propriedades físicas e mecânicas por parte dos 
profissionais da construção. As construções elaboradas com madeira requerem manutenção e 
uso de forma apropriada. 
A idéia de materiais reforçados com fibras não é recente. No início da década de 30, 
fibras curtas de vidro foram adicionadas ao cimento, como reforço, nos Estados Unidos da 
América. Nos anos 50, a indústria automotiva introduziu os materiais reforçados com fibras – 
preliminarmente no corpo dos veículos – devido ao seu baixo peso, elevada resistência 
mecânica e à corrosão. A primeira aplicação desses materiais na engenharia civil ocorreu na 
construção de uma cúpula, em 1968, em Benghazi, Líbia, Miotto (2006). Tang (1997) relata 
que, após a Segunda Guerra Mundial, os produtores norte-americanos começaram a utilizar 
fibra de vidro e resina poliéster na produção de cascos de embarcações. 
Compósitos de matriz polimérica empregando fibras de vidro, carbono ou aramida 
como reforço são atualmente usados em inúmeros setores industriais, como por exemplo nas 
indústrias aeronáuticas, de construção civil e de produtos esportivos. A indústria aeronáutica 
 
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tem usado amplamente estas características e inúmeras peças e/ou componentes dos modernos 
aviões de passageiros, bem como de caças supersônicos, são feitas em compósitos de matriz 
polimérica Gibson (1994). 
Em se tratando de reforço, destacam-se os laminados, que são materiais compostos de 
fibras continuas e orientadas em uma direção, ou seja, paralelamente, considerado o mais 
eficiente sob o ponto de força e rigidez, neste trabalho os compósitos são de fibra de vidro e 
compostos de 2 camadas de tecido de fibra de vidro em matriz epóxi segundo Fiorelli (2002). 
Com o intuito de analisar reparos em estruturas ainda não danificadas totalmente, com 
a analise segundo os métodos de elementos finitos, foi desenvolvida uma viga reforçada com 
compósito laminado, e, simulado um defeito com a retirada uma cavidade retangular no meio 
e na parte inferior da viga com as dimensões de 20x5 mm, 20x10 mm e 20x15 mm, 40x5 mm, 
40x10 mm, 40x15 mm, 60x5 mm, 60x10 mm, 60x15 mm e uma força responsável por 
provocar um deslocamento da ordem de L/200 na flexão e no centro da viga, medida que 
garante comportamento linear elástico para a madeira e que implica em análise de primeira 
ordem, estabelecida pela NBR 7190/1997 (Projeto de Estruturas de Madeira). 
 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Segundo Cota et al. (2010) o Método dos Elementos Finitos é uma excelente 
ferramenta de calculopara se analisar o comportamento dos materiais empregados em 
projetos estruturais e avaliar o desempenho mecânico dessas estruturas. Pode-se considerar 
que o MEF como uma técnica que gera funções de aproximação, que podem ser utilizadas 
para interpolar quaisquer tipos de deslocamentos, esforços, tensões e deformações ao longo de 
todo o domínio do elemento. 
O elemento utilizado em todas as simulações é o elemento do tipo plano (Figura 2), 
contendo seis nós e dois graus de liberdade por nó. O tamanho do elemento é de 2 mm para a 
madeira e de 0,2 mm para o laminado de fibra de vidro. 
 
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Figura 1. Elemento Triangular Plano. 
 
Em se tratando do emprego de MEF na avaliação do desempenho mecânico de 
estruturas e na determinação de propriedades elásticas dos materiais alguns trabalhos podem 
ser citados tais como os de Cota et al. (2010), Alvarenga e Antunes (1994), Cheung e 
Lindquist (2004), Christoforo (2007), Góes (2004), Mascia (1991), Rigo (1999). 
 
2.1 Problema modelo 
 
O problema a ser avaliado trata-se de uma viga feita de madeira da espécie Eucalyptus 
grandis com propriedades definidas segundo NBR 7190/1997 (Projeto de Estruturas de 
Madeira) e um reforço de compósito laminado de fibra de vidro com propriedades definidas 
segundo Fiorelli (2002), ambas as apresentadas na Tabela 1. 
 
Tabela 1: Valores de Tensões e Módulos de Elasticidades. Adaptado de: NBR 
7190:1997 e Fiorelli (2002). 
Material 
(Mpa) 
 (Mpa) (Mpa) E 
(Mpa) 
Eucalyptus 
Grandis 
40,3 70,2 7,0 10891,05 
Laminado 
Fibra de Vidro 
- 1153 - 71844 
Interface - - 13,31 - 
 
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A viga possui 2,5 cm de largura da base, 2,5 cm de altura e 60 cm de comprimento e o 
laminado possui 1,13 mm de espessura e 2,5 cm de largura da base e 10,4 cm de 
comprimento. A área de interface é de 10,5 cm², mantendo a mesma utilizada por Fiorelli 
(2002). Após estimada a força de 236,4 N para o deslocamento máximo de L/200, medida que 
garante comportamento linear elástico para a madeira e não compromete sua estrutura, o 
objetivo é através do MEF determinar as tensões atuantes na viga e no compósito, como 
cisalhamento da interface, o deslocamento e a tensão normal na seção de aplicação da força. 
O problema se trata de uma viga bi apoiada, com uma extremidade fixa a outra móvel, 
em um ensaio de três pontos, conforme a Figura 1. 
 
FIGURA 2. Viga bi-apoiada com carregamento centrado. 
 
3. RESULTADOS 
 
 A Tabela 2 apresenta os valores das simulações feitas para a analise de deslocamentos 
no programa Ansys 12.1, com o intuito de se investigar a eficiência da viga com reforço e 
sem reforço e compará-las com a viga normal sem defeito. 
 
Tabela 2. Deslocamentos para força de 236,4 N. 
Deslocamento Sem defeito (mm) Somente defeito (mm) Reforço (mm) 
 
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Viga sem defeito 3,0024 - - 
20x5 mm - 3,44 2,528 
20x10 mm - 4,694 2,543 
20x15 mm - 9,348 2,545 
40x5 mm - 3,689 2,464 
40x10 mm - 5,638 2,528 
40x15 mm - 13,179 2,494 
60x5 mm - 3,921 2,407 
60x10 mm - 6,514 2,438 
60x15 mm - 16,739 2,454 
 
 As Figuras 3 a 6 ilustram as simulações feitas para o deslocamento, a Figura 5 em 
especial apresenta a viga com reforço, que demonstra a eficiência do reforço para as demais 
vigas sem reforço. 
 
 
Figura 3. Deslocamento viga sem defeito 
 
Figura 4. Deslocamento viga com defeito abaixo linha 
neutra 
 
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Figura 5. Deslocamento viga reforço rasgo 20x5 mm 
 
Figura 6. Deslocamento viga com defeito acima linha 
neutra 
 
A Tabela 3 apresenta os valores das simulações feitas para a analise da tensão de 
cisalhamento no programa Ansys 12.1, com o intuito de se investigar a eficiência da viga com 
reforço e sem reforço e compará-las com a viga normal sem defeito. 
 
Tabela 3. Tensão de Cisalhamento para força de 236,4 N. 
Tensão de Cisalhamento Sem defeito (Mpa) Somente defeito (Mpa) Reforço (Mpa) 
Viga sem defeito 0,1929 - - 
20x5 mm - 0,7119 6,1230 
20x10 mm - 1,3070 6,1220 
20x15 mm - 2,8690 6,1220 
40x5 mm - 0,6858 5,8810 
40x10 mm - 1,2590 6,1230 
40x15 mm - 2,7700 5,8800 
60x5 mm - 0,6609 5,5450 
 
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60x10 mm - 1,2260 5,5440 
60x15 mm - 2,6640 5,5440 
 
 
As Figuras 7 a 10 ilustram as simulações feitas para o deslocamento, a Figura 9 em 
especial apresenta a viga com reforço, que demonstra a eficiência do reforço sem ultrapassar o 
limite de tensão cisalhante admitida pela madeira. 
 
 
 
Figura 7. Cisalhamento viga sem defeito 
 
Figura 8. Cisalhamento viga com defeito abaixo linha 
neutra 
 
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Figura 9. Cisalhamento viga reforço rasgo 20x5 mm 
 
Figura 10. Deslocamento viga com defeito acima linha 
neutra 
 
 
A Tabela 4 apresenta os valores das simulações feitas para a analise da tensão normal 
no programa Ansys 12.1, com o intuito de se investigar a eficiência da viga com reforço e 
sem reforço e compará-las com a viga normal sem defeito. 
 
 
Tabela 4. Tensões normais para força de 236,4 N. 
Tensão 
Normal 
Sem defeito Somente defeito Reforço 
 
Máx. 
Mpa 
Mín. 
Mpa 
Máx. 
Mpa 
Mín. 
Mpa 
Máx. 
Mpa 
Mín. Mpa 
Viga sem 
defeito 
13,516 16,81 - - - - 
20x5 mm - - 28,461 24,4 46,058 21,384 
20x10 mm - - 37,902 41,247 46,053 21,382 
 
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20x15 mm - - 72,578 88,21 46,052 21,382 
40x5 mm - - 20,833 24,475 44,3 20,53340x10 mm - - 36,293 40,783 46,058 21,384 
40x15 mm - - 69,508 87,64 44,222 20,529 
60x5 mm - - 19,87 24,394 41,778 23,152 
60x10 mm - - 45.22 40,669 49,425 23,148 
60x15 mm - - 87,751 87,611 49,424 23,147 
 
Uma observação deve ser apresentada sobre a Tabela 4, nela os valores de tensão 
máxima em Mpa para a viga com reforço é apresentado no compósito laminado de fibra de 
vidro, tendo a viga de madeira somente esforços de compressão conforme apresentado na 
Figura 13. 
As Figuras 11 a 14 ilustram as simulações feitas para o deslocamento, a Figura 14 em 
especial apresenta a viga sem reforço, que demonstra que a madeira ultrapassa todos os 
limites de tensões normais apresentados pela Tabela 1. 
 
 
Figura 11. Tensões normais viga sem defeito 
 
Figura 12. Tensões normais viga com defeito abaixo 
 
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linha neutra 
 
Figura 13. Tensões normais viga reforço rasgo 20x5 
mm 
 
Figura 14. Tensões normais viga com defeito acima 
linha neutra 
 
5. CONCLUSÕES 
Conforme os valores apresentados pelas Tabelas 1 e 2, com a força calculada de 236,4 
N definida em projeto para deslocamento igual a 
/ 200l
 as simulações feitas nas vigas com 
defeito mostram um valor de deslocamento acima do esperado principalmente se comparado 
com a altura do defeito. A viga sem defeito apresentou por simulação um deslocamento de 
3,0024 mm, e as vigas com defeito de 20x5, 40x5 e 60x5 mm apresentaram simultaneamente 
3,44, 3,689 e 3,921 mm de deslocamento, muito próximos porém acima do limite, e as outras 
demais vigas com defeito apresentaram valores muito acima dos esperados, já as vigas com 
reforço pouco variaram em termos de deslocamentos e em média ficaram 2,489 mm um valor 
muito satisfatório e bem abaixo dos 3 mm estipulados por projeto, cerca de 17% a menos de 
deslocamento. 
Observando os valores apresentados pelas Tabelas 1 e 3, verifica-se que o 
cisalhamento apresentado na madeira não ultrapassa em nenhum momento os valores de 
segurança apresentados na Tabela 4, sendo a analise feita por nó, sendo assim o cisalhamento 
de colagem para uma área de 10,5 cm². Portanto pode-se dizer que o reforço atuou com 
sucesso. 
 
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Já os valores apresentados pelas Tabelas 1 e 4, podemos observar que as vigas com 
defeito em quase todas as condições o material falharia, ou seja, os valores de tensões são 
superiores aos obtidos por norma segundo a Tabela 4, sendo assim caracteriza-se que para a 
força de 236,4 N a viga com defeito não suportaria. Porém, para as vigas reforçadas os valores 
foram bastante satisfatórios, comprovando mais uma vez a eficiência do reforço. 
 
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