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Erik Erikson e a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento

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A Psicologia do Desenvolvimento
“O desenvolvimento, portanto, é uma equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio superior.”
Jean Piaget
Conceito
É um processo físico, emocional, intelectual e social que se inicia com o nascimento e só termina com a morte. O estudo do desenvolvimento é uma maneira de compreender os processos que ocorrem em uma vida desde o nascimento, acompanhando cada ciclo, cada fase de desenvolvimento da vida, até a morte.
Fatores básicos do Desenvolvimento Humano
Hereditariedade e o ambiente (histórico e social).
Importância para o Direto
Entre outras situações o estudo do desenvolvimento é um fator importante para definir situações do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei no 8.069 de 13 de julho de 1990, assim como a CF/88 e o Código Penal que definem a maioridade penal. Além disso temos o Estatuto do Idoso - Lei no 10.741 de 03 de outubro de 2003. 
Mitos sobre a Formação e Desenvolvimento do Ser Humano
Antes dos estudos da psicologia do desenvolvimento, éramos rodeados por mitos que buscavam introduzir e justificar a vida em sociedade. Exemplificamos três deles:
Mito do Ser Humano Natural 
Acredita que existia um momento histórico em que teríamos o “homem natural”, essencialmente bom, que se transformou em contato com a vida social. Temos Rousseau o nome que difunde este pensamento a partir de seus escritos sobre a sociedade e o contrato social. 
Mito do Ser Humano Isolado 
Este mito acredita que o ser humano pode viver e se desenvolver de modo isolado e que, por fim, traria as mesmas características que temos atualmente. Estar em sociedade seria uma casualidade, porque o ser humano já nasce formato. Kaspar Houser.
Mito do Ser Humano Abstrato
O ser humano é o mesmo independente das condições e contingencias da sua vida. Que traríamos uma essência imutável.
Estudos do Desenvolvimento
A Psicologia do Desenvolvimento que vai nos mostrar como nos tornamos o que somos a cada etapa de nossa vida sempre em necessidade de interação social. 
Erik Erikson e a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento
Contextualização – A “Psicologia do Ego”
Freud dividiu em três as instâncias da personalidade: Id (nossos instintos e pulsões, onde tudo começa antes do processo de individualização) Ego (individualização do sujeito, equilíbrio entre pulsões e realidade) e Superego (representante do pai e das leis e normas no sujeito, repressão dos instintos e culpa). 
Erikson coloca ênfase no Ego para a sua teoria, diferente de Freud que parte do Id.
Ele não restringe o desenvolvimento da personalidade nas 4 fases como afirmava Freud, e até os 4 ou 5 anos, mas propões que o desenvolvimento psicossocial segue por toda a vida.
Características
Autonomia e possibilidades de mudanças a cada etapa do ciclo vital
Pessoas enquanto seres sociais, vivem em grupos e sofrem a influência destes
Desenvolvimento da Personalidade em 8 fases psicossociais
Ciclo Vital
O desenvolvimento da personalidade se dá em estágios em que ao final de cada um deles haverá uma crise, desta crise teremos um desfecho positivo ou negativo. Ao final destas etapas o Ego sairá mais forte (desfecho positivo) ou mais enfraquecido (desfecho negativo) o que influenciaria diretamente o próximo estágio, e isto é que dá a idéia de interligação, de ciclo. 
Estágios do Desenvolvimento para Erik Erikson:
Confiança Básica X Desconfiança Básica (Até 1 ano)
A Infância inicial se dá quando o bebê se percebe enquanto “eu” (processo de individuação) na ausência da mãe que lhe possibilita prazer (comida) e afeto. Quando percebe-se sem a mãe vê que é um indivíduo separado e neste momento surge a esperança de que a mãe volte e a partir da esperança a confiança na sua volta. O bebê pode vivenciar essa descoberta positivamente quando a mãe confirma as expectativas e volta (confiança básica) por outro lado ele pode vivenciar isto de forma negativa criando o sentimento de que as coisas do mundo são más (desconfiança básica). É importante que haja pequenas frustrações para um aprendizado sadio.
Importância da Confiança Básica para Erikson (1987): “a criança não só aprendeu a confiar na uniformidade e na continuidade dos provedores externos, mas também em si próprio e na capacidade dos próprios órgãos para fazer frente ao seus impulsos e anseios” 
Autonomia X Vergonha e Dúvida (de 2 a 3 anos) 
É o momento em que a criança tem controle sobre seus movimentos musculares e que as crianças aprendem as regras sociais. Nesta fase, podem aprender o autocontrole que leva a autonomia – desfecho positivo da crise. Entretanto, se para aprender a criança se sente em exposição e vergonha isso causará um desfecho negativo. Tal fase pode tornar a criança legalista quando esta apreender que a punição deve ser aplicada incondicionalmente inclusive para si.
Iniciativa X Culpa (de 3 a 5 anos) 
Para Erikson nessa etapa a criança une a confiança e a autonomia desenvolvidas nas fases anteriores para atingir a iniciativa. A criança pode pautar tal iniciativa para determinadas metas e a culpa surgirá na fixação (conceito freudiano) em metas inatingíveis, assim como a exigência e insistência familiar em ver tal desenvolvimento na criança. O complexo de édipo é um exemplo. Nesta fase surge o senso social de responsabilidade.
Diligência (Indústria) X Inferioridade (de 6 a 12 anos)
Erikson ao contrário de Freud despende muita atenção em seus estudos à fase chama de “latência” – período em que a sexualização fica adormecida. Por esse motivo as energias voltam-se para o aprendizado formal, na escola e em convívio sociais mais amplos. Adquire o senso de diligência de busca por objetivos pessoais e de longo prazo. Em caso de falhas neste desenvolvimento a criança pode sucumbir ao senso de inferioridade. 
Identidade X Confusão de Identidade (de 12 a 18 anos)
Refere-se à conturbada fase da adolescência sobre qual Erikson desenvolveu uma grande quantidade de trabalhos com o tema da crise de identidade. A preocupação do adolescente é encontrar um papel social (identidade) e para isso existe uma preocupação excessiva com a opinião alheia, o que pode gerar trocas e confusão de identidade e personalidade. Nesta fase é comum o desenvolvimento de mecanismos de defesa como a projeção por não suportar a sua identidade (base para preconceitos e discriminações) e a regressão. A estabilização da identidade é o desfecho positivo desta crise.
Intimidade X Isolamento (de 18 a 35 anos)
Refere-se ao momento em que o indivíduo com a identidade bem construída abrirá espaço para união com outra pessoa – ou outras pessoas – sem que com isso ele se sinta ameaçado ou anulado. Esse desfecho positivo constitui-se no que o autor chamou de intimidade. Por outro lado, um ego que não seja suficientemente seguro partirá para o isolamento que caracterizará o desfecho negativo da crise. 
Generatividade X Estagnação (de 35 a 60 anos)
A preocupação da pessoa nesta fase é com o que gerou para o mundo e com o que poderá transmitir para a sociedade. A satisfação neste processo foi chamada pelo autor de generatividade enquanto o inverso foi chamado de estagnação.
Integratividade X Desespero (a partir dos 60 anos)
Esta é a etapa da vida em que o indivíduo vai refletir e dar sentido ao seu ciclo vital, às demais fases. A resolução positiva de todas elas leva o indivíduo ao sentimento de integratividade, ou seja, integração de sua vida pessoal e social. O inverso o desfecho negativo desta fase que se refere à integralidade de todo o ciclo é denominado pelo autor de desespero.
Personalidade
Para a psicologia, de uma forma geral, a personalidade pode ser definida como um padrão de características duradouras que produzem consistência nas atitudes, comportamentos e individualidade. Cada linha teórica da psicologia vai pensar de forma diferente a personalidade, conforme vimos.

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