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Caso concreto 2 de prática simulada. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA.
 ANTÔNIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da identidade nº ..., inscrita sob o CPF nº ..., endereço eletrônico, domiciliada em ..., vem por seu advogado subscrito, com endereço profissional ..., que indica para os fins do art. 77, V do CPC, com fundamento no art. 305 e seguintes do CPC, propor:
 AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR DE ARROLAMENTO DE BENS
 Pelo rito comum, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da identidade nº ..., inscrito sob o CPF nº ..., endereço eletrônico, domiciliado em ..., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
1. DO INTERESSE NA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO
	Com fundamento nos arts. 319, VII e 334, caput, ambos do Código de Processo Civil, vem a Autora manifestar seu interesse pela realização da audiência de mediação em data a ser arbitrada pelo juízo.
2. DOS FATOS
	Ao longo do matrimônio da Autora e do Réu, estes constituíram vasto patrimônio, fruto de esforço comum. Tiveram dois filhos, ambos maiores e capazes. Ocorre que a Autora descobriu que o Réu está em um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu se divorciar. 
	Ao tomar ciência da decisão da Autora de dissolver o matrimônio, o Réu decidiu doar para sua irmã, Isabel Soares, seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla. Bem como passou a proferir sucessivos saques em uma das contas conjuntas do casal.
	A Autora, após ouvir conversa do Réu e sua irmã, comprovou junto ao banco no qual possuem conta os saques realizados.
3. DOS FUNDAMENTOS
	A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, norma hierarquicamente superior a todas outras em nosso ordenamento jurídico reconhece, acompanhando a evolução histórica da sociedade brasileira, que os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos de forma igualitária pelo homem e pela mulher (art. 225, §5º). O mesmo dispositivo após emenda à Constituição nº 66/10, em seu §6º, trata da dissolução do casamento civil através do divórcio. 
	Seguindo o disposto no art. 225, §5º da CRFB/88 o Código Civil dispõe que o casamento estabelece uma comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres de ambos os cônjuges. Dentre tais deveres, ressaltam-se aqueles previstos no art. 1566, I e V do CC, qual seja: a fidelidade recíproca e o respeito e consideração mútuos.
	Ao engajar-se em um relacionamento extraconjugal o Réu agiu deliberadamente descumprindo um dos deveres primordiais à eficácia do casamento. A lei expressamente determina que a fidelidade deverá ser recíproca,, portanto o Réu teve uma conduta não somente imoral, como ilegal.
	Não obstante Agir com total desrespeito e desconsideração ao cometer adultério o Réu, após tomar ciência de que a Autora exigia o divórcio, agiu de má fé ao realizar os saques na conta conjunta do casal e ao decidir doar os dois automóveis do casal para sua irmã. O patrimônio, como já suscitado, foi constituído na constância do casamento.
	Em 1977 entrou em vigor a Lei 6.515, que tutela a separação judicial e o divórcio. Tal lei determina que o divórcio põe termo ao casamento e aos efeitos civis do matrimônio religioso, encerrando-se com ele a relação jurídica existente.
3.1. DA EXPOSIÇÃO SUMÁRIA DO DIREITO 
	A Autora entende presente o fumus boni juris através do instituto da meação. Tal instituto configura consiste na divisão do patrimônio adquirido pelo casal, na constância de casamento e por esforço em comum. Incumbe a cada um dos cônjuges a metade do montante integral do patrimônio, de forma igual para ambos.
	O art. 1.647, IV do CC veda expressamente a doação, quando não remuneratória, de bens comuns ou dos que possam integrar futura meação. Tal vedação só atinge o regime da separação total ou absoluta de bens, o que não se aplica ao caso em tela.
3.2. DO PERIGO DE DANO OU RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO
	Presente o fumus boni juris analisar-se-á o periculum in mora presente no caso. O pedido principal da presente demanda é a declaração do divórcio com a consequente partilha de bens. Tal pedido estará prejudicado se não houver a concessão da tutela de urgência cautelar.
Uma vez doados os automóveis e havendo a continuidade dos saques da conta o direito à meação da Autora estará prejudicado, visto que o valor disponível na partilha será consideravelmente menor. Ademais, a Autora desconhece a totalidade do patrimônio a ser partilhado após a dissolução do matrimônio.
Portanto, a Autora faz jus e requer o arrolamento dos bens do casal para que sejam delimitados todos os bens que virão a integrar a partilha, bem como resguardá-los a fim de que se mantenha o resultado útil do processo.
4. DOS PEDIDOS
	Diante dos fatos e fundamentos supracitados, requer a Autora:
A concessão de medida liminar deferindo a tutela de urgência cautelar de arrolamento de bens;
A citação do réu para comparecer em audiência de mediação no prazo arbitrado por este juízo;
A procedência do pedido de divórcio, bem como a devolução dos valores já sacados pelo Réu a fim de integrar a partilha.
5. DAS PROVAS
	Requer sejam produzidas todas as provas em direito admitidas, com base no art. 369 e seguintes do Código de Processo Civil, em especial as provas de caráter documental, testemunhal e o depoimento pessoal do Réu, sob pena de confissão quanto à matéria fática.
6. DO VALOR DA CAUSA
	
	Dá-se à presente causa o valor de R$ ...
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB nº/UF

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