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Caso Concreto 2 - Pratica Simulada IV - Cível

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AO JUIZO DA ... VARA DE FAMILIA ... DA COMARCA DE … / … 
 
(dez linhas) 
 
ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da 
cédula de identidade nº..., inscrita no CPF nº…, residente e domiciliada à rua …, 
bairro ..., cidade ..., UF..., CEP..., por intermédio do seu advogado infra-assinado, 
com endereço profissional constante da procuração em anexo, endereço 
eletrônico ...@..., onde recebe intimação e notificações, para fins do art. 77, 
inciso V, do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com 
fundamento nos artigos 305 e seguintes do CPC, propor: 
 
 AÇÃO DE DIVÒRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR 
 
Pelo rito comum, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, 
portador da cédula de identidade nº..., inscrito no CPF nº …, residente e 
domiciliado à rua …, bairro ..., cidade ..., UF..., CEP..., pelos fatos e fundamentos 
que passa a expor: 
 
I- DOS FATOS 
A Autora é casada há 30 anos com o Réu e na constância do matrimônio tiveram 
dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes. 
Constituíram vasto patrimônio juntos, fruto do esforço mútuo do casal. Ocorre 
que a Autora, descobriu casualmente que o Réu está em um relacionamento 
extraconjugal, razão pela qual resolveu divorciar-se do deste. O Réu ao tomar 
conhecimento da vontade da Autora em não manter o casamento, deseja doar 
seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para a sua irmã, 
a senhora Isabel Soares, assim como passou a realizar diversos saques em uma 
das contas conjuntas do casal. A Autora, após ouvir uma conversa entre o Réu 
e sua irmã Isabel, confirmou juntamente ao Banco ao qual possuem conta tais 
saques do Réu. 
 
 
 
II- DOS FUNDAMENTOS 
Diante do ocorrido a Autora almeja a dissolução da sociedade conjugal, 
conforme dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, in 
verbis: 
“Art 2º - A Sociedade Conjugal termina: 
IV - pelo divórcio. 
Parágrafo único - O casamento válido somente se 
dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo 
divórcio.” 
 
Resta claro que pelo fato do Réu está se desfazendo do patrimônio que 
guardadas as proporções também cabe a Autora, pois a mesma, é meeira do 
Réu, onde o requisito do fumus boni iures está presente e, há o periculum in 
mora, por vislumbrar o risco de ao final da dissolução da relação entre os dois 
de que não haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu demonstra a 
intenção de dilapidar o patrimônio. Devendo assim, ser concedido o arresto dos 
bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Réu e, pela Autora 
desconhecer todos os bens existentes, em tutela de urgência de natureza 
cautelar, com prazo para contestação de 5 (cinco) dias, conforme estabelecido 
nos artigos 301 e 306 ambos do Código de Processo Civil, in verbis: 
 
“Art. 301 - A tutela de urgência de natureza cautelar 
pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, 
arrolamento de bens, registro de protesto contra 
alienação de bem e qualquer outra medida idônea 
para asseguração do direito. 
“Art.306 - O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) 
dias, contestar o pedido e indicar as provas que 
pretende produzir.” 
 
Corrobora com este entendimento a decisão do Tribunal de Justiça do Estado 
de Minas Gerais, senão vejamos: 
 
MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO. PERDA DE 
OBJETO INEXISTENTE. RISCO DE DILAPIDAÇÃO 
DO PATRIMÔNIO. PROCEDÊNCIA. - O julgamento 
da ação de divórcio c/c partilha de bens não implica a 
perda do objeto da medida cautelar de sequestro de 
bens, que visa a resguardar os direitos da parte e o 
cumprimento da sentença proferida na ação principal. 
- Demonstrado o perigo de dilapidação do patrimônio 
do casal, deve ser mantido o sequestro dos bens até 
que se efetive o registro da partilha procedida nos 
autos da ação divórcio. 
(TJ-MG - AC: 10024097300271001 - MG, Relator: 
Alyrio Ramos, Data de Julgamento: 22/05/2014, 
Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA CÍVEL, Data de 
Publicação: 02/06/2014) 
 
A Autora requer que seja efetivado o arresto para que ao final da lide tenha 
assegurado seu direito. Para o ilustre doutrinador GRECO FILHO, Vicente o 
arresto “é a apreensão cautelar de bens com finalidade de garantir uma futura 
execução por quantia certa”. 
Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão 
recorrer do poder judiciário. 
 
III- DOS PEDIDOS 
Pelo exposto requer: 
1- Que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do casal; 
2- Intimação do Réu para ciência da decisão; 
3- Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia; 
4- Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a 
consequente partilha dos bens; 
6- Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários 
advocatícios, em 20% sob o valor da condenação. 
 
 
IV- DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto 
no artigo 369 do CPC, em especial a documental. 
 
V- DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$... (valor do patrimônio a partilhar). 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
 
Local e Data 
Advogado... 
OAB/UF nº... 
 
 
DIVÓRCIO C.C. PARTILHA TUTELA DE URGÈNCIA DE NATUREZA 
CAUTELAR - ARROLAMENTO E BLOQUEIO DE BENS. Parcial deferimento 
(bloqueio/arrolamento de metade das aplicações financeiras e bens 
discriminados na petição inicial). Insurgência do agravante. Inadmissibilidade. 
Providência parcialmente deferida que encontra amparo no poder geral da 
cautela e na regra dos artigos 301 e 305 do CPC e que no caso concreto, 
mostrou-se injustificada (face à alegação de que competia ao agravante a 
administração exclusiva do patrimônio do casa, aliada aos indícios de 
transparência de patrimônio dos filhos). Risco de dilapidação do patrimônio 
comum que se faz presente. Procedentes. Decisão mantida. Recurso desprovido 
(TJ-SP – AI: 21605824220208260000 SP 2160582-42.2020.8.26.0000, Relator: 
Coelho Mendes, Data de Julgamento: 10/11/2020, 10ª Câmara de Direito 
Privado, Data da Publicação 11/11/2020). 
 
O arrolamento de bens não tem apenas natureza probatória, mas 
essencialmente conservativa. Como anota, com precisão, Carlos Alberto 
Álvaro de Oliveira, “Arrola-se para conservação, havendo fundado receio de 
extravio ou de dissipação efetuando-se depois o depósito dos bens (artigo 859). 
Por isso, deve o autor evidenciar o seu “direito” aos bens.

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