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TEORIA DA PROVA PROVA Elemento para demonstrar a verdade de uma alegação ou fato, para influenciar o convencimento do julgador. Todo elemento colhido sob o manto do contraditório. A prova é essencial para o processo e que legitima a decisão de um juiz. Pode ser qualquer prova, desde de que seja possível o contraditório e adquirido de forma lícita. ELEMENTOS DA PROVAS Objeto: E o que se pretende demonstrar. Sujeito ou órgão da prova: Pessoa física que transmite o conhecimento de um objeto de prova. EX: Testemunha, perito Meio de prova: A forma que o juiz recebe o objeto da prova. (Precisa poder ser contraditório e seja lícito.) MOMENTOS DA PROVA Proposição: Momento processo previsto para a produção da prova. MP arrola testemunhas. Admissão: Ato processual do magistrado, que deverá examinar as provas propostas pelas partes e seu objeto, defere ou não sua produção. O juiz defere as oitivas. Produção: Ato processual do magistrado, que deverá examinar as provas propostas pelas partes e seu objeto, defere ou não sua produção. As testemunhas são ouvidas Valoração: Juízo valorativo, avaliado pelo magistrado perante as provas produzidas, conforme sua convicção. O juiz valora o depoimento na sentença. ONUS DA PROVA - Responsabilidade de provar a materialidade e a autoria do delito. O ônus de quem alega é quem tem provar. E ônus exclusivo do MP ou do querelante a prova da imputação que fez, ou seja, a acusação tem que convencer o juiz que a prova material, da autoria, além da tipicidade, ilicitude e culpabilidade, que incidira condenação. Princípio in dubio pro reo, o juiz deverá absolver, quando houver dúvida acerca dos fatos imputados. CLASSIFICAÇÃO DE PROVAS Conteúdo Prova direta – O que eu quero provar diretamente. Prova indireta – Algo de onde se deduz o que se pretende provar. Ex: álibi Sujeito Prova pessoal – Depoimento de testemunha Prova real – Perícia realizada em um objeto Forma Prova testemunhal – Depoimento. Prova documental – Certidão de nascimento, óbito Prova material – Exame corpo delito Finalidade Prova incriminatória - prova que se refere a autoria e a materialidade com o objetivo, visando a condenação. Prova dirimente - prova que se refere a autoria e a materialidade com o objetivo de demonstrar a inocência ou absolvição. Prova corroborante - prova que fortalece a outra prova. Prova infirmativa - prova que busca desacreditar a outra prova. Ex: provar que a testemunha que viu é cega. Necessidade de repetição Prova Irrepetível - Perícias em geral Prova repetível - Depoimento de testemunha PRINCÍPIOS APLICADOS A TEORIA DA PROVA Princípio verdade real – Controverso violando princípio do in dubio pro réu, imparcialidade. Autoriza o juiz em busca da verdadeira realidade dos fatos; Princípio da auto responsabilidade das partes - A parte é responsável de todas as ações e omissões; Ex: MP e a defesa arrolar a mesma testemunha. Princípio da comunhão ou aquisição das provas - A prova uma vez produzida, pertence ao processo e se torna irrelevante a quem as forneceu. Princípio da audiência contraditória - Toda prova admiti contra prova e deve ser produzida com conhecimento da outra parte; Princípio do livre convencimento motivado – Juiz após provas e argumentos dispostos pelas partes, tem liberdade para decidir conforme seu convencimento. Princípio da liberdade da prova - Autoriza o juiz em agir de ofício, mas infringi a Constituição. Pode ser arguido pela defesa. Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos - Prova ilícita não será válida nunca, salvo que seja para beneficiar o réu. Prova ilícita em sentindo restrito - Prova que viola o Direito Penal, salvo, se for beneficiar o réu Prova ilegítima - - Prova que viola o Direito Processual Penal, salvo, se for beneficiar o réu Ex: Mandado de busca e apreensão coletiva. Prova por derivação - Salvo, se for beneficiar o réu MEIOS DE PROVA EM ESPÉCIE - Inviolável sigilo da correspondência e comunicações, salvo por ordem judicial. Modos de captação de voz Interceptação telefônica em sentido estrito - Gravação de conversa telefônica por 3º sem a autorização dos interlocutores. Autorização o STJ Escuta telefônica - Captação da voz por 3º com a autorização de um dos interlocutores. Autorização o STJ Gravação clandestina – 1 dos interlocutores grava a conversa telefônica, sem o consentimento do outro. Gravação ambiental - Captação da conversa entre presentes sem o conhecimento dos mesmos. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA A investigação não pode ser iniciada pela interceptação; utilizada após outros meios de prova; Necessita de ordem judicial em segredo de justiça Requisitos - Demonstração de indícios razoáveis, único meio de prova disponível, Crime punível com reclusão. ENCONTRO FORTUITO (Serenpididade) Tudo encontrado na interceptação desde de que seja lícita, é válida; Descobrir coisas por acaso; Aula Extra 10.03.2018 PERÍCIA Meio instrumental (usado pelo juiz para compor o litígio) Técnico opinativo (justifica quando necessária a opinião de especialista sobre o fato) Alicerçado da sentença (porque ilumina o caminho do juiz que não tem o conhecimento especializado). O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. Exame de Corpo de Delito Direto - é o perito olhando o vestígio Indireto - há controvérsias Não sendo possível o exame de corpo de delito - Faz-se por testemunhas Na falta de perito oficial - Será realizado por 2 (duas) com diploma na área e com técnica. Autópsia - Será feita em pelo menos 6 horas depois do óbito Morte violenta - basta o exame externo do corpo Exumação - quando se retira o corpo para realizar perícia Exame Grafotécnico ou Grafológico – Não havendo escritos para comparação, autoridade manda escrever o que for ditado. INTERROGATÓRIO DO ACUSADO Acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, Até o transito em julgado e não até a sentença Se estiver em 2º grau, na prática descerá ao 1º grau para oitiva, onde já exauriu a jurisdição O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria ou vídeo conferência por segurança. Interrogatório Subjetivo ou de Identificação Interrogatório Objeto ou de Mérito - pode tudo, exceto se auto acusar falsamente Princípio do Silêncio – Se ficar em silêncio responderá pela Contravenção Penal (art. 68 LCP) .Se mentir responderá pelo art. 341 COLABORAÇÃO PREMIADA - Juiz requer perdão judicial, reduz a pena 2/3 a privativa de liberdade ou substituir por restritiva, de quem colaborar. Investigado ou acusado colabora, efetiva e voluntariamente na investigação e com o processo, recebendo, em contrapartida, benefícios penais. DELAÇÃO PREMIADA - Investigado ou acusado colabora com as autoridades delatando outras pessoas que praticaram as infrações penais. CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS - 3 MOMENTOS: Na fase de investigação criminal (inquérito policial ou investigação conduzida pelo MP); Durante o curso do processo penal (ainda que já em instância recursal); Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. PODERÃO SER CONCEDIDOS BENEFÍCIOS AO COLABORADOR OS SEGUINTES BENEFÍCIOS: Não oferecimento da denúncia Se a colaboração for firmada ainda na fase de investigação, sendo ele homologado pelo juiz, o MP poderá deixar de oferecer a denúncia contra o colaborador. Perdão judicial - Se a colaboração for relevante, o MP ou o Delegado de Polícia poderão se manifestar pedindo que o juiz conceda perdão judicial. Extinção punibilidade. Redução da pena • Se a colaboração ocorrer antes da sentença – Pena poderá ser reduzida em até 2/3. • Se a colaboração ocorrer após a sentença - Pena poderá ser reduzida em até 1/2. OFENDIDO - será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. DAS TESTEMUNHAS CARACTERÍSTICASDA PROVA TESTEMUNHAL ORALIDADE - Prova testemunhal é feita oralmente; OBJETIVIDADE - Testemunha deve se ater aos fatos, sem expor opiniões pessoais ou realizar qualquer juízo de valor. RESTROSPECTIVIDADE - O testemunho versa sobre fatos passados, e não futuros. CLASSIFICAÇÃO DE TESTEMUNHA DIRETA ou PRÓPRIA - Depoente presenciou o fato INDIRETA - Depoente depões sobre o que ouviu dizer. INSTRUMENTAL ou IMPRÓPRIA - Depoente presenciou o ato jurídico, dando-lhe autenticidade. TESTEMUNHA NUMERÁRIA ou PROPRIAMENTE DITA - Testemunha que presta compromisso de dizer a verdade, e é computada no número legal. INFORMANTE - Depoente não presta o compromisso de dizer a verdade e não é computada no número legal. REFERIDA - Depoente é mencionado no depoimento de outra testemunha e não é computada no número legal. DE CARÁTER - Depoente fala sobre o sujeito e não sobre o fato. NÃO COMPROMISSADA – Não defere menor de 14 anos e deficiente mental TESTEMUNHA QUE NADA SABE - Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse à decisão da causa”. INCOMUNICABILIDADE As testemunhas testemunham em separado para haver imparcialidade, assim importando é que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das outras. FALSO TESTEMUNHO – Afirmar falsamente, se calar ou negar a verdade. Juiz remete cópia do depoimento, para instauração de inquérito policial. DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS - Quando necessário fazer reconhecimento de pessoa, quando: A pessoa que for realizar o reconhecimento será vítima ou testemunha. Descreve a pessoa a ser reconhecida. ACAREAÇÃO - Cara a cara. É quando há divergências entre os depoimentos. Quando tem uma testemunha ouvida por precatória. DOS DOCUMENTOS - Podem ser apresentados em qualquer fase do processo, considera-se qualquer documento. Forma Lícita INDÍCIOS - Por dedução. Tratando-se de meio de prova, porém é frágil a lei veda. BUSCA E APREENSÃO Período - 06 às 18h. Pode agir de ofício, porém somente no processo. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO - Aplica-se pena maior que 4 anos. PASSO 1 Oferecimento de denúncia queixa Fato - Narrativa perfeita: O que, onde como e com quem aconteceu. Requisito essencial Qualificação do réu - Que seja suficiente para identificação do réu. Requisito essencial Classificação do crime - Tipificação do crime. Requisito secundário Art. 383, CPP – “Emendatio libelli” - O fato não muda e o juiz pode dar o nome que quiser. Muda-se sim a tipificação se necessária. Art. 384, CPP – “Mutatio Libielli” - O fato muda, que não constava na inicial. Deve-se fazer o aditamento da denúncia. Rol de testemunha PASSO 2 Recebimento da denúncia da queixa PASSO 3 Citação PASSO 4 Resposta do réu, PASSO 5 Possibilidade de absolvição sumária (Nãoo se aplica ao in dubio pro réu) PASSO 6 AIJ - Atos que vinculam o juiz (1 ao 4). O JULGAMENTO deve ser no prazo máximo de 60 dias, após a marcação da AIJ. Oitiva da vítima Oitiva das testemunhas de acusação Oitiva das testemunhas de defesa Interrogatório Diligência (Defesa requer momento da AIJ (1 ao 4). Acusação requer no momento do oferecimento da denúncia. Alegações finais (Sempre oralmente) Não tendo diligência: Oferece alegações finais orais por 20 minutos, prorrogáveis por + 10 minutos para ambas as partes (acusação e defesa) Sentença PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO - Prevê o JECRIM TERMO CIRCUNSTANCIADO (Substitui o inquérito policial) Autoridade que toma conhecimento, lavra o Termo circunstanciado e audiência é marcada. PRISÃO EM FLAGRANTE (Autor do fato, assume compromisso de comparecer, não será imposto a prisão em flagrante) VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (Em caso de violência doméstica, será efetuado uma cautelar de afastamento do lar, domicílio ou local.) AUDIÊNCIA PRELIMINARES PASSO 1 TRANSAÇÃO PENAL - Presentes MP, vítima e autor do fato. Juiz oferece a composição dos danos e da aceitação imediata. Composição dos danos civis - Se houver composição será homologada, mediante sentença irrecorrível. Extinção de punibilidade para: Ação Penal privada & Ação Penal pública condicionada Não haverá extinção de punibilidade para: Ação Penal pública incondicionada. PASSO 2 OFERECIMENTO DA DENÚNCIA/QUEIXA - Não havendo composição ou transição penal, O MP oferece denúncia. PASSO 3 Citação/notificação – Autor presente – Citado imediato Autor ausente - notificado por intimação, no mínimo de 5 dias antes. PASSO 4 AIJ (AUDIÊNCIA E INSTRUÇÃO E JULGAMENTO) Renovação da proposta de composição dos danos civis, Representação da vítima, renovação proposta transação penal PASSO 5 Defesa preliminar (Abertura da audiência) Defensor respondendo a acusação e após juiz receberá ou não a denúncia ou queixa; PASSO 6 Recebimento da denúncia/queixa (Havendo recebimento) Proposta “sursis”processual (Crimes com pena mínima igual ou inferior a 1 ano), só poderá ser quando o MP oferecer e o juiz receber a denúncia. Suspensão condicional do processo; MP fixa o período da suspensão; O “sursis” terá o prazo de 2 a 4 anos; Cumprindo tudo de maneira correta, extingue-se a punibilidade; Revogando-se o “sursis”, o processo continua sua fase processual; Comparecimento mensal em cartório; Revogação é obrigatória: Cometer qualquer outro crime e não reparar um dano quando se pode. Revogação é facultativa: Condenado por contravenção ou não cumprir o que foi solicitado no “sursis”. PASSO 7 Juiz recebendo a denúncia, inicia-se o processo. Oitiva da vítima; Oitiva das testemunhas de acusação; Oitiva das testemunhas de defesa Interrogatório ao acusado Debates orais Prolação a sentença - 5 dias para apelar e com as razões. SÚMULA 696 STF Ação juiz - MP não oferece “sursis”, se o réu reunir os pressupostos, o juiz remete ao procurador informando possibilidade sursis no caso, o Procurador (PGJ) decide. Ação do Réu - MP ou o juiz não remeta ao procurador, o advogado do réu impetra um mando de segurança, se utilizando da súmula referida acima. PROCEDIMENTO SUMÁRIO - Aplica-se pena 2 a 4 anos. PASSO 1 Oferecimento de denúncia / queixa (5 testemunhas) PASSO 2 Recebimento da denúncia / queixa PASSO 2 Citação PASSO 3 Resposta do Réu (5 testemunhas) PASSO 4 AIJ - Deverá ser feita a AIJ no prazo de 30 dias. O.V, O.T.A, O.T.D, Interrogatório, Diligência, Alegações finais, Sentença PROCEDIMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Procedimento igual ao sumário, o que diferencia é que tem direito a 2 respostas de defesa. 1ª – No oferecimento 2ª – Na resposta do réu PROCEDIMENTO ESPECIAIS Aplica-se pena 2 a 8 meses. Crimes contra a honra que não vão para o JECRIM. Inicia-se Audiência de conciliação. Não havendo conciliação. Oferecimento denúncia, Recebimento da denúncia, Citação, Resposta do Réu, AIJ, O.V, O.T.A, O.T.D, Interrogatório, Diligência, Alegações finais ,Sentença PROCEDIMENTO DOS CRIMES A PROPRIEDADE MATERIAL Procedimento comum (Crime de contra fação) Procedimento igual ao sumário, o que diferencia é que Oferecimento de denúncia + LAUDO PERICIAL 1º entendimento – 30 dias para oferecimento 2º entendimento – O prazo é o que sobra do recebimento do laudo até o último dia que decae o prazo.
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