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Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC 1 Prof. John Eloi Bezerra FUNDAÇÕES – 7043 FUNDAÇÕES PROFUNDAS Introdução Parte V UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSUNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Curso de Engenharia Civil Catalão-GO Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC β = 0 para estacas tracionadas e Bp = B. Capacidade de Carga Vertical 2 Método de Velloso (1981) É um critério para o cálculo da capacidade de carga de estacas e de grupos de estacas, com base no CPT. Para uma estaca, de comprimento L, fuste de diâmetro B e ponta Bp, a capacidade de carga pode ser obtida da seguinte equação: Onde: Ap = área da ponta da estaca; α = fator da execução da estaca (α = 1, estaca escavada, α = 0,5 para estacas cravadas); λ = fator de carregamento (λ = 1 para estacas comprimidas e, λ = 0,7 para estacas tracionadas); β = fator de dimensão da base; em que b = diâmetro da ponta do CPT (= 3,6cm para o cone padrão); ql,rup = atrito lateral médio em cada camada de solo atravessada pela estaca; qp,rup = resistência de ponta da estaca. Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical 3 Método de Velloso (1981) OBSERVAÇÕES: a) Com os resultados de sondagem com SPT, para o método de Velloso (1981), pode- se adotar: onde N é a resistência à penetração do SPT e os parâmetros a´, b´, a e b, são obtidos de correlações entre o SPT e o CPT, cujos valores são fornecidos na Tabela 7.12. Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical 4 Método de Teixeira Pelo método de Teixeira (1996), a capacidade de carga à compressão de uma estaca pode ser obtida a partir da equação geral (Equação 47), introduzindo-se os parâmetros α e β, apresentados na Tabela 7.13. em que: ��b = valor médio do N-SPT medido no intervalo de 4B acima da base da estaca e 1B abaixo da base da estaca; NL = valor médio do NSPT medido ao longo do fuste da estaca Ab = área da base da estaca (ponta); L, B = comprimento e diâmetro da estaca, respectivamente. Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical 5 Método de Teixeira Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical 6 Método de Teixeira OBSERVAÇÕES: 1. O parâmetro α é função da natureza do solo, enquanto β é função do tipo de estaca, conforme Tabela7.13. 2. Os dados da tabela são válidos para valores de 4 < NSPT < 40. 3. Os dados da Tabela 7.13 não se aplicam ao cálculo de estacas premoldadas de concreto, cravadas em argilas moles sensíveis. 4. Para as estacas dos tipos I,II e IV, o coeficiente de segurança deve ser o da norma, ou seja, FS = 2, enquanto que para as estacas escavadas, do tipo III, recomenda-se para a ponta FS = 4,0, e para o atrito lateral, FS =1,5. Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical CASOS PARTICULARES 7 A) PARA ESTACAS ESCAVADAS Nesta proposta, se U é o perímetro da estaca, se os valores do N-SPT são determinados a cada metro (é o comum) e se Ql,rup é a parcela de resistência lateral da estaca, tem-se: Alonso (1983) ou onde o somatório é realizado ao longo do fuste da estaca. O valor mais provável de ξ é igual a 3. Coeficiente de segurança: para estaca escavada, a norma brasileira estabelece FS igual a 2,0, em relação à soma das cargas de ponta e lateral. Além disso, deve ser atendido o seguinte critério: Qtrab = carga de trabalho ; Ql,rup = carga lateral de ruptura Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical CASOS PARTICULARES 8 b) Para Estacas Tipo Raiz Aplica-se às estacas raiz com um diâmetro final B ≤ 45cm, injetada com uma pressão p ≤ 4 kg/cm2, pode-se estimar Qr (Capac. Carga. Vert. Ruptura) pela equação: Cabral (1986) onde ∆L = espessura de solo caracterizado por NSPT; Np = N-SPT no nível da ponta da estaca; β0 = fator que depende do B da estaca (em cm) e da pressão de injeção (em kgf/cm2), conforme apresentado na Tabela 14; β0 também pode ser calculado: p = pressão de injeção (kgf/cm²); B = diâmetro da estaca acabada em centímetros β1, β2 = fatores dependentes do tipo de solo, conforme Tabela 7.15. Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical CASOS PARTICULARES 9 b) Para Estacas Tipo Raiz Cabral (1986) Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical CASOS PARTICULARES 10 C) PARA ESTACA HÉLICE CONTÍNUA c1) Método de Antunes e Cabral (1996) Permite obter previsões bastante seguras de capacidade de carga de uma estaca hélice contínua, com valores até maiores que 250 tf, de acordo com a seguinte equação: onde β1´, β2´ = fatores dependentes do tipo de solo (Tabela 7.16). Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical CASOS PARTICULARES 11 C) PARA ESTACA HÉLICE CONTÍNUA c2) Método de Alonso (1996) Propõe o uso do SPT-T (SPT com a medição do Torque) para estimativa da capacidade de carga de estacas hélice contínua a partir da fórmula geral da capacidade de carga. A resistência de atrito lateral é obtida por: onde T = torque (kgf.m); h = comprimento cravado do amostrador; Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical CASOS PARTICULARES 12 C) PARA ESTACA HÉLICE CONTÍNUA c2) Método de Alonso (1996) A resistência de ponta é obtida por: em que: ���� �� = média aritmética dos valores de torque mínimos (kgf.m) ao longo de 8B acima da ponta da estaca; ���� � = média aritmética dos valores de torque mínimos (kgf.m) ao longo de 3B abaixo da ponta da estaca. O valor do parâmetro β” depende do tipo de solo, conforme mostrado na Tabela 16. Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical CASOS PARTICULARES 13 C) PARA ESTACA HÉLICE CONTÍNUA c2) Método de Alonso (1996) Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 14 • Embora seja considerada uma fundação profunda, por causa da sua profundidade de embutimento ser relativamente grande, o tubulão também pode ser enquadrado no grupo das fundações diretas, visto que praticamente toda a carga é transmitida pela base (Cintra et al, 2002). • Os tubulões a céu aberto são usados praticamente para qualquer faixa de carga, sendo seu limite de carga limitado pelo diâmetro da base. • Uma vantagem importante: durante sua execução não há incidência de vibrações no terreno e em áreas adjacentes. • De uma maneira geral, a base deve ter o diâmetro limitado a 4 metros e altura h ≤ 2,0 (solos de baixa resistência). • É oportuno ressaltar que, menos o volume do bloco, o volume de dois tubulões (cujo fuste seja ≥ 0,70m) é menor que o de apenas um, para a mesma carga. Daí, às vezes, parece ilusório acreditar que o uso de um tubulão com base muito grande é melhor do que dois tubulões de base menor. • Quando solicitado por uma vertical de compressão, as forças presentes num tubulão são as indicadas na Figura 7.13. Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 15 • Quando solicitado por uma vertical de compressão, as forças presentes num tubulão são as indicadas na Figura 7.13. Figura 7.13 – Esquema de carregamento vertical de compressão em um tubulão. • Para estabelecer a condição de equilíbrio, pode-se escrever: • em que Qsm = parcela mobilizada de resistência lateral; • Qbm = parcela mobilizada de resistência de base; • ms e mb = fatores de mobilização de carga lateral última e da carga última de base, respectivamente; • Qsf e Qsb = cargas limites últimas na ligação tubulão-solo e no apoio da base, respectivamente; • σ´vb = tensão vertical efetiva na cota de apoio do tubulão; • G = peso próprio do tubulão; • Ls = comprimento do fuste; Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga VerticalTUBULÕES 16 • Tem sido prática comum desprezar a resistência lateral ao longo do fuste de tubulões, e deste modo considera-se que toda a carga do pilar é transmitida através da base. • Usando-se o conceito de tensão admissível, o cálculo da capacidade de carga de um tubulão pode ser feito por um dos métodos teóricos, semi-empíricos, ou empíricos, tal como se faz, por exemplo, comuma sapata. • Alonso (1983) apresenta uma equação semi-empírica baseada no SPT: � Para 6 ≤ N ≤ 18 • NBR 6122: Para solos arenosos, p.e, a tensão admissível na base de tubulões: • onde σ0´ é o valor de σ0 corrigido, obtido da referida tabela, incorporando devidamente o efeito do tamanho da base do tubulão (eq. 69A), e q é o valor da tensão vertical ao nível da cota de base do tubulão. Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 17 Tensão corrigida ! (eq. 69A): - Uma estimativa da resistência lateral do tubulão (parcela geralmente desprezada), segundo Caputo (1977): Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 18 PROCEDIMENTOS DE PROJETO: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 19 PROCEDIMENTOS DE PROJETO: Df (Diâmetro do Fuste) ≥ 70 cm; a/b ≤ 2,5 Ab = Área Base σs = Tensão Admissível do terreno; Base Circular: Base Circular: Base em falsa elipse:Relações Geométricas: � � 60° Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 20 PROCEDIMENTOS DE PROJETO: Área Fuste (Af): P = carga vertical atuante σc = tensão limite no concreto = Altura da base do tubulão – Hb: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 21 PROCEDIMENTOS DE PROJETO: Volume da Base do Tubulão: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 22 PROCEDIMENTOS DE PROJETO: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 23 PROCEDIMENTOS DE PROJETO: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 24 PROCEDIMENTOS DE PROJETO: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 25 PROCEDIMENTOS DE PROJETO: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 26 Exemplo 01: Dimensionar um tubulão para uma carga P = 255 t, com um concreto 100 kgf / cm2 e um solo com σs = 50 tf / m2 na cota de apoio da base, sendo um pilar isolado, admitir tubulão com revestimento: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 27 Exemplo 01: Dimensionar um tubulão para uma carga P = 255 t, com um concreto 100 kgf / cm2 e um solo com σs = 50 tf / m2 na cota de apoio da base, sendo um pilar isolado, admitir tubulão com revestimento: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical TUBULÕES 28 Exemplo 01: Dimensionar um tubulão para uma carga P = 255 t, com um concreto 100 kgf / cm2 e um solo com σs = 50 tf / m2 na cota de apoio da base, sendo um pilar isolado, admitir tubulão com revestimento: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical - TUBULÕES 29 Exemplo 02: Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical - TUBULÕES 30 Exemplo 02: B- PILAR DE DIVISA (ALAVANCADO) • Não se executa tubulão com base circular, porque a excentricidade da peça seria • muito grande; • Usamos alargamento da base na forma de falsa elipse: • 1 retângulo • 2 semicírculos • Viga alavanca ou de equilíbrio: • A distância do centro do fuste a base da divisa, “a”, deve se situar no intervalo de: 1,2 a 1,5 m; • Uma vez escolhido o valor de “a” a excentricidade esta definida: Onde: ba = menor dimensão do pilar / 2,5 cm = folga A - PILAR ISOLADO Seção de 0,80 X 0,60 m Carga P = 840 tf fck do concreto = 95 kgf / cm2 = 9,5 MPa = 950 tf / m2 σs = 6,0 kgf/cm2 Admitir tubulão a céu aberto sem revestimento ! Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC Capacidade de Carga Vertical - TUBULÕES 31 Exemplo 02: � A falsa elipse, composta de um retângulo e dois semicírculos, é calculada de tal forma que a área total, “A”, transmita carga para o solo, em função de sua pressão admissível, assim, conhecendo-se esta área “A”, calcula-se o disparo “X”. Onde B ≅ 2a (Por causa das limitações de espaço) � A altura deve ser calculada de tal forma que na maior dimensão seja respeitado o ângulo de 60º com a horizontal. � Deve-se limitar o disparo “X” no máximo ao diâmetro dos semicírculos: � Os centros de gravidade das áreas do fuste e da base devem estar sobre o eixo da viga alavanca. Prof. John Eloi - FUNDAÇÕES - UFG /CAC 32 Referências Bibliográficas: 1. ABEF (2004), Manual de Especificações de Produtos e Procedimentos ABEF – Engenharia de Fundações e Geotecnia. Ed. PINI, 3ª Edição revisada, São Paulo. 2. ALONSO, U. R. Dimensionamento de Fundações Profundas. 1a edição, Edgard Blucher, 1994. 3. ALONSO, U. R. Exercício de Fundações. 9a edição. Edgard Blucher, 1995. 4. ANJOS, G. M. – Apostila Fundações – UFPA. 5. ANTUNES, W. R. e TAROZZO, H. (1998), Estacas Tipo Hélice Contínua, Capítulo 9, 6. Através da Utilização de Ensaios de Placa”, Dissertação de Mestrado, UFPB, Campina Grande, PB. 7. Cavalcanti Júnior, D. A. (2004), Comunicação pessoal. 8. DANZIGER, B.R. (1991), Analise Dinâmica de Cravação de Estacas, Tese de D.Sc., COPPE – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 9. DAS, B.M. (2000), Fundamentals of Geotechnical Engineering, Brooks/Cole. 10. FUNDAÇÕES: Teoria e Prática (1998), Editora PINI, Patrocínio da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos, 2ª Edição, São Paulo. 11. HACHICH, W.; FALCONI, F.; FROTA, R.; CARVALHO, C.S.; NIYAMA, S. Fundações: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Pini, 2003. 12. MONTEIRO, P.F. (1980), Estacas Escavadas, Relatório interno de Estacas Franki Ltda, citado por Velloso e Lopes (2002). 13. NBR 6122 (2010), Projeto e Execução de Fundações, ABNT, 91p. 14. PASSOS, P.G. (2001), “Contribuição ao Estudo do Melhoramento de Depósitos Arenosos 15. SOARES , J. M. D. Apostila de Fundações. UFSM. 16. SOARES, V. B. e SOARES, W. C. (2004), Estacas de Compactação – Melhoramento de Solos Arenosos com Estacas de Compactação – Ed. Paraibana, 176p. 17. TERZAGHI, K. & Peck, R.B. (1967), Soil Mechanics in Engineering Practice, 2nd ed., John Willey & Sons, Inc., New York. 18. VELLOSO, D. A, e LOPES, F. R. (2002), Fundações Profundas, Vol. 2, Ed. COPPE/UFRJ.
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