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Aula 4 R. Instrumental Caso Concreto 1 O réu subtraiu do estabelecimento comercial Andorinha dois pacotes de biscoitos e um queijo minas. O réu agiu em estado famélico porque passava por necessidade financeira em decorrência de estar desempregado, sem qualquer condição de subsistência e esse fato que lhe forçou à execução do pequeno delito, mas sem uso de qualquer violência. Questão 1 A linguagem forense utilizada pelo advogado na versão dos fatos no caso em questão teve como objetivo produzir uma certa reação emocional no receptor (juiz) por meio e uma engenhosa seleção vocabular. Comente, em até 6 linhas, a escolha lexical intencional do advogado na exposição dos fatos, considerando os valores semânticos de algumas palavras utilizadas na construção desse parágrafo. O advogado da parte Ré, tendo pretensão de defender seu cliente, escolheu mencionar o “estado famélico” de forma justificada pelos modalizadores “necessidade financeira”, “em decorrência do desemprego”. Nota-se também, a especificação dos itens subtraídos para dar ideia de bagatela “dois pacotes de biscoito e um queijo minas” em favor do réu. Caso Concreto 2 O empregador alegou que a cópia dos arquivos no pen drive do empregado - analista de sistema-, independentemente da falha ocorrida no computador dele, poderia ter sido feita em dispositivo que era fornecido pela empresa. O empregador afirmou que, após a auditoria interna em que foi constatada a cópia dos arquivos, veio a demissão por justa causa por quebra de confiança. A empresa disse, ainda, que os dados eram sigilosos e que houve quebra de confiança. Questão 2 A partir do resumo do caso concreto 2, redija uma breve narrativa jurídica a favor da parte Ré. O eficiente empregado – analista de sistemas – em prol da segurança de seu árduo trabalho, não avaliou as circunstâncias rígidas da empresa em que trabalha, cometendo o singelo ato de salvar dados no pen drive pessoal – visto que poderá ocorrer falha na sua ferramenta de trabalho e a alternativa oferecida pela empresa não é eficaz (não há espaço suficiente). Não foi cabível a retirada do funcionário do quadro da empresa por quebra de confiança uma vez que o analista não divulgou os dados supostamente sigilosos. Caso Concreto 3 Mateus foi denunciado porque, em agosto de 2015, supostamente teria se dirigido à residência de Maísa e a constrangido a com ele manter conjunção carnal, resultando assim na gravidez da suposta vítima, conforme laudo de exame de corpo de delito. Narra ainda a Inicial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça para a prática do ato, o réu teria se aproveitado do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência ao propósito criminoso, assim como de validamente consentir, por se tratar de deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. Questão 3 A partir do resumo do caso concreto 3, produza uma breve narrativa jurídica a favor da parte Ré. Em agosto de 2015, a parte Ré, denominada Mateus, de 20 anos de idade, teve relações sexuais consentidas pela sua namorada, Maísa, de 19 anos. Ambos compartilhavam de relacionamento afetivo – embora os pais da jovem não apreciassem o namoro da filha, segundo a parte Ré – de mais de 6 meses. O rapaz alega ter sido convidado pela moça a ter relações. Ademais, não foi realizada a perícia para que avaliasse seu grau de debilidade. Mediante a isso, não há do que se falar em constrangimento previsto no art. 213 do CP, tão pouco estupro de vulnerável no art. 217-A do CP.
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