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DIBS - Estudo de Caso

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Prévia do material em texto

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR SANT’ANA 
PSICOLOGIA 
 
 
JUSSARA PRADO 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: 
DIBS – EM BUSCA DE SI MESMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2014 
PARTE 01 
 
1. Identificação (nome, idade, sexo, filiação, nível de escolaridade); 
O sujeito analisado no caso se chama Dibs, tem 5 anos de idade, é do sexo masculino; 
O pai é um cientista renomado e a mãe uma médica e cirurgiã cardíaca; Nível escolar: 
educação infantil 
2. Queixa principal. 
Na primeira sessão com a terapeuta na sala de ludoterapia da escola, após um breve 
conhecimento da sala e dos brinquedos, Dibs apertou suas mãos contra o peito e disse: 
“portas trancadas, não. Portas trancadas, não. Portas trancadas, não.” – sic. 
Ao confirmar a Dibs que ele não gosta de portas trancadas, o mesmo responde: “Dibs 
não gosta de portas fechadas. Não gosta de portas fechadas e trancadas. Dibs não gosta 
de paredes à sua volta” – sic. 
3. Histórico familiar. 
A mãe de Dibs relatou à terapeuta que teve uma gravidez bastante difícil, que ficou 
doente quase toda a gestação e que seu marido acreditava que deveria tê-la evitado. Por 
não poderem mais fazer o que estavam acostumados a fazer, como realizar atividades 
juntos ou irem à algum lugar, os pais de Dibs foram se afastando cada vez mais, 
principalmente por parte de seu pai, que na profissão de cientista, se aprofundava mais e 
mais no trabalho. 
Antes de ficar grávida de Dibs, era cirurgiã e adorava seu trabalho, principalmente 
porque realizava operações complexas de coração e que seu marido se orgulhava muito 
dela por isso. Com seu círculo de amizades brilhantes, encantadoras e bem sucedidas, ela 
esperava alcançar sucesso em sua carreira, e relata que com o nascimento de Dibs, todos 
os seus planos foram destruídos. Com isso, sentiu que deveria deixar o trabalho de lado. 
Por não ter sido compreendida pelos colegas profissionais, ela nada falou sobre Dibs, 
nunca o apresentou. Acreditava que ter um filho naquele momento já era desagradável, 
pois não havia sido planejado, e que ter um filho “retardado mental” era muito mais do 
que ela poderia aguentar. 
O casal passou a se envergonhar do fato, principalmente porque em suas famílias não 
havia nenhum histórico do tipo ou semelhante que relacionasse ao caso de Dibs. Por terem 
sido criados em famílias que admiravam uma realização intelectual notável, se 
envergonharam ao ver Dibs como uma criança fora do contexto, principalmente pelo seu 
atraso de desenvolvimento. Devido a vergonha, se afastaram mais e mais do convívio 
social e familiar. A mãe começou a perder a confiança em si mesma, sabendo que dali em 
diante não poderia dar continuidade ao seu trabalho. 
Levaram Dibs a um neurologista localizado em outra cidade, longe de todos e 
qualquer um que os pudesse conhecer. Organicamente, não foi encontrado nada de errado. 
Levaram-no então a um psiquiatra pois acreditavam que ele sofria de esquizofrenia, 
autismo ou qualquer outro retardo mental. Após entrevistar os pais, o psiquiatra frisou 
que Dibs não sofria de deficiência alguma, e que ele era apenas uma criança rejeitada e 
emocionalmente carente. Além disso, confessou que quem precisava de ajuda clínica 
eram os pais e não a criança. 
Por acreditarem que possuíam uma saúde mental boa, os pais de Dibs se chocaram 
com as suposições do Psiquiatra. A partir daí, tentaram conviver da melhor maneira com 
Dibs em casa. Dorothy, sua irmã, nasceu um ano depois, como promessa de um auxílio 
no desenvolvimento do irmão. Infelizmente, os dois nunca se relacionaram bem, e com 
isso, Dibs foi matriculado na escola particular na qual a terapeuta o conheceu. 
Seus pais não medem esforços financeiros para encontrarem algo que ajude no 
desenvolvimento de Dibs. Perceberam inclusive, que ele se sentia melhor sozinho, e por 
isso internaram sua irmã em um internato, onde ela retorna para casa somente nos finais 
de semana e as férias, principalmente pelo relacionamento dos dois, onde Dibs já avançou 
nela “como um animalzinho feroz”. 
 
4. Descreva os profissionais envolvidos no caso, com seus recursos técnicos e 
qual a evolução terapêutica alcançada por eles. Quando possível, identifique 
e destaque a evolução psíquica do sujeito. 
Os profissionais envolvidos no início do caso de Dibs eram as professoras, a psicóloga 
e o pediatra da escola em que ele estudava. Após a reunião exclusiva acerca dos 
problemas de Dibs, uma terapeuta especialista em ludoterapia foi contatada para auxiliar 
no tratamento. 
Dibs desde o início de suas aulas na escola particular, através do trabalho com a 
equipe pedagógica, conseguiu alcançar um pequeno avanço em seu desenvolvimento. 
Porém, a partir do seu contato com a terapeuta e com a sala de ludoterapia, passou a 
desabrochar aos poucos, demonstrando suas habilidades e capacidades que antes eram 
incapazes de serem notadas. 
Dibs era uma criança que não falava, não brincava, não se relacionava com ninguém 
tanto em sua casa quanto na escola. Teve poucos desenvolvimentos durante os dois anos 
em que estudara na escola particular, como por exemplo, engatinhar em volta da sala. Foi 
considerado que ele poderia ter alguma lesão cerebral, retardo mental ou até transtorno 
autista. Em relação ao transtorno autista, Dibs se encaixa quanto ao comprometimento da 
interação social recíproca, principalmente com o comprometimento de comportamentos 
não verbais como o contato visual direto; porém, se distancia do transtorno quanto ao 
atraso ou ausência total do desenvolvimento da fala, onde apresenta um vocabulário rico. 
A hipótese de lesão cerebral fora descartada por seu neurologista, e a possibilidade de um 
retardo mental também fora ignorada devido a sua inteligência surpreendente e sua 
adaptação adequada. 
Através da terapia na sala de ludoterapia, Dibs foi se desabrochando e revelando a 
verdadeira maravilha que sempre fora. Uma criança que sabia ler, falar e se comunicar 
muito bem, possuindo um imenso vocabulário. Apresentou a inteligência surpreendente 
da qual possuía e sua visão particular acerca do que vivenciava na escola e em sua casa. 
Dibs se descobriu, se conheceu e com isso, passou a descobrir e conhecer o mundo à sua 
volta; percebendo melhor tudo o que lhe rodeava. Dibs pôde finalmente compreender e 
expressar tudo aquilo que se passava dentro de si, que até então, era mistério para ele e 
para todos. 
5. Quais as pessoas significativamente importantes no processo de reabilitação 
do sujeito. Justifique. 
Em qualquer caso, não só o de Dibs analisado aqui, é necessário o apoio familiar par 
que a reabilitação do sujeito seja concluída. Principalmente em casos infantis, os pais são 
de extrema importância na evolução do desenvolvimento. Por serem o contato primário 
que possuem com o mundo, a família demonstra uma importância essencial na vida da 
criança, devendo participar do seu desenvolvimento, tanto afetivo, intelectual quanto 
social. Quando possuem tais recursos em casa, o desenvolvimento da criança na 
sociedade, como na escola, se torna mais fácil, pois ela já possui um exemplo vívido de 
como se socializar, de como se comportar em diferentes situações, facilitando o ensino-
aprendizagem dentro da sala de aula. 
6. Retire quatro trechos que você considera importante na obra e justifique a 
escolha. 
“Fiquei impressionada com o impacto que a personalidade de Dibs havia causado 
naquelas pessoas. Sentiam-se frustradas e desafiadas continuamente pelo seu 
comportamento estranho. Sua firmeza limitava-se a uma antagônica e hostil rejeição às 
pessoas que poderiam aproximar-se muito dele. Sua evidente infelicidade preocupava 
aquelas pessoassensíveis, que sentiam sua triste depressão.” (AXLINE, 1983, p. 14). 
 
 É emocionante ver a atenção e a preocupação com Dibs por parte da equipe 
pedagógica, principalmente por suas professoras que nunca desistiram de obter se quer, 
um mínimo desenvolvimento por parte do menino. Saber que a fé de alguém depositada 
em uma causa aparentemente perdida, possa trazer resultados inimagináveis até então. 
 
“Dibs apertava as mãozinhas juntas contra o peito e dizia, repetindo várias vezes: - Portas 
trancadas, não. Portas trancadas, não. Portas trancadas, não. Sua voz trazia um apelo de 
desesperada ansiedade. - Dibs não gosta de portas trancadas - disse ele. Havia um soluço 
em sua voz. 
- Você não gosta que as portas sejam trancadas - disse a ele. Dibs parecia estar sofrendo. 
Sua voz tornou-se um sussurro. 
- Dibs não gosta de portas fechadas. Não gosta de portas fechadas e trancadas. Dibs não 
gosta de paredes à sua volta. Obviamente, ele vivenciou algumas experiências infelizes 
com portas fechadas e trancadas. Reconheci o que sentia e expressava.” (AXLINE, 1983, 
p. 25). 
 
 O primeiro momento em que Dibs expressa que há algo de errado dentro de si, 
momento em que ele demonstra que precisa de ajuda e que quer a ajuda da terapeuta. É 
chocante saber que uma criança tão pequena possa ter algo tão pesado dentro de si a 
sufocando diariamente. 
 
"Minha gravidez foi bastante difícil. Estive doente durante quase todo o tempo. Meu 
marido ressentiu-se com minha gestação.” (AXLINE, 1983, p. 76). 
 
 O que me chamou a atenção na verdade, fora o relato todo da história da família, 
e não apenas esse trecho. Me interessei mais do que normalmente poderia me interessar, 
devido a semelhança de muitos fatos com o que vivenciei com o meu filho. Descobrir que 
nunca seremos os únicos a vivenciar o que vivenciamos diariamente, e que independente 
da dificuldade, sempre podemos encontrar a solução, isso foi o que mais me cativou neste 
trecho. 
 
“Alguns dias depois encontrei seus pais na rua. Trocamos cumprimentos e novamente 
agradeceram-me pela ajuda que lhes dera. Narraram os progressos de Dibs. Continuava 
bem-ajustado e feliz. Relacionava-se satisfatoriamente com as outras crianças. Estava 
matriculado em uma escola para bem-dotados e ia muito bem. Naquele momento, Dibs 
aproximou-se, pedalando uma bicicleta”. (AXLINE, 1983, p. 192). 
 
 A gratificação eterna em que um pai ou mãe se coloca diante de tais circunstâncias 
é algo que não é muito vivenciado. Por ter presenciado situações parecidas com o meu 
filho, compreendo a atitude dos pais de Dibs neste trecho, de mais uma vez agradecerem 
pelo trabalho realizado com o filho. Serei eternamente grata à professora que conseguiu 
retirar meu filho de dentro de sua concha, que o fez desenvolver maravilhosamente bem 
e que o transformou em um indivíduo social. 
 
 
PARTE 02 
Teorize sobre a Ludoterapia e o Brincar no processo terapêutico e articule com 
dados do relato do livro. 
 
 É através da brincadeira que a criança percebe e vivencia as experiências do seu 
contato com o mundo ao seu redor e consigo mesma. Com isso, elabora-se o seu espaço 
imaginário, proporcionando à ela a possibilidade de discriminar e elaborar o conteúdo do 
seu mundo imaginário e do mundo real. De acordo com Schmidt e Nunes (2014), é na 
brincadeira que a criança irá viver situações diversas que irão conduzi-la às gratificações 
e realizações reais de sua vida real em um nível simbólico. Dibs, aos poucos foi 
vivenciando tal situação dentro de si, onde elaborou seu mundo faz-de-contas e delimitou 
o seu mundo real, vivenciando situações de felicidade, tristeza, raiva e alegria, auxiliando 
no seu contato com o mundo real e as pessoas de sua convivência. 
 Segundo Schimdt e Nunes (2014), o brincar é um comportamento livre e sem 
obrigatoriedade em que a criança sente prazer no que faz, atingindo um fim em si mesmo, 
ampliando o conhecimento, a psique e a capacidade motora da criança. É através da 
brincadeira que a criança encontrará maior facilidade para seu relacionamento social, 
interagindo com as demais crianças, aprendendo a importância da negociação e divisão, 
além da convivência com as regras e a resolução de conflitos. Por não sentir a 
obrigatoriedade perante os brinquedos e a possibilidade do brincar, Dibs se entrega à 
ludoterapia, experimentando todos os brinquedos ao seu alcance, criando inúmeras 
possibilidades de expressão e compreensão de sua psique. Dibs adquiriu desenvolvimento 
no seu relacionamento social, na sua conversação, na sua habilidade motora e 
principalmente na sua expressão de sentimentos, podendo finalmente se ver como 
indivíduo único e completo. 
 O brincar no processo terapêutico tem sido um dos métodos mais utilizados, sendo 
considerado como uma ótima possibilidade diagnóstica e/ou terapêutica. Schimdt e 
Nunes (2014) acreditam que o lúdico se forma como algo necessário na compreensão da 
realidade psíquica da criança, podendo auxiliar na resolução de conflitos. A observação 
do brincar também se faz como ferramenta na compreensão do paciente. Foi observando 
a experiencia de Dibs dentro da sala de ludoterapia que auxiliou a terapeuta Axline a 
compreender melhor as dificuldades de Dibs, suas mágoas e tudo mais que o sufocava até 
então. Foi através da brincadeira que Dibs, com auxílio da terapeuta, se transformou em 
um indivíduo complexo e completo como deveria ser. 
 
PARTE 03 
Comente a experiência da realização do estudo de caso individualmente. 
Dibs era considerado uma criança difícil de se relacionar dentro de sala de aula, 
tanto com seus colegas quanto com suas professoras. Ele preferia ficar quieto em seu 
canto, fazendo o que lhe dava vontade de fazer; ao invés de participar das brincadeiras e 
atividades em grupo propostas pelas professoras. Muitas vezes ao ser convidado ele se 
rebelava e se fechava em seu mundinho interior. Já havia avançado em algumas crianças 
por terem tentando se aproximar dele socialmente. Os pais de Dibs, no início, já haviam 
se conformado de que ele era “retardado mental” e que não havia mais solução para seu 
caso. Quem continuou acreditando na capacidade e possíveis habilidades de Dibs eram 
suas professoras e o restante da equipe pedagógica da escola em que estudava. 
Ao analisar esse caso me senti particularmente envolvida no contexto. Fui mãe 
aos 16 anos, tive uma gestação difícil, socialmente falando, e nunca soube direito como 
agir com o meu filho em muitas circunstâncias. Devido a isso, acredito, ele teve um leve 
atraso em seu desenvolvimento. Nunca engatinhou, apesar de ter começado a andar com 
um ano e um mês. Demorou muito tempo para que começasse a falar algo nítido, e mesmo 
assim, demorou muito mais tempo para que começasse a formular frases completas. Teve 
períodos em que se negava a comer comida, apenas aceitava guloseimas e mamadeira, 
mesmo que eu tomasse uma atitude mais firme, ele nunca hesitava. Foi com o início do 
ano letivo aos 4 anos em que ele passou a se desenvolver melhor, se alimentando melhor. 
Principalmente quando nos mudamos para Ponta Grossa. Passou a estudar em período 
integral, se alimentar melhor do que qualquer outro período de sua vida; aprendeu a ler, 
a escrever, a formular frases, a se comunicar melhor e assim, se expressar melhor, 
principalmente quando algo não lhe agradava, ou quando algo lhe emocionava. 
Ao ler Dibs, me identifiquei demais, principalmente com a mãe que sempre tentou 
de tudo para auxiliar o filho em seu desenvolvimento, e com a professora, que nunca 
desistiu dele e que sempre acreditou em sua capacidade. Ouvi inúmeras críticas em 
relação ao desenvolvimento do meu filho, e principalmente desculpas,que seus avós 
criavam para si mesmos perante a “decepção” de neto. A mais utilizada era: “Einstein não 
falava até os 5 anos, e veja só no que deu...”. É ridículo e revoltante ver coisas assim, 
diante de uma criaturinha tão maravilhosa e com um mundo de possibilidades. E é a partir 
disso que passei a ver o desenvolvimento infantil de uma maneira totalmente diferente. 
Acredito e sei que, nenhuma criança é causa perdida, que todas possuem o seu próprio 
tempo e ritmo de desenvolvimento, mas que com atenção, carinho e a estimulação certa, 
elas podem vir a desabrochar corretamente, e se tornarem seres humanos maravilhosos. 
Referências 
AXLINE, V. M. Dibs: Em Busca de Si Mesmo. Rio de Janeiro: Agir, 1983. 
SCHMIDT, M. B; NUNES, M. L. T. O Brincar como Método Terapêutico na Prática 
Psicanalítica: Uma Revisão Teórica. Revista de Psicologia da IMED, Jan-Jun, v.6, n.1, 
p. 18-24, 2014.

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