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Estudo de caso- Susi- Análise 1
 
Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade: uma análise histórica e social. Introdução O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade - TDAH - é um tema que gera controvérsia entre os pesquisadores da área da saúde. Pautados em um paradigma positivista/organicista, há os que defendem que o TDAH seja um transtorno neurobiológico, de base genética, responsável pelo surgimento de sintomas de hiperatividade, impulsividade e desatenção, que afetaria de 3 a 5% dos escolares. Em adendo, 10% da população mundial seria portadora desse mal. Conforme essa visão, o transtorno seria decorrente de um aporte insuficiente de determinados neurotransmissores ao cérebro, especialmente dopamina e norepinefrina. Tal ineficiência ocasionaria uma disfunção na parte frontal do cérebro, responsável, entre outras funções, pela inibição comportamental. De acordo com Barkley (2006, p. 15), "o TDAH representa uma das razões mais comuns para o encaminhamento de crianças a profissionais de medicina e saúde mental devido a problemas de comportamento nos Estados Unidos, e é um dos transtornos psiquiátricos mais comuns na infância". Acrescente-se que a situação do Brasil é semelhante à dos Estados Unidos, visto que somos o segundo maior consumidor mundial de um medicamento que tem por princípio ativo o Metilfenidato, o mais indicado para o controle dos "sintomas" de desatenção/hiperatividade, sendo os americanos os primeiros colocados. Vejo o relato de professores que os "sintomas" que orientam o diagnóstico, tais como: "não presta atenção a detalhes", "evita tarefas que exijam esforço mental constante", "agita mãos ou pés e se remexe na cadeira", "dá respostas precipitadas", "levanta-se da carteira quando não esperado", "fala em demasia", "está a mil ou a todo vapor", entre outros, e que são frequentemente relatados pelos professores, muitas vezes não se evidenciam em situação clínica, o que me leva a questionar se, de fato, tais sinais não seriam construídos no espaço da escola. Percebo que as crianças não são desatentas e/ou hiperativas; são, sim, desinteressadas e manifestam uma relação de sofrimento com a escola. É possível, ao analisar os discursos dos educadores e as práticas pedagógicas a que a maioria das crianças é submetida, compreender os sinais de desinteresse apresentados. Apresentando Susi Dos 2 aos 5 anos de idade, Susi frequentou, em período integral, uma escola de educação infantil pública. No primeiro e segundo ano do ensino fundamental, a menina estudou, também em período integral, em uma escola privada. Do terceiro ano aos dias atuais (quinto ano), estudou/a em uma escola da rede pública de ensino no período da manhã. Susi realizou avaliação psicológica aos 5 anos de idade, pois havia queixas constantes da escola sobre o comportamento da menina, segundo palavras da mãe: "que a Susi não queria fazer as atividades, que a Susi não obedecia, que a Susi imitava ela [a professora], que a Susi brigava com os amigos...". Aos 6 anos, a criança foi encaminhada para avaliação psiquiátrica, recebeu o diagnóstico de TDAH, indicação de tratamento medicamentoso, psicopedagógico e orientação de continuidade do atendimento psicológico, que realizava desde os 5 anos. Atualmente, Susi continua em atendimento psicológico, psiquiátrico e tomando medicação estimulante. Cabe ressaltar que a criança teve dificuldades no processo de alfabetização. De acordo com a mãe, a filha conseguiu ser alfabetizada apenas no terceiro ano, pois teve "sorte", isto é, uma "professora maravilhosa". A sorte ocorreu porque naquele ano se cessaram as reclamações sobre a criança e "qualquer coisa ela [a professora] elogiava, valorizava muito a produção deles... [dos alunos]", completou a mãe. A menina reside com a mãe em um apartamento de dois quartos em um condomínio de classe média em Florianópolis. Os pais de Susi são gaúchos e separados. À época da entrevista com a mãe, a separação havia ocorrido há quase dois anos. O pai, de 51 anos de idade, completou o ensino médio e trabalha na função de porteiro na cidade de Porto Alegre. A mãe, por sua vez, tem 52 anos de idade, é pedagoga aposentada, mas continua lecionando no período da manhã. Diz lecionar, ainda, por questões financeiras, pois, segundo ela, "professor tem prazo de validade" e a atividade docente não lhe traz mais nenhum prazer. Quanto à rotina, Susi acorda às 6h30 e após tomar café e se arrumar vai para a escola. Volta de ônibus para casa e fica esperando a mãe que trabalha no período da manhã. A menina permanece durante a tarde assistindo TV, ouvindo músicas, fazendo a tarefa de casa e brincando. A mãe fica envolvida com a arrumação da casa e com seus compromissos profissionais. Dormem por volta das 21h30.
 Análise do caso
 As práticas pedagógica tradicional, tem deixado as crianças muito desinteressadas, muitas crianças não tem paciência de ficar muito tempo sentadas, copiando do quadro. O sofrimento delas é demonstrado pela falta de interesse em determinadas tarefas. Exemplo: não prestam atenção nos detalhes, agitam as mão e pés, se mexem na cadeira entre outros. Em relação as questões ambientais, foi estimulada em sua alfabetização pela professora que a elogiava , valorizava sua produção.
 Na escola que Susi estuda poderia ter mais dinâmicas, palestras falando sobre o déficit de atenção, pois muitos alunos tem preconceito com os colegas e outras atividades para sair um pouco do método tradicional de aprendizagem. Poderia ser realizado uma psicoeducação com Susi e seus pais para falarem sobre o déficit de atenção, pois muitos pais desconhecem o que sejam.
 
Estudo de caso- Susi- Análise 2
Pergunta:
Discorram sobre os diagnósticos verdadeiros de TDAH e aqueles que possam estar equivocados ( quais questões podem levar a esses erros diagnósticos ). 
 Caracteriza-se como TDAH a desatenção, hiperatividade e impulsividade. Algumas crianças podem demonstrar desinteresse nas aulas e os professores podem achar que não estão conseguindo prestando atenção, algumas crianças tem problemas de alfabetização porque não foram estimulada adequadamente e a escola ou os pais podem achar que são sintomas do TDH.
Estudo de caso- Marcelo - Análise 1
O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) consiste em um transtorno psicológico caracterizado, principalmente, por comportamentos apresentados pela criança no sentido de agir contrariamente àquilo que se pede ou se espera dela. Diferentes comportamentos caracterizam o problema: Segundo Kaplan et al. (2003, p.995, grifo do autor), “o Transtorno opositivo desafiador consiste em um padrão persistente de comportamentos negativistas, hostis e desafiadores na ausência de sérias violações de normas sociais ou direitos alheios”. Crianças agressivas, que desafiam pais e professores, discutem, não aceitam regras e às vezes, com mau desempenho na escola, tem se tornado cada vez mais comum, e é preciso prestar muita atenção a esses casos de desobediência porque eles podem se agravar e se transformar no transtorno opositivo desafiador. Marcelo é proveniente de uma família em que os pais trabalham e as duas irmãs mais velhas estudam em outra escola. Desenha bem e gosta muito de histórias em quadrinhos, atualmente faz uso de medicação para o controle da ansiedade. Ele foi matriculado aos sete anos na escola onde trabalhamos, que é de ensino fundamental da Prefeitura de Vitória. O relatório vindo da educação infantil na qual frequentou, já tinha o laudo de TOD. Frequentou o segundo ano em 2009 e continuou até o ano de 2013, ano em que fizemos a nossa pesquisa com o TOD. No princípio, Marcelo era uma criança muito agitada e agressiva. Ele, assim como as outras crianças, estranhou a nova escola e tinha dificuldade de ficar dentro da sala de aula. Por algum tempo, os pais buscavam Marcelo antes do horário da saída, porque ele sempre pedia para ir embora e ficava agressivo. O horário de Marcelo na escola, foi modificado. Ele passoua ficar mais tempo com atendimento na sala de recursos para educação especial e nas aulas de artes. Não tinha um bom relacionamento com os colegas, as brigas e as discussões eram constantes e ele não frequentava muito as aulas de educação física. Com o passar dos anos, Marcelo aprendeu a ler, começou a frequentar o laboratório de informática e também a biblioteca. Segundo a professora de educação especial da escola em sua avaliação final do ensino fundamental 1: Marcelo é uma criança muito desafiadora, que apresenta muitos problemas de relacionamento. Nas aulas de educação física fracassa bastante, pois não consegue trabalhar em equipe e não respeita regras. Nas aulas de artes, embora goste de desenhar, não apresenta avanços em seu traço e não consegue manipular o material junto com os outros colegas. Seu rendimento em relação ao conteúdo é bom, sabe ler, escrever e interpretar e consegue fazer operações simples de matemática. Nesse caminho, no ano de 2013, Marcelo avançou para o 6° ano do ensino fundamental, ano em que começamos o trabalho com ele, pois as nossas aulas eram ministradas para o ensino fundamental 2, ou seja, do sexto ao nono ano.
 Análise do caso
Analisem o caso acima e aborde tudo a cerca do TOD. 
 Marcelo é um garoto agitado, agressivo, tem dificuldade de ficar muito tempo dentro da sala, não tem um bom relacionamento com os colegas, as brigas e discussões são constantes, apresenta traços de uma criança desafiadora pois não respeita as regras.
Estudo de caso- Marcelo- Análise 2
Após as discussões na supervisão sobre o caso Marcelo, realize suas pontuações. 
 Marcelo apresenta algumas características do TOD e apresenta outras características como falta de estimulação, dificuldades nas habilidades sociais. A professora relata que em relação ao conteúdo é bom, sabe ler, resolve operações simples, mas é desafiador não sabe trabalhar em grupo. Não se pode ainda afirmar que seja TOD.
 Os pais de Marcelo trabalham e ele parece ficar mais sozinho, não tem tanto afeto. E essa ausência dos pais podem refletir no comportamento de Marcelo, pois ele não respeita as regras, briga e discuti com os colegas. Pode ser feito uma psicoeducação com o garoto e com os seus pais para eles saberem mais sobre o transtorno opositor, na escola pode ser trabalhado mais dinâmicas para que Marcelo consiga ter uma melhor convivência e se enturmar com os seus colegas. 
 Depois que passar o momento de explosão de Marcelo, é muito importante que os pais lhe escute de uma forma mais afetuosa e lhe acolham. 
 Feedback individual do supervisor
Pode ser feito uma psicoeducação com o garoto e com os seus pais para eles saberem mais sobre o transtorno opositor, bem lembrado Beatriz..Ser indicado para os pais uma terapia familiar. Pois os filhos, são responsabilidades dos pais, e não da escola, ou do mundo. Então eles por serem base e reflexo dos filhos, são os que mais devem estar preparados para aprenderem a manejar as rotinas e convivência caso tenham um filho que apresente TOD.
Estudo de caso- Bruna - Análise 1
Caso clínico Bruna, de sete anos, compareceu para uma consulta no ambulatório de psicologia acompanhada de sua mãe Marta, de vinte e sete anos, que estava grávida de oito meses. A menina foi encaminhada pelo pediatra, pois comia compulsivamente e estava obesa. Além disso, apresentava dificuldade para aceitar a gestação de sua mãe e para se relacionar com o padrasto, com quem Marta estava casada há 10 meses. Tanto o pediatra quanto a nutricionista que se ocupavam do caso acreditavam que componentes emocionais estavam contribuindo para a dificuldade de emagrecimento da menina. A primeira consulta foi marcada pelo relato de conteúdos geracionais. Marta contou sua própria história e disse ter medo que tudo se repetisse com a filha. Em sua família, foram as crianças mais velhas que tomaram conta dos bebês e os homens e as mães rejeitaram as filhas mulheres, o que comprometeu o desenvolvimento emocional delas. Marta fez essa relação explicitamente ao falar de sua irmã de quinze anos, que ficou internada em um Hospital Psiquiátrico por sofrer de anorexia e ter tentado suicídio. Disse ainda que foi ela quem criou a irmã e que os problemas da adolescente se deviam à rejeição paterna. Bruna foi criada por essa irmã de sua mãe e pela avó materna até os seis anos de idade e não tem contato com o pai. Há um ano a mãe havia conhecido José, de cinquenta anos, seu novo companheiro, engravidou e resolveu assumir os cuidados com a filha trazendo-a para morar consigo e o marido. A nova família assim constituída foi viver na casa que pertencia à família de origem do padrasto de Bruna, ou seja, os irmãos mais novos de José também moravam lá. Bruna estava insegura e confusa a respeito dos cuidados que recebia dos adultos: as pessoas que a criaram até então estavam gravemente doentes e o vínculo com sua mãe era novo e estava ameaçado pelo nascimento do irmão. Dormia na cama da mãe, acordava no meio da madrugada para comer, não tinha amigos na escola e chupava o dedo, mas, ao mesmo tempo, tinha excelente desempenho escolar. Marta trouxe o desejo de formar uma família e construir uma história diferente, mas questionava-se se isso seria possível, estava cansada, sua gravidez era de risco e parecia duvidar de suas competências enquanto mãe. Essas questões puderam ser nomeadas durante a consulta. A história de Bruna estava marcada por rompimentos de vínculos significativos e os sintomas que apresentava pareciam estar relacionados à trajetória familiar contada por sua mãe; que merecia ser escutada e nomeada em um espaço conjunto 4. Devido à proximidade do parto, foi possível realizar mais duas consultas com Bruna e sua mãe. José não compareceu e justificou sua ausência por motivo de trabalho. Assim, esta primeira etapa do processo terapêutico, envolvendo um total de três sessões com mãe e filha, teve a duração de 15 dias, sendo interrompida pelo nascimento do irmão da menina. Marta referiu melhoras em Bruna após a primeira consulta, disse que a menina aceitara dormir no próprio quarto e estava se relacionando melhor com o padrasto. Bruna disse que gostaria que José fosse seu pai e que, após o nascimento do irmão, caberia a ela cuidar do bebê. Falou também que ficava em dúvida a respeito de quem deveria chamar de mãe: Marta ou a avó materna que a criou até então e insistia em ser chamada de mãe. Esse conflito reforça a hipótese de que Bruna estava reconstruindo ou construindo as figuras parentais e que os conteúdos transgeracionais permaneciam inquestionáveis: os pais abandonam seus filhos e são as crianças que cuidam dos bebês. Os desenhos feitos por Bruna durante as consultas foram estereotipados e encobertos - ela colou uma folha por cima do desenho e entregou à terapeuta dizendo que era um quadro e que, mesmo que estivesse coberto, era possível ver o que estava ali. As intervenções buscaram tanto acolher a história da família, fortalecendo a função materna de Marta, quanto dar lugar às emoções de Bruna, nomeando sua insegurança, raiva e legitimando que ela ainda era criança e precisava de cuidados. Com isso, instaurava-se uma possibilidade criativa de quebrar a repetição geracional que colocava Bruna no lugar da criança/mãe, cuidadora do irmão menor, como sua mãe havia sido. As consultas ofereciam um espaço para restaurar o bom objeto, ou seja, estabelecer a maternagem de Marta por Bruna, e de pensar a dor, quando se questionavam os desígnios geracionais. Quando João nasceu sofreu de parada cardiorrespiratória e precisou ficar internado. Nessa ocasião, Bruna foi para a casa de uma tia no interior. Foi um período de crise para a família: os sentimentos de medo, abandono e perda retornaram com toda a força. Marta manteve contato com a terapeuta por telefone e disse que estava dividida, preocupada com os dois filhos, pois temia pela vida do filho, e Bruna estava longe, sem que soubesse ao certo o que estava acontecendo.Passado um mês e meio, a mãe compareceu para uma consulta com seus dois filhos. João dormiu o tempo todo e pareceu tranquilo aninhado no colo da mãe. Marta falou com mais segurança a respeito de suas competências enquanto mãe e reafirmou o desejo de constituir sua família e oferecer aos filhos cuidados parentais. Porém Bruna falou que o padrasto não aceitava que ela o chamasse de pai. Marta tentou encobrir essa situação, negando o que a filha dizia, mas logo assumiu que as coisas eram como a menina contava e que o marido não estava conseguindo se relacionar com Bruna. Dessa maneira, retornaram os aspectos que apontam fragilidades presentes na constituição da família e que tocam questões contemporâneas que interferem na parentalidade: o declínio da função patriarcal e a fragilização parental. A questão a ser trabalhada com essa família não era a de chamar ou não José de pai, mas a de pensar com eles opções para se relacionarem de forma mais satisfatória para todos. Assim, a terapeuta reafirmou a importância do comparecimento de José às sessões. Aproveitando uma licença por questões de saúde, José compareceu à sessão seguinte. Ele falou do medo que sentiu com o risco de morte do filho e da dificuldade em assumir uma função parental com Bruna. Emocionado, disse que era muito apegado aos seus pais e que ficou muito abalado com a morte deles há alguns anos. José falou que constituiu família mais tarde que as outras pessoas costumam fazer e que estava difícil adaptar-se a todas as mudanças que ocorreram nos últimos nove meses. Contou que conheceu Marta e em um mês estavam casados e ela grávida, atingindo desse modo o seu desejo de ser pai de um filho homem. José parecia querer resgatar a família de origem perdida, por isso tanto empenho num determinado tipo de parentalidade associada a aspectos transgeracionais, sem valorização do vínculo conjugal. Mostrou-se aturdido frente à realidade vivida totalmente diferente da fantasia idealizada, como demonstraram suas atitudes ao longo da consulta. Quando seus sentimentos puderam ser expostos e compreendidos sem censura, ele se mostrou dividido, queria ocupar seu lugar de pai, mas ao mesmo tempo acreditava que esse espaço não era seu. No início, em contato com seus aspectos mais regressivos, coloca-se na posição de filho assustado, enfraquecido e sem competência para exercer a paternidade, mesmo com seu filho biológico. Depois, se fortaleceu em sua identidade paterna, reconhecendo que mesmo não se sentindo à vontade de ser chamado de pai, ele estava ajudando a mulher nos cuidados com Bruna, por exemplo quando aconselhava Marta a respeito de como educar as crianças; ou quando decorava o quarto de Bruna e se preocupava com o bem-estar dela. Mesmo diante das fragilidades dos vínculos nessa família, foi possível perceber mudanças na posição que cada um ocupava. A mãe estava mais confiante e fortalecida em sua função materna. Bruna estava mais tranquila permanecendo no lugar de filha/criança, deixando-se cuidar por sua mãe e pedindo os cuidados de um pai. João estava se desenvolvendo bem e tanto seus pais quanto sua irmã atribuíam sentido às suas ações, subjetivando-o. Essas experiências de ruptura e fragmentação marcavam a vida de Bruna e dificultavam para que ela estabelecesse padrões de apego seguro (Bowlby, 1969/2002). Era frequente que precisasse ir às pressas para a casa de algum parente no interior e ficasse longe da mãe, do irmão, da escola e do tratamento - espaço que ela sempre demonstrou ser importante e proveitoso para ela. A experiência de fragilidade e ruptura se manifestaram contratransferencialmente e a analista passou a sentir essa experiência em sua própria pele. Mesmo que as ausências fossem justificadas, era difícil manter a continuidade da terapia aprofundando os conteúdos, pois, com as interrupções, as situações trazidas eram colocadas sempre como emergências, momentos de crise a serem resolvidos às pressas. Dar-se conta da situação, por meio de identificação projetiva, manifesta contratransferencialmente, ajudou a terapeuta a rever sua posição perante o atendimento dessa família. Provavelmente, esse era o padrão que adotavam para se relacionar em outros contextos e era preciso trazer esse tema para ser discutido. Abordadas as rupturas e fragilidades que existiam no transcorrer do próprio processo terapêutico, deslocando a temática para o aqui-agora das sessões, foi possível nomear a ameaça de abandono que estava sempre presente na relação de mãe e filha, o que prejudicava a construção de um sentimento de confiança. Quando Marta saía sozinha, Bruna chorava e ligava para a mãe, mais de dez vezes, para se certificar de que ela voltaria para casa. Nas sessões, a mãe demonstrava esgotamento por se sentir extremamente solicitada. Não suportava quando a filha manifestava desagrado com alguma situação e isso reforçava seu sentimento de incompetência. Essa dinâmica ia ao encontro do esforço que a menina fazia por manter suas angústias encobertas e das inúmeras reparações precoces que fizera no início do processo. É possível retomarmos aqui o estudo de Miranda (2010) em que o comer compulsivo é entendido como tentativa de restaurar o bom objeto.
 Análise do caso
 Bruna tem 7 anos, até os 6 anos foi criada pela sua avó e sua tia e não tem contato com seu pai. Bruna come compulsivamente e está obesa, tudo indica que é de origem emocional. Pois ela tem dificuldades de aceitar a gestação da sua mãe e se relacionar com o seu padrasto. 
 A mãe de Bruna está se aproximando mais dela, mas Bruna se mostra insegura e confusa a respeito dos cuidados que recebia dos adultos. Os vínculo com a sua mãe era novo e estava ameaçado pelo nascimento do irmão. Bruna estava reconstruindo ou construindo as figuras parentais e os conteúdos transgeracionais. Marta contou sua própria história e disse ter medo que tudo se repetisse com a filha. 
 Em sua família, foram as crianças mais velhas que tomaram conta dos bebês e os homens e as mães rejeitaram as filhas mulheres, o que comprometeu o desenvolvimento emocional. Bruna apresenta uma fragilidade e tem medo que o abandono ocorra de novo. De acordo com as terapias com a família foi ocorrendo algumas mudanças significativas. Bruna precisa de uma figura parental e permanecer no seu papel de criança, brincar, se descobrir, construir vínculos significativos. 
 Feedback individual do supervisor
Muito bem colocado Beatriz quando você faz referência a necessidade da criança em estabelece esses vínculos primordiais. Partindo do pressuposto de que o sintoma de comer compulsivamente diz respeito a dificuldades no vínculo pais-criança e a questões referentes à parentalidade, é pertinente que possamos pensar uma proposta de tratamento que considere não apenas a criança que manifesta o sintoma, mas também seus pais. 
Estudo de caso - Michael - Análise 1
Michael é um menino de 12 anos que mora com a mãe, o pai e a irmã dois anos mais nova. Ele está na quinta série e, ao longo do último ano, suas notas caíram significativamente. Ele evita ir à escola, alegando estar doente, e quando vai, se comporta mal e vai à enfermaria com frequência. Os pais de Michael relatam que é difícil conseguir que o filho faça a lição de casa, e que quando precisa cumprir tarefas que demandam tempo ou capacidade cognitiva Michael tem "crises nervosas" e "faz birra". O que ele mais gosta de fazer é jogar no videogame. Os pais também observaram que Michael pode ser muito distraído. Em casa, à noite, quando sobe para se preparar para dormir, ele literalmente esquece por que está no segundo andar da casa e começa a brincar com seus Legos ou com o gato. Além disso, embora Michael goste de ajudar o pai nos trabalhos com máquinas, ele frequentemente esquece as ferramentas que é solicitado a buscar. Os pais de Michael procuraram atendimento depois de irem ao pediatra de Michael a pedido dos professores e do orientador da escola.Exame físico e propedêutica Durante a primeira consulta,além da anamnese feita com os dois pais, foi realizado um exame do estado mental por meio de uma entrevista clínica com o paciente. O exame revelou ansiedade relativamente alta, o paciente estava orientado no tempo e espaço, tinha pensamentos coerentes e afeto congruente. Michael demonstrou senso humor e domínio da expressão oral típico, montando frases complexas com vocabulário adequado para a sua idade. A memória, de curto e longo prazo, também estava preservada. Nenhuma alucinação, delírio ou comportamento violento foram relatados. Ele não relatou pensamentos de autoagressão, apesar de ter dito que às vezes se sente "burro" e acha que não pertence a nenhum grupo. Ele não tem história de trauma na cabeça nem apresenta patologias importantes. Os exames laboratoriais e o exame físico de rotina não mostraram alterações, e revelaram que Michael não tem problemas de audição ou visão. Durante o crescimento Michael alcançou todos os marcos de desenvolvimento dentro dos limites normais; na verdade, foi informado que Michael começou a falar e a andar cedo. Além disso, seus pais o descreveram como "um garoto ativo, que gosta de atividades ao ar livre". Não houve relato de grandes crises familiares ou de traumas emocionais. O histórico escolar recente revela episódios de mal comportamento em sala de aula e necessidade exacerbada de se movimentar; no entanto, nesta época Michael conseguia dar conta das demandas da escola sem precisar fazer as lições de casa. Ele não tem história familiar de doença mental; embora o pai tenha admitido que muitas vezes o menino começa tarefas demais e não vai até o fim. Durante a sessão diagnóstica Michael ficou visivelmente inquieto, com a fala mais gaguejada, orelhas vermelhas e rosto ruborizado ao ser solicitado a ler um texto de nível do terceiro ano e a fazer um exercício de aritmética básica. Depois ele explicou que quando precisa fazer tarefas como essas, fica enjoado e sente "calor". Michael também disse que muitas vezes sente dor de cabeça assim que começa a fazer tarefas que exigem atenção prolongada, especialmente "se forem chatas". O rapaz não tem dificuldade de memorizar os textos das peças (ele faz teatro), nem de ler as partituras nos ensaios da banda da qual participa.Ele admite que se sente "burro" na escola e que desconta suas frustrações em crianças que considera inteligentes, sabotando o aprendizado delas com seu comportamento disruptivo. Em uma avaliação psicoeducacional abrangente feita por uma equipe da escola (que incluiu o preenchimento das Conners' Rating Scales pelos pais e professores de Michael) e aplicada antes da consulta, os professores indicaram que Michael não conseguia se concentrar nas tarefas, abandonava as que havia iniciado e começava outras e ficava avoado com frequência.
 Análise do caso
 Michael apresenta algumas habilidades como, memória de curto e longo prazo. Demonstra senso de humor e domínio da expressão oral, monta frases complexas com vocabulário adequado para a sua idade. Essas características são muito importante.
 Poderia ser trabalhado mais as habilidades sociais de Michael, visto que quando Michael precisa cumprir tarefas que demandam estimulação cognitiva ele tem crises nervosas. Os pais poderiam trabalhar mais a estimulação de Michael, quando ele apresentasse comportamentos de birra, os pais poderiam ser mais autoritários. 
 Feedback individual do Supervisor
Sim Beatriz..Em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre as causas e a maneira como se manifestam os medos e as preocupações, sejam normais ou patológicas. Em alguns casos é necessário compreender a criança na sua totalidade, questionar..por que a criança tem apresentado tal comportamento? Analisar cuidadosamente as diferenças entre as dificuldades apresentadas ( agitação, ansiedade, medo ). Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores.
Estudo de caso - Michael - Análise 2
Pergunta:
Quais as intervenções poderiam ser realizadas? 
 Michael tem dificuldades em fazer a lição de casa, os pais poderiam junto com Michael fazer um planejamento e cronogramas das atividades a serem feitas, horários de estudos e lazer. Essa rotina dos horário é muito importante pois, ajudaria a desenvolver a capacidade de planejar. 
 Na escola poderia ser trabalhado a auto estima de Michael, pois em vários momentos ele se sente"burro", inferior. Esse trabalho poderia ser feito através de grupo para que Michael descubra suas potencialidades por meio de participação. 
 Feedback individual do Supervisor
Boas sugestões Beatriz..vale lembrar que em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre as causas e a maneira como se manifestam os medos e as preocupações, sejam normais ou patológicas. Em alguns casos é necessário compreender a criança na sua totalidade, questionar.por que a criança tem apresentado tal comportamento? Analisar cuidadosamente as diferenças entre as dificuldades apresentadas ( agitação, ansiedade, medo ). Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores.
REUNIÃO COM OS PROFESSORES DA SEDUC
 Análise do caso 
 Atualmente, devido a pandemia muitos professores teve que mudar a sua rotina para se adaptarem às aulas online, teve que aprender a usar as plataformas, tudo muito novo para todos. É muito importante que os professores estejam empenhados, motivados e felizes para passar esse entusiasmo para os alunos.
 Nem todos dias são fáceis, os professores têm que aprender a lidar com a desmotivação de alguns alunos e isso acaba que deixa alguns professores estressados. É essencial que os professores criem uma rotina e siga, isso irá diminuir os estresse do dia dia, é importante que os professores tire um momento do dia para estar com ele mesmo fazendo coisas que eles gostam, seja atividades físicas ou outras, um tempo com a família, um tempo para preparar as aulas. Essa administração do tempo vai contribuir para que os professores fiquem motivados e se sintam mais felizes.
 Em relação a minha motivação nesse momento do curso, foi muito difícil pra mim me adaptar as aulas online no começo, me senti dispersa em vários momentos, perdida, devido alguns estímulos do ambiente. Atualmente, consegui criar uma rotina de trabalho, estudo, descanso, e fazer coisas que gosto. Estou me sentindo agora mais motivada, capacitada e feliz!
 Feedback individual do Supervisor
Ao contrário do que se pensa, a felicidade pode estar muito perto. Isso porque ela não se encontra nas coisas, nos bens materiais ou nas outras pessoas, mas dentro de cada um. É preciso encontrar a verdadeira felicidade dentro de si mesmo, antes de transferir esse sentimento para aqueles que nos cercam ou para os objetos que desejamos adquirir ao longo da vida.
Assim, o primeiro passo para ser verdadeiramente feliz é buscar formas de se fazer feliz diariamente. E isso não é algo que se conquista: a felicidade é um estado de espírito, uma decisão que depende única e exclusivamente de você.
 
Documentário: Território do Brincar - diálogos com escolas
 Análise do caso
 O documentário o território do brincar nos mostra uma pedagogia diferente. As crianças aprendem de uma maneira diferente, exercitando a imaginação, criatividade. As crianças produzem novas brincadeiras que são espontâneas, livres. No documentário percebemos que as crianças brincam muito mais, imaginam várias situações, diferente dos brinquedos industrializados que é igual sempre. 
 Essas crianças se mostram muito organizadas e potentes, são capazes de negociar e resolver entre si. Me chamou a atenção a frase de uma professora:" é importante nos recolher e deixar as crianças criarem.
 Feedback individual do Supervisor
Muito bom Beatriz..O brincar é umaforma de com
unicação é por meio das brincadeiras que as crianças desenvolvem atos do seu dia a dia, seja ela com dramatizações que imitam o mundo dos adultos, jogos, o faz de conta, com palavras, ou seja, não importa o tipo da brincadeira, a criança sempre vai está adquirindo habilidades criativas, sociais, intelectuais e físicas. Piaget (1998), diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa. Valorizar o lúdico durante os processos de ensino significa considerá-lo na perspectiva das crianças, sendo vivido na sala de aula como algo espontâneo, permitindo-lhes sonhar, fantasiar, realizar desejos e viver como crianças de verdade.
 Estudo de caso - Matheus
Dados de identificação Mateus, 09 anos, Segunda-série do Ensino Fundamental de uma Escola Pública, reside com uma tia adotiva e dois primos. Motivo da consulta “Mateus não se dá bem com a professora. Ele é agitado quando sai de casa, nem parece o mesmo, vira outro” (Segundo relato da tia responsável pela criança). Anamnese infantil Mateus nasceu aos 18 dias do mês de fevereiro do ano de 1992, apresenta pele em tonalidade mulata, é brasileiro e cursa a segunda série, do ensino fundamental, numa escola pública, localizada em uma cidade do litoral de Santa Catarina. Mateus foi trazido à clínica por sua tia, com a qual não tem laços parentais, porém, é ela quem o educa e lhe dá na medida do possível, o que é necessário. Devido a pouca ligação que possui com ele, a tia não soube informar sobre o nascimento, a gestação e o desenvolvimento do garoto. O fator relevante que ela trouxe foi o fato de que Mateus aos três anos de idade, juntamente com sua irmã (na época com 1 ano e 5 meses), presenciou o assassinato de sua mãe por seu próprio pai. A mãe foi asfixiada, permanecendo em casa com Mateus e sua irmã, por três dias consecutivos, até que a vizinhança percebesse que algo estava errado com o sumiço da mãe e com o choro das crianças. O pai de Mateus fugiu após o assassinato, e nunca mais teve contato com o garoto. Após a morte da mãe, Mateus ficou vivendo em um orfanato. Depois de um ano do ocorrido, foi adotado. Na sua família adotiva (na qual seu pai adotivo era o irmão da tia que o trouxe à clínica), ele apanhava muito, era deixado para fora de casa, não era alimentado, segundo a tia que respondeu à entrevista. Todos esses maus tratos eram protagonizados especialmente, pelas duas mulheres que seu pai adotivo conviveu neste período, as quais o detestavam, chamando-o de “diabinho”, e afirmando que “ele deveria morrer” (segundo relato da tia que o trouxe à clínica). Conforme sua tia, a empregada doméstica da casa de seu irmão, relatou os maus tratos que Mateus sofria, o que fomentou a vontade de adotá-lo, porém, sem partir para os trâmites legais da adoção, alegando que “demora muito e eu não tenho tempo para perder com isso... se fosse rápido eu o adotaria” (sic). Mateus reside com a tia que afirma ser casada, apenas por aparências, afirmando “nem conversar com seu marido”. “Não me separo dele por causa de meus filhos, é com ele que as crianças ficam enquanto eu trabalho” (sic). A tia tem dois filhos biológicos com seu marido, um com nove e outro com dois anos de idade. Quanto à escolaridade, Mateus “vai bem” na escola, gosta de estudar, apesar de ser bagunceiro, e por isso, “já levou três dias de suspensão” (sic). Ele fala corretamente, havendo apenas a necessidade de uso de aparelho ortodôntico, identificado na escola, o qual, sua tia alega não ter condições financeiras para pagá-lo. A rotina do garoto consiste em acordar por volta das nove horas, brincar um pouco, almoçar, e ir para a escola. Em seu tempo livre, assiste novelas, filmes e desenhos animados. Sempre dorme por volta das 22 horas. Gosta muito de brincar de bola de gude e de andar de bicicleta. Mateus dorme no quarto de sua tia, enquanto, as outras crianças dormem no quarto do marido dela. O tio do garoto apenas cuida das crianças. A tia é vendedora de bolsas numa loja. Segundo relato da tia de Mateus, ele é um “avião” (sic), agitado, “tem alguns costumes de moleque de rua” (sic). “Ele deve se sentir livre quando sai de casa... ele se transforma, é outra pessoa... ele deve ter dupla personalidade, normal ele não é... os meus não são assim... nunca foram” (sic). Ainda, a tia afirmou que Mateus não se relaciona bem com as professoras, é muito mal-criado e agressivo com ela e com os colegas de sala de aula. A tia comentou que o garoto “faz xixi na cama à noite” (sic). Contou que Mateus costuma esconder o colchão e as roupas molhadas, colocando várias cobertas em cima da cama. Os únicos parentes vivos e conhecidos de Mateus são um avô, não se sabe se paterno ou materno, que não quer manter nenhum contato com o garoto; e a sua irmã, a qual foi adotada por outra família.
 Análise do caso
 As crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social são aquelas que vivem negativamente as consequências das desigualdades sociais, da pobreza, exclusão social, falta de vínculos afetivos na família e nos demais espaços de socialização.
 O contexto em que a criança está enxerida pode influenciar de uma maneira negativa a sua vida, quando a família é desestruturada, a criança cresce convivendo com a violência e sofrendo também maus tratos. Os índices de criança e adolescentes no caminho do crime tem aumentado muito, pois muitos se sentem fragilizados emocionalmente, não tem uma boa estrutura familiar e opta por seguir esse caminho.
 É essencial que a família ofereça proteção as crianças, mas os familiares encontram cada vez mais dificuldades no desempenho destes cuidados.
 Feedback individual do Supervisor
Pode-se afirmar que para podermos nos desenvolver plenamente e sermos adultos saudáveis e funcionais, é essencial que as nossas necessidades também sejam atendidas durante a infância. Com efeito, é nesse período da vida que a forma de se relacionar com o mundo está sendo moldada. Efetivamente, viver em um lar com carinho, atenção e afeto é fundamental para que as emoções sejam vivenciadas de forma correta e para que essa criança possa se expressar livremente. Assim é necessário assegurar o desenvolvimento emocional, a partir de condições de vida básicas. O trabalho do psicólogo perpassa neste sentido por questões sociais e apoio terapêutico às crianças que sofrem vulnerabilidade.
Pergunta:
Sobre o caso Mateus aponte a sua opinião sobre o caso elaborando estratégias possíveis de intervenção com a criança. 
 Poderia ser utilizado rodas de conversa com a tia e o pai adotivo para fortalecer os laços afetivos. Como a tia adotiva tem uma maior convivência com Matheus, é importante que ela motive Matheus a expressar os seus sentimentos que lhe afligem e tenha uma atenção diferenciada com ele. 
 Matheus passou por muitos momentos difícil, ele não precisa de julgamento e sim se sentir acolhido, amado por quem lhe escolheu. Matheus não se dá bem com a professora, nas aulas dela poderia ser trabalhando alguma atividade diferente para motivar Matheus a gostar mais da aula. Como ele gosta de brincar, poderia ter jogos lúdicos, dinâmicas com os colegas.
 Feedback individual do Supervisor
As estratégias foram bem elaboradas, contemplando de maneira real as necessidades que Mateus apresenta na sua condição de vulnerabilidade..parabéns Beatriz..
 Texto: Limites na infância
Após a apresentação do grupo sobre o papel da família na educação dos filhos e da leitura do artigo: a importância do senso de limites para o desenvolvimento da criança, elabore um texto com no mínimo 20 linhas articulando o artigo, a apresentação e as discussões realizadas na supervisão. 
 Análise do caso
 A família tem uma grande contribuição no desenvolvimento e na construção da identidade do indivíduo. Na infância é muito importante que os pais não gritem com as criançasna hora de explicarem alguma coisa. Porque isso pode traumatizar as crianças e fazer com que elas se sintam diminuídas, estressadas, ansiosas e não consigam expressar mais as suas emoções.
 É importante que a construção dos vínculos, afetos, amor seja estabelecido para que a criança tenha um bom desenvolvimento. Na infância os pais devem estabelecer um limite, saber falar sim quando for possível e não quando necessário, a criança precisa desde muito cedo ter esse limite. O limite é um modo de ajudar a criança a modificar o seu comportamento, sem prejudicar a sua autoestima. 
 Quando os pais ensinam a criança a tolerar pequenas frustrações no presente, eles estão contribuindo para que no futuro os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade. Quando os pais ficam com medo de desagradar os filhos e não conseguem estabelecer o limite na infância isso pode trazer vários problemas, como descontrole emocional, dificuldade crescente de aceitação de limites, distúrbios de conduta, desrespeito aos pais. 
 Essa falta de limite pode contribuir para que a criança tenha uma baixa autoestima, angústias, incertezas e não tenha autonomia com a sua própria vida. Portanto, os pais ou "alguém" que cumpra esse papel é a referência principal da criança, então antes dos pais cobrarem limites, eles deverão dar um bom exemplo. 
 Estudo de caso: TOC - Análise 1
O Transtorno obsessivo-compulsivo é a combinação de obsessões e compulsões que nada mais é do que a repetição de atos, rituais, atividades e pensamentos recorrentes e insistentes que se caracterizam por serem desagradáveis, repulsivos e contrários à índole do paciente.O quadro clínico do transtorno obsessivo-compulsivo na infância ou na adolescência é bastante semelhante ao do adulto, contudo existem algumas características que diferem do infantil valendo a pena fazer um estudo em separado do assunto.Inciando-se geralmente na infância crianças tentam ocultar seus sintomas, assim como os adultos. É diagnosticado através de um diálogo entre a criança e alguém em quem ela confie e assim não será difícil fazer o diagnóstico. O tratamento precoce minimiza muito o prejuízo causado pelo “TOC” (Transtorno Obsessivo-compulsivo) que prejudica principalmente na educação e na área de relacionamentos.Este transtorno leva o indivíduo a realizar atos, rituais, pensamentos e atividades que não consegue evitar realizar e quando não realizados, o paciente passa por sintomas físicos tais como, palpitações, tremores, suor excessivo e uma aflição brutal achando que poderá acontecer algo de ruim para si ou para outras pessoas podendo levá-lo a um quadro de depressão.Na infância o quadro clínico do transtorno é bem semelhante ao do adulto e assim como o adulto, as crianças tentam ocultar os sintomas. Além de prejudicar a educação e o relacionamento das amizades pode se tornar uma doença crônica e limitante.A criança portadora deste transtorno é presa à seus próprios pensamentos que chamamos de obsessão e repetições de gestos que são as compulsões. Estes pensamentos continuados geram angústia e ansiedade e as ações compulsivas são uma tentativa de controlá-los. Olhar-se no espelho repetidas vezes, por exemplo, tem o objetivo trazido pelo pensamento obsessivo de estar sempre gordo ou magro demais. O paciente quando se olha no espelho passa a angustia temporariamente e logo surge o pensamento novamente, desencadeando novamente as compulsões. 
Apresentação do caso: Cliente do sexo feminino, cinco anos de idade, possui uma irmã de doze anos, mora com os pais e a irmã. Estuda em escola particular e está alfabetizada. Caracteriza-se principalmente por ser uma criança muito calada e observadora. Os pais relataram na primeira sessão preocupação em relação a alguns comportamentos “estranhos” que a filha vinha emitindo. Disseram que ficava muito nervosa por qualquer motivo, ficava muito calada quando saíam de casa, que “se julgava muito” (sic), dizia sempre que era culpada, pedia muitas desculpas, ficava dando justificativas por qualquer resposta que emitia e estava sempre preocupada com o que os outros iriam pensar dela. Relataram também que ela apresentava autocrítica muito alta, exigia muita perfeição dela mesma, não admitia quando errava em atividades ou brincadeiras, ficava irritada (e.g., apagava as atividades escolares e costumava refazer repetidas vezes). Os comportamentos “estranhos” da filha relatados pelos pais tinham um padrão comum referente a situações nas quais a cliente precisava justificar suas ações e solicitar alguma confirmação de outra pessoa. Um exemplo aconteceu numa farmácia, na qual a cliente chamou uma moça desconhecida e disse a ela “quando eu faço assim com o dedo, eu não estou mostrando o dedo para você, é só porque minha mão está seca” (sic), e perguntou repetidas vezes se a moça estava brava. Os pais relataram que ela ficava extremamente preocupada com tudo. Outro exemplo é que a cliente demonstrava muita preocupação de os pais a esquecerem na escola, e perguntava muitas vezes no dia “e se você esquecer de me buscar?” (sic) ou “promete que não vai se atrasar?” (sic). Os pais relataram que repetiam todas as vezes que isso não iria acontecer, e que caso acontecesse a professora estaria um com ela e ligaria para sua casa. Apesar de todas as explicações que tentaram dar a filha, ela continuava perguntando. A terapeuta observou que a cliente também apresentava um padrão de comportamentos obsessivo-compulsivos relacionados a “segredos”: falava baixo com medo de as secretárias ouvirem, falava no ouvido da terapeuta quando achava que era assunto “impróprio de criança” (como brincar de namorado), ou ficava questionando insistentemente a terapeuta se ela não iria contar para ninguém o que ela lhe contava na sessão. Além disso, foi observado que a cliente não estabeleceu vínculo com a terapeuta no início do processo, sempre chorava no início da sessão, dizia que estava com saudade da mãe, passava a primeira parte da sessão com uma expressão facial triste e na maior parte do tempo permanecia calada. A terapeuta observou que a cliente só se dirigia a ela espontaneamente emitindo respostas relacionadas à preocupação (como por exemplo: “você ta brava comigo?” [sic]). Foi observado ainda que a cliente sempre exigia que as brincadeiras fossem do jeito dela, impunha seu jeito de brincar de maneira agressiva (como por exemplo: “sou eu que vou ficar com essa boneca, vai logo pega a outra” [sic]). Inicialmente, a terapeuta levantou a hipótese de ser um caso de TOC infantil, e continuou com esta hipótese até as últimas sessões. Foi observado, testado por algumas intervenções, e constatado que a cliente apresentava obsessões relacionadas a medo de perda principalmente do amor da família e de pessoas queridas. Apresentava rituais (compulsões) que visavam sempre verificar se ela tinha desagradado as pessoas, e de maneira mais exagerada com as pessoas mais próximas no seu convívio. Em conjunto, a terapeuta com os pais, decidiram não procurar psiquiatra para um diagnóstico formal antes das intervenções terapêuticas, e optaram por procedimentos que visavam à alteração de variáveis ambientais, antes de recorrer ao uso de medicação. Em sessões de entrevista e orientação com os pais, a mãe relatou acreditar que teve “culpa” (sic) no desenvolvimento desse quadro da filha. Contou que quando a filha a desobedecia, ela dizia que contaria para a professora favorita da filha o que ela estava fazendo de errado, e que isso provocava reações fortes de irritação e medo na cliente. Contou que nessas situações a filha interrompia rapidamente o que estava fazendo, implorava para a mãe não contar nada e pedia muitas desculpas. 
 Análise do caso
 A cliente apresenta uma preocupação muito grande com o que os outros estão pensando, uma auto crítica sobre si mesmo, medo de perder a família e pessoas queridas. Os pais tem que tomar muito cuidado com o que fala para as crianças, no caso a mãe ameaça a contar para a professora se a criança fizer bagunçae isso provocou reações forte e medo na criança.
Estudo de caso: TOC - Análise 2
Após a supervisão síncrona, avalie e reelabore suas propostas de atividades e intervenção sobre o caso discutido na supervisão. 
 O ambiente em que a criança vive influência muito na vida da criança. Primeiramente poderia ser trabalhado terapia com a mãe, pois ela se sente culpada pelo desenvolvimento da filha. A mãe poderia reagir diferente quando a criança desobedecesse, sem ameaças. A criança se sente insegura, apresenta baixa autoestima, medo de perder os familiares, em casa os pais poderiam elogiar mais ela, ser mais afetuoso e paciente. 
Estudo de caso - Gabriel - Análise 1
A encoprese é um transtorno do controle esfincteriano, caracterizado pela evacuação das fezes em local inadequado. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 (American Psychiatry Association, 2014), são critérios para se diagnosticar a encoprese, além da eliminação intestinal repetida de fezes em locais inapropriados, que pelo menos um evento desse tipo ocorra a cada mês por no mínimo três meses, sendo a idade cronológica mínima de 4 anos, não havendo uso de quaisquer substâncias medicamentosas que propiciem a evacuação.
Opção 1
Gabriel tinha 6 anos, era filho único e morava com a mãe, a avó materna e uma tia. Na entrevista, a mãe relatou que ele era uma criança teimosa, sem limites e que não aceitava ser contrariado. Apresentava encoprese primária e, quando evacuava na calça, muitas vezes ficava sujo durante longo tempo, até que alguém percebia e ia dar banho nele. Para a mãe, ele defecava na roupa porque não queria parar de jogar videogame para ir ao banheiro. O pai, que morava em outra cidade, era viciado em drogas e a criança não passava muito tempo com ele, somente os finais de semana. Gabriel chupava o dedo principalmente quando queria dormir e queria leite. No contato com a criança percebeu-se timidez no início, mas depois ela ficou mais à vontade e passou a brincar com armas e bombas. Repetiu diversas vezes uma luta entre o bem e o mal, sendo que ao final o bem vencia. Ao brincar com bonecos, ela mostrou descuido em relação ao bebê, que é cuidado por outra criança. O momento em que ficou mais agitada foi quando derrubou tinta preta no chão, precisando ser contida pela psicóloga.A criança vivia em um ambiente pouco confiável, em que o pai passava grande período de tempo ausente, e a mãe e a avó disputavam entre si o papel materno e os cuidados com a criança. Contudo, nem uma nem outra pareciam disponíveis afetivamente para satisfazer as necessidades do menino. Sentindo-se no meio de um campo de batalha, o seu desenvolvimento era freado. Gabriel evidenciou inseguranças importantes em relação à integração das pulsões agressivas e destrutivas na sua personalidade, que revelaram o seu temor de que, diante do seu descontrole, a "destrutividade" preponderasse e, assim, o "mal tomasse conta", como ilustrado por sua inquietude ao derrubar o pote de tinta. O fato de na brincadeira o bem ter vencido o mal aludiu a certo nível de confiança necessária para a criança expressar as pulsões de maneira mais controlada e, assim, desenvolver a capacidade para o envolvimento e aprimorar os processos simbólicos, embora as bases dessa confiança fossem ainda frágeis. Também foi possível verificar a insuficiência do holding fornecido pela mãe, ilustrada em uma de suas brincadeiras em que as crianças caíam do colo da mãe e eram cuidadas por outra criança.A questão da indiscriminação entre os papéis da avó e da mãe evidenciou-se na sessão familiar, já que a avó se sobrepunha à mãe e esta, quando era chamada pelo filho, apresentava intensa insegurança para atendê-lo, mostrando-se infantilizada. Diante de uma mãe fragilizada, dirigir contra ela o ódio era sentido pela criança como algo perigoso. Assim, havia temor de expressar a agressão por medo de afetar o outro e desagradar e magoar as figuras cuidadoras. Tal quadro era ainda agravado tanto pela ausência física do pai quanto por sua falta de solidez afetiva, que impediam que ele se oferecesse à criança como modelo de integração ou de objeto indestrutível. Diante dessa situação, Gabriel permanecia angustiado quanto aos efeitos de seu ódio junto àqueles a quem amava e, com isso, a ansiedade comprometia a capacidade simbólica (Klein, 1932/1969) e o brincar se tornava compulsivo (Winnicott, 1971/1975), já que nele se mantinha uma estreita proximidade entre o objeto original e o símbolo. Com isso, Gabriel expressava sua necessidade de ter seu próprio espaço e ser empaticamente compreendido e acolhido na expressão de sua agressividade para que ela não se transformasse em violência, perda e culpa aterradoras, mas se tornasse terreno fértil para a aparição do envolvimento e da moralidade.
 Análise do caso
 O ambiente que que Gabriel vive pode ter grande influência na encoprese, pois pode ser de origem emocional devido as oscilações de seu humor. Gabriel não tem um ambiente familiar afetuoso que lhe passa confiança, o pai usuário de droga, sempre ausente, a mãe e a avó disputam entre si o papel materno e os cuidados com a criança. 
 Mas, nem uma nem outra pareciam disponíveis afetivamente para satisfazer as necessidades de Gabriel, sua mãe quando era solicitada se mostrava fragilizada, insegura e infantilizada. Por meio das brincadeiras Gabriel tenta expressar as suas pulsões. 
 Feedback individual do Supervisor
Podemos considerar que o sintoma, segundo a psicanálise, sempre possui um endereçamento e uma verdade a ser ouvida. Considerar a encoprese, desse modo, envolve observar sua dimensão singular, de modo que o embasamento teórico servirá como envoltório de uma história particular de cada sujeito, configurando a fantasmática envolvida em cada caso.
 Estudo de caso - Gabriel - Análise 2
A partir das discussões realizadas sobre o caso, aponte as possibilidades interventivas. 
 Poderia ser trabalhado uma psicoeducação com os pais e a avó como orientação e uma explicação mais detalhada sobre o que é a encoprese. Pois muitos pais desconhecem o que seja a encoprese. Gabriel tem dificuldade com as rotinas, por meio da terapia poderia ser trabalhado melhor as rotinas. 
 Feedback individual do Supervisor
Essas considerações sugerem a necessidade de um atendimento clínico não apenas para a criança com encoprese, mas também para sua família, para que esta possa lhe oferecer um ambiente estável, seguro e indestrutível para acolher a sua espontaneidade e criatividade. A dinâmica familiar existente no caso, responsável por gerar um ambiente que reprimia os desejos e anseios da criança, que não acolhia sua agressão, uma vez que era intolerante quanto à sua agressividade ou que atribuía exageradamente uma conotação hostil para a sua conduta, revelou a fragilidade da autoestima da criança e de sua mãe. Assim, na abordagem terapêutica da encoprese infantil é de suma importância a experiência vivenciada com uma pessoa real, o analista, que pode receber e nomear as experiências emocionais da criança e dos pais que causam angústia e possibilitam o desenvolvimento emocional do grupo familiar.
Documentário: Melancolia na infância
"Infâncias são ânsias", de acordo com a citação de Maria Rita k. no início do documentário, como e quais tem sido as ânsias na infância ? 
 Análise do caso
 A infância já foi um período de desejar muitas coisas quando nos podia ainda. Atualmente, as crianças estão deixando de brincar, criar, sonhar, fantasiar, simbolizar para ficar no celular na televisão, trocam as brincadeiras por jogos eletrônicos. 
 As crianças domina simbolicamente o mundo pela brincadeira, é muito importante que as criança criem as suas própria brincadeiras, brinque de faz de conta, use a sua criatividade, é muito importante para seu desenvolvimento.
Pergunta:
A infância tem o perfil do seu tempo. Qual o perfil da infânciade hoje? 
 Na atualidade os adultos estão na correria do dia a dia e deixam a desejar no tempo com os seus filhos, não querem ter o trabalho de falar não, cuidar. As crianças estão precocemente inseridas no mundo das tecnologias, mídias, propagandas e consumismo. 
 O brincar está ficando para trás, as crianças estão preferindo jogos virtuais, amigos virtuais, a agenda sempre lotada, aulas de músicas, artes, línguas estrangeiras etc. O espaço da criança, de brincar, simbolizar está ficando de lado. 
Pergunta:
Comente sobre o que pode apreender e aprender com o documentário. 
 A infância é marcada por alegrias e tristezas. Não podemos poupar as crianças do sofrimento, pois isso poderia trazer vários problemas psíquicos, é necessário que as crianças passe pelas situações da vida sejam perdas ou ganhos. Crianças muito atendidas em suas vontades são frágeis do ponto de vista psíquico. É importante que os pais determinem um limite desde cedo e não cumpra todas as vontades dos filhos, saber falar não quando por necessário. 
 Pois, isso possibilitara muitos ganhos para a criança no futuro como auto estima, autonomia com a sua vida. 
 Feedback individual do Supervisor
Muito bem Beatriz...Geralmente tendemos a idealizar a infância como uma época cheia de vivacidade em que um estado de permanente criatividade impediria qualquer manifestação de tristeza. no entanto, encontramos crianças que se sentem profundamente entediadas, sem curiosidade ou tempo para inventar diante de suas agendas cheias ao submeter as crianças a um pragmático princípio de super equipa-las par o futuro, em uma permanente produção maníaca de ofertas de informação e de consumo, pode-se estar tirando delas algo fundamental: o encontro com um certo vazio e uma certa tristeza que fazem parte da vida e que são necessários para poder desejar e inventar. Ao querer poupa-las de toda e qualquer tristeza podemos deixa-las assoladas pela melancolia.

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