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CASO CONCRETO SEMANA 3

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LETRA A: NÃO. Trata-se de crime de FAVORECIMENTO REAL previsto no art. 349 do CP, porquanto o agente LAURO pretendia tornar seguro o proveito do crime. A conduta típica vem expressa pelo verbo prestar, que significa conceder, dedicar, render. O objeto da prestação deve ser auxílio (ajuda, socorro) destinado a tornar seguro o proveito do crime. O crime se consuma com a prestação do auxílio, independente do êxito na empreitada. Não se confunde a figura da receptação dolosa com a de favorecimento real. Na primeira, o agente visa o proveito econômico próprio, ou de terceiro, enquanto que no favorecimento, ele visa assegurar o proveito do autor do crime, ou seja, beneficiar o criminoso. Embora não previsto na Lei como condição de procedibilidade, alguns doutrinadores entendem ser necessário o trânsito em julgado da sentença condenatória proferida no processo que pune o crime anterior, (devido ao constante do artigo 349 – C.P. “criminoso”) para o início da ação penal contra o favorecedor. Se houvesse promessa de ajuda antes do sujeito cometer o crime, já haverá participação no crime e não simples favorecimento pessoal". Cita-se, no exemplo o elemento que “promete ao criminoso” que o esconderá após a consumação do roubo. Desta forma, "é evidente que aqui o sujeito que prometeu ajuda vai responder como partícipe do roubo, crime mais grave e não por mero favorecimento pessoal, que constitui delito de menor potencial ofensivo". Na lição de Julio Fabbrini Mirabete, "a vontade de auxiliar o autor do crime, conhecendo previamente o fato delituoso, é o dolo do crime de favorecimento real. Na dúvida a respeito do crime antecedente, há dolo eventual. Exige-se, porém, o fim específico da conduta: o de tornar seguro o proveito do crime por seu autor." O mesmo autor sublinha, nesse sentido, que "no favorecimento real, delito contra a administração da justiça, o agente não visa a proveito, que pode ser de qualquer natureza (patrimonial, moral, sexual, etc.), mas tão-somente beneficiar o criminoso" (Manual de Direito Penal. Vol. 3. 14ª. ed.).
 LETRA B: Evidente que NÃO. Assim como ocorre na receptação que é punível ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa (artigo 180, § 4º, do CP). Bastando a prova da receptação ainda que praticada por menor ou inimputável (RT 628/362) ou ainda por pessoas enumeradas no artigo 181 do Código Penal, que têm imunidade absoluta ou relativa. Vide art. 108, 1ª parte do Código Penal. 
QUESTÃO OBJETIVA: LETRA C

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