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FACULDADE CAMPO REAL Débora Aparecida de Almeida dos Santos RESUMO DO ARTIGO “TIPOLOGIA DE MANEJO DE ORDENHA: ANÁLISE DE FATORES DE RISCO PARA A MASTITE SUBCLÍNICA” GUARAPUAVA – PR 2018 Débora Aparecida de Almeida dos Santos RESUMO DO ARTIGO “TIPOLOGIA DE MANEJO DE ORDENHA: ANÁLISE DE FATORES DE RISCO PARA A MASTITE SUBCLÍNICA” Resumo entregue na disciplina de Leitura e Interpretação de Textos, para obtenção de nota parcial referente ao 1º bimestre do 1º período do curso de Medicina Veterinária da faculdade Campo Real. Professor MSc. Sandro Roberto Mazurechen. GUARAPUAVA – PR 2018 RESUMO Resumo do artigo científico “Tipologia de manejo de ordenha: análise de fatores de risco para a mastite subclínica” escrito por Lange et. al. publicado na revista Pesquisa Veterinária Brasil no ano de 2017, o qual tem como enfoque doenças que acometem os bovinos e consequentemente na qualidade do produto final, no caso o leite in natura. Segundo os autores, o Brasil tem a bovino cultura leiteira como base da cadeia produtiva agropecuária, sendo um dos setores de maior arrecadação monetária. Mesmo sendo um setor altamente desenvolvido, sofre problemas ocasionados pela qualidade do leite produzido, o qual é contaminado em grande quantia por micro-organismos os quais prejudicam a qualidade do leite pasteurizado nacional. Vale dizer, que fica evidenciado no artigo que na maioria das vezes a contaminação acontece devido a falta de higiene no momento da ordenha, a saúde mamaria dos animais e a manutenção nos equipamentos envolvidos no processo. Nessa linha de raciocínio, os autores relatam que a falta de higiene não acarreta somente perda de qualidade no leite, mas também favorece a entrada de doenças nos animais como, por exemplo, a mastite subclínica. Para evitar isso deve-se aumentar a higiene não somente dos equipamentos, mas também, do profissional que realiza a ordenha, da instalação usada e é claro do animal o qual deve receber boas práticas de manejo para evitar doenças e quando ordenhado, antes deve ser feita a assepsia dos tetos. Para realização da pesquisa foram acompanhados 73 rebanhos leiteiros da região Oeste do estado do Paraná, durante quatro meses do ano de 2012. Para a seleção dos rebanhos, foram aplicados questionários sobre a rotina da propriedade em geral, e também informações sobre a ordenha e técnicas de manejo empregadas. Junto ao questionário os autores acompanharam as ordenhas onde realizavam o California Mastitis Test, popularmente conhecido como “CMT” e quando encontravam no mínimo três animais com o teste positivo, o rebanho era escolhido. Dando sequência a pesquisa, as amostras de leite, as quais deram positivo para o teste de CMT, foram encaminhadas para o laboratório, lembrando que, durante o percurso as amostras se encontravam acomodadas em temperatura amenua para manter a integridade da amostra. Já no laboratório as amostras foram postas em meio de cultura para favorecer o desenvolvimento das colônias de bactéria, as quais depois do crescimento foram classificadas de acordo com sua morfologia e assim nomeando-as em típicas e atípicas. Após isso, cinco colônias de cada tipo foram transferidas para tubos de hemólise o qual contia substrato favorável e em seguida as colônias foram incubadas a 37 º Celsius durante 24 horas. Após a incubação as amostras foram submetidas à coloração de Gram e à prova de catalase, quando o resultado de catalase era positivo, as mesmas eram submetidas ao teste de coagulase. Vale dizer que os critérios pelos quais os autores aderiram foi aqueles que testados no modelo de regressão, possuíam explicação coerente para o aumento da mastite junto à contaminação por Staphyococcus coagulase negativa. Após a comparação dos resultados dos questionários aplicados no inicio da pesquisa, junto aos dados estatísticos encontrados em laboratório, os autores chegaram a 12 variáveis a serem estudadas, as quais são: contagem de células somáticas, produção de leite diária de cada animal, California Mastitis Test, histórico de mastite, higiene dos animais antes da ordenha, secagem dos tetos, eliminação dos três primeiros jatos de cada teto, pré e pós-dipping, local em que as vacas ficam após serem ordenhadas, desmontar o conjunto da ordenhadeira após o uso, limpeza da sala de ordenha e higiene das mãos do ordenhador. Nos cálculos estatísticos os valores mais significantes que afetam a qualidade do produto final são: a secagem dos tetos, pré e pós-dipping e a higiene das mãos do ordenhador, a ultima apresentou boa correlação com a limpeza da sala de ordenha e desmontagem do conjunto de ordenha. Os autores ainda concluíram que o melhor local para o animal ficar após a ondenha, é onde tenha alimento, pois dessa forma mantem os tetos longe do solo, assim dificultando a entrada de agentes contaminantes. Contudo, pode-se separar os resultados obtidos em dois grupos distintos, o primeiro onde autores relatam que as variáveis estão ligadas a forma de prevenção da mastite, com a implantação do pré-dipping e pós dipping. Nesse raciocínio, o segundo grupo tem maior significância, e são relacionados a praticas corriqueiras como, extrair os três primeiros jatos de cada teto, secagem dos tetos e a higiene das mãos do profissional que realiza a ordenha. Analisando os dois grupos, os autores chegaram à conclusão que as medidas do primeiro grupo são ótimas para o tratamento de mastite contagiosa, dessa forma, o segundo grupo é voltado para a prevenção da mastite subclínica. Finalizando, é possível verificar que o principal fator de desqualificação do leite brasileiro é a falta de higiene no processo de ordenha. Conclui-se também que a falta de higiene e bons hábitos de manejo contribuem para o surgimento de doenças como a mastite subclínica. Contudo, para melhorar a qualidade do leite, é preciso treinar e capacitar os ordenhadores com cursos e palestras, principalmente quanto às práticas de manejo antes e depois da ordenha ser realizada, pois dessa forma o produtor terá maior lucro a cada litro de leite vendido e economizara com medicamentos para tratar mastite. REFERÊNCIAS LANGE, M. L.; ZAMBOM, M. A.; POZZA, M. S.; SIMÕES, G. H.; FERNANDES T.; TININI, R. C. R.; FORNARI, J.; ANSCHAU, F. A.; Tipologia de Manejo de Ordenha: análises de fatores de risco para a mastite subclínica. PESQUISA VETERINÁRIA BRASILEIRA, v. 37, n. 11, p. 1205-1212, novembro 2017.
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