Buscar

Resumo - Recomendações aos Médicos que Exercem a Psicanálise - Freud

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO – UNICAMPO 
PSICOLOGIA 
 
Jussara Prado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RECOMENDAÇÕES AOS MÉDICOS QUE EXERCEM A PSICANÁLISE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPO MOURÃO 
2013 
RESUMO: RECOMENDAÇÕES AOS MÉDICOS QUE EXERCEM A PSICANÁLISE 
 
 No Texto Recomendações aos Médicos que Exercem a Psicanálise, Freud 
aborda algumas questões em relação ao tipo de comportamento que o Médico 
psicanalista deve possuir perante seus pacientes. O primeiro deles diz respeito à 
memória do profissional, no qual deve-se lembrar de todos os nomes, datas, 
produtos patológicos e qualquer detalhe que contenha o mínimo de importância de 
todos os seus pacientes. Para que o médico consiga isso, Freud comenta sobre uma 
técnica que consiste em manter uma mesma atenção perante tudo o que lhe é 
apresentado, não focando somente em uma coisa, essa técnica é conhecida como 
Atenção Uniformemente Suspensa. A partir do momento em que o médico foca sua 
atenção somente em detalhes específicos, ele passa a selecionar o material que lhe 
é apresentado, fixando somente parte das informações e negligenciando as demais. 
Entretanto, a técnica da Atenção Uniformemente Suspensa só terá resultado se o 
paciente obedecer a regra de comunicar qualquer coisa que passar em sua mente, 
sem se preocupar com crítica ou seleção de conteúdo. 
 De acordo com a visão de Freud, anotações durante as sessões podem vir a 
ocasionar uma impressão desagradável em alguns pacientes, prejudicando a 
terapia. O que ele indica é anotar tudo no final do dia, e durante as sessões, anotar 
somente as datas, textos de sonhos ou eventos realmente importantes. Além disso, 
ele nos adverte que, trabalhar cientificamente em um caso que ainda não fora 
finalizado pode vir a prejudicar o resultado da terapia. Os casos que não possuem 
nenhum intuito em vista, normalmente são os que possuem os melhores resultados, 
aos invés dos que são dedicados a propósitos científicos. Freud acredita que a 
conduta que o médico deve adotar é a de oscilar de uma atitude mental para outra, 
sem chegar a especular ou meditar sobre qualquer um dos casos. Ou seja, que ele 
só deverá submeter o material obtido a um processo sintético de pensamento, após 
a análise ter sido finalizada. 
 No texto, Freud aborda a ambição terapêutica, onde o profissional busca 
alcançar algo que produza efeito convincente sobre outras pessoas, como o 
sentimento mais perigoso que um psicanalista pode vir a ter. No momento em que o 
psicanalista usa o cirurgião como modelo durante o tratamento, jogando todos os 
sentimentos de lado, e se concentrando somente no objetivo de tratar o paciente da 
melhor maneira possível, ele está diante de uma ambivalência: de um lado, 
vantajoso para o médico, como uma proteção para sua própria vida emocional; e de 
outro, para o paciente, como um maior auxílio que se pode dar à ele. 
 Diante da simultaneidade do paciente relatar tudo o que lhe vem à mente, e 
do médico utilizar todas as informações que lhe são dadas, o médico deverá se 
purificar psicanaliticamente antes de todas as terapias, buscando se conhecer 
melhor para poder compreender melhor tudo o que o paciente lhe traz. Já que 
qualquer conflito não solucionado do médico, pode constituir num ponto cego de sua 
percepção analítica, projetando facilmente, particularidades suas em seus pacientes. 
 Freud faz uma crítica aos psicanalistas mais jovens, que tendem a usar sua 
individualidade para levar o paciente a seguir suas interpretações, acreditando que 
isso faça com que as resistências diminuam. Ele acredita que, o médico deve ser um 
verdadeiro espelho diante do paciente, mostrando apenas aquilo que lhe é 
mostrado. Além disso, outro impulso que o médico pode vir a tomar é o de indicar 
novos objetivos ao paciente. O médico deve ser guiado pelas capacidades do 
paciente ao invés de seus próprios desejos, tolerando a fraqueza do paciente e se 
contentando pela menor reconquista de alguma capacidade de trabalho e 
divertimento que seu paciente possa ter adquirido. 
 De acordo com o pensamento de Freud, é errado que o médico determine 
tarefas aos seus pacientes, como por exemplo, pedir para que ele pense sobre 
algum período determinado de sua vida. Uma vez que os enigmas neuróticos dos 
pacientes não serão solucionados diante de tais atividades mentais, e sim, falando 
tudo o que lhe vem à mente. Isso deve ser ressaltado perante pacientes que possam 
se desviar para o debate intelectual durante o tratamento, ou que teorizam muito, 
evitando qualquer ação para que melhore seu estado. Isso normalmente é 
encontrado em graduandos do curso de Psicologia. Por fim, Freud nos previne de 
indicarmos livros analíticos para pacientes ou aos seus parentes. Pois, com esse 
conhecimento, alguns pacientes podem vir à desistir da terapia, podem iniciar um 
debate intelectual durante a terapia, ou pode de alguma forma, vir a prejudicar o 
curso do tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
FREUD, Sigmund. O Caso Schereber, artigos sobre técnica e outros trabalhos 
(1911 – 1913). Volume XII. Editora Imago. Rio de Janeiro, 1996.

Outros materiais