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resumo pec - estratégia saúde família


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O estabelecimento de novas forma de relação entre estratégia de saúde da família e a atenção 
ambulatorial especializada
operar em RASs de forma a coordenar esses dois níveis de atenção. Mas há que se ressaltar que a 
coordenação das relações entre a ESF e a AAE, na perspectiva das RASs, é uma função da equipe 
da ESF.
Muitos problemas que se manifestam fenomenicamente sob a forma de vazios assistenciais 
(insuficiência de oferta) podem ser solucionados por meio de novas formas de organização das 
relações entre a ESF e a AAE sem, necessariamente, aumentar a oferta de serviços secundários.
situações que são fundamentais em causar desequilíbrios entre oferta e demanda por AAE:
- falta da estratificação de riscos na esf;
- vinculação definitiva das pessoas referidas aos especialistas por generalistas, por esses 
profissionais especializados.
- forte centramento da atenção ambulatorial na consulta médica individual e presencial
 A Atenção Compartilhada a Grupo (ACG)
 Atenção contínua (AC)
 Atenção por pares
O tema das relações entre a ESF e a AAE pode ser discutido em várias dimensões.
Aqui ele vai ser abordado em três aspectos: as considerações sobre os generalistas e os especialistas,
os modelos de relação entre a ESF e a AAE e os modelos de organização da AAE.
considerações sobre os generalistas e os especialistas
O trabalho em RASs implica relações próximas e coordenadas entre os generalistas 
e os especialistas.
Os problemas intraorganizacionais ou entre a organização e o ambiente externo são
levados ao generalista que pode tentar resolvê-lo ou encaminhá-lo para um especialista
para solucioná-lo, mas, ainda assim, cabe ao generalista garantir que o problema seja
tratado conforme o interesse geral da organização, o que é sua tarefa.
É preciso ter em mente que os especialistas não são somente os médicos.
enfermeiros especialistas reduziram os atendimentos não programados em asma = cemar
qualquer organização depende do equilíbrio entre generalistas e especialistas
Apesar do conceito recente de organizaçoes de saude que defendem que a explosão de 
conhecimentos dificultaria a atuação do generalista, o generalista é essencial na ESF, pois exerce 
três funções fundamentais: a resolução da grande maioria dos problemas mais comuns de saúde,
a coordenação do cuidado e a responsabilização pela população a ele adscrita
As falácias sobre os médicos generalistas e os especialistas baseiam-se em seis conceitos 
equivocados:
- o generalista tem de conhecer todo o campo do conhecimento médico;
- em qualquer campo da medicina, o especialista sempre sabe mais do que o generalista; 
- ao especializar-se, a incerteza pode ser eliminada;
- é apenas por meio da especialização que se pode atingir a profundidade do conhecimento;
- à medida que a ciência avança, a carga de informação aumenta;
- e o erro em medicina é geralmente causado por falta de informação
O papel do médico generalista é ilustrado por um dito espanhol que afirma: "O médico de família 
do Rei da Espanha sabe menos cardiologia que um cardiologista, mas é o que mais sabe sobre o 
Rei" 
Os especialistas, ao lidar com maior frequência com determinados problemas, podem produzir 
serviços de maior qualidade em sua especialidade, em função da escala. Mas não estão tão bem 
preparados para lidar com sintomas e enfermidades vagos ou com serviços preventivos ou 
autocuidado, o que significa, por outro lado, perda de qualidade da atenção à saúde.
Um bom sistema de saúde há, sempre, de operar com o trabalho conjunto desses médicos. A 
utilização excessiva dos médicos especialistas é responsável pela descoordenação da atenção à 
saúde.
há associação entre mais dinheiro e mais serviços, mas não há associação entre mais serviços e mais
saúde.
É fundamental que a relação entre médicos generalistas e especialistas seja coordenada pelos 
generalistas.
Há evidências de que a introdução de médicos generalistas gera bons resultados.
A explicação dos maiores gastos com especialistas está na propensão desses médicos em aumentar o
volume dos procedimentos realizados.
médicos generalistas contribuem para a redução das iniquidades em saúde, o que não acontece com 
os especialistas.
E pesquisas mostram maior satisfação nos médicos da família, mesmo esses fazendo menos 
procedimentos.
os especialistas podem tratar exageradamente as pessoas de maneira superficial; e há maior 
frequência de exames complementares falso-positivos. Os médicos de APS estão em melhores 
condições de evitar erros de diagnósticos porque conhecem melhor as pessoas que atendem e as 
acompanham longitudinalmente, por longos períodos de tempo.
A solução médica para o SUS está em radicalizar a introdução dos médicos de família e 
comunidade na ESF, formando-os melhor, focando a graduação na APS, expandindo as residências 
em medicina de família e comunidade e garantindo programas de educação permanente efetivos.
oS ModELoS dE rELação EntrE a EStratégia da SaúdE da faMíLia E
a atEnção aMBuLatoriaL ESpEciaLizada: conStruindo o ModELo da
coordEnação do cuidado
- relação em silos - significa que não há uma coordenação do cuidado às pessoas usuárias.
- relação de referência e contrarreferência;
- a relação de visitas periódicas de especialistas a generalistas;
- a relação mediada por gestor de caso ;
- e a relação da coordenação do cuidado = agrega, como partes suas, a referência e a 
contrarreferência, as visitas periódicas de especialistas a generalistas e a intermediação de gestor de 
caso em certas circunstâncias.
A forma da referência e contrarreferência, a mais conhecida no SUS, é uma condição necessária, 
mas não suficiente para a coordenação do cuidado, já que não envolve, necessariamente, o apoio 
nos momentos de transição.