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DIREITO DO TRABALHO I Professor: Reginaldo Silva E-mail: silva.reginaldo@aasp.org.br Contato | 11-9.7999-4267 segunda-feira, 27 de março de 2017 1 DIREITO DO TRABALHO segunda-feira, 27 de março de 2017 BEM VINDOS A MELHOR DAS ÁREAS! 2 DIREITO DO TRABALHO EMPREGADO A definição legal de empregado encontra-se no caput do artigo 3º da CLT. Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. segunda-feira, 27 de março de 2017 3 DIREITO DO TRABALHO EMPREGADO Pessoa Física (pessoalidade): o caráter da relação de emprego será sempre intuitu personae, ou seja, em relação à pessoa, mas não quer dizer que seja personalíssimo, ficando isto demonstrado pelo fato de que o empregador poderá, a seu livre critério e escolha, substituir determinado empregado. Saliente-se, contudo que o empregado jamais pode se fazer substituir. segunda-feira, 27 de março de 2017 4 DIREITO DO TRABALHO EMPREGADO Por fim, cumpre-se relembrar que todo empregado será sempre pessoa física e nunca uma pessoa jurídica, pois uma relação de pessoa jurídica para pessoa jurídica pode se estabelecer na esfera cível ou até mesmo comercial, mas nunca trabalhista. segunda-feira, 27 de março de 2017 5 DIREITO DO TRABALHO EMPREGADO Não Eventual (habitualidade) O presente item não se caracteriza somente pela “diariedade” do serviço prestado, mas, sobretudo pela expectativa que o empregador tem pertinente ao retorno do empregado ao local de trabalho. Assim, havendo essa expectativa de que seu empregado voltará em determinado dia à empresa, estará caracterizada a habitualidade. segunda-feira, 27 de março de 2017 6 DIREITO DO TRABALHO EMPREGADO O conceito de empregado abrange a continuidade e a inserção da ação produtiva na função da empresa; isto equivale a dizer que o empregado não pode ser um trabalhador eventual. O que caracteriza a eventualidade é, sem dúvida, a inexistência desses dois fatores: continuidade e inserção de atividade. segunda-feira, 27 de março de 2017 7 DIREITO DO TRABALHO Dependência (subordinação) Apesar da CLT trazer no artigo 3º o termo “dependência”, o correto seria falarmos em subordinação. O termo subordinação vem do latim sub ordine, ou seja, estar sob ordens. Temos assim, três espécies de subordinação para a caracterização do item em tela: segunda-feira, 27 de março de 2017 8 DIREITO DO TRABALHO Dependência (subordinação) Subordinação Hierárquica É a mais comum e consiste na relação de subordinação do empregado ao comando de seu empregador. Certos autores denominam esse tipo de subordinação como sendo dependência jurídica. segunda-feira, 27 de março de 2017 9 DIREITO DO TRABALHO Dependência (subordinação) Subordinação Técnica Diz respeito à supervisão técnica do trabalho, podendo ser equiparada a um determinado controle de qualidade. Ao nosso ver, essa subordinação decorre da hierárquica, pois num primeiro momento, existe uma ordem do empregador para que o empregado lhe envie o trabalho concluído para supervisão. segunda-feira, 27 de março de 2017 10 DIREITO DO TRABALHO Dependência (subordinação) Subordinação Econômica Diferente mente do que em princípio se pode imaginar, a dependência econômica do empregado não está relacionada ao salário que este recebe de seu empregador, mas sim da estrutura econômica gerada por ele. segunda-feira, 27 de março de 2017 11 DIREITO DO TRABALHO Dependência (subordinação) Nos requisitos pertinentes à subordinação, não existe necessidade de cumulatividade. Assim, a presença de pelo menos um deles caracterizará a subordinação pretendida. segunda-feira, 27 de março de 2017 12 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO INDETERMINADO Contrato por tempo indeterminado - é aquele que se alicerça na sua duração. A caracterização do contrato individual por tempo indeterminado é que este pode ser feito de dois elementos, um subjetivo e outro objetivo. segunda-feira, 27 de março de 2017 13 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO INDETERMINADO O primeiro consiste na ausência de uma declaração de vontade das partes no sentido de limitar, de qualquer maneira, a duração do contrato. Quando o celebram, não pensam no seu fim. O segundo traduz-se na necessidade de uma declaração de vontade de qualquer dos contraentes para que o contrato termine. Sem essa manifestação de vontade, o vínculo contratual não se dissolve. segunda-feira, 27 de março de 2017 14 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO Em regra, os contratos de trabalho são mantidos por prazo indeterminado. No entanto, o art. 443 da CLT admite a pactuação do contrato de trabalho por prazo determinado. segunda-feira, 27 de março de 2017 15 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO Por representar algumas vantagens ao empregador, como, por exemplo, a impossibilidade de aviso prévio, salvo nos contratos de experiência (Súmula nº. 163 do TST), estabilidades de qualquer natureza e multa do FGTS, resolveu por bem o legislador estabelecer alguns requisitos com a nítida intenção de que esses contratos continuem sendo exceção à regra, que são os contratos por prazo indeterminado. segunda-feira, 27 de março de 2017 16 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO Assim, o art. 443, § 2º, da CLT, traz os seguintes requisitos: § 2º O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. segunda-feira, 27 de março de 2017 17 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO Serviço transitório: aquele que é breve, passageiro. Seria o caso da empresa que contrata empregado para suprir o aumento de produção. Atividades empresariais de caráter transitório: ocorrem quando o empregador desenvolve atividade somente em determinadas épocas do ano. Normalmente acontece em empresas que vendem produtos sazonais, como lojas natalinas, que só abrem nas proximidades do Natal; lojas que vendem fogos de artifícios, que comercializam seus produtos principalmente por ocasião das festas juninas, dentre outros. segunda-feira, 27 de março de 2017 18 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO Prazo: Esses contratos por prazo determinado que acabamos de analisar podem ser pactuados por, no máximo dois anos (art. 445 da CLT), admitindo somente uma prorrogação (art. 451 da CLT). segunda-feira, 27 de março de 2017 19 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA Com relação ao contrato de experiência, temos que é aquele que o empregado pactua com o intuito de demonstrar sua aptidão para determinado serviço, não sendo nada mais do que um teste, podendo ser celebrado por, no máximo, noventa dias (art. 445, parágrafo único, da CLT). segunda-feira, 27 de março de 2017 20 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA A Súmula nº 188 do TST admite uma prorrogação no contrato de experiência, desde que observado o prazo máximo de noventa dias. Não poderá o empregado ser demitido e contratado na mesma função com novo contrato de experiência, pois haveria a descaracterização do contrato. segunda-feira, 27 de março de 2017 Parei aqui 22082016 interlagos 21 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA A Lei nº 11.644, de 10 de março de 2008, acrescenta o art. 442-A na CLT para destacar a impossibilidade de se exigir do candidato ao emprego experiência na função que está sendo contratado por período superior a seis meses. segunda-feira, 27 de março de 2017 22 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE APRENDIZAGEM A Constituição Federal de 1988, permite o trabalho a partir de 14 anos, somente na condição de aprendiz. Assim, dos 14 aos 16 anos, o empregado só poderá prestar serviços na condição descrita, sendo que dos 16 aos 18 anos é permitido qualquer tipo de trabalho, inclusive o pertinente à aprendizagem, ressalvando o trabalho noturno, insalubre ou perigoso (art. 7º, XXXIII, da CF e art. 428 da CLT). segunda-feira, 27 de março de 2017 23 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE APRENDIZAGEM Todo aprendiz terá direito a, pelo menos, um salário mínimo, devendo, obrigatoriamente, referido contrato ser anotado na carteira profissional do empregado e este deve comprovar a frequência no curso de aprendizagem, sob pena, inclusive, de justa causa, como veremos no capítulo pertinente. segunda-feira, 27 de março de 2017 24 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE APRENDIZAGEM Sua jornada não poderá exceder a seis horas diárias, não sendo possível pactuar-se acordo de prorrogação ou compensação de horário, conforme o art. 432 da CLT: Porém, a Lei nº. 11.180, de 23-9-2005, dentre outras providências, alterou os arts. 428 e 433 da CLT, que, consequentemente, modificou a idade máxima do aprendiz passando para 24 anos. segunda-feira, 27 de março de 2017 25 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE APRENDIZAGEM Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de vinte e quatro anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação. segunda-feira, 27 de março de 2017 26 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE APRENDIZAGEM Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar vinte e quatro anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: (...). segunda-feira, 27 de março de 2017 Parei aqui conceição 23.08.2016 27 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE APRENDIZAGEM Prazo: Artigo 428 da CLT, destacando a nova redação do §3º. Diz este parágrafo que o contrato de aprendizagem não poderá ultrapassar o prazo de dois anos. segunda-feira, 27 de março de 2017 28 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO O trabalho temporário, regido pela Lei nº 6.019/1974, deverá ser prestado nas seguintes situações: NECESSIDADE TRANSITÓRIA DE SUBSTITUIÇÃO DE PESSOAL segunda-feira, 27 de março de 2017 29 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO A necessidade de substituição de pessoal ocorre quando a empresa tomadora requer a substituição do empregado que saiu de férias ou licença médica, por exemplo Acúmulo extraordinário de serviço Tal fato se configura quando a empresa tomadora de serviços é surpreendida com um aumento de produção, havendo a necessidade de contratação de mais empregados por um curto período de tempo. segunda-feira, 27 de março de 2017 30 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO A necessidade de substituição de pessoal ocorre quando a empresa tomadora requer a substituição do empregado que saiu de férias ou licença médica, por exemplo Acúmulo extraordinário de serviço Tal fato se configura quando a empresa tomadora de serviços é surpreendida com um aumento de produção, havendo a necessidade de contratação de mais empregados por um curto período de tempo. segunda-feira, 27 de março de 2017 31 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO Referido empregado deverá ser contratado por uma empresa locadora de mão de obra, empresa essa que, obrigatoriamente, tem de ser registrada na Superintendência Regional do Trabalho, que é o órgão do Ministério do Trabalho destinado a fiscalizar as relações de emprego, e essa empresa o remete para a empresa tomadora de serviços. segunda-feira, 27 de março de 2017 Parei aqui 20/02/2017 32 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO A relação é trilateral, assemelhando-se, nesse ponto, à terceirização, o que diferencia a contratação do temporário do contrato por prazo determinado, que implica uma relação bilateral, como veremos adiante. segunda-feira, 27 de março de 2017 33 DIREITO DO TRABALHO CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO O contrato pode ser feito por, no máximo, três meses, admitindo uma prorrogação pelo Ministério do Trabalho. É recomendado aos Superintendentes das Regionais do Trabalho que aceitem a prorrogação por, no máximo, seis meses, contados os meses já trabalhados. segunda-feira, 27 de março de 2017 34 DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Nesse caso, temos igualmente uma relação tripartite, em que o tomador de serviços pactua contrato de natureza cível com a empresa de terceirização, que por sua vez remete seu empregado a o respectivo trabalho. segunda-feira, 27 de março de 2017 35 DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Até aqui há muita semelhança com o temporário, porém, o que caracteriza a atividade terceirizada é o fato de ser esta uma relação de meio e não de fim. Assim, a Súmula nº 331 do TST, que cuida desse tema bastante atual no Direito do Trabalho, dispõe que as atividades terceirizadas compreendem-se basicamente em serviços de higiene e vigilância, normalmente porque esses serviços não se tratam da atividadefim da empresa. segunda-feira, 27 de março de 2017 36 DIREITO DO TRABALHO COOPERATIVA Cooperativa é uma forma de união de esforços coordenados entre pessoas para a consecução de determinado fim. As sociedades cooperativas têm por finalidade a prestação de serviços aos associados para o exercício de uma atividade comum, econômica, sem que tenham objetivo de lucro. É uma estrutura de prestação de serviços voltada ao atendimento de seus associados sem finalidade lucrativa (art. 3º da Lei nº 5.764/71). segunda-feira, 27 de março de 2017 37 DIREITO DO TRABALHO COOPERATIVA A cooperativa de trabalho deverá enquadrar-se no regime jurídico estabelecido pela Lei nº 5.764/71, sob pena de ser autuada na forma do art. 1º, § 1º, da Portaria do Ministro de Estado do Trabalho nº 925/95. Assim, a cooperativa de trabalho deverá apresentar as seguintes características: segunda-feira, 27 de março de 2017 38 DIREITO DO TRABALHO COOPERATIVA a)número mínimo de vinte associados; b)capital variável, representado por quotas-partes, para cada associado, inacessíveis a terceiros, estranhos à sociedade; c)limitação do número de quota- partes para cada associado; d)singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, exceção feita às de crédito, optar pelo critério de proporcionalidade; segunda-feira, 27 de março de 2017 39 DIREITO DO TRABALHO COOPERATIVA e)quorum para as assembleias, baseado no número de associados e não no capital; f)retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às realizadas pelo associado; g)prestação de assistência ao associado; h)fornecimento de serviços a terceiros atendendo a seus objetivos sociais. segunda-feira, 27 de março de 2017 40 DIREITO DO TRABALHO COOPERATIVA - Princípio da cooperativa a)criação espontânea; b)independência e autonomia dos cooperados, que se sujeitam apenas aos estatutos; c)objetivo comum e solidariedade; d)autogestão; e)liberdade de filiação e desfiliação; e f)transparência nas atividades. segunda-feira, 27 de março de 2017 41 DIREITO DO TRABALHO COOPERATIVA - Como se tornar cooperado Para associar-se, o interessado preenche voluntariamente uma proposta fornecida pela cooperativa que é submetida ao Conselho de Administração. Aprovado a proposta, o candidato deverá subscrever quotas-partes de capital, ingressando na sociedade após a assinatura no livro de matrícula. segunda-feira, 27 de março de 2017 42 DIREITO DO TRABALHO COOPERATIVA - Como se tornar cooperado Essas quotas-partes são intransferíveis, não podem ser negociadas fora da sociedade nem dadas em garantia. A responsabilidade do associado vai até o limite das quotas-partes por ele subscritas. Normalmente, as cooperativas de trabalho cobram diretamente de seus associados uma taxa administrativa suficiente para cobrir despesas de funcionamento. segunda-feira, 27 de março de 2017 43 DIREITO DO TRABALHO COOPERATIVA - Como se tornar cooperado Todas as decisões de interesse dos cooperados, inclusive as relativas a taxas administrativas, são discutidas, votadas e aprovadas nas assembleias gerais dos associados. segunda-feira, 27 de março de 2017 44 DIREITO DO TRABALHO COOPERATIVA - Cooperativas de trabalho urbano São várias as denominações encontradas para esta modalidade de cooperativa, destacamos, dentre elas, as mais comuns: a) cooperativa de serviços; b) cooperativa de prestação de serviços; c) cooperativa de profissionais autônomos; d) cooperativa de mão de obra. segunda-feira, 27 de março de 2017 45 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO E REMUNERAÇÃO segunda-feira, 27 de março de 2017 46 DIREITO DO TRABALHO REMUNERAÇÃO - CONCEITO Para Sérgio Pinto Martins, "remuneração é o conjunto de retribuições recebidas habitualmente pelo empregado pela prestação de serviços, seja em dinheiro ou em utilidade, provenientes do empregador ou de terceiros, mas decorrentes do contrato de trabalho, de modo a satisfazer suas necessidades básicas e de sua família.”. Observe que a remuneração inclui retribuições de terceiros (gorjetas, conforme textualmente explicitado no art. 457 da CLT). segunda-feira, 27 de março de 2017 47 DIREITO DO TRABALHO REMUNERAÇÃO - CONCEITO 1.º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. § 2.º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado. segunda-feira, 27 de março de 2017 48 DIREITO DO TRABALHO REMUNERAÇÃO - CONCEITO § 3.º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. segunda-feira, 27 de março de 2017 49 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO MÍNIMO - CONCEITO Art. 76, da CLT - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.“ segunda-feira, 27 de março de 2017 50 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO MÍNIMO - CONCEITO Art. 76, da CLT - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.“ segunda-feira, 27 de março de 2017 51 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO CONCEITO Salário: é a contraprestação devida e paga diretamente pelo empregador ao empregado em função da relação empregatícia. segunda-feira, 27 de março de 2017 52 DIREITO DO TRABALHO PISO SALARIAL O piso salarial é o valor mínimo que pode ser pago a uma categoria profissional, ou a determinadas profissões dentro da mesma. segunda-feira, 27 de março de 2017 53 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO IN NATURA Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. segunda-feira, 27 de março de 2017 54 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO IN NATURA § 1.º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). § 2.º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: segunda-feira, 27 de março de 2017 55 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO IN NATURA I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; segunda-feira, 27 de março de 2017 56 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO IN NATURA III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V – seguros de vida e de acidentes pessoais; segunda-feira, 27 de março de 2017 57 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO IN NATURA VI – previdência privada; VII – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) § 3.º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. segunda-feira, 27 de março de 2017 58 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO IN NATURA § 4.º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. segunda-feira, 27 de março de 2017 59 DIREITO DO TRABALHO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE São consideradas insalubres as atividades ou operações que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados pelo Ministério do Trabalho, em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. segunda-feira, 27 de março de 2017 60 DIREITO DO TRABALHO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE Pode ocorrer de o empregado desempenhar função simultaneamente insalubre e perigosa; em tal caso, o empregado deverá optar pelo adicional que entenda ser-lhe mais favorável, não lhe sendo reconhecido, pelos tribunais, o direito de receber os dois adicionais. Deve-se considerar que o percentual referente ao adicional de insalubridade será aplicado sobre o valor do salário mínimo, havendo correntes doutrinárias e sindicatos que entendem que tal percentual deva ser aplicado sobre o valor do piso salarial da categoria. segunda-feira, 27 de março de 2017 61 DIREITO DO TRABALHO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE O adicional será devido ao empregado que trabalha em ambiente considerado insalubre, podendo ser de 10% (mínimo), 20% (médio) e 40% (máximo), tendo como base de cálculo o salário mínimo (De acordo com recente jurisprudência, a base do cálculo é o salário base da categoria e não o mínimo). É regrado pelo art. 192 da CLT. segunda-feira, 27 de março de 2017 62 DIREITO DO TRABALHO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE O adicional de insalubridade integra o salário do trabalhador para todos os efeitos legais, devendo ser computado no cálculo das férias, 13º salário e FGTS. A integração do adicional à remuneração das férias é devida posto que o valor recebido pelo empregado, quando sai de férias corresponde ao salário que o empregador antecipa ao empregado, por força do artigo 145 da CLT, segunda-feira, 27 de março de 2017 63 DIREITO DO TRABALHO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE Da mesma forma no que se refere ao 13º salário, o qual tem por base o valor dos proventos do mês de dezembro. Percebendo o Empregado o adicional de insalubridade, deverá ser computado também no cálculo da gratificação natalina. segunda-feira, 27 de março de 2017 64 DIREITO DO TRABALHO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE Devido ao empregado que presta serviços em contato permanente com explosivos ou inflamáveis em condições de risco acentuado (art. 193 - CLT), na proporção de 30% sobre o salário contratual, ou seja, não contam os adicionais, participações nos lucros, etc. Os serviços considerados perigosos são enumerados na NR-16 do Ministério do Trabalho. segunda-feira, 27 de março de 2017 65 DIREITO DO TRABALHO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE Devido ao empregado que presta serviços em contato permanente com explosivos ou inflamáveis em condições de risco acentuado (art. 193 - CLT), na proporção de 30% sobre o salário contratual, ou seja, não contam os adicionais, participações nos lucros, etc. Os serviços considerados perigosos são enumerados na NR-16 do Ministério do Trabalho. segunda-feira, 27 de março de 2017 66 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO COMPLESSIVO Salário complessivo é o pagamento ao empregado de um valor remuneratório englobando vários direitos. Ou seja, é o pagamento de uma determinada importância para remunerar o salário ordinário, hora extra e adicional noturno sem discriminar o valor que está sendo pago a cada título. Isto não permite que o empregado possa identificar e conferir a exatidão do pagamento que está sendo efetuado. segunda-feira, 27 de março de 2017 67 DIREITO DO TRABALHO SALÁRIO COMPLESSIVO O artigo 464 da CLT atribui ao empregador o ônus da comprovação do correto pagamento o que pressupõe a identificação de cada parcela paga. segunda-feira, 27 de março de 2017 68 DIREITO DO TRABALHO EQUIPARAÇÃO SALARIAL A legislação garante ao trabalhador igualdade de salário de outro trabalhador que exerce para o mesmo empregador, na mesma localidade, a mesma função com diferença não superior a dois anos, desde que com a mesma produtividade e com a mesma perfeição técnica. (CF, art. 7o, XXX, CLT art. 461). segunda-feira, 27 de março de 2017 69 DIREITO DO TRABALHO EQUIPARAÇÃO SALARIAL Quando o empregador adota o programa de quadro de carreira (cargos e salários), devidamente homologado pelo ministério do trabalho, não sofrerá com o disposto no parágrafo anterior, devendo cumprir o estabelecido no programa. segunda-feira, 27 de março de 2017 Parei aqui 12/09/2016 70 DIREITO DO TRABALHO PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS O direito de todos os empregados à participação nos lucros e resultados desvinculada da remuneração está prevista na Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XI. . segunda-feira, 27 de março de 2017 71 DIREITO DO TRABALHO PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS O direito de todos os empregados à participação nos lucros e resultados desvinculada da remuneração está prevista na Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XI. . segunda-feira, 27 de março de 2017 72 DIREITO DO TRABALHO . segunda-feira, 27 de março de 2017 SITUAÇÕES RESPOSTAS FUNDAMENTO LEGAL Quaisas formas de PLR? O programa pode ser implementado baseado no lucro (PPL) ou nos resultados (PPR) Art.1º da Lei n. 10.101/2000 Qual a sua natureza jurídica? Natureza não salarial, sem encargos legais para o empregador Art. 7º, XI, da CF e art. 3º, caput,da Lei n. 10.101/2000 Há algum tratamento tributário especial? Sim,pode ser abatido como despesa operacional para empresas que adotem tributação pelo lucro real. art. 3º, parágrafo 1ºda Lei n. 10.101/2000 Qual é a forma exigida em lei para implementação de um programa de PLR? Duas formas de negociação: a) comissão escolhida pelas partes, integrada, também,por um representante indicado pelo Sindicato da respectiva categoria; ou b) convenção coletiva ou acordo coletivo. art. 2º, caput,da Lei n. 10.101/2000 73 DIREITO DO TRABALHO . segunda-feira, 27 de março de 2017 SITUAÇÕES RESPOSTAS FUNDAMENTO LEGAL Quaissão os critérios para implementação de um programa de PLR? Regras claras e objetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado,periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo. art. 2º, parágrafo 1º,da Lei n. 10.101/2000 Qual é a periodicidade mínima? O pagamento não pode ser inferior a um semestre civil, ou seja, duas vezes no mesmo ano civil. art. 3º, parágrafo 2ºda Lei n. 10.101/2000 A periodicidade mínima legal pode ser negociada mediante negociação coletiva? Sim, temos o caso precedente da Volks, que permitiu pagamento de PLR mensal prestigiandoa negociação coletiva. OJ – Orientação Jurisprudencial 71 da SDI-I do TST O empregado tem direito ao pagamento de PLR proporcionalaos meses trabalhados caso seu contrato seja extinto antes do término do programa Sim, por respeito ao princípio constitucionalda isonomina, uma vez que o empregado concorreu para os resultados positivos da empresa. OJ – Orientação Jurisprudencial 390 da SDI-I do TST 74 DIREITO DO TRABALHO PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS O direito de todos os empregados à participação nos lucros e resultados desvinculada da remuneração está prevista na Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XI. . segunda-feira, 27 de março de 2017 75 DIREITO DO TRABALHO NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR A Lei Federal n. 12.832, publicada em 21 de junho de 2013, alterou as disposições sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa, e passa a valer desde 1º de janeiro deste ano. segunda-feira, 27 de março de 2017 76 DIREITO DO TRABALHO NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR Com a nova lei, se não for por meio de convenção ou acordo coletivo, a negociação a respeito da participação nos lucros ou resultados deverá ser feita por comissão paritária escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria. A legislação, portanto, passa a exigir que a comissão seja formada em pé de igualdade pela empresa e os empregados, condição que não existia antes. segunda-feira, 27 de março de 2017 77 DIREITO DO TRABALHO NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR A nova lei também prevê que o programa de participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados não pode estipular metas referentes à saúde e segurança no trabalho como critério e condição, o que vai demandar a revisão dos acordos por parte das empresas que se valem de tais situações como metas. segunda-feira, 27 de março de 2017 78 DIREITO DO TRABALHO NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR Outra mudança provocada pela nova lei diz com a periodicidade do pagamento da PLR. Passa a ser vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa em mais de duas vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a um trimestre civil. segunda-feira, 27 de março de 2017 79 DIREITO DO TRABALHO NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR Vale lembrar que o descumprimento dessas regras descaracteriza a PLR, o que pode resultar na autuação por parte da Receita Federal do Brasil, que pode exigir do empregador o pagamento das contribuições previdenciárias sobre os valores pagos a título de PLR. Daí a importância das empresas reverem seus programas de PLR, para adequá-los à nova lei. segunda-feira, 27 de março de 2017 80 DIREITO DO TRABALHO NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR Quanto a questão da tributação dos trabalhadores, a nova lei basicamente ratificou as alterações introduzidas pela Medida Provisória nº 597/2012, vale dizer, os valores recebidos a título de PLR serão tributados pelo imposto sobre a renda exclusivamente na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos, no ano do recebimento ou crédito, com base na tabela progressiva anual, sendo que pela tabela vigente a alíquota é zero para o recebimento de até R$ 6.000,00. segunda-feira, 27 de março de 2017 81 DIREITO DO TRABALHO GRATIFICAÇÃO NATALINA – 13º SALÁRIO Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus. § 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. § 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior. segunda-feira, 27 de março de 2017 82 DIREITO DO TRABALHO GRATIFICAÇÃO NATALINA – 13º SALÁRIO § 3º - A gratificação será proporcional: (Incluído pela Lei nº 9.011, de 1995) I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra, ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e (Incluído pela Lei nº 9.011, de 1995) II - na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria do trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro. (Incluído pela Lei nº 9.011, de 1995) segunda-feira, 27 de março de 2017 83 DIREITO DO TRABALHO GRATIFICAÇÃO NATALINA – 13º SALÁRIO Art. 2º - As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas para os fins previstos no § 1º do art. 1º desta Lei. Art. 3º - Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o empregado receberá a gratificação devida nos termos dos parágrafos 1º e 2º do art. 1º desta Lei, calculada sobre a remuneração do mês da rescisão. segunda-feira, 27 de março de 2017 84 DIREITO DO TRABALHO MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS O pagamento do salário mensal deve ser efetuado até o 5° dia útil do mês subsequente ao vencido, salvo critério mais favorável previsto e documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional. A contagem dos dias, para efeito de determinar o prazo de pagamento dos salários, deve ser considerado o sábado, excluindo o domingo e feriados, inclusive o municipal. segunda-feira, 27 de março de 2017 85 DIREITO DO TRABALHO MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS Existem três formas de pagamentos de salários: Pagamento em Dinheiro. O salário deve ser pago em dinheiro. O pagamento deve ser feito em moeda corrente do País. O pagamento feito em moeda estrangeira é considerado pagamento não efetuado. Artigo 463 e parágrafo da CLT. segunda-feira, 27 de março de 2017 86 DIREITO DO TRABALHO MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS Pagamento em Cheque: As empresas situadas em perímetro urbano, com o consentimento do empregado, poderão efetuar o pagamento através de cheque. segunda-feira, 27 de março de 2017 87 DIREITO DO TRABALHO MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS Nesse caso o empregador é obrigado a assegurar ao empregado horário que permita o desconto imediato do cheque, transporte, caso o estabelecimento de crédito seja distante para, assim, evitar qualquer atraso no recebimento. O cheque tem que ser nominal e não cruzado, para que o empregado possa sacar o salário imediatamente. segunda-feira, 27 de março de 2017 88 DIREITO DO TRABALHO MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS Depósito bancário – Transferência de Valores Também com o consentimento do empregado, a empresa, situada em perímetro urbano, poderá efetuar o pagamento de salário através de deposito bancário. segunda-feira, 27 de março de 2017 89 DIREITO DO TRABALHO MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS A conta bancaria tem que ser aberta em nome do empregado e para o devido fim, em estabelecimento próximo ao local de trabalho. É assegurado ao empregado horário para que este possa efetuar o saque do salário junto a sua conta, como também transporte, caso haja necessidade. segunda-feira, 27 de março de 2017 90 DIREITO DO TRABALHO IRREDUTIBILIDADE SALARIAL O princípio da irredutibilidade salarial visa garantir que o empregado não tenha o seu salário reduzido pelo empregador, durante todo o período que perdurar o contrato de trabalho. Tal medida visa assegurar estabilidade econômica para o trabalhador segunda-feira, 27 de março de 2017 91 DIREITO DO TRABALHO IRREDUTIBILIDADE SALARIAL Porém de acordo com o artigo 7º, Inciso VI, da Constituição Federal, prevê uma exceção que permite a flexibilização das condições de trabalho, que podem acarretar em redução salarial. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; segunda-feira, 27 de março de 2017 92 DIREITO DO TRABALHO EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E DESVISO DE FUNÇÃO Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 anos (art. 461 da CLT). segunda-feira, 27 de março de 2017 93 DIREITO DO TRABALHO EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E DESVISO DE FUNÇÃO Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquele que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente, ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante (art. 460 da CLT). segunda-feira, 27 de março de 2017 94 DIREITO DO TRABALHO EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E DESVISO DE FUNÇÃO A equiparação salarial demanda uma série de requisitos: Identidade de função: não se deve confundir função com cargo, já que há empregados com o mesmo cargo e funções diferentes. Exemplo: os professores universitários e primários têm o mesmo cargo, mas a função (atribuição) é diferente. segunda-feira, 27 de março de 2017 95 DIREITO DO TRABALHO EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E DESVISO DE FUNÇÃO A equiparação salarial demanda uma série de requisitos: Que o serviço seja de igual valor: é aquele prestado com igual produtividade e a mesma perfeição técnica. Que o serviço seja prestado ao mesmo empregador, conceituado pelo art. 2º, da CLT. . segunda-feira, 27 de março de 2017 96 DIREITO DO TRABALHO EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E DESVISO DE FUNÇÃO A equiparação salarial demanda uma série de requisitos: Que o serviço seja prestado na mesma localidade: compreende o mesmo município, já que as condições locais podem influir no desnivelamento da remuneração . segunda-feira, 27 de março de 2017 97 DIREITO DO TRABALHO EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E DESVISO DE FUNÇÃO A equiparação salarial demanda uma série de requisitos: Que não haja diferença do tempo de serviço entre os empregados da mesma função superior a dois anos - se o tempo de serviço na função for superior a dois anos, impossibilita a equiparação. segunda-feira, 27 de março de 2017 98 DIREITO DO TRABALHO EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E DESVISO DE FUNÇÃO Sendo assim, em caso de reclamação trabalhista, ainda que haja idêntica função, igual valor no serviço prestado ao mesmo empregador e mesma localidade, se não houve prestação de serviços simultaneamente entre o reclamante e o equiparado, não há equiparação salarial. segunda-feira, 27 de março de 2017 99 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO UNILATERAL E BILATERAL O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado entre o empregador e empregado. segunda-feira, 27 de março de 2017 100 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Conforme dispõe o art. 444 da CLT as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre negociação das partes interessadas em tudo quanto não seja contrária às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. segunda-feira, 27 de março de 2017 101 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO No entanto, o art. 468 da CLT determina que nos contratos individuais de trabalho só seja licita a alteração das respectivas condições, por mútuo consentimento, e ainda assim, desde que não resultem direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. segunda-feira, 27 de março de 2017 102 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Esta nulidade está prevista no art. 9º da CLT o qual estabelece que os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na Consolidação das Leis do Trabalho, ou seja, as garantias ao empregado nela previstas, serão nulos de pleno direito. segunda-feira, 27 de março de 2017 103 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Os dispositivos citados asseguram a liberdade de contratação das partes, resguardando as alterações contratuais de forma arbitrária por parte do empregador. Assim, as alterações devem decorrer da manifestação da vontade das partes e, ainda assim, não poderá, em hipótese alguma, ocasionar qualquer prejuízo direto ou indireto ao empregado. segunda-feira, 27 de março de 2017 104 DIREITO DO TRABALHO Jus variandi e o Jus resistentiae o "jus variandi" é o direito que possui o empregador de alterar unilateralmente, somente em casos excepcionais, as condições de trabalho de seus empregados. Tal variação decorre do poder de direção do empregador. segunda-feira, 27 de março de 2017 105 DIREITO DO TRABALHO Jus variandi e o Jus resistentiae Exemplos: a alteração do horário noturno para o diurno, sem que haja necessidade do pagamento do adicional noturno, uma vez que se trata de hipótese de "jus variandi" extraordinário do empregador. segunda-feira, 27 de março de 2017 106 DIREITO DO TRABALHO Jus variandi e o Jus resistentiae Ressalte-se por oportuno, que há limites para o exercício válido do "jus variandi". Havendo abuso no seu exercício, o empregado pode se opor, valendo-se do chamado direito de resistência ("jus resistentiae"). segunda-feira, 27 de março de 2017 107 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Qualquer alteração contratual, conforme art. 468 da CLT, deve observar os seguintes requisitos: Mútuo consentimento (concordância) das partes; Que da alteração o empregado não sofra nenhum prejuízo, direta ou indiretamente, não só pecuniários, mas de qualquer natureza (como benefícios, jornada de trabalho, vantagens, saúde e segurança e etc.) anteriormente garantidos. segunda-feira, 27 de março de 2017 Parei aqui conceição – 27.04.2016 108 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Portanto, qualquer alteração em desconformidade com os requisitos acima não produzirão qualquer efeito no contrato de trabalho. segunda-feira, 27 de março de 2017 109 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Embora pareça que o empregador esteja restrito a qualquer alteração do contrato, caso este mantenha a essência do contrato de trabalho, há alterações contratuais que são possíveis, ainda que a vontade seja exclusiva do empregador. segunda-feira, 27 de março de 2017 110 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO A CLT estabelece algumas condições lícitas em que o empregador poderá alterar o contrato de trabalho, a saber: mudança do local de trabalho desde que não se caracterize a transferência, ou seja, desde que não haja a mudança de domicílio do empregado; mudança de horário (de manhã para tarde ou de noturno para diurno); segunda-feira, 27 de março de 2017 111 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO alteração de função, desde que não represente rebaixamento para o empregado; transferência para localidade diversa da qual resultar do contrato no caso do empregado que exerça cargo de confiança; transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado; segunda-feira, 27 de março de 2017 112 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO transferência do empregado para localidade diversa da qual resultar do contrato quando desta decorra necessidade do serviço, sob pagamento suplementar, nunca inferior a 25% do salário; segunda-feira, 27 de março de 2017 113 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO O empregador deve se atentar para as alterações que decorrem da sua liberalidade ou simples falta de atenção em relação ao que foi contratado e o que de fato acontece, já que o princípio da "Primazia da Realidade" (um dos princípios do Direito do Trabalho), dispõe que havendo divergência entre a realidade fática e a realidade de documentos e acordos, prevalece o mundo dos fatos. segunda-feira, 27 de março de 2017 114 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Assim, se um empregado contratado para trabalhar 44 horas semanais (mundo das formas) acaba trabalhando somente 36 horas (mundo dos fatos) por liberalidade ou por prática do empregador, entende-se que houve uma alteração tácita de contrato de trabalho por vontade exclusiva do empregador. segunda-feira, 27 de março de 2017 115 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Neste caso, o empregador não poderá mais alterar o contrato de trabalho deste empregado ou exigir que este trabalhe 44 semanais, sem que haja o aumento proporcional do salário em razão das horas trabalhadas, uma vez que poderá caracterizar prejuízos ao empregado, situação em que a alteração será considera nula perante a Justiça do Trabalho. segunda-feira, 27 de março de 2017 116 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Suspensão - cessação provisória e total dos efeitos do Contrato de Trabalho. Efeitos - Na suspensão o contrato continua em pleno vigor mas não conta o tempo de serviço e não há remuneração. segunda-feira, 27 de março de 2017 117 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Interrupção - cessação parcial e provisória do Contrato de Trabalho. Efeitos: Como a cessação é parcial, continua a contar o tempo de serviço e percebendo a remuneração. segunda-feira, 27 de março de 2017 118 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Exemplos de hipóteses de suspensão - Auxílio doença após 15 dias; Aposentadoria provisória por Invalidez; Aborto Criminoso; Greve legal/legítima; Licença não remunerada; Mandato Sindical. segunda-feira, 27 de março de 2017 119 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Exemplos de hipóteses de interrupção: Férias; Aviso prévio não trabalhado; Licença-Maternidade.; Auxílio doença - Primeiros 15 dias. Casamento. Licença-paternidade. Falecimento do Cônjuge; Doação de sangue; Alistamento Militar; Jurado; Acidente do trabalho (Não percebe salário, mas o período é computado no tempo de serviço, logo é interrupção). segunda-feira, 27 de março de 2017 120 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Limitação do tempo de trabalho: No Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988, a jornada de trabalho sofreu novas alterações. Art. 7º inciso XIII – “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. segunda-feira, 27 de março de 2017 Parei aqui em interlagos 02.05 121 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO A CF 1988 art. 7º inciso XIII e CLT art. 58, passaram a determinar que a jornada de trabalho não ultrapassasse as 8 horas diárias e 44 horas semanais. Importante: para se compor as horas trabalhadas por dia, não se deve computar o período de intervalo concedido ao empregado. (art. 71, § 2º, da CLT). segunda-feira, 27 de março de 2017 122 DIREITO DO TRABALHO ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Deve-se considerar que algumas atividades - ou por força de lei ou acordo coletivo -, possuem jornadas especiais, por exemplo: Bancários 6 horas; Telefonista 6 horas; Operadores cinematográficos 6 horas; Jornalista 5 horas ; Médico 4 horas; Radiologista 4 horas; Radialistas 6 horas. segunda-feira, 27 de março de 2017 123 DIREITO DO TRABALHO DURAÇÃO DO TRABALHO E PERÍODOS DE DESCANSO segunda-feira, 27 de março de 2017 124 DIREITO DO TRABALHO Trabalho de duração normal - Conceito Esta expressão, constante do artigo 7º, XIII, da Constituição, sinaliza a existência de um trabalho que não goza de qualquer privilégio legal ou contratual capaz de reduzir a dimensão de sua duração. Trata-se de uma dimensão ordinária, ou seja, comum, padrão. Inclui-se nesse conceito também a ideia de que “trabalho normal” é o trabalho ainda não realizado de modo extraordinário, ou seja, a atividade desenvolvida dentro dos limites legais ou contratuais exigíveis. segunda-feira, 27 de março de 2017 125 DIREITO DO TRABALHO Trabalho de duração normal - Conceito Nesses termos, em oposição à duração do “trabalho normal”, existe a duração de trabalho especial, assim qualificado aquele que, por sua natureza ou por seu método de aplicação, mereceu tratamento diferenciado Exemplo: o trabalho realizado em turno ininterrupto de revezamento, conforme o art. 7º, XIV, da Constituição. De igual modo, entende-se como trabalho especial aquele que, pelo reconhecimento (legal ou contratual) de desgaste na execução das tarefas, foi contemplado com a redução da jornada. . segunda-feira, 27 de março de 2017 126 DIREITO DO TRABALHO Duração - Conceito Segundo o art. 7º, XIII, da Constituição, é direito do trabalhador urbano ou rural, além de outros (criados por lei ou por contrato) que visem à melhoria de sua condição social, “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais”. A dimensão padrão para o chamado “trabalho normal” é a de oito horas diárias e quarenta e quatro semanais. segunda-feira, 27 de março de 2017 127 DIREITO DO TRABALHO Duração - Conceito Admite-se, evidentemente, alteração contratual tendente a oferecer jornada inferior a oito horas, bastando que o tomador de serviços insira essa “melhoria” (caput do art. 7º da Constituição) na vida do trabalhador. Se, entretanto, a redução da jornada vier acompanhada de redução do salário, será indispensável a celebração de uma negociação coletiva. Parece ser essa, a propósito, a intenção do registro de, “redução da jornada”, constante do inciso XIII do art. 7º da Constituição. Perceba-se: segunda-feira, 27 de março de 2017 128 DIREITO DO TRABALHO Duração - Conceito Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...] XIII — duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; segunda-feira, 27 de março de 2017 129 DIREITO DO TRABALHO Duração - Conceito Veja, se a redução da jornada sem qualquer diminuição salarial, promovida por iniciativa contratual do patrão, é melhoria outorgada por via autônoma (conforme sugere o caput do art. 7º da Carta Magna), revela-se óbvia a conclusão no sentido de que a redução da jornada prevista no acima transcrito inciso XIII visa, cumulativamente, à redução do salário-base. segunda-feira, 27 de março de 2017 130 DIREITO DO TRABALHO Definição do salário por hora normal trabalhada Se o trabalhador teve seu salário estipulado com base em unidade de tempo mensal (por exemplo, foi contratado para receber R$ 880,00 mensais), deve-se dividir o valor do salário. Exemplo Salário R$ 880,00 por 220 horas, que constitui a quantidade de horas trabalhadas por um operário submetido à dimensão horária normal (oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais). No caso específico, R$ 880,00 divididos por 220 horas geram como resultado o salário-hora de R$ 4,00. segunda-feira, 27 de março de 2017 131 DIREITO DO TRABALHO Definição do salário por hora normal trabalhada Como é que se chegou ao divisor 220? Como esse número foi obtido? É obtido a partir da divisão do número de horas efetivamente trabalhadas durante a semana (no caso específico, são quarenta e quatro horas) pelo número de dias de trabalho (no caso seis dias, haja vista o trabalho desenvolvido de segunda a sábado). segunda-feira, 27 de março de 2017 132 DIREITO DO TRABALHO Definição do salário por hora normal trabalhada Assim, dividindo-se 44 horas de trabalho por 6 dias da semana, tem-se como resultado 7,33 horas. Multiplicando-se essas horas por 30, que é o número médio de dias que um mês tem, obtém-se o divisor 220. E, assim por diante... segunda-feira, 27 de março de 2017 Assim, dividindo-se 44 horas de trabalho por 6 dias da semana, tem-se como resultado 7,33 horas. Multiplicando-se essas horas por 30, que é o número médio de dias que um mês tem, obtém-se o divisor 220. 133 DIREITO DO TRABALHO Trabalho de duração especial - Conceito A expressão “trabalho de duração especial” sinaliza a existência de um labor privilegiado com dimensão menor (e, consequentemente, melhor) do que aquela outorgada aos trabalhadores em geral. Trata-se de uma dimensão extraordinária, ou seja, incomum, particular, peculiar, motivada por um conjunto de circunstâncias diferenciadas. segunda-feira, 27 de março de 2017 Assim, dividindo-se 44 horas de trabalho por 6 dias da semana, tem-se como resultado 7,33 horas. Multiplicando-se essas horas por 30, que é o número médio de dias que um mês tem, obtém-se o divisor 220. 134 DIREITO DO TRABALHO Duração Por um fracionamento do tempo: a proporcionalidade é influente na caracterização de um trabalho de duração especial quando o ajuste contratual por tempo integral é tornado parcial. Isso acontece na contratação sob o regime de tempo parcial. segunda-feira, 27 de março de 2017 135 DIREITO DO TRABALHO Duração Por uma ponderação em torno da variação dos turnos de trabalho: o desequilíbrio do relógio biológico é também significativo para determinar a adoção de uma duração do trabalho mais favorável do que a normalmente adotada. Essa duração especial é garantida, nos termos do art. 7º, XIV, da Constituição da República, sob o rótulo do turno ininterrupto de revezamento. segunda-feira, 27 de março de 2017 136 DIREITO DO TRABALHO Duração Por uma conquista pessoal do trabalhador ou de sua categoria: a duração do trabalho em dimensão especial pode, também, ser fruto de uma conquista pessoal do trabalhador em negociação direta empreendida com seu patrão. segunda-feira, 27 de março de 2017 137 DIREITO DO TRABALHO Regime de tempo parcial Considera-se trabalho em regime de tempo parcial (part time) aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. Ver regra das férias (Direito Trabalho II) Artigos 130 - A e 143 parágrafo 3º. segunda-feira, 27 de março de 2017 138 DIREITO DO TRABALHO Regime de tempo parcial Destaque-se que o salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral (full time). Por isso não se pode admitir que os empregados sob o regime de tempo parcial trabalhem em horas suplementares. Se isso acontecesse, eles acabariam recebendo remuneração superior à dos empregados em tempo integral (note-se que cada hora excedente seria acrescida de 50%), ferindo o princípio da isonomia. segunda-feira, 27 de março de 2017 139 DIREITO DO TRABALHO Regime de tempo parcial Se um empregador contrata empregado sob o regime de tempo parcial (ou altera o contrato de emprego deste de full time para part time) e lhe outorga horas extraordinárias, incorrerá na nulidade do ajuste proporcional, por força do disposto no art. 9º, da CLT. Enfim, são nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos da CLT. segunda-feira, 27 de março de 2017 140 DIREITO DO TRABALHO Regime de tempo parcial Como consequência da nulidade, o salário-hora do empregado supostamente sob o regime de tempo parcial seria maior do que o atribuído aos demais empregados sob o regime de tempo integral: as horas extraordinárias que foram indevidamente atribuídas ao suposto integrante do regime de tempo parcial haveriam de ser agregadas ao salário-base, e este aumentaria consequentemente de dimensão. Aberta estaria, portanto, a possibilidade de os trabalhadores sob o regime de tempo integral da empresa que incorresse na infração acima expendida pedirem o pagamento da diferença salarial sob o fundamento da violação ao princípio da isonomia salarial. . segunda-feira, 27 de março de 2017 141 DIREITO DO TRABALHO E como é que se pode ingressar num regime de tempo parcial? Para os já contratados sob o regime de tempo integral (aqueles que já estão na empresa, vale dizer, “atuais empregados”), a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante o empregador na forma prevista em acordo coletivo ou em convenção coletiva, parágrafo 2º do Artigo 58-A da CLT. Perceba-se, assim, que somente é possível trocar de regime — de tempo integral para tempo parcial — mediante negociação coletiva. Isso acontece porque o texto constitucional somente admite a redução dos mais preciosos núcleos do contrato de emprego — do salário (art. 7º, VI) e da jornada (art. 7º, XIII) — mediante a interveniência obrigatória da entidade sindical da categoria profissional. . segunda-feira, 27 de março de 2017 142 DIREITO DO TRABALHO E como é que se pode ingressar num regime de tempo parcial? Para os novos empregados não é imposta esta exigência (de prévia negociação coletiva para fins de contratação em regime de tempo parcial), vale dizer, estes podem ser contratados por tempo parcial independentemente de previsão em norma coletiva, estando incluídos no âmbito dessa autorização os “novos empregados” domésticos. . segunda-feira, 27 de março de 2017 Parei aqui Conceição 11/05/2016 143 DIREITO DO TRABALHO E como é que se pode ingressar num regime de tempo parcial? Outro detalhe importante diz respeito à possibilidade de ser estabelecida uma proporcionalidade em relação ao salário mínimo. Nesse sentido, Orientação Jurisprudencial 358 da SDI-1 do TST segunda-feira, 27 de março de 2017 144 DIREITO DO TRABALHO Comportamento vedados no regime parcial Não podem prestar horas extras (Artigo 59 parágrafo 4º da CLT). Não poderão converter 1/3 férias – Abono pecuniário ( artigo 143, parágrafo 3º, da CLT. segunda-feira, 27 de março de 2017 145 DIREITO DO TRABALHO LIMITAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO: FUNDAMENTOS E OBJETIVOS Duração do Trabalho, Jornada de Trabalho e horário de trabalho Estas expressões geram muitas confusões conceituais, motivo por que precisam estar bem identificadas. segunda-feira, 27 de março de 2017 146 DIREITO DO TRABALHO Duração do Trabalho Definição: É o tempo de labor legalmente outorgado ou contratualmente oferecido a um empregado, exemplos: Bancários..............6 diárias 36 semanais e 180 mensais “Normais”..............8 diárias 44 semanais e 220 mensais segunda-feira, 27 de março de 2017 147 DIREITO DO TRABALHO Jornada de Trabalho definição: É o tempo que o empregado permanece à disposição do empregador durante um dia . Observações importantes: Toda jornada é obviamente diária; Jamais poderemos falar em jornada semanal ou mensal, porque a jornada somente diz respeito a ao dia, nunca a semana ou mês. segunda-feira, 27 de março de 2017 148 DIREITO DO TRABALHO Horário de Trabalho definição: É a duração do trabalho com seus limites bem especificados, inclusive com a fixação dos intervalos. Exemplo: Empregado qualquer trabalha das 08h00 às 17h00 com 01h00 hora de intervalo para refeição e descanso, sendo das 12h00 às 13h00. segunda-feira, 27 de março de 2017 149 DIREITO DO TRABALHO HORAS DE SERVIÇO EFETIVO REAL E HORAS DE SERVIÇO EFETIVO FICTO: HORAS IN ITINERE Denomina-se serviço efetivo real todo período em que o empregado se encontra à disposição do empregador, dentro do horário de trabalho, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. segunda-feira, 27 de março de 2017 150 DIREITO DO TRABALHO HORAS DE SERVIÇO EFETIVO REAL E HORAS DE SERVIÇO EFETIVO FICTO: HORAS IN ITINERE Artigo 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. segunda-feira, 27 de março de 2017 151 DIREITO DO TRABALHO HORAS DE SERVIÇO EFETIVO REAL E HORAS DE SERVIÇO EFETIVO FICTO: HORAS IN ITINERE Assim, independentemente de realizar a tarefa para a qual contratado, o empregado estará efetivamente em serviço sempre que permanecer aguardando ordens de execução. segunda-feira, 27 de março de 2017 152 DIREITO DO TRABALHO HORAS DE ITINERÁRIO NÃO COMPUTÁVEIS NA JORNADA segunda-feira, 27 de março de 2017 153 DIREITO DO TRABALHO Professor Reginaldo Silva Contatos: Celular: (11) | 9.7999-4267 Twitter: @SReginaldoadv E-mail: silva.Reginaldo@aasp.org.br segunda-feira, 27 de março de 2017 154 DIREITO DO TRABALHO HORAS DE ITINERÁRIO NÃO COMPUTÁVEIS NA JORNADA Em regra o tempo despendido pelo empregado no trajeto residência/trabalho/residência, por qualquer meio de transporte, não é computado como jornada de trabalho. A lei, aliás, é bem clara. Veja-se o teor da primeira parte do § 2º do art. 58 da CLT: segunda-feira, 27 de março de 2017 155 DIREITO DO TRABALHO HORAS DE ITINERÁRIO COMPUTÁVEIS NA JORNADA Passa a ter direito a horas de itinerário se o seu horário de trabalho (de início e/ou término da jornada) fosse incompatível com o horário do transporte público. segunda-feira, 27 de março de 2017 156 DIREITO DO TRABALHO HORAS DE ITINERÁRIO COMPUTÁVEIS NA JORNADA Isto aconteceria se as atividades da terminassem em horário em que não existisse o tal transporte público. Observação: a mera insuficiência dos transportes não bastaria para este fim. Neste sentido, a Súmula 90, II e III, do TST: segunda-feira, 27 de março de 2017 157 DIREITO DO TRABALHO PRONTIDÃO OU RESERVA caracteriza-se pela circunstância de o empregado permanecer, fora de seu horário habitual de trabalho, nas dependências do empregador ou em local por ele determinado, aguardando ordens de serviço. segunda-feira, 27 de março de 2017 158 DIREITO DO TRABALHO PRONTIDÃO OU RESERVA O empregador que estabelece escala de prontidão para seus empregados fica obrigado apenas a pagar-lhes um percentual sobre as horas de mera expectativa, vale dizer, a retribuir-lhes o tempo que permaneceram na espera pelo chamado de um labor efetivo. Aquele que está em prontidão é remunerado, independentemente de ser chamado para o serviço efetivo, pelas horas de expectativa na sede do empregador ou em local por ele determinado, à razão de 2/3 do salário-hora. segunda-feira, 27 de março de 2017 159 DIREITO DO TRABALHO PRONTIDÃO OU RESERVA Artigo 244 da CLT Parágrafo 3º - Considera-se de “prontidão” o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal. segunda-feira, 27 de março de 2017 160 DIREITO DO TRABALHO PRONTIDÃO OU RESERVA Artigo 244 da CLT Parágrafo 4º - Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado, houver facilidade de alimentação, as doze horas de prontidão, a que se refere o parágrafo anterior, poderão ser contínuas. Quando não existir essa facilidade, depois de seis horas de prontidão, haverá sempre um intervalo de uma hora para cada refeição, que não será, nesse caso, computada como de serviço. segunda-feira, 27 de março de 2017 161 DIREITO DO TRABALHO SOBREAVISO O sobreaviso estará caracterizado pelo fato de o empregado permanecer, fora de seu horário habitual de trabalho, em sua própria casa ou onde entenda por bem estar, aguardando, a qualquer momento, um chamado para o serviço. Esse chamado (previamente ajustado gerando uma expectativa real de ser interrompido das atividades familiares ou de lazer) pode ser realizado por qualquer meio de comunicação. segunda-feira, 27 de março de 2017 162 DIREITO DO TRABALHO SOBREAVISO O empregador que submete seus empregados a uma escala de sobreaviso fica obrigado, tal qual no regime de prontidão, a pagar-lhes apenas um percentual sobre elas incidente, retribuinte da mera expectativa de serem chamados a trabalhar. Aquele que está em sobreaviso é remunerado, independentemente de ser chamado para o serviço efetivo, pelas horas de expectativa em sua residência ou onde ele bem entenda estar, à razão de 1/3 do salário normal. segunda-feira, 27 de março de 2017 163 DIREITO DO TRABALHO SOBREAVISO Note-se, ainda, que as horas de sobreaviso e as de prontidão, se noturnas, não hão de ser contadas com a observância da redução ficta do horário noturno, tampouco remuneradas com qualquer adicional. Afirma-se isso porque tais horas (de sobreaviso e de prontidão) são de expectativa, e não de efetiva prestação de serviços. segunda-feira, 27 de março de 2017 164 DIREITO DO TRABALHO SOBREAVISO Decorrendo de simples expectativa, as horas de sobreaviso e de prontidão se sobrepõem aos intervalos interjornada ou intersemanais. A violação a esses intervalos somente acontecerá se o trabalhador for efetivamente chamado a atender alguma emergência em decorrência do sobreaviso ou da prontidão. Nessa circunstância as horas trabalhadas são entendidas como horas normais de serviço, inclusive para fins de aplicação da redução ficta do horário noturno e dos adicionais de horas noturnas ou extraordinárias. . segunda-feira, 27 de março de 2017 165 DIREITO DO TRABALHO SOBREAVISO A despeito da possível sobreposição de horas de sobreaviso ou de prontidão aos intervalos interjornadas ou intersemanais, terá o empregado que se mantiver em tais situações nos dias destinados a descanso o direito de receber as horas de expectativa em valor dobrado. Esse posicionamento decorre da aplicação análoga do art. 9º da Lei n. 605/49 e do entendimento contido na Súmula 146 do TST. O TST tem decidido nesse sentido. segunda-feira, 27 de março de 2017 166 DIREITO DO TRABALHO SOBREAVISO É de vinte e quatro, consoante a CLT, o número máximo de horas seguidas de sobreaviso, por escala. Nesse sentido, parágrafo 2º do artigo 244, da CLT e súmulas 132, II (periculosidade sobreaviso) e 428, II (controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados) do TST. Importante ! Verificar o conteúdo da sumula 428, I, do TST. segunda-feira, 27 de março de 2017 167 DIREITO DO TRABALHO SOBREAVISO Considera-se de “sobreaviso” o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de “sobreaviso” será, no máximo, de 24 (vinte e quatro) horas. As horas de “sobreaviso”, para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal. Observe-se que somente as horas efetivamente prestadas sujeitam o empregador ao pagamento do salário-hora, acrescido, se for o caso, de adicional por horas extraordinárias. segunda-feira, 27 de março de 2017 168 DIREITO DO TRABALHO SOBREAVISO Eletricista da Companhia “X’, tomou conhecimento de que permaneceria em sobreaviso no sábado, dia 17-3-2007. Seu salário-hora é de R$ 9,00. Pelo simples fato de permanecer em sobreaviso, terá direito ao recebimento de 1/3 do seu salário-hora por hora de sobreaviso. Nesses termos, receberá, a título de sobreaviso, R$ 3,00 por hora de expectativa, independentemente de ser chamado para o serviço efetivo. Pelas vinte e quatro horas de sobreaviso, então, o mencionado eletricista receberá R$ 72,00 (24h x R$ 3,00). segunda-feira, 27 de março de 2017 169 DIREITO DO TRABALHO SOBREAVISO Se, porém, João for efetivamente chamado a trabalhar, essas horas de trabalho lhe serão remuneradas, independentemente da percepção do sobreaviso. A depender da dimensão do serviço efetivo, as horas trabalhadas por conta do chamado ocorrido durante o sobreaviso podem ser entendidas como extraordinárias (desde que excedentes do limite normal diário e semanal). segunda-feira, 27 de março de 2017 170 DIREITO DO TRABALHO ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS “BANCO DE HORAS” O banco de horas não é propriamente sistema de compensação nem de prorrogação. Ele, na verdade, é um instituto singular que cumula o que de pior existe nos mencionados sistemas. Por meio dele se cumula a exigibilidade de prestação de horas suplementares sem prévio aviso e sem qualquer pagamento com a imprevisibilidade dos instantes de concessão das folgas compensatórias. segunda-feira, 27 de março de 2017 171 DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE HORAS” Essa troca deve ser paulatinamente promovida por iniciativa do empregador, sob pena de serem pagas como extraordinárias quando for obtido o limite de quarenta e quatro horas acumuladas ou for alcançado o limite temporal de um ano de permanência no “banco” (o que ocorrer primeiro). segunda-feira, 27 de março de 2017 172 DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE HORAS” Art. 59, parágrafo 2º, da CLT Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias (destaques não constantes do original. Redação dada ao parágrafo pela Medida Provisória n. 2.164-41, de 24-8-2001, DOU, 27-8-2001, em vigor conforme o art. 2º da EC 32/2001). segunda-feira, 27 de março de 2017 173 DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE HORAS” Art. 59, parágrafo 3º, da CLT Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão (parágrafo acrescentado pela Lei n. 9.601, de 21-1-1998). segunda-feira, 27 de março de 2017 174 DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE HORAS” Perceba-se que o “banco de horas” tem, diante do quanto aqui expendido, três caracteres importantíssimos: Somente pode ser ajustado por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, sendo imune à aplicabilidade do entendimento constante da Súmula 85, I e II, do TST. segunda-feira, 27 de março de 2017 175 DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE HORAS” A acumulação de horas sujeita-se ao limite máximo de um ano de permanência ou, observado o que ocorrer primeiro, ao limite consistente da “soma das jornadas semanais de trabalho previstas”. Como é ininteligível o conceito indicativo da “soma das jornadas semanais de trabalho previstas”, admite-se que o limite de quantidade de horas acumuladas coincide com a carga horária semanal máxima legal (geral ou especial) ou contratual, multiplicada pelo número de semanas existentes dentro de um ano. segunda-feira, 27 de março de 2017 176 DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE HORAS” E, por fim, não se pode considerar como hora suscetível de ingressar no “banco” qualquer uma excedente do limite máximo de dez horas diárias. segunda-feira, 27 de março de 2017 177 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Trabalho noturno Urbano O trabalho noturno será aquele executado entre as 22h de um dia e as 5h do dia seguinte, segundo o parágrafo 2º do art. 73 da CLT. segunda-feira, 27 de março de 2017 178 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Trabalho noturno Urbano - Redução do horário noturno Conforme o parágrafo 1º do art. 73 da CLT, cada hora noturna trabalhada no meio urbano tem 52 minutos e 30 segundos de duração. Há, portanto, uma redução da hora noturna. Isso faz com que, apesar de exercer suas atividades em sete horas reais (horas “de relógio”), o trabalhador ganhe por oito horas trabalhadas. segunda-feira, 27 de março de 2017 179 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Trabalho noturno Urbano - Redução do horário noturno Interessante notar, por fim, que, nos termos da Orientação Jurisprudencial 60, I, da SDI-1 do TST, “a hora noturna no regime de trabalho no porto, compreendida entre dezenove horas e sete horas do dia seguinte, é de sessenta minutos”, e não de 52 minutos e 30 segundos. Faltou um ponto para eu passar na OAB!! segunda-feira, 27 de março de 2017 180 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Trabalho noturno Urbano - Adicional Confere-se ao trabalhador urbano que execute labor noturno um acréscimo de vinte por cento, pelo menos, sobre o valor da hora diurna (vide o art. 73, caput, da CLT). segunda-feira, 27 de março de 2017 181 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Trabalho noturno prestado no meio rural Também leva em conta o ritmo de vida dos rurícolas, considerando, evidentemente, as variáveis determinadas por suas principais atividades, a lavoura e a pecuária, segundo o padrão médio dos instantes de início e de término de suas atividades laborais. (*)Que vive no campo. 2. Que cultiva o campo; agricultor. segunda-feira, 27 de março de 2017 182 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Trabalho noturno prestado no meio rural lavoura e pecuária No meio rural, o trabalho noturno é aquele executado entre às 21h de um dia e às 5h do dia seguinte. Na lavoura, e entre às 20h de um dia e às 4h do dia seguinte. segunda-feira, 27 de março de 2017 183 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Trabalho noturno prestado no meio rural lavoura e pecuária Na atividade pecuária e entre às 20h de um dia e às 4h do dia seguinte, (art. 7º da Lei n. 5.889/73). segunda-feira, 27 de março de 2017 184 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Trabalho noturno prestado no meio rural lavoura e pecuária Nessa situação, e ao contrário do que acontece com os trabalhadores urbanos, cada hora trabalhada terá a dimensão cronológica real de sessenta minutos de duração, isto é, não haverá qualquer redução. segunda-feira, 27 de março de 2017 185 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Trabalho noturno prestado no meio rural lavoura e pecuária Pelo trabalho noturno executado, o rurícola, por cada hora prestada nessa condição, também receberá um adicional. Este, entretanto, ao contrário do que ocorre com os urbanos, tem dimensão correspondente a vinte e cinco por cento, pelo menos, sobre a hora diurna (vide o parágrafo único do art. 7º da Lei n. 5.889/73). segunda-feira, 27 de março de 2017 186 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Hora extra noturna Entendem-se por “extraordinárias noturnas” as horas que extrapolam o limite legal ou convencional e que, ao mesmo tempo, são prestadas em horário noturno. Elas se distinguem das horas extraordinárias diurnas pelo simples fato de nelas estar acrescido, além do adicional de sobrejornada, o adicional noturno. É bem simples. Basta aplicar o adicional de horas extraordinárias sobre o salário-hora acrescido do adicional noturno. segunda-feira, 27 de março de 2017 187 DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO NOTURNO Hora extra noturna Trabalhador ganha salário-hora de R$ 4,00, ele receberá por cada hora noturna trabalhada R$ 4,80 (R$ 4,00 + 20% = R$ 4,80). Se essa hora noturna for realizada em sobrejornada, caberá o pagamento de R$ 7,20 (R$ 4,00 + 20% = R$ 4,80 + 50% = R$ 7,20), haja vista a aplicação sucessiva dos adicionais noturno e extraordinário. segunda-feira, 27 de março de 2017 188 DIREITO DO TRABALHO PERÍODOS DE DESCANSO DO TRABALHO segunda-feira, 27 de março de 2017 189 DIREITO DO TRABALHO com apoio no art. 24 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (Resolução n. 217-A, da ONU, de 10-12-1948), pode-se afirmar que “toda pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e às férias periódicas pagas”. Trata-se, portanto, de uma proteção oferecida ao trabalho visando, fundamentalmente, a sua saúde laboral e a sua integridade física, uma vez que as pausas evitam a sobrecarga muscular e a fadiga mental. segunda-feira, 27 de março de 2017 190 DIREITO DO TRABALHO O ordenamento jurídico oferece ao empregado os intervalos intrajornadas, interjornadas, intersemanais, episódicos e anuais segunda-feira, 27 de março de 2017 191 DIREITO DO TRABALHO Intervalos intrajornada São entendidos como intrajornada os intervalos concedidos dentro de cada jornada laboral para repouso e/ou alimentação ou por conta das exigências impostas por normas de segurança e
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