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4 O Direito como Ciência e sua Metodologia Introdução ao Estudo do Direito

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CCJ0003 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Aula 04: O Direito como Ciência e sua Metodologia
PLANO DE ENSINO
Introdução ao Estudo do Direito
Conteúdo desta aula
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO
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DIREITO SUBSTANTIVO 
E DIREITO ADJETIVO
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DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
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DIREITO POSITIVO E DIREITO OBJETIVO
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DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO
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PRÓXIMOS 
PASSOS
DIREITO INTERNO E DIREITO INTERNACIONAL
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Introdução ao Estudo do Direito
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Conforme estudado anteriormente, deve-se à Teoria Pura do Direito de Kelsen a ideia de um Direito tido como ciência pela definição do objeto da ciência do Direito que, para ele, é constituído, em primeiro lugar, pelas normas jurídicas e, secundariamente, pelo conteúdo dessas normas, ou seja, pela conduta humana que elas regulam.
Vale lembrar...
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Introdução ao Estudo do Direito
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
A Ciência do Direito possui uma linguagem própria que a organiza. 
Na introdução ao seu estudo se faz necessário o aprendizado:
Esse conhecimento norteará todo o estudo ao longo do Curso de Direito.
Premissa
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Direito Natural
Introdução ao Estudo do Direito
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Considerado expressão da natureza humana ou dedutível dos princípios da razão, o Direito Natural foi sempre concebido, pelos defensores desta teoria, como superior ao direito positivo, como sendo absoluto e universal por corresponder à natureza humana.
O Direito Natural consiste na permanente aspiração de justiça que acompanha o ser humano.
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Para a corrente jusnaturalismo (jus = direito), além do direito escrito (positivo), há uma ordem superior que é a do direito JUSTO.
Direito que, através dos tempos, tem influenciado reformas jurídicas e políticas, que deram novos rumos às ordens políticas europeia e norte-americana, como é o caso da Declaração de Independência (1776) dos EUA e da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), da Revolução Francesa, que, no artigo 2º diz: 
“o fim de toda associação é a proteção dos direitos naturais imprescritíveis do homem”.
Introdução ao Estudo do Direito
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
O jusnaturalismo atual idealiza o direito natural como um conjunto de amplos princípios, a partir dos quais o legislador deverá compor a ordem jurídica. 
Os princípios mais apontados referem-se:
Ao direito à vida
À liberdade
À participação na vida social
À igualdade de oportunidades
Direito Natural
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Em destaque
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é formulado pelo Estado. (...) É um Direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem e que é revelado pela conjugação de experiência e razão. É constituído por um conjunto de princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e imutável. (Nader, 2014).
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Introdução ao Estudo do Direito
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Direito Positivo
Do latim jus positum: imposto, que se impõe, vem a ser também, a base da unidade do sistema jurídico nacional.
O Direito Positivo é assim denominado porque é o que provém diretamente do Estado.
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Diferenças entre o Direito Natural e o Direito Positivo
Leis que temos que obedecer, porque foram impostas pela sociedade; 
Ordenamento jurídico em vigor em um determinado país e em uma determinada época
É aquilo em que nossa consciência acredita
Ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e suprema
Direito 
Natural
Direito
Positivo
Em síntese:
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DIREITO POSITIVO
DIREITO NATURAL
Temporal:existe em determinada época
Atemporal
Vigência:observância pela sociedade e aplicação pelo Estado
Independe de vigência
Formal:depende de formalidades para sua existência
Informal
Hierárquico:ordem de importância estabelecida entre as regras
Não hierárquico
Dimensão espacial:vigência em local definido
Independe de local
Criado pelo homem:fruto da vontade do homem
Emerge espontaneamente da sociedade
Escrito:códigos, leis, jurisprudência
Não escrito
Mutável:mediante a vontade humana
Imutável
Diferenças entre o Direito Natural e o Direito Positivo
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Introdução ao Estudo do Direito
Para os positivistas: “Não há mais Direito que o Direito Positivo”. 
Tomando atitude intransigente perante o Direito Natural, o positivismo jurídico se satisfaz plenamente com o ser do Direito Positivo, sem refletir sobre a forma ideal do Direito, sobre o Dever-Ser jurídico. 
Ponto de vista positivista
Assim, para o positivista, a lei é em si o único valor.
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AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Entretanto, o Direito não é composto unicamente de normas, como deseja essa corrente filosófica. 
Além disso, as normas jurídicas apresentam sempre um significado, um valor social a ser realizado. 
A lei não pode conter todo o jus. A lei, sem condicionantes valorativos, é uma arma para o bem ou para o mal. 
Leis e valor social
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AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Direito Substantivo e Direito Adjetivo
O Direito Substantivo (Material) é o conjunto das regras criadas pelo Estado, que normatiza a vida em sociedade definindo relações jurídicas, e que constitui o chamado Direito Material.
O Direito Adjetivo (Processual) consiste nas regras de direito processual que regulam a existência dos processos, bem como o modo destes se iniciarem, se desenvolverem e terminarem. 
O Direito Formal ou "adjetivo" diz respeito à processualística, ou seja, à forma pela qual se aplica o direito material.
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Em destaque
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
O Direito Material (substantivo) define as normas de conduta para a paz na convivência social, por isso dita as normas.
Já o Direito Processual (adjetivo) visa assegurar o cumprimento das normas, ou seja, se preocupa em garantir a obediência das normas de direito material”. 
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Introdução ao Estudo do Direito
Direito Objetivo é composto pelas normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os seres humanos que vivem na sociedade que adota essas leis. O seu descumprimento, dá origem a sanções.
Direito Objetivo e Direito Subjetivo
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AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Direito Objetivo e Direito Subjetivo
O Direito Subjetivo, também chamado facultas agendi (faculdade de agir) é o poder de exigir uma determinada conduta de outrem, conferido pelo Direito Objetivo, pela norma jurídica.
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Elementos do Direito Subjetivo
Sujeito = Pessoa física ou pessoa jurídica;
Objeto = O bem jurídico sobre o qual o sujeito exerce o poder conferido pela ordem jurídica.
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Direito Subjetivo
AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Quando falamos
Está-se falando do direito subjetivo.
O credor tem o “direito” de receber o pagamento.
O consumidor tem o “direito” de exigir o cumprimento da oferta anunciada.
O empregado tem “direito” de exigir o salário. 
O cidadão tem o “direito” de ir e vir. 
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AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
A fim de conciliar as duas correntes, Pietro Perlingieri (2007) afirma que o direito subjetivo é o poder reconhecido pelo ordenamento jurídico a um sujeito para a realização de um interesse do próprio sujeito.
O Direito Subjetivo pode ser analisado sob dois aspectos:
COMO PODER DA VONTADE
COMO INTERESSE PROTEGIDO
Direito Subjetivo
20Introdução ao Estudo do Direito
AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Direito Subjetivo
Por isso, pode-se afirmar que os Direitos Subjetivos podem ser:
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Atenção! Os direitos subjetivos subordinam-se aos prazos prescricionais e, por isso, a prescrição também se relaciona com as obrigações, os Deveres Jurídicos e com a responsabilidade, pois estão intimamente conectados a ações condenatórias.
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Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto ao sujeito ativo
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Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto ao sujeito passivo
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Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto ao objeto
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Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto à finalidade do direito
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Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto à valoração econômica do direito
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Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto à transmissibilidade
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Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto à reciprocidade considerada
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Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto à aquisição
Direitos originários ou inatos: Ocorrem quando o sujeito passa a deter o direito sem que haja qualquer relacionamento jurídico com outro sujeito na qualidade de titular anterior desse mesmo direito. 
O direito nasce no momento em que o titular se apropria do bem de maneira direta, sem interposição ou transferência de outra pessoa. O Direito nasceu como fato. 
Exemplo: a ocupação de coisa abandonada (1263 do CC) (1260 CC), a apropriação de uma concha que o mar atira na praia etc. São adquiridos pela pessoa com o nascimento com vida (direito à vida, à liberdade, ao nome). Diz-se também originários os direitos subjetivos que não decorrem de um ato prévio de transmissão de direito (Usucapião).
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AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto à aquisição
Direitos derivados: São os adquiridos ao longo da vida de uma pessoa ou que decorrem de um ato prévio de transmissão de direito por outrem. 
Quando houver transmissão do direito de propriedade de uma pessoa a outra, existindo uma relação jurídica entre o anterior e o atual titular. 
Exemplo: Compra e venda (481 do CC) , doação (538 do CC), herança (1784 do CC) etc.
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A aquisição pode ser ainda:
Gratuita: se não houver qualquer contraprestação. 
Exemplo: Sucessão hereditária, doação etc.
Onerosa: quando o patrimônio do adquirente enriquece em razão de uma contraprestação. 
Exemplo: Compra e venda.
Ocorre que a transferência de direitos de um titular para outro pode não ser completa, daí dividindo-se em:
Translativa: transferência total dos direitos de um titular para outro. Há a aquisição por parte do novo titular e extinção por parte do antigo. Exemplo: Compra e venda a vista.
Constitutiva: é aquela em que o titular anterior ainda mantém consigo alguma parcela do direito sobre o bem objeto da transferência. Exemplo: Doação com cláusula de usufruto (art. 1.390, do CC), alienação fiduciária em garantia (Decreto-Lei n. 911/69).
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AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Classificação dos Direitos Subjetivos
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Quanto ao conteúdo
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Modificação Subjetiva
Significa que haverá mudança natitularidadedo direito (altera-se o sujeito ativo) ou do dever jurídico (altera-seo sujeito passivo) por atointer-vivosou causa mortis.
Modificação Objetiva
Altera-seoobjetodo direito subjetivo e essa alteração pode se dar na quantidade (venda ideal de um terreno) ou qualitativa (tipo de arroz, por exemplo).
A modificação de um Direito Subjetivo pode ocorrer subjetiva ou objetivamente.
Perecimento do objeto
Ocorre com aperda totaldo objeto ou quando este perde suas qualidades essenciaisou valor econômico.
Alienação
É todoato detransmissãoda titularidade do direito.
Renúncia
Ato pelo qual alguémvoluntariamentedesistedo exercício de um direito.
A extinção de um Direito Subjetivo pode ocorrer por:
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AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Direito Potestativo (Discricionário ou Poder Formativo)
O direito potestativo representa uma situação subjetiva em que o titular do direito subjetivo pode unilateralmente constituir, modificar ou extinguir uma situação subjetiva, interferindo diretamente na esfera jurídica de outro sujeito que a esse poder formativo não poderá se opor.
É o caso de, por exemplo:
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Exemplo: o comprador de um bem tem o DEVER de pagar o preço acertado; o locador o dever de pagar o aluguel; os cônjuges o dever de fidelidade recíproca.
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AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Dever Jurídico
É um ônus ou encargo imposto a quem faz parte de uma relação jurídica na qualidade de sujeito passivo. 
É o dever de cumprir conduta determinada pelo exercício (limitado) de um direito subjetivo (seja ele de natureza pessoal ou real); é, portanto, a conduta exigível do sujeito passivo fundada em normas vigentes.
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AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Dever Jurídico
O Dever Jurídico pode se apresentar sob as mais diversas espécies:
Dever jurídico permanente e transitório (ou instantâneo)
É permanente o dever jurídico cuja obrigação não se esgota com o cumprimento da prestação (exemplo: deveres jurídicos penais-está sempre no código). O dever jurídico transitório é aquele que se extingue após o cumprimento da prestação (exemplo: pagamento de uma dívida).
Dever jurídico contratual e extracontratual (ou aquiliano)
O dever jurídico contratual tem por fonte um contrato; o extracontratual tem por fonte a lei (por isso também denominado dever legal).
Dever jurídico positivo e negativo
O dever positivo impõe ao sujeito passivo da relação jurídica uma ação (dar e fazer) e o negativo uma abstenção ou omissão (não fazer).
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Introdução ao Estudo do Direito
AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Sujeição
É a posição jurídica de uma pessoa em face do direito potestativo de outra. Ou seja, quando o titular de um direito potestativo passa a exercê-lo, ao sujeito passivo resta suportar as consequências jurídicas do exercício regular desse direito.
Exemplo: as causas de impedimento (art. 1.521, CC), nulidades e anulabilidades do casamento (arts. 1.548 e 1.550. CC); quem realiza um contrato de locação por prazo indeterminado, se sujeita a sair do imóvel locado quando o prazo for denunciado pelo outro contratante; exigência de outorga do outro cônjuge para a prática de certos atos (art. 1.647, CC).
Da análise desses exemplos nota-se que no estado de sujeição não há faculdade. O sujeito passivo obrigatoriamente deve se sujeitar ao exercício do direito pelo sujeito ativo.
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AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Ônus (Obrigação Potestativa)
Deve discricionariamente o sujeito passivo comportar-se de determinada maneira para realizar interesse próprio e não de interesse de outrem.
O ônus deve ser compreendido como uma situação instrumental para alcançar um resultado útil do interesse do titular(sujeito passivo).
Exemplo: registrar o contrato ou o pacto antenupcial no Registro de Títulos e Documentos; realizar um inventário.
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AULA 08: DIREITO SUBJETIVO, OBJETIVO E POTESTATIVO
Relação entre Direito Subjetivo e Direito Adquirido
Direito adquirido é o direito (material ou imaterial) que integra o patrimônio jurídico de uma pessoa (art. 6o., §2o., LINDB), ou seja, a aquisição de um direito decorre da vinculação de seu titular a um direito por um fato determinado em lei já realizado.
 
Vale lembrar que direito adquirido não pode ser confundido com expectativa de direito. 
O direito adquirido configura uma situação jurídica já resguardada pelo ordenamento, porque já ingressou no patrimônio de seu titular. 
Já a expectativa de direito é apenas uma potencialidade (direito em formação, in fieri), ou seja, a aquisição do direito depende do implemento de um evento futuro e incerto (denominado condição). 
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Direito Objetivo
Introdução ao Estudo do Direito
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Direito Objetivo é gênero do qual o Direito Positivo (as normas jurídicas emanadas do Estado) é espécie, assim como os costumes e, por exemplo, cláusulas contratuais entre particulares.
Relação entre Direito Positivo e Direito Objetivo
Direito Positivo
Costumes
Contratos
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AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Direito Público e Privado
Os romanos utilizaram o critério da utilidade. 
Se o interesse era do particular, este seria Direito Privado.
Quando o objeto do Direito era voltado para o interesse da coletividade, este era tido como Direito Público. 
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Introdução ao Estudo do Direito
O segundo critério é o relativo à forma da relação jurídica. 
Assim, se a relação é de coordenação (partes envolvidas no mesmo patamar), trata-se, em regra, de Direito Privado.
Se a relação é de subordinação, trata-se, em regra, de Direito Público. 
O Estado é o Subordinante (em regra) e a Outra Parte é o Subordinado.
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
O primeiro é o critério do conteúdo (objeto da relação jurídica). 
Nesse critério, quando prevalece o interesse geral, o Direito é público, quando prevalece o particular, o Direito é privado. 
Os romanos utilizaram o critério: 
República = Res Publica = Coisa Pública
Critérios de Distinção
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Direito Constitucional
Direito Financeiro
Direito Tributário
Direito Administrativo
Direito Internacional
Direito Ambiental
Direito Penal
Direito Processual etc.
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AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Ramos do Direito Público e do Privado
Direito Público
Direito Civil
Direito Empresarial
Direito Privado
Direito do Trabalho
Direito do Consumidor
Direito da Criança e do Adolescente
Direito Misto
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AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
A clássica bipartição romana do direito em público e privado não corresponde mais à realidade jurídica e não atende mais à complexidade das relações da sociedade moderna.
Essa clássica distinção, na vida prática, não tem a importância que alguns juristas pretendem dar, pois o Direito deve ser entendido como um todo.
A Superação da Dicotomia do Direito Público e do Direito Privado
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AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Direito Interno e Internacional
Dualista
Os dualistas defendem que o Direito Internacional e o Direito interno são concepções distintas, à medida que se encontram baseados em duas ordens: a interna e a externa. (Heinrich Triepel, 1899)
Monista
Alternativa ao dualismo. Argumentam que o Direito internacional e o Direito interno são noções de uma só ordem jurídica e, neste caso, havendo um só ordenamento, haveria uma norma hierarquicamente superior a todas as demais regulando este único ordenamento. Apresenta duas versões: a que defende a preferência do Direito interno, e, outra, a precedência do Direito internacional.
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Introdução ao Estudo do Direito
AULA 04: O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA
Ramos do Direito
Direito Positivo 
Interno
Privado
Novos Direitos
Direito Civil
Direito Empresarial
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Financeiro e Tributário
Direito Processual
Direito Penal
Direito Eleitoral
Direito Militar
Direito do Trabalho
Direito Previdenciário
Direito Econômico
Direito do Consumidor
Direito Ambiental
Público
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Curso de Direito não se faz dentro da sala de aula. Curso de Direito se faz na biblioteca.
O método não é, por exemplo; 
O que é Soberania, mas, sim, FALE SOBRE.
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
Ler o Capítulo 4 — Teoria da Norma Jurídica, páginas 75 a 85 do livro (conteúdo interativo) de Introdução ao Estudo do Direito.
Resolver o caso concreto e a questão objetiva da aula 5 e postar os resultados no SAVA.
Navegar pelos demais itens das trilhas de conhecimento do SAVA.
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