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RESUMO POLÍTICA I

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ECONOMIA POLÍTICA
Condições históricas para o surgimento: 1) generalização da produção mercantil (surgimento de um novo modelo de produção social e de novos padrões da sociedade) 2) Iluminismo como movimento emancipação nacionalista (abre espaço para uma explicação científica das coisas) 3) Influência do Jusnaturalismo (gera a idéia de ordem natural na economia)
FISIOCRATAS
“Tableau Economique”: retrata as relações entre as classes (produtiva, estéril e proprietária) PD: gera excedente, absorve produtos primários e alimentos/ PP: absorve excedente, produz alimentos e manufaturas/ E: absorve manufaturas, produz alimentos e produtos primários. RETRATAM A ECONOMIA COMO UM SISTEMA
 Pressupostos: 1) ordem natural que rege a sociedade 2) O único setor produtor de riqueza é o primário (riqueza=excedente –> vem da agricultura) 
LIMITAÇÕES: Não observa o capitalismo plenamente constituído, não formula uma teoria de valor, não observa a acumulação de capital, limitando-se a idéia de que o único gerador de riqueza é a agricultura.
ADAM SMITH
Naturalização do sistema econômico -> Não intervenção do Estado
Moeda: simples facilitadora de trocas
Individuo: TENDÊNCIA A TROCA (tendência natural a comprar e vender) e o EGOÍSMO (tendência natural a melhorar condições de vida)-> DIVISÃO DO TRABALHO (cada um possui habilidades diferentes – dependência do produto do outro) -> AUMENTO DA PRODUTIVIDADE (maior destreza, menor desperdício de tempo, tempo ocioso para invenção de maquinas e equipamentos) ->RIQUEZA DAS NAÇÕES
VALOR DE USO: utilidade do bem X VALOR DE TROCA: quantidade de trabalho que a mercadoria da a seu possuidor condições de comprar -> PREÇO REAL (trabalho ou incomodo que custa a aquisição) x PREÇO NOMINAL (preço em dinheiro)
Trabalhadores acrescentam a mercadoria: salário dos trabalhadores e lucro dos empresários -> PREÇO NATURAL: Preço suficiente para pagar taxas naturais de salário, lucro e renda da terra X PREÇO DE MERCADO: preço efetivo da renda de mercadoria (definido pela demanda efetiva)
TRABALHO PRODUTIVO: gera mercadorias palpáveis e acrescenta valor ao objeto em que se aplica, único que gera lucro -> ACUMULAÇÃO DE CAPITAL (auto interesse/ propensão natural a poupar) x IMPRODUTIVO: gera serviços -> Não gera lucro
CONTEXTO: inicio da revolução industrial, sociedade ainda com pequenos produtores, saindo da produção artesanal – foco na PRODUÇÃO DE RIQUEZA
RICARDO
CONTEXTO: capitalismo industrial melhor constituído, com classes operando de forma mais clara (produção não depende mais da destreza do trabalhador) – foco na DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA
Moeda: Facilitadora de trocas + influencia no preço das mercadorias (excesso de moeda no mercado, com quantidade constante de mercadoria -> inflação)
Mercado Internacional: país vai produzir o bem que, internamente, é produzido com mais produtividade, importando os que são produzidos com maior produtividade em outros países.
CRÍTICA A SMITH: Teoria do valor – Acredita que o trabalho, assim como qualquer mercadoria, varia, impedindo o trabalho de ter uma medida invariável de valor. Para ele vale o trabalho incorporado (esforço dispendido na produção da mercadoria)
*O que aconteceria com a tendência do aumento do valor dos alimentos caso os donos de terra abrissem mão de receber a renda da terra? NADA, a renda não influencia nos preços, pois é deduzida do lucro, sendo somente uma diminuição da taxa de lucro geral da economia pela exploração de terras férteis. A renda da terra é simplesmente a diferença entre o antigo lucro e o novo lucro
ESTADO ESTACIONÁRIO: aumento da população e escassez de terras -> impossibilidade de acumular capital. COMO RETARDAR: pogresso técnico e divisão do trabalho
OS TRÊS: Acreditam na naturalização do mercado e defendem a sua liberalização
MARX
TRABALHO CONCRETO: gera utilidade as mercadorias (transforma a matéria-prima bruta em algo útil para satisfazer as necessidades do homem). Diferencia e particulariza as mercadorias -> Confere VALOR DE USO a mercadoria. 
TRABALHO ABSTRATO: próprio da sociedade mercantil. Permite comparar as mercadorias quando dentro do processo de troca -> Não pode ser aplicada no valor de uso (troca= não valor de uso do vendedor para o valor de uso do consumidor) -> Associado ao VALOR DE TROCA (trabalho inespecífico de dispêndio da força humana no processo)
ELEMENTOS COMUNS AOS DEMAIS: duplo caráter da mercadoria (Valor de Uso e Valor de Troca), valor originado do trabalho
DIFERENÇAS: 1) Marx refuta a idéia de que o trabalho seria naturalmente um gerador de valor. O trabalho antes da sociedade capitalista não visava a troca (só o valor de uso), portanto o trabalho abstrato é um fator social e historicamente produzido pelas sociedades mercantis. 2)Para ele o valor de algo não era simplesmente o tempo que um indivíduo leva pra fazer a mercadoria, nas sim o tempo que o trabalhador levaria para produzir a mercadoria de acordo com o nível médio de tecnologia e habilidade (TRABALHO NECESSÁRIO) + produção para os donos dos meios de produção (TRABALHO EXCEDENTE)
FETICHISMO DA MERCADORIA: mercadoria, quando no âmbito da troca, consegue mascarar as relações sociais envolvidas na sua produção (todos os trabalhos empregados na sua produção tornam-se uma quantidade de valor – trabalhador não reconhece mais seu produto final e comprador só enxerga o valor da mercadoria, ficando alheio as condições de trabalho empregadas na produção) – fruto as sociedade capitalista
GÊNESE DO DINHEIRO: Se dá ao longo do desenvolvimento do processo de troca. Uma certa quantidade de sua mercadoria pode expressar o valor de n produtos de outra mercadoria, podendo desse modo todas as mercadorias equivalerem a uma punica (equivalente geral – dinheiro) -> DINHEIRO perde seu valor como mercadoria (vira a forma mais fetichizada)
FUNÇÕES DO DINHEIRO: 1)Medida de Valor (dinheiro como representação socialmente aceita do valor das mercadorias) 2) Meio de circulação (a metarmofose da mercadoria - venda e troca de mercadorias – mercadoria se transforma em dinheiro, e depois novamente em mercadoria que possua valor de uso para o comprador) 3) Tesouro (pode vender a mercadoria e preservar o seu valor para futuramente realizar uma compra – pode virar valor de uso a qualquer momento)
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS (M-D-M) – quem vende uma mercadoria não precisa comprar outra logo em seguida, pode entesourar + não precisa comprar da mesma pessoa para quem vendeu a mercadoria X ESCAMBO
CIRCUITO DO DINHEIRO COMO DINHEIRO (M-D-M): é necessário primeiro vender para depois comprar, portanto resulta numa mercadoria com distinto valor de uso, mas mesmo valor. OBJETIVO: Valor de uso (dinheiro intermediando) x
CIRCUITO DO DINHEIRO COMO CAPITAL (D-M-D’): comprar para depois vender, resultado final é qualitativamente igual, mas quantitativamente maior. OBJETIVO: Mais valia –> valor que se valoriza: CAPITAL – movimento INSACIÁVEL: a valorização do capital só pode ocorrer com renovação eterna desse movimento.
VALORIZAÇÃO DO VALOR: não pode ser explicado só pela circulação da Mercadorias (só ocorre troca de equivalentes) -> abrangir esfera da produção (mercadoria força de trabalho é comprada, e consumida – exploração- multiplicando o capital do capitalista – mais- valia)
FORÇA DE TRABALHO COMO MERCADORIA – condições necessárias: 1) Deve ser livre (individuo deve ser livre proprietário da força de trabalho e deve vende-la por período de tempo – assalariamento - possibilitando o consumo por parte dos proprietários mas sem renunciar à ela – alienação) 2) Não pode ser proprietária dos meios de produção (só assim irá vende-la, pois será sua única mercadoria própria)
PROCESSO DE PRODUÇÃO: Se divide em 1) PROCESSO DO TRABALHO: Relação do trabalhador com o seu objeto de trabalho, mediado pelos meios de trabalho, com finalidade de criar valor de uso (Todas as sociedades) processo simplesmente de produção 2) PROCESSO DE VALORIZAÇÃO: criação da mais valia (quando excede o trabalho necessário para produzir o equivalente à cesta de subsistência do trabalhador– produto final vale mais que inicial) (Sociedade Capitalista) processo de reprodução – surgimento do Capital
MAIS- VALIA: porção de trabalho que não é paga ao trabalhador e entregue ao capitalista – ABSOLUTA: prolongamento da jornada de trabalho. Limitação: o trabalhador precisa de um mínimo de descanso para trabalhar novamente. RELATIVA: Redução do tempo despendido para realização do trabalho necessário, aumento o tempo ao trabalho excedente – necessário aumento da produtividade (inovação tecnológica e reorganização dos meios de produção)
SENTIDO HISTÓRICO DO CAPITALISMO: Expandir o tempo de trabalho excedente por meio de um contínuo processo de revolução do regime de produção. O que move o capitalismo -> Acumulação de Capital -> gerado pela mais valia -> principalmente a relativa

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