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Claudio Borba ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA CRÉDITO TRIBUTÁRIO OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA LIVRO SEGUNDO DO CTN PARTE GERAL Claudio Borba Claudio Borba FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO FORMAIS PRINCIPAIS - Normas complemenares. - Leis; - Tratados internacionais; - Decretos. SECUNDÁRIAS - Costumes; - Doutrina; - Jurisprudência. NÃO FORMAIS Claudio Borba Art. 96 – A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Claudio Borba LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NORMAS COMPLEMENTARES DECRETOS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS LEIS LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Claudio Borba A fixação do prazo de recolhimento do IPI pode se processar por meio da legislação tributária (CTN, art. 160), expressão que compreende não apenas as leis, mas também os decretos e as normas complementares (CTN, art. 96). (STF - RE nº 140.669/PE – Pernambuco - Relator Min. Ilmar Galvão – Julgamento: 02/12/1998) JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba Art. 97 - Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos arts. 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3° do art. 52, e do seu sujeito passivo; Leis - Art. 97, CTN Claudio Borba Art. 97 - Somente a lei pode estabelecer: (...) IV - a fixação da alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos arts. 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI – as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. Leis - Art. 97, CTN Claudio Borba SOMENTE A LEI PODE ESTABELECER A instituição de tributos ou A instituição de tributos ou a sua extinção. Exceções para alíquotas: II, IE, IPI e IOF; CIDE s/ combustível do art. 177, § 4°, CF; ICMS no caso do art. 155, § 4°, CF. A majoração de tributos ou A majoração de tributos ou a sua redução. Fato gerador da obrigação tributária principal e do seu sujeito passivo Fixação da alíquota do tributo e da base de cálculo. 1 Claudio Borba SOMENTE A LEI PODE ESTABELECER A cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; e DF. Exceção: ICMS, cujas isenções são concedidas por convênios entre Estados e DF. Art. 155, § 2°, XII, g, CF. As hipóteses de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário, bem como a dispensa ou redução de penalidade Claudio Borba Art. 97... § 1° - Equipara-se à majoração do tributo a modificação de sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. § 2° - Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Leis - Art. 97, §§ 1° e 2°, CTN Claudio Borba JURISPRUDÊNCIA STF “Somente a lei pode autorizar aumento de IPTU, mediante alteração dos critérios de fixação da respectiva base de calculo, que importem a elevação do tributo em níveis superiores aos índices oficiais medidores da inflação, excetuadas, obviamente, as alterações das características do imóvel tributado, que tenham determinado a alteração do valor venal deste.” (AI-AgR nº 164.730/RS –Rel.:Min. Ilmar Galvão) Claudio Borba “Se a interpretação administrativa da lei, que vier a consubstanciar-se em decreto executivo, divergir do sentido e do conteúdo da norma legal quer porque tenha esta se projetado ultra legem, quer porque tenha permanecido citra legem, quer, ainda, porque tenha investido contra legem, a questão caracterizará, sempre, típica crise de legalidade, e não de inconstitucionalidade”. (STF, Plenário, ADIn-MC nº 996/DF, Rel. Min. Celso de Mello, março/1994.) JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba Art 98 – Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Tratados e Convenções Internacionais Art. 98, CTN Claudio Borba TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS Revogam ou modificam a legislação tributária interna que lhes for conflitante Serão observados pela legislação tributária interna que lhes sobrevenha V I G Ê N C I A Claudio Borba Celebração e eficácia de um Tratado ou Convenção Internacional Celebração pelo Presidente da República; Art. 84, VIII, CF Aprovação pelo Congresso Nacional através de Decreto Legislativo; Art. 49, I, CF Claudio Borba Promulgação, pelo Presidente da República mediante decreto, em ordem a viabilizar a produção dos seguintes efeitos básicos, essenciais à sua vigência doméstica: - A promulgação do tratado internacional; - A publicação oficial de seu texto; - A sua executoriedade, obrigando no plano do direito positivo interno. Segundo o STF Claudio Borba Os tratados internacionais celebrados pelo Brasil – ou aqueles a que o Brasil venha a aderir – não podem versar matéria posta sob reserva constitucional de lei complementar. (STF, Plenário, ADIn-MC no 1.480, Rel. Min. Celso de Mello, setembro/1997.) JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba L E I S Art 99 – O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. Decretos - Art. 99, CTN DECRETOS Claudio Borba O STJ consolidou o entendimento no sentido de que o decreto que estabeleça o que venha a ser atividade preponderante da empresa e seus correspondentes graus de risco – leve, médio ou grave – não exorbita de seu poder regulamentar. (REsp nº 723.822/SP - Ministra Denise Arruda – DJ 11/05/2006, p. 157.) JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba Art. 100 – São normas complementares dasArt. 100 – São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Normas Complementares - Art. 100, CTN Claudio Borba ATOS NORMATIVOS DECISÕES ADMINISTRATIVAS PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS CONVÊNIOS INTERNOS NORMAS COMPLE- MENTARES A D P C Normas Complementares - Art. 100, CTN CON- SUETU- DINÁ- RIAS ! Claudio Borba Art. 100, Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. Observância das Normas Complementares Claudio Borba “O princípio da anterioridade da lei tributária aplica-se às normas em sentido amplo, incluindo as instruções normativas, que são normas complementares à legislação tributária, a teor do que preceitua o art. 100, I, do CTN.” (STJ - EREsp nº 327.683/RJ – Embargos de Divergência no Recurso Especial nº 2003/0167.310-3 – Ministro Castro Meira – DJ 27/09/2004, p. 185.) JURISPRUDÊNCIAClaudio Borba Art. 102 – A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. Vigência da legislação no espaço Art. 102, CTN Claudio Borba Novo Município B Município A Município A Extraterritorialidade por previsão em lei sobre normas gerais Art. 120 do próprio CTN Claudio Borba ICMS-1 ICMS-2 ICMS-2 MG SP Extraterritorialidade por convênios entre as unidades da Federação Claudio Borba EXTRATERRI- TORIALIDADE POR CONVÊNIO ICMS-1 ICMS-2 ICMS-2Novo Município B POR LEI COMPLEMENTAR Município A Município A MG SP Claudio Borba Vigência da legislação no tempo REGRA GERAL Decreto-Lei n° 4.657, de 4 de setembro de 1942 Lei de Introdução ao Código Civil Art. 1° - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada. § 1° - Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada. Claudio Borba Vigência da legislação no tempo EXCEÇÕES Art. 103, CTN. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação; II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista. Claudio Borba Art. 104, CTN. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: I - que instituem ou majoram tais impostos; II - que definem novas hipóteses de incidência; III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. Vigência da legislação no tempo EXCEÇÕES Claudio Borba e Art.1° e § 1° L.I.C.C. Estados estrangeiros Obrigatoriedade nos Estados estrangeiros 3 meses após a publicação.cionais Leis interna- cionais Leis internas , 45 dias após Salvo disposição em contrário, 45 dias após a publicação Vigência da legislação no tempo REGRA GERAL Claudio Borba Art. 103 CTN Convênios internos Decisões adminis- trativas Na data neles prevista. , 30 dias após Salvo disposição em contrário, 30 dias após a publicação. Salvo disposição em contrário, na data da sua publicação. Atos normativos Vigência da legislação no tempo EXCEÇÕES Claudio Borba Vigência da legislação no tempo EXCEÇÕES Art. 104 CTN Primeiro dia do exercício seguinte ao da publicação, se for imposto sobre o patrimônio ou a renda e aumentar ou insituir o imposto ou reduzir ou extinguir isenção. Claudio Borba Art. 103 CTN e Art.1° e § 1° L.I.C.C. Obrigatoriedade nos Estados estrangeiros 3 meses após a publicação. Leis internacionais Leis internas Convênios internos Decisões administrativas Salvo disposição em contrário, 45 dias após a publicação Art. 104 CTN Primeiro dia do exercício seguinte ao da publicação, se for imposto sobre o patrimônio ou a renda e aumentar ou insituir o imposto ou reduzir ou extinguir isenção. Na data neles prevista. Salvo disposição em contrário, 30 dias após a publicação. Salvo disposição em contrário, na data da sua publicação. Atos normativos Vigência no tempo N O R M A L E X C E P C I O N A L Claudio Borba Aplicação da legislação Art. 105 CTN REGRA GERAL Art 105 - A legislação tributária aplica- se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. Claudio Borba Art. 106 - A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; Aplicação da legislação EXCEÇÕES Claudio Borba FG A lei A lei interpretativa pode retroagir, exceto para aplicar penalidade. R$ 200,00 R$ 100,00 R$ 300,00 ICMS - penalidade - total - Lei instituidora do ICMS Interpretação autêntica Aplicação da legislação EXCEÇÕES Claudio Borba Art. 106 - A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: (...) II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Claudio Borba 8%15% Juros de Mora 10%20%Penalidade LEI NOVAÉPOCA DO FG No caso, se o ato não estiver definitivamente julgado os percentuais cobrados serão de 10% de penalidade e 15% de juros de mora. Aplicação da legislação Art. 106, II, CTN Claudio Borba STF “Se a decisão administrativa ainda pode ser submetida ao crivo do Judiciário, e para este houve recurso do contribuinte, não há de se ter o ato administrativo ainda como definitivamente julgado, sendo esta a interpretação que há de dar-se ao art. 106, II, c, do CTN.” (STF, 2ª T., REx nº 95.900/BA, Rel. Min. Aldir Passarinho, dezembro/1984.) JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba NORMAL Art. 105, CTN se aos A legislação aplica-se aos fatos geradores futuros e aos pendentes. (irretroatividade ) Aplicação da normal legislação Arts. 105 e 106, CTN Claudio Borba Em qualquer caso Para ato não definiti- vamente julgado, quando a nova lei … Sendo expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade. Deixe de defini-lo como infração; Deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não haja fraude nem falta de pagamento de tributo; Aplique penalidade menos severa. Aplicação retroativa da lei Arts. 106, CTN Claudio Borba APLICAÇÃO NORMAL Art. 105, CTN RETROATIVA Art. 106, CTN A legislação aplica-se aos fatos geradores futuros e aos pendentes. (irretroatividade ) Em qualquer caso Tratando- se de ato não definitiva- mente julgado, quando a nova lei ... Sendo expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade. Deixe de defini-lo como infração Deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não haja fraude nem falta de pagamento de tributo; Lhe comine penalidade menos severa. Aplicação da legislação Arts. 105 e 106, CTN Claudio Borba JURISPRUDÊNCIA “A regra basilar em tema de Direito intertemporal é expressa na máxima tempus regit actum. Assim, o fato gerador, com os seus consectários, rege-se pela lei vigente à época de sua ocorrência. Ocorrido o fato gerador do tributo anteriormente à vigência da lei que retira a sua natureza sancionatória, viável a aplicação retroativa, porquanto, in casu, se trata de obrigação gerada por infração (art. 106 do CTN).” (REsp nº 750.588/PR – Recurso Especial nº 2005/0080.477-3 – Rel. Ministro Luiz Fux – DJ 13/02/2006,p. 704). Claudio Borba Art. 108 – Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I – a analogia; II – os princípios gerais de direito tributário; III - os princípios gerais de direito público; IV – a eqüidade. Integração da legislação tributária Art. 108, CTN Claudio Borba Art. 108 ... § 1° – O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. § 2° – O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. Integração da legislação tributária Art. 108, CTN Claudio Borba STJ “O ICMS incide, tão-somente, na atividade final, que é o serviço de telecomunicação propriamente dito. O Convênio ICMS no 69/98, ao determinar a incidência do ICMS sobre a habilitação de aparelho móvel celular, empreendeu verdadeira analogia extensiva do âmbito material de incidência do tributo, em flagrante violação ao art. 108, § 1º, do CTN.” (AgRg nos EDcl nº REsp no 712.418/SE – Ministro Francisco Falcão – DJ 19/12/2005) JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba ANALOGIA PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO 1° 2° 3° 4° PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PÚBLICO EQUIDADE Integração da legislação tributária Art. 108, CTN Claudio Borba STJ “ Havendo norma expressa que regule o caso concreto, restam insuscetíveis de uso as formas de integração do Direito Tributário, quais sejam, a analogia, os princípios gerais de Direito Tributário e de Direito Público e a eqüidade (CTN, art. 108, I a IV).” (REsp nº 149.989/SP – Recurso Especial nº 1997/0069.210-8 – Ministro João Otávio de Noronha – DJ 29/03/2004, p. 178; RSTJ vol. 180, p. 273.) JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba STJ “O imposto de renda não incide sobre os valores pagos de uma só vez pelo INSS, quando o reajuste do benefício determinado na sentença condenatória não resultar em valor mensal maior que o limite legal fixado para isenção do referido imposto. ...... (Continua) JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba STJ “O Direito Tributário admite, na aplicação da lei tributária, o instituto da eqüidade, que é a justiça no caso concreto. Ora, se os proventos, mesmos revistos, não seriam tributáveis no mês em que implementados, também não devem sê-lo quando acumulados pelo pagamento a menor pela entidade pública.” (REsp nº 617.081/PR – Recurso Especial nº 2003/0225957-4 – Ministro Luiz Fux – DJ 29/05/2006, p. 159.) JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba Art. 109 – Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. Integração da legislação tributária Arts. 109 e 110, CTN Claudio Borba Art. 110 – A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. Integração da legislação tributária Arts. 109 e 110, CTN Claudio Borba D I R E I T O TRIBUTÁRIO D I R E I T O PRIVADO Integração da legislação tributária Art. 108, CTN Claudio Borba INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO REGRA GERAL Utilizam-se quaisquer métodos de interpretação previstos na hermenêutica. O CTN só exige determinados tipos de interpretação nos arts. 111 e 112. IMPORTANTE !! Claudio Borba INTERPRETAÇÃO LITERAL Art. 111, CTN Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - outorga de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. Claudio Borba Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: I - à capitulação legal do fato; II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. INTERPRETAÇÃO BENIGNA Art. 112, CTN Claudio Borba STJ “O art. 112 do CTN, que recomenda a interpretação mais favorável, somente terá pertinência quando houver dúvida na exegese da norma punitiva. (REsp nº 183.720/SP, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, junho/1999). JURISPRUDÊNCIA Claudio Borba JURISPRUDÊNCIA STJ “Em matéria de juros, não se aplica a legislação mais benéfica ao contribuinte porque não estão em discussão as hipóteses do art. 112 do CTN. Somente quando há índice oficial específico, ou é afastada por inconstitucionalidade da lei que o fixou, é que se aplica o índice comum, previsto no art. 161, § 1º, do CTN.” (REsp nº 294.740/SC – Recurso Especial nº 2000/0137.854-6 – Ministra Eliana Calmon – DJ 06/05/2002, p. 273.) Claudio Borba Interpretação literal da legislação Arts. 111, CTN Suspensão ou exclusão do crédito tributário Outorga (concessão) de isenção Dispensa de obrigação tributária acessória Claudio Borba Natureza ou às circunstâncias materiais do fato ou seus efeitos Autoria, imputabilidade ou Autoria, imputabilidade ou punibilidade Capitulação legal do fatoA lei sobre infrações e penalidades interpreta-se favoravelmente ao sujeito passivo quando houver dúvida com relação: Natureza ou graduação da penalidade Interpretação benigna da legislação Arts. 112, CTN Claudio Borba Interpretação da legislação - Arts. 111 e 112, CTN I N T E R P R E T A Ç Ã O L I T E R A L Interpreta-se literalmente: Suspensão ou exclusão do crédito tributário Outorga (concessão) de isenção Dispensa de obrigação tributária acessória Natureza ou às circunstâncias materiais do fato ou seus efeitos Autoria, imputabilidade ou punibilidade Capitulação legal do fato A lei sobre infrações e penalidades interpreta-se favoravelmente ao sujeito passivo quando houver dúvida com relação: Natureza ou graduação da penalidade B E N I G N A Art. 111, CTN Art. 112, CTN
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