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Depositos concentracao mecanica

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GEOLOGIA ECONÔMICA 
 
Depósitos Minerais Exógenos: 
Processos de Concentração Mecânica 
Prof. Dr. Marcos T.F. Suita 
DEGEO-EM-UFOP 
Novembro, 2011 
Ouro em (meta)conglomerados 
• 1. Introdução 
• 
• Estes depósitos são ditos estratiformes pelo fato de ocorrerem 
como camadas concordantes interestratificadas com sedimentos. 
• Eles estão confinados a certos intervalos estratigráficos e são 
favorecidos por determinados tipos de rochas. 
• Em alguns casos estes depósitos são também ditos "stratabound", 
isto é, estão dentro de determinadas unidades estratigráficas na 
forma de veios, preenchimento de poros ou brechas, ou 
revestimento de cavidades. 
• Como minério "stratabound" eles estão confinados a um 
determinado nível estratigráfico em escala regional, porém são 
discordantes em pequena escala. 
• 
 
• 2. Distribuição e forma 
• 
• Existem exemplos clássicos deste tipo de depósito: 
• 1. Wittwatersrand (Au + U) na África do Sul; 
• 2. Blind River (U), no Canadá; 
• 3. Jacobina (Au), na Bahia; e, 
• 4. Formação Moeda no Quadrilátero Ferrífero (QF), Minas Gerais, Brasil. 
• Todos são depósitos do Arqueano ao Paleoproterozóico e encontram-se 
metamorfisados em baixo grau metamórfico. 
• 
• A forma dos depósitos é a de "blankets" ou "reefs" (que pode ser traduzido como 
bancos ou lentes de conglomerados), que ocupam paleocanais. 
• Os corpos de minério tem sempre uma dimensão maior que as outras duas. 
• Os conglomerados hospedeiros das mineralizações sãode origem fluvial ou 
deltáica de águas rasas. 
• 
 
DEPÓSITOS MINERAIS EXÓGENOS 
Fonte: Decifrando a Terra / TEIXEIRA, TOLEDO, FAIRCHILD e TAIOLI - São Paulo: Oficina de Textos, 2000 
DEPÓSITOS MINERAIS DE CONCENTRAÇÃO MECÂNICA 
(“PLACER”) 
Um depósito tipo placer é um depósito no qual minerais detríticos 
densos (ou pesados) são concentrados durante o processo de 
deposição de sedimentos. Um dos exemplos mais bem conhecidos 
é o depósito de ouro Witwatersrand na África do sul – o maior 
depósito de ouro do mundo 
Exemplos clássicos destes depósitos: 
 
Wittwatersrand (Au + U) na África do Sul; 
 
Blind River (U), no Canadá; 
 
Jacobina (Au), BA, Brasil; 
 
Moeda (Au e U), MG, Brasil. 
 
Todos são Arqueanos e/ou Paleoproterozóicos 
e estão metamorfizados em baixo grau. 
Constituição dos depósitos 
 
Wittwatersrand – 
Pirita, ouro, uraninita e tucholita (agregado 
oxihidrocarbonoso uranífero), além de Os, e Co, Ni, Cu, 
Pb, Zn e arsenetos subordinados. 
 
Cromita e zircão constituem parte da assembléia de 
minerais pesados dos sedimentos. 
 
A relação Au/Ag é, na média, de cerca de 10% de prata 
no ouro. 
 
O minério preenche poros na matriz arenosa ou pode 
aparecer em vênulas. 
 
Constituição dos depósitos 
 
Wittwatersrand (cont.)– 
 
Os metais tem alto teor no metaconglomerado mais 
espesso e os seixos são maiores e bem selecionados. 
 
O ouro e o urânio tendem a se concentrar na porção 
basal dos paleocanais 
 
Analisando a variação do teor em prata, observa-se que 
ela tende a crescer em direção à base das lentes. 
Constituição dos depósitos 
 
Blind River – Teores de 0.1% de U3O8 
O urânio ocorre como braverita 
(U,Ca,Fe++,Y,Th)3(Ti,Si)5O8 ; uraninita, uranotorita, 
tucholita. 
 
Como sulfetos são encontrados pirita, pirrotita, 
esfalerita, molibdenita, galena. 
 
Jacobina – Pirita, ouro e presença de uraninita mais ou 
menos comum. 
 
Moeda – pirita, uraninita (brannerita e coffinita 
secundariamente) e Au. 
Características gerais dos depósitos 
 
Forma dos corpos mineralizados 
 
 “Blankets" ou "reefs" ( o qual pode ser traduzido 
como bancos ou lentes de conglomerados), que 
ocupam paleocanais. 
 
 Os corpos de minério tem sempre uma dimensão 
maior que as outras duas. 
 
 Os conglomerados hospedeiros das mineralizações 
parecem de origem fluvial ou deltáica de águas 
rasas. 
Características gerais dos depósitos 
Forma dos corpos mineralizados 
 
Wittwatersrand 
Os conglomerados marcam a linha de costa da bacia e estão 
associados com quartzitos e alguns folhelhos. 
 
O arcabouço dos conglomerados é o de seixos de quartzo vítreo 
em matriz quartzoza a arcoseana com clorita e sericita. 
 
Os minerais de minério estão sempre na matriz. 
 
As estruturas sedimentares são indicativas de corte e 
preenchimento de canais, acamamento de correntes e canais 
meandrantes. 
 
Em relação com a estratigrafia o minério se posiciona em : 
(a) inconformidades regionais ; (b) quebras estratigráficas 
intraformacionais; e, (c) canais. 
• Em Blind River o minério associa-se a uma sucessão sedimentar 
fluvial a deltáica, com canais que corresponderiam a rios em um 
delta. 
• Teores de 0.1% de U3O8. O urânio ocorre como braverita 
(U,Ca,Fe++,Y,Th)3(Ti,Si)5O8; uraninita, uranotorita, tucholita. 
• Sulfetos: são encontrados pirita, pirrotita, esfalerita, molibdenita, 
galena. 
• 
• Em Jacobina o minério ocorre em um meta-conglomerado piritoso, 
onde seixos de quartzo vítreo estão dispersos em uma matriz com 
clorita, sericita e pirita. Pirita, ouro e uraninita mais ou menos 
comum. 
 
• Moeda 
• A mineralização está associada a metaconglomerados oligomíticos. 
A matriz é quartzosa, sericítica, piritosa e carbonosa. O ouro tem 
relação com essa matéria carbonosa e com a pirita. 
 
Conglomerate 
characteristics 
Deposit 
 
Witwaterstrand 
(South Africa) 
Blind River 
(Canada) 
Tarkwa (Ghana) 
Serra de Jacobina 
(Brazil) 
Nature of 
pebbles 
Oligomictitc, 
polymictic and 
carbon-rich 
Oligomictitc and 
polymictic 
Oligomictitc Oligomictitc 
Pebble 
composition 
Quartz, chert, 
silicified 
limestone, 
volcanic and 
granitoid rxs. 
Quartz, 
metavolcanic 
rxs., feldspar, 
jasper, and 
granite 
Over 90% quartz, 
black shale, chert, 
and volcanic 
clasts 
98% Quartz, 
green quartzite, 
meta-arkose 
Matrix 
composition 
Recrystallized 
quartz, sericite, 
chlorite, 
pyrophyllite, 
heavy minerals, 
often carbon-rich 
Recrystallized, 
quartz, sericite, 
feldspar, chlorite, 
epidote, abundant 
pyrite 
Fine- to medium-
grained quartz, 
hematite, 
magnetite, Fe-Ti 
oxide minerals 
Quartz, sericite, 
fuchsite, detritic 
zircon, and 
chromite 
Ore mineral 
association 
Free gold, gold in 
sulfides and in 
carbonaceous 
seams, detritic Pt-
minerals and 
uraninite 
Detritic uraninite, 
brannerite, 
detritic, and 
secondary pyrite 
Free gold and/or 
intergrown with 
ilmenite-rutile 
aggregates, 
magnetite and 
hematite, and 
rarely with 
carbonate and 
pyrite 
Free gold in 
recrystallized 
conglomerate 
matrix and in 
fractures; gold in 
sulfides and 
uraninite in the 
matrix 
Sources of 
information 
Pretorius (1975) Roscoe (1968) 
Klemd et al. 
(1993) 
Molinari and 
Scarpelli (1988); 
Bateman (1958) 
 
O que nos dizem os isótopos de enxofre (caso de 
Wittwatersrand)? 
 Existe consistência de razões 32S/34S próximas as dos 
valores meteoríticos. Isto sugere uma fonte magmática do 
enxofre. 
 A constância dos valores impede uma extensiva migração 
hidrotermal e uma deposição acrescional de longa 
duração. Estes processos fracionariam o enxofre e 
provocariam uma maior variabilidade dos valores de δ34S. 
 Não há variação entre o enxofre associado com material 
carbonáceo ou não. 
 A constância dos valores indica que não houve 
fracionamento por oxi-redução, como ocorre na superfície 
da terra atual. 
 Quase não há diferença entre o S de piritas detríticas e o 
de recristalizadas. 
 
Assim, um esquema possível para a gênese do depósitoé o seguinte : 
 
 o enxofre da pirita foi derivado de uma fonte ígnea; 
 
 a pirita foi primeiramente depositada num ambiente 
ígneo com pouco fracionamento ou contaminação de 
enxofre; 
 
 a pirita foi erodida, transportada e sedimentada sem 
ser significativamente exposta ao oxigênio, de tal 
modo que o sulfeto não passou para sulfato e então 
reduziu novamente; 
 
 na sedimentação a pirita foi soterrada e protegida de 
oxidação pós-deposicional; e, 
 
 as remobilizações envolveram pouco fracionamento 
e provavelmente ocorreram inteiramente dentro do 
próprio ambiente redutor. 
Frimmel, H. E. 2005 
1 cm 1 cm 
Frimmel, H. E. 2005 
1 cm 
0,5 cm 
1 cm 
5
0
 cm
 
Frimmel, H. E. 2005 
0,2mm 0,2mm 
0,2mm 0,1mm 0,1mm 
DEPÓSITOS MINERAIS DE CONCENTRAÇÃO MECÂNICA 
(“PLÁCERES”) – exemplos brasileiros 
 Diamante das regiões do alto e médio Jequitinhonha – MG 
 Au-U da Serra de Jacobina – BA; 
 Au-U da Fm. Moeda – QF (MG) 
 Au Tapajós (MT) 
 Cassiterita (e topázio) - RO, MT, PA e AM 
 Monazita – ES 
 Ouro, platina, paládio e diamantes, região de Ouro Preto. 
 
• 5. Origem 
• 
• Basicamente três hipóteses : 
• 
• 1. Hidrotermal – considera a introdução de ouro de fonte externa (granitos ou 
secreção lateral) através de soluções aquosas quentes ; 
• 
• 2. Plácer – considera a erosão dos "greenstone belts" adjacentes, transporte e 
deposição em conglomerados do tipo placer ; 
• 
• 3. Plácer modificado – segundo esta hipótese o minério teria sido depositado 
como placer, mas redistribuído depois em pequena escala dentro do depósito. 
• 
• O que nos dizem os isótopos de enxofre (caso de Wittwatersrand) ? 
• Existe consistência de 34S próximo com os valores meteoríticos. Isto sugere uma 
fonte magmática do enxofre. Entretanto, a constância dos valores impede uma 
extensiva migração hidrotermal e também uma deposição acrescional de longa 
duração, pois estes processos dariam muita oportunidade para o fracionamento 
do enxofre e assim provocariam uma maior variabilidade dos valores de 34S. 
• Do mesmo modo, a constância dos valores indica que não houve oportunidade 
para o fracionamento por oxi-redução tal como ocorre na superfície da terra atual. 
 
• Assim, um esquema possível para a gênese do depósito é o 
seguinte : 
• 
• o enxofre da pirita foi derivado de uma fonte ígnea ; 
• a pirita foi primeiramente depositada num ambiente ígneo 
com pouco fracionamento ou contaminação de enxofre ; 
• a pirita foi erodida, transportada e sedimentada sem ser 
significativamente exposta ao oxigênio, de tal modo que o 
sulfeto não passou para sulfato e então reduziu novamente 
; 
• na sedimentação a pirita foi soterrada e protegida de 
oxidação pós-deposicional ; 
• as remobilizações envolveram pouco fracionamento e 
provavelmente ocorreram inteiramente no próprio 
ambiente redutor. 
 
• Bibliografia 
• Ore Petrology – Stanton (pg. 574-575) 
• Ore Deposits Models – Geoscience Canada 
(pg. 95-96) 
• Principais Depósitos Minerais do Brasil - 
DNPM vol. III (pgs. 295 sobre pláceres 
antigos e 299, 463-478 sobre Jacobina) 
• Ore Geology - Evans (pg. 250-252) 
• 
 
Ouro em (meta)conglomerados

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