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COMINAÇÃO E APLICAÇÃO DE PENA - 2014.2

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COMINAÇÃO E APLICAÇÃO DE PENA
	COMINAÇÃO DE PENA
	APLICAÇÃO DA PENA
	- É a previsão abstrata da pena (Sanção)
- é feita pelo legislador;
- tem a finalidade de proteção dos bens jurídicos;
- é feita na parte especial do Código Penal
	- É a pena concreta
- é fixada pelo juiz na sentença;
- tem a finalidade de aplicação da sanção/ coação;
- Feita na parte geral e especial do Código Penal
	A lei que comina pena tem que prever pena mínima e máxima (senão fere-se o princípio da reserva legal).
 	As penas privativas de liberdade são cominadas na parte especial do Código Penal (a parte geral não comina pena privativa de liberdade)
 	As penas previstas na parte geral do Código Penal são as Penas Restritivas de Direitos, que substituem a pena privativa de liberdade.
 	A pena que é cominada tanto na parte geral como na parte especial do Código Penal é a pena de Multa.
 	- Na parte especial, cumulativa ou alternativamente com a pena privativa de liberdade (Furto = Reclusão + Multa);
 	- Na parte geral, como multa substitutiva ou vicariante, que substitui a pena privativa de liberdade. (a parte geral que prevê o mínimo(10d) e máximo (360d) da pena de multa.
APLICAÇÃO DA PENA
É a imposição da pena ao réu pelo juiz na sentença.
PRESSUPOSTOS DE APLICAÇÃO DA PENA
 	Fato típico, Antijuridicidade e Culpabilidade.
 	OBSERVAÇÃO: 1) A PERICULOSIDADE (aptidão para delinqüir) não é pressuposto para aplicação da pena, que será aplicada quer o réu seja ou não perigoso. (ela influirá na dosagem da pena).
 		2) a Periculosidade influi na aplicação de Medida de Segurança.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO DA PENA (Art. 68 CP)
 	O Código Penal adotou o sistema trifásico (Nelson Hungria), que pela maioria da doutrina preserva melhor os princípios da ampla defesa e da individualização da pena.
 	Existe um sistema bifásico (Roberto Lira) que não é adotado no Brasil, sendo que, se utilizado, torna a sentença nula.
 	O juiz tem sempre que fundamentar a sentença, sob pena de nulidade (salvo se a pena for fixada no mínimo legal).
FASES DE APLICAÇÃO DA PENA
 	Na aplicação da pena, então, são utilizadas três fases, distintas e sucessivas:
 	1ª FASE: PENA BASE
 	O juiz fixa a pena base, utilizando os parâmetros do artigo 59 do Código Penal.
	2ª FASE: AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS
 	Artigos 61 a 66 do Código Penal.
	3ª FASE: MAJORANTES E MINORANTES
 	Aplicação das causas de aumento e diminuição de pena.
HIPÓTESE DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA (APÓS A FIXAÇÃO DA PENA)
 	Após a fixação da pena(sistema trifásico), o juiz deve determinar o regime de cumprimento da pena.
 	Após a fixação do regime de cumprimento, o juiz analisa a possibilidade de substituição da pena por:
PENA DE MULTA – a.1. Nos crimes Culposos;
 			a.2. Nos crimes dolosos
 				- Sem Violência ou grave ameaça;
 				- Com pena Privativa de Liberdade igual ou inferior a 4 anos.
 PENA RESTRITIVA DE DIREITO. a.1. Nos crimes Culposos;
 					a.2. Nos crimes dolosos
 					- Sem Violência ou grave ameaça;
 					- Com pena Privativa de Liberdade igual ou inferior a 4 anos.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS – art. 77 CP);
HIPÓTESES DE RECURSO EM LIBERDADE (APÓS A VERIFICAÇÃO DA HIPÓTESE DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA)
 	Se não for possível a substituição, o juiz, verificará a possibilidade do réu recorrer em liberdade.
 	Se o réu for reincidente ou portador de maus antecedentes, não poderá apelar em liberdade, hipótese na qual o juiz, na própria sentença, expedirá o mandado de prisão
ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME
	ELEMENTARES
	CIRCUNSTÂNCIAS
	- São os dados penais que integram a definição da 
 conduta criminosa (no homicídio=Matar alguém);
- excluindo-se a elementar, o crime deixa de existir;
	- são os dados penais que influem na quantidade da 
 pena;
- excluindo-se as circunstâncias, o crime continua 
 existindo, porém com a pena modificada;
 	Ex: 1) No homicídio qualificado (art. 121, §2°, I CP) o motivo torpe é uma circunstância pois, se retirado, persiste o homicídio;
 		2) No Furto praticado durante o repouso noturno (art. 155, §1° CP) o repouso noturno é circunstância, pois se retirado, persiste o crime de furto;
 		3) No Furto do caput (art. 155 CP) a expressão coisa alheia é elementar, pois se retirada, desaparecerá o crime de furto;
	REGRA GERAL – as elementares concentram-se no caput da norma penal incriminadora, enquanto que as circunstâncias encontram-se nos parágrafos.
 	Exceção: Crime de excesso de exação (art. 316, 1°, CP), que apesar de ser um parágrafo do crime de concussão (art. 316 CP), é um tipo penal autônomo, com elementares próprias.
 		4) As elementares não influenciam na pena concreta (o juiz não pode aumentar a pena concreta com base nas elementares), pois integram o tipo penal, não podendo ser usadas na dosagem da pena (dupla valoração do dado penal = bis in idem. (ex: aumentar a pena do homicídio porque a vítima morreu).
CIRCUNSTÂNCIAS:
PODEM SER:
JUDICIAIS;
AGRAVANTES E ATENUANTES;
MAJORANTES E MINORANTES;
QUALIFICADORAS.
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS
 	Previstas no art. 59 do CP. São os critérios que o Juiz utiliza para dosagem da pena base (culpabilidade, antecedentes, personalidade, etc). 
 	Nestas a lei não indica o quantum do aumento ou da diminuição. Porém, as circunstâncias judiciais não podem trazer a pena base para abaixo do mínimo previsto na pena em abstrato, nem elevá-la acima do máximo previsto em lei.
 	Incidem na 1ª Fase da Pena.
AGRAVANTES E ATENUANTES
 	Incidem na 2ª Fase da Pena.
 	2.1. AGRAVANTES GENÉRICAS
 	São as previstas nos artigos 61 e 62 do Código Penal;
 	Não indicam o quantum do aumento da pena, porém não podem elevar a pena acima do máximo.
 	2.2. ATENUANTES GENÉRICAS
 	São as previstas nos artigos 65 e 66 do Código Penal;
 	Também não indicam o quantum da diminuição, que ficará à critério do juiz. (Também não podem diminuir a pena abaixo do mínimo.
MAJORANTES E MINORANTES
	Incidem na 2ª Fase da Pena.
 	3.1. MAJORANTES
 	São causas de aumento de pena (em quantidade fixa ou variável. Ex: “aumento de pena 1/6 até ½”);
 	Pode elevar a pena acima do máximo previsto na pena em abstrato.
AGRAVANTES E MAJORANTES (CAUSAS DE AUMENTO DE PENA)
	AGRAVANTES
	MAJORANTES (CAUSAS DE AUMENTO DE PENA)
	- Estão na parte geral do CP (art. 61 e 62);
- Não podem elevar as penas acima do máximo;
- Incidem na 2ª Fase da aplicação da Pena
- a lei não diz qual o quantum de aumento da pena
	- Estão na parte geral e na parte especial do CP;
- Podem elevar as penas acima do máximo;
- Incidem na 3ª Fase de aplicação da pena
- A lei diz qual o quantum do aumento da pena.
 	3.2. MINORANTES
 	São as causas de diminuição de pena (em quantidade fixa ou variável. EX: quando a lei diz “a pena será reduzida de 1/3 a 2/3” – No caso da tentativa, ou “a pena será reduzida de 1/3 até 1/2” – No caso do Homicídio Privilegiado(art. 121, §1°, CP);
ATENUANTES E MINORANTES (CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DE PENA)
	ATENUANTES
	MINORANTES (CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DE PENA)
	- Estão exclusivamente na parte geral do CP;
- Não podem elevar as penas acima do máximo;
- Incidem na 2ª Fase da Pena de aplicação da pena;
- A lei não diz qual o quantum da diminuição.
	- Estão na parte geral e na parte especial do CP;
- Podem fixar as penas abaixo do mínimo;
- Incidem na 3ª Fase da Pena de aplicação da pena
- A lei diz qual o quantum da diminuição.
QUALIFICADORA
	Incidem na 1ª Fase da aplicação da Pena.
	É o tipo penal derivado do principal, porém com pena mínima e máxima própria, prevista na lei.
 	 EX: 	1) Homicídio Simples (art. 121, Caput, CP) = Pena de 6 a 12 anos.
 		 Homicídio Qualificado (art. 121, §2°, CP) = Pena de 12 a 30 anos.
 		2) Furto Simples (art. 155, Caput, CP) = Pena de 1 a 4 anos.
 		 Furto Qualificado (art. 155, §4°, CP) = Pena de 2 a 8 anos.
QUALIFICADORAS E MAJORANTES (CAUSAS DE AUMENTO DE PENA)QUALIFICADORA
	MAJORANTES (CAUSAS DE AUMENTO DE PENA)
	- Tipo penal derivado do principal, porém com pena mínima e máxima própria, prevista na lei;
- Estão na parte especial do Código Penal;
- Incidem na 1ª Fase da aplicação da Pena (fixação da pena base)
	- É um percentual sobre a pena principal do crime;
- Estão na parte geral e especial do Código Penal;
- Incidem na 3ª Fase de aplicação da pena
TÉCNICA DE APLICAÇÃO DA PENA (Art. 68 CP)
 	O Código Penal adotou o sistema trifásico (Nelson Hungria), que pela maioria da doutrina preserva melhor os princípios da ampla defesa e da individualização da pena.
 	Existe um sistema bifásico (Roberto Lira) que não é adotado no Brasil, sendo que, se utilizado, torna a sentença nula.
 	O juiz tem sempre que fundamentar a sentença, sob pena de nulidade (salvo se a pena for fixada no mínimo legal).
FASES DE APLICAÇÃO DA PENA
 	Na aplicação da pena, então, são utilizadas três fases, distintas e sucessivas:
 	1ª FASE: PENA BASE
 	O juiz fixa a pena base, utilizando os parâmetros do artigo 59 do Código Penal.
	2ª FASE: AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS
 	Artigos 61 a 66 do Código Penal.
	3ª FASE: MAJORANTES E MINORANTES
 	Aplicação das causas de aumento e diminuição de pena.
HIPÓTESE DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA (APÓS A FIXAÇÃO DA PENA)
 	Após a fixação da pena(sistema trifásico), o juiz deve determinar o regime de cumprimento da pena.
 	Após a fixação do regime de cumprimento, o juiz analisa a possibilidade de substituição da pena por:
PENA DE MULTA – a.1. Nos crimes Culposos;
 			a.2. Nos crimes dolosos
 				- Sem Violência ou grave ameaça;
 				- Com pena Privativa de Liberdade inferior ou igual a 4 anos.
 PENA RESTRITIVA DE DIREITO. a.1. Nos crimes Culposos;
 					a.2. Nos crimes dolosos
 					- Sem Violência ou grave ameaça;
 					- Com pena Privativa de Liberdade inferior ou igual a 4 anos.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS – art. 77 CP);
HIPÓTESES DE RECURSO EM LIBERDADE (APÓS A VERIFICAÇÃO DA HIPÓTESE DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA)
 	Se não for possível a substituição, o juiz, verificará a possibilidade do réu recorrer em liberdade.
 	Se o réu for reincidente ou portador de maus antecedentes, não poderá apelar em liberdade, hipótese na qual o juiz, na própria sentença, expedirá o mandado de prisão
FASES DA FIXAÇÃO DA PENA
1ª FASE - FIXAÇÃO DA PENA BASE
 	O ponto de partida para o juiz fixar a pena base é a pena do crime descrito no caput da norma penal ou a qualificadora, se houver.
 	Se houver qualificadora prevista para o crime, o juiz considerará a pena base desta qualificadora, e não a do caput. Somente se não houver qualificadora, a pena a ser considerada será a do caput do artigo.
 	Assim, a qualificadora incide, então, na primeira fase da aplicação da pena.
 	SE HOUVER MAIS DE UMA QUALIFICADORA – o Juiz usa apenas uma circunstância para qualificar o crime, usando a(s) outra(s) circunstância(s) na 2ª fase de aplicação da pena, como agravante(s). (independentemente da(s) mesma(s) constarem na relação das agravantes legais.
CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO DA PENA BASE
 	Estão no artigo 59 CP, que prevê as circunstâncias judiciais, compondo o princípio da suficiência da pena.
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS PRESENTES NO ARTIGO 59 CP
CULPABILIDADE;
ANTECEDENTES;
CONDUTA SOCIAL;
PERSONALIDADE;
CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME;
CONSEQUÊNCIAS DO CRIME e;
COMPORTAMENTO DA VÍTIMA.
 	Na fixação da pena o juiz deve analisar uma a uma estas circunstâncias (não é possível ao juiz, sentenciar dizendo: “tendo em vista as circunstâncias do artigo 59, fixo a pena base em ...”, pois nesta hipótese não foi feita a análise devida das circunstâncias judiciais, a não ser que a sentença esteja fixada no mínimo). Se a pena base for fixada acima do mínimo, será nula.
 	O ideal é que estas circunstâncias sejam numeradas na sentença, com os devidos comentários.
 	OBSERVAÇÃO: 1) O rol das circunstâncias do artigo 59 CP é taxativo. (Porém, a circunstância 
 			 “circunstâncias do crime” permite uma elasticidade).
 2) Na primeira fase da aplicação da pena, a pena base nunca poderá ser fixada abaixo do mínimo e nem acima do máximo;
3) O STF diz que, na primeira fase, a pena base NÃO PODE ser fixada no máximo, pois comprometeria o princípio da individualização da pena;
4) No caso das circunstâncias do artigo 59 serem totalmente desfavoráveis ao réu, o STF diz que a pena base deve ser fixada pelo “termo médio” = soma da pena mínima com a pena máxima, dividido por dois:
 	Ex: uma pena de um a quatro anos = 1+4=5 / 2 = 2 anos e 6 meses
5) a doutrina, porém, de forma unânime, defende a possibilidade de aplicação da pena máxima prevista já na primeira fase.
6) O juiz, na primeira fase, não é possível a compensação de uma circunstância judicial negativa com outra circunstância judicial favorável. O juiz tem que dar o aumento, e depois diminuir, mesmo que o resultado, na prática, seja o mesmo.
1) CULPABILIDADE;
 	É o pressuposto de aplicação da pena e também um dos critérios de dosagem da pena;
 	É o juízo de merecimento da pena;
 	Analisa-se, em maior ou menor grau, os elementos abaixo:
ELEMENTOS DA CULPABILIDADE:
Imputabilidade;
Potencial consciência da ilicitude;
Exigibilidade de conduta diversa.
 	A INTENSIDADE DO DOLO E A GRAVIDADE DA CULPA (crime culposo, mas com uma culpa grave), acabam influenciando a dosagem da pena, na análise da culpabilidade.
 	Sobre isso, analisemos as teorias sobre o assunto:
 	PARA A TEORIA NATURALISTICA – Dolo e Culpa integram a culpabilidade. Assim, dolo e culpa INFLUENCIAM na dosagem da pena base.
	PARA A TEORIA FINALISTA – Dolo e Culpa integram a Tipicidade. Assim, dolo e culpa não influenciam a aplicação da pena base.
 	OBSERVAÇÃO: 1) Quanto mais o agente conhecia a ilicitude, maior o grau de reprovação;
 			2) quanto menos exigível a conduta diversa, menor a culpabilidade.
2) ANTECEDENTES;
 	Diz respeito ao passado, ao histórico criminal do acusado.
 	Lembremos, primeiramente, do princípio da inocência, que diz que ninguém pode ser considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença condenatória. Assim, não podem ser considerados maus antecedentes Inquéritos policiais e ações penais em andamento ou sentenças condenatórias não transitadas em julgado.
CRIME POLÍTICO E CRIME MILITAR PRÓPRIO – Não geram reincidência, mas geram maus antecedentes.
REINCIDÊNCIA E MAUS ANTECEDENTES – Após o cumprimento da pena, e passados cinco anos, a condenação deixa de ser válida para reincidência, mas continua válida como maus antecedentes .
CONDENAÇÃO POR CRIME PRATICADO APÓS – A condenação por crime praticado posteriormente a um outro crime não pode ser considerado como maus antecedentes para este.
EX: 
	CRIME “A”
	CRIME “B”
	- Praticado em 2002;
- julgado em 2008;
	- Praticado em 2004;
- Julgado em 2007;
- Como o crime foi praticado após o crime “a”, não pode ser usado como maus antecedentes no julgamento daquele.
PROVA DOS MAUS ANTECEDENTES
 	Parte da doutrina diz que pode se provar pela folha de antecedentes. Porém,a folha de antecedentes não é documento, não tem fé pública, sendo um escrito sujeito à verificação. Portanto, a maioria da doutrina diz que o documento hábil é a certidão do cartório, comprovando que o sujeito foi condenado com trânsito em julgado.
 	É possível juntar a certidão de maus antecedentes mesmo após as alegações finais. (é um dado objetivo).
CONDENAÇÃO ÚNICA NÃOPODE SER USADA PARA REINCIDÊNCIA E MAUS ANTECEDENTES (súmula 241 STJ)
 	A mesma condenação não pode ser utilizada como maus antecedentes na aplicação da pena, na 1ª fase e como agravante (reincidência) na 2ª fase.
 	STJ – Súmula 241 - 
3) CONDUTA SOCIAL;
	Refere-se ao estilo de vida honesto ou não, ao relacionamento do réu na sociedade (amigos, família, trabalho, etc).
 	Pode ser positivo ou negativo.
 	Difere dos antecedentes, pois não diz respeito à vida criminal doindivíduo.
 	Da mesma forma, não diz que a conduta social tem que ser antecedente ao crime.
 	Exemplos de conduta social negativa:
 		- Réu que perdeu o poder familiar sobre os filhos por ser agressivo;
 		- réu que era empresário e faliu;
 		- réu condenado, com ocorrência de prescrição retroativa (não pode ser usada para 
 		 reincidência, mas para conduta social negativa, sim);
4) PERSONALIDADE;
	É o caráter, a índole do réu.
 	Na análise o juiz investiga se o réu tem ou não o caráter voltado para o crime. É a periculosidade.
 	Exemplos positivos:
 		- réu citado por edital que comparece espontaneamente;
 		- réu que se entrega após decretação de preventiva;
	Exemplos negativos:
 		- réu que no interrogatório demonstra desejo de vingança;
 		- réu que demonstra falta de arrependimento pelo crime;
OBSERVAÇÃO: 1) algumas situações refletem o exercício do direito de ampla defesa, não podendo ser utilizadas contra o réu.
Ex: - Réu que no interrogatório nega a autoria do crime;
 	- réu que exerce o direito de silêncio;
 	- réu que se oculta para não ser citado.
MOTIVOS DO CRIME
 	São os antecedentes psíquicos da ação (são os fatores causais que levaram o agente a agir).
	Dificilmente são levados em conta pelo juiz na fixação da pena base, pois o motivo relevante (moral e social) é utilizado como atenuante (art. 66, III, “a” CP), e os motivos torpe e motivo fútil são utilizados como agravantes (art. 61, “a” CP).
 	No homicídio, inclusive, o motivo relevante (moral e social) é causa de diminuição de pena, transformando o homicídio em privilegiado, e os motivos torpe e motivo fútil funcionam como qualificadoras do homicídio.
5) CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME;
 	Instrumentos do crime, o modo de execução do crime, as relações entre o agente e a vítima, etc.
 	Só são utilizadas as circunstâncias que não são utilizadas como qualificadoras ou como causa de aumento de pena.
 	 Ex: 1) no furto praticado durante o repouso noturno, a circunstância “repouso noturno” já será utilizada como causa de aumento de pena na 3ª fase de aplicação da pena, não podendo ser utilizado negativamente para aumentar a pena base.
 	 2) Se no entanto, o furto praticado durante o repouso noturno for um furto qualificado (art. 155, §4° CP), o aumento de pena previsto em lei para a circunstância “repouso noturno” não se aplica à pena do furto qualificado, devendo, pois, ser utilizada como circunstância desfavorável para o aumento da pena base, na 1ª fase de aplicação da pena.
EXEMPLOS DE CIRCUNSTÂNCIA DESFAVORÁVEIS AO RÉU
 	- Roubo no qual o réu ficou horas apontado a arma para a vítima; 
 	- Numa lesão corporal a vítima já estava caída e o réu continuou chutando-a.
6) CONSEQUÊNCIAS DO CRIME e;
	São os efeitos danosos que o crime produz para a vítima, seus familiares ou para a coletividade.
 	Ex: crime praticado por policial que abala a imagem da corporação.
 	Consequências do crime é diferente de resultado naturalístico.
 	
	CONSEQUENCIAS DO CRIME
	RESULTADO NATURALÍSTICO
	- É efeito da conduta;
- É levada em conta na dosagem da pena base, pois está fora do tipo penal;
	- É efeito da conduta;
- Não é levado em conta na dosagem da pena, porque já integra o tipo penal;
OBSERVAÇÃO: 1) Nos crimes formais, no entanto, o resultado é mero exaurimento do crime, podendo ser utilizado como conseqüência para dosagem da pena base. (ex: No crime de extorsão, a obtenção de vantagem econômica indevida é exaurimento do crime).
7) COMPORTAMENTO DA VÍTIMA.
 	O juiz analisa se o comportamento da vítima contribuiu para a prática do crime. Se sim, isto pode ser utilizado positivamente para o réu.
 	Ex: Agressão após provocação injusta da vítima.
2ª FASE: AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS
ATENUANTES GENÉRICAS (art. 65 e 66 CP)
 	Incidem na 2ª fase da aplicação da pena;
 	A lei não indica o quantum da redução;
 	A pena imposta não pode ser menor que o mínimo legal (súmula 231 STJ);
 	As atenuantes tem incidência obrigatória, salvo duas hipóteses: 
a pena base já foi fixada no mínimo;
quando a atenuante já funciona como causa de diminuição de pena (incidindo na 3ª fase). Ex: relevante valor moral, no crime de homicídio.
 	O rol das atenuantes é meramente exemplificativo, pois o art. 66 prevê a chamada “atenuante inominada”, considerando como atenuante, qualquer fato relevante praticado pelo réu; (zafaroni cita a chamada co-culpabilidade, que é o fato do réu ser criado em ambiente totalmente propício para a prática de crimes, sendo por isto influenciado, sendo o Estado também responsável, por permitir que isto aconteça).
ROL DAS ATENUANTES (art. 65 CP)
Réu menor de 21 anos (ao tempo da conduta);
Réu maior de 70 anos (ao tempo da sentença); - Não confundir com idoso = 60 anos.
Desconhecimento da lei (não confundir com o erro de proibição)
	
	DESCONHECIMENTO DA LEI
	ERRO DE PROIBIÇÃO
	- É efeito da conduta;
- O réu sabe que o que faz é errado, porém desconhece a lei;
Ex: Indivíduo que furta, achando que não é mais crime (ele sabe que é errado).
	- É a falta de possibilidade de conhecer a ilicitude do fato (ele não sabe que o fato é proibido);
- se escusável, exclui a punibilidade;
- se inescusável, diminui a pena (art. 21 CP)
Motivo de relevante valor moral ou social; Não se aplicam aos crimes de homicídio e lesão corporal (pois agem como causa de diminuição de pena);
Arrependimento do réu – que procura, logo após o crime, evitar ou diminuir as conseqüências do seu ato. Deve ser espontâneo. É diferente do arrependimento eficaz, no qual o réu impede o resultado.
Reparação do dano antes da sentença (art. 16 CP);
Coação resistível - (11 minutos e 14 segundos – Módulo 6).
	3ª FASE: MAJORANTES E MINORANTES
 	Aplicação das causas de aumento e diminuição de pena.

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