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ESTUDO CONSTITUCIONAL ll PROVA AV1

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QUESTAO 1 : Intervenção
Conceito:
Intervenção é uma medida através da qual quebra-se excepcional e temporariamente a autonomia de determinado ente federativo, nas hipóteses taxativamente previstas na Constituição Federal.
Trata-se de mecanismo utilizado para assegurar a permanência do pacto federativo, ou seja, para impedir a tentativa de secessão (princípio da indissociabilidade do pacto federativo).
A intervenção é uma exceção, pois em regra todos os entes federativos são dotados de autonomia. “A organização político-administrativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição” (art. 18 da CF).
Intervenções:
* Intervenção da União: nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios localizados em território federal.
* Intervenção dos Estados: nos Municípios localizados nos seus territórios.
Intervenção Federal nos Estados e no Distrito Federal
Conceito:
Processo através do qual a União quebra excepcional e temporariamente a autonomia dos Estados ou do Distrito Federal por descumprimento das regras localizadas no artigo 34 da Constituição Federal
Hipóteses de intervenção federal:
Rol taxativo
* Para manter a integridade nacional (art. 34, I da CF).
* Para repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra (art. 34, II da CF).
* Para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública (art. 34, III da CF).
* Para garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da federação (art. 34, IV da CF).
* Para reorganizar as funções da unidade da Federação que (art. 34, V da CF):
* Suspender o pagamento da dívida fundada por mais de 2 anos consecutivos, salvo motivo de força maior.
* Deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei.
* Para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34, VI da CF).
* Para assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais (art. 34, VII da CF):
- Forma republicana, sistema representativo e regime democrático (art. 34, VII, “a” da CF).
- Direitos da pessoa humana (art. 34, VII, “b” da CF).
- Autonomia municipal (art. 34, VII, “c” da CF).
- Prestação de contas da administração pública, direta e indireta (art. 34, VII, “d” da CF).
- Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde (art. 34, VII, “e” da CF).
Espécies:
- Intervenção espontânea: O Presidente da República decreta a intervenção federal de ofício.
-> Defesa da unidade nacional (art. 34, I e II da CF).
-> Defesa da ordem pública (art. 34, III da CF).
-> Defesa das finanças públicas (art. 34, V da CF).
- Intervenção provocada: O Presidente da República depende da provocação de terceiros para decretar a intervenção federal.Intervenção provocada por solicitação: Defesa dos Poderes Executivo ou Legislativo locais.Se a coação recair sobre o Poder Legislativo ou Executivo, a decretação da intervenção federal pelo Presidente da República dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou Executivo coacto ou impedido (art. 34, IV e art 36, I, 1a parte da CF).
- Intervenção provocada por requisição:
* Requisição do STF: Se a coação recair sobre o Poder Judiciário, impedindo seu livre exercício nas unidades da federação (art. 34, IV e art. 36, II 2a parte da CF).
* Requisição do STF, STJ ou TSE: No caso de desobediência à ordem ou decisão judicial (art. 34, VI da CF).
* O STF pode requisitar não só nas hipóteses de descumprimento de suas próprias decisões como também nas hipóteses de descumprimento de decisões da Justiça Federal, Estadual, do Trabalho ou da Justiça Militar.
- Intervenção provocada por provimento de representação:
* Provimento do STF de representação do PGR: No caso de ofensa aos princípios constitucionais sensíveis e no caso de recusa à execução de lei federal (art. 36, III da CF). A iniciativa do Procurador-Geral da República nada mais é do que a legitimação para a propositura da Ação de executoriedade de lei federal e Ação de inconstitucionalidade interventiva.
Decreto interventivo:
Compete ao Presidente da República a decretação e execução da intervenção federal (art. 84, X da CF).
Nas hipóteses de intervenções espontâneas, o Presidente da República ouvirá o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional (art. 90, I e II da CF).
O Decreto de intervenção especificará a amplitude, o prazo, as condições de execução e, se couber, nomeará o interventor, afastando as autoridades envolvidas. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, §4º da CF).
-> Controle político: O decreto de intervenção será submetido ao Congresso Nacional no prazo de 24 horas (art. 36, §1º da CF). Se este estiver em recesso, far-se-á convocação extraordinária neste mesmo prazo (art. 36, §2º da CF). O Congresso Nacional poderá (art. 49, IV da CF):
* Aprovar a intervenção federal.
* Rejeitar a intervenção federal: Se o Congresso Nacional suspendê-la, o Presidente da República deverá cessá-lo imediatamente sob pena de cometer crime de responsabilidade (art. 85, II da CF).
-> Dispensa do controle político: Nas hipóteses do artigo 34, incisos VI e VII da Constituição Federal. O decreto se limitará a suspender a execução do ato impugnado. Se essa medida não for suficiente para o restabelecimento da normalidade, o Presidente decretará a intervenção federal e submeterá ao controle político (art. 36, §3º da CF).
Intervenção Federal nos Municípios existentes nos territórios federais
Hipótese: Tem cabimento nas mesmas hipóteses de intervenção estadual (art. 35 da CF).
QUESTAO 02 :
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVADA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal.
Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
A CONSTITUIÇÃO DE 1988
Requisitos do Federalismo:
a) repartição de competências:
b) repartição de rendas: entes federativos com capacidade de instituir impostos e repartir receitas tributárias;
c) existência de constituições estaduais: poder de auto-organização dos Estados-membros, com supremacia da Constituição Federal;
d) rigidez constitucional: federalismo protegido por cláusula pétrea;
e) indissolubilidade: união indissolúvel dos entes federativos e integridade nacional;
f) representação senatorial: o Senado Federal é órgão de representação dos Estados-membros no Congresso Nacional (representação paritária), 3 senadores por Estado, eleitos por maioria simples;
g) defesa da Constituição: o STF é o guardião da Constituição;
h) Intervenção Federal: a União, em casos extremos, pode intervir nos Estados-membros.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO: DIVISÃO ESPACIAL DO PODER
UNIÃO
São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras;
V - os recursos naturais da plataforma continental e dazona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Compete à União:
· assegurar a defesa nacional;
· decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
· emitir moeda;
· administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira;
· manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
· organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
· organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional.
ESTADOS FEDERADOS
Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições Estaduais e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal.
Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e micro-regiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
MUNICÍPIOS
O Município reger-se-á por lei orgânica, votada pelos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federa e na Constituição do respectivo Estado.
O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de 5% (cinco por cento) da receita do município;
Compete aos Municípios:
· legislar sobre assuntos de interesse local;
· suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
· criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada pela Câmara Legislativa;
Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
TERRITÓRIOS
A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
Os Territórios poderão ser divididos em Municípios;
As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
INTERVENÇÃO FEDERAL
Em regra nós temos autonomia dos entes federativos, União, Estados, Distrito Federal e Municípios, caracterizada pela tríplice capacidade de auto-organização, normatização, autogoverno e auto-administração. Excepcionalmente, porém, será admitido o afastamento desta autonomia política, com a finalidade de preservação da existência e unidade da própria Federação, através da intervenção federal.
Intervenção: consiste em medida excepcional de supressão temporária da autonomia de determinado ente federativo, fundada em hipóteses taxativamente previstas no texto constitucional, e que visa à unidade e preservação da soberania do Estado Federal e das autonomias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A União, em regra, somente poderá intervir nos Estados-membros e no Distrito Federal, enquanto os Estados somente poderão intervir nos Municípios de seu território.
A União não poderá intervir diretamente nos Municípios, salvo se pertencentes a Território Federal.
É ato privativo do Chefe do Poder Executivo, na União por decreto do Presidente da República e, nos Estados pelo Governador do Estado, a quem caberá também as medidas interventivas.
A União intervirá nos Estados e no Distrito Federal, para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
O Estado intervirá em seus Municípios e a União nos Municípios localizados em Território Federal, quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
O procedimento da Intervenção Federal pode ser explicado em quatro fases, porém, nenhuma das hipóteses apresenta mais de três fases conjuntamente. São:
a) Iniciativa;
b) Fase judicial: somente em duas das hipóteses de intervenção;
c) Decreto interventivo
d) Controle político
A intervenção se formaliza através de decreto presidencial, que deve especificar a amplitude, o prazo e as condições de sua execução e, se necessário for, afaste as autoridades locais e nomeie temporariamente um interventor (como se fosse servidor público federal), submetendo essa decisão à apreciação do Congresso Nacional, em 24 horas, quando realizará o controle político que:
a) poderá rejeitar a medida: o Presidente cessa a intervenção, sob pena de crime de responsabilidade
b) ou aprovar a medida: expede decreto legislativo
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
O princípio da predominância do interesse é o princípio geral que norteia a repartição de competência entre as entidades, segundo o qual:
· à União caberão as matérias e as questões de predominante interesse geral,;
· com os Estados ficarão as matérias e os assuntos de interesse regional;
· com os Municípios, as questões de predominante interesse local.
Classificação das competências
Competência é a capacidade para emitir decisões dentro de um campo específico.
I) Quanto à finalidade:
a) MATERIAL: refere-se à prática de atos políticos e administrativos. Pode ser:
Exclusiva: é a pertencente exclusivamente a uma única entidade, sem possibilidade de delegação (ex. art. 21)
Cumulativa: ou paralela
b) legislativa: refere-se à prática de atos legislativos. Pode ser:
Exclusiva: cabeapenas a uma entidade o poder de legislar, sendo inadmissível qualquer delegação (ex. art. 25, § 1º)
Privativa: cabe apenas a uma entidade o poder de legislar, mas é possível a delegação de competência a outras entidades (ex. art. 22 e seu parágrafo).
Concorrente: competência concomitante de mais de uma entidade para legislar a respeito de matéria (ex. art. 24).
Suplementar: cabe a uma das entidades estabelecer regras gerais e à outra a complementação dos comandos normativos (ex. art. 24, § 2º)
II) Quanto à extensão:
Exclusiva: é a atribuída a uma entidade com exclusão das demais, sem possibilidade de delegação (ex. art. 21);
Privativa: quando, embora própria de uma entidade, seja passível de delegação (ex. art. 22, pú);
Comum, cumulativa ou paralela: quando existir um campo de atuação comum às várias entidades, sem que o exercício de uma venha a excluir a compet6encia da outra, atuando todas juntamente em pé de igualdade;
Concorrente: quando houver possibilidade de disposição sobre o mesmo assunto ou matéria por mais de entidade federativa, com primazia da União no que tange às regras gerais (ex. art. 24);
Suplementar: é o poder de formular normas que desdobrem o conteúdo de princípios ou normas gerais, ou que supram a ausência ou a omissão destas (ex. art. 24, §§ 1º e 4º).
III) Quanto à forma:
a) enumerada ou expressa: quando estabelecida de modo explícito (ex. arts. 21 e 22),
b) reservada ou remanescente: quando compreende toda a matéria não expressamente incluída na enumeração. É a competência que sobra para uma entidade, após a competência da outra (ex. art. 25, § 1º)
c) residual: é a competência que sobra, após enumeração exaustiva das competências de todas as entidades. Assim, é possível que uma entidade tenha competência enumerada e residual, pois pode ainda sobrar competência após enumeração de todas. (ex. art. 154,I),
d) implícita ou resultante: quando decorre da natureza dos poderes expressos, sendo absolutamente necessários para que os mesmos possam ser exercidos. Não precisam ser mencionados, pois sua existência é mera decorrência natural dos expressos.
IV) Quanto ao conteúdo: pode ser social, econômica, política, administrativa, financeira e tributária.
V) Quanto à origem
a) originária: quando, desde o início, é estabelecida em favor de uma entidade,
b) delegada: quando a entidade recebe sua competência por delegação daquela que a tem originariamente.
Competência da União:
art. 21: competência material exclusiva expressa ou enumerada,
art. 22: competência legislativa privativa expressa ou enumerada,
art. 23: competência material comum, cumulativa ou paralela,
art. 24: competência legislativa concorrente,
art. 24 e parágrafos: competência legislativa suplementar,
art. 154, I: competência tributária residual,
art. 153 e incisos: competência tributária enumerada ou expressa.
Competência dos Estados:
art. 25, § 1º: competência reservada ou remanescente,
art. 25, § 2º: competência material exclusiva enumerada e expressa,
art. 23: competência material comum, paralela ou cumulativa,
art. 24: competência legislativa concorrente,
art. 24 e parágrafos: competência legislativa suplementar,
art. 155: competência tributária enumerada ou expressa.
Competência dos Municípios:
art. 30: competência enumerada ou expressa,
art. 23: competência material comum, cumulativa ou paralela,
art. 156: competência tributária enumerada ou expressa.
Competência do Distrito Federal:
art. 32, § 1º: competência reservadas ou remanescentes dos Estados e Municípios,
art. 23: competência material comum, cumulativa ou paralela,
art. 24: competência legislativa concorrente,
art. 155: competência tributária expressa ou enumerada.
QUESTAO 03 : ENTES FEDERADOS E SUAS CARACTERISTICAS
Os entes da federação são dotados de autonomia, a qual se expressa na auto-organização, auto-governo e auto-administração. A auto-organização relaciona-se às competências legislativas conferidas aos entes. Assim à União compete a regulamentação da Constituição Federal e leis federais; os estados federados a Constituição Estadual e leis estaduais, aos municípios a Lei Orgânica do Município e leis municipais e ao Distrito Federal a Lei Orgânica do Distrito Federal e leis distritais.
 
Quanto ao auto-governo, cada ente elege seus próprios governantes (por exemplo é o povo do município que elege seu prefeito e os vereadores, o povo do Distrito Federal que elege o governador e os deputados distritais).
 
No tocante à auto-administração temos as competências tributárias e administrativas conferidas aos entes. A Constituição de 1988 adotou como princípio geral, para fins de repartição de competências entre os entes da Federação, a predominância de interesses e como técnicas principais: a enumeração de poderes da União; o estabelecimento de poderes remanescentes para os Estados; e a definição, por indicação, dos poderes definidos dos Municípios.
 
UNIÃO: A União, internamente, é a pessoa jurídica de direito público, componente da Federação Brasileira e autônoma, na medida em que possui capacidade de auto-organização, autogoverno e auto-administração. Exerce as competências atribuídas pela própria Constituição Federal. Internacionalmente representa a República Federativa do Brasil, exercendo a soberania do Estado Federal.
 
Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são assim exercidos:
 
Poder Executivo: Presidente da República, Vice-Presidente, Ministros, Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional (art. 76 a 91).
 
Poder Legislativo: Congresso Nacional (bicameral), formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal (art. 44 a 75).
 
Poder Judiciário: Justiça Federal (art. 101 a 124).
 
Capital Federal: Brasília (art. 18 § 1º). Brasília não é um Município, distinguindo-se do
 
Distrito Federal, que é ente da federação, ao qual foi vedada a divisão em municípios. Brasília fica localizada no Distrito Federal, é uma cidade que foi designada para ser a capital federal. A capital, contudo, pode ter sua sede transferida (artigo 48, VII).
 
Bens: definidos no art. 20 (atenção para EC.46 - alterou o inciso IV, que passou a ter a seguinte redação: “as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II”).
 
Competências administrativas (materiais):
 
·       Exclusiva – enumeradas no artigo 21 (ex.: manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; emitir moeda).
 
·       Comum – expressas no artigo 23: “É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” (ex.: zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; preservar as florestas, a fauna e a flora; promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico).
 
Competências legislativas:
 
·       Privativa – expressa no artigo 22: “Compete privativamente à União legislar sobre” (ex.: direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; desapropriação; serviço postal; trânsito e transporte; organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes; seguridade social; registros públicos; atividades nucleares de qualquer natureza). No parágrafo único deste artigo 22, está previsto que uma lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questõesespecíficas das matérias relacionadas neste artigo; por força do art. 32, § 1º esta possibilidade estende-se ao Distrito Federal).
 
·       Concorrente – conforme artigo 24 “Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre” (ex.: direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; juntas comerciais; custas dos serviços forenses; educação, cultura, ensino e desporto; previdência social, proteção e defesa da saúde; proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; proteção à infância e à juventude)
 
Obs. Conforme estabelecido nos parágrafos 1º a 4º, do artigo 24, no âmbito da legislação concorrente, a competência da UNIÃO fica limitada a estabelecer NORMAS GERAIS, o que não exclui a COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR DOS ESTADOS. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Mas, a superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE A EFICÁCIA da lei estadual, no que lhe for contrário. Caso essa lei federal com normas gerais seja revogada a lei estadual volta a ter plena eficácia. ATENÇÃO: não inclui o Município. Impostos: art. 153.
 
ESTADOS-MEMBROS: Os Estados-membros são pessoas jurídicas de direito público interno, autônomos. Cada Estado-membro tem capacidade de auto-organização (expressa no poder de elaborar sua Constituição e normas estaduais), auto-governo (eleição de seu governador e deputados estaduais) e auto-administração (competências administrativas e tributos próprios). Consoante já visto, podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito e do Congresso Nacional, por lei complementar (art.18, § 3º).
Organizam-se e regem-se pelas Constituições Estaduais (poder constituinte derivado
decorrente) e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal.
Poder Executivo: Governador e Vice–Governador (art. 28)
Poder Legislativo: Assembléia Legislativa (deputados estaduais) (art. 27).
Poder Judiciário: Justiça Estadual (art. 125 e 126)
Bens: definidos no art. 26
 
Competências administrativas (materiais):
 
·       Exclusiva – disciplinada no artigo 25. No § 1º, está consignada a competência administrativa estadual residual ou remanescente: “são reservados aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”. No § 2º há uma competência administrativa enumerada: “Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação”.
 
·       Comum – art. 23 (“É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”).
 
Competências legislativas:
 
·       Delegada – art. 22, parágrafo único (lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias cuja competência legislativa é privativa da União).
·       Concorrente – art. 24 (suplementar § 2º e supletiva § 3º): “Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre”.
·       Reservada art. 25, § 1º – “são reservados aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”.
·       Enumerada art. 25, § 3º – “Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum”. Impostos: art. 155.
 
MUNICÍPIOS: Os municípios são pessoas jurídicas de direito público interno, autônomos em decorrência da capacidade de auto-organização (expressa no poder de elaborar sua Lei Orgânica e normas municipais), auto-governo (eleição de seu prefeito e vereadores) e auto-administração (competências administrativas e tributos próprios).
No artigo 18, § 4º, como já apresentado, encontram-se as regras para criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios. Esta poderá ser feita por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
 
Os municípios são regidos por Lei Orgânica Municipal, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal, na Constituição do respectivo Estado e numa série de preceitos estabelecidos no artigo 29 da Lei Maior (por exemplo: a inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; o julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; número de vereadores proporcional à população do município).
 
Poder Executivo: Prefeito e Vice-Prefeito - art. 29 (Obs. Apenas nas cidades com mais duzentos mil eleitores haverá segundo turno, nos termos do art. 77)
Poder Legislativo: Câmaras Municipais (vereadores) - art. 29 e 29-A. Nos termos do artigo 29, VII, o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município. Essa regra deve ser compatibilizada com o disposto no art. 29-A. Determina este dispositivo constitucional que o total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar determinados percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior. Estabelece o § 1º do artigo 29-A que a Câmara Municipal não gastará mais de 70 % (setenta por cento) de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores, sendo crime de responsabilidade do Prefeito Municipal efetuar repasse que supere esses limites, não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou enviá-lo a menor. Por sua vez incorrerá crime de responsabilidade o Presidente da Câmara Municipal se o gasto superar os 70 % (setenta por cento) da receita com folha de pagamento.
 
Poder Judiciário: NÃO POSSUI!
 
Competências Administrativas:
 
·       enumerado – art. 30 (instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental; prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual (guarda municipal – art. 144, § 8º).
 
·       comum art. 23
 
Competências Legislativas:
 
·       exclusiva - art. 30, I (legislar sobre assuntos de interesse local); art. 182, § 1º (plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana e tem por objetivoordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.)
 
·       suplementar - art. 30, II (suplementar a legislação federal e a estadual no que couber). Impostos: art. 156 Fiscalização do Município: conforme artigo 31, será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Destaca-se ser vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais, assim os municípios que já possuíam tais órgãos permaneceram com os mesmos e os que não tinham agora não podem criar. Há ainda previsão de um controle popular, pois as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
 
DISTRITO FEDERAL: É também unidade federada dotada de autonomia, com capacidade de auto-organização (rege-se por Lei Orgânica - art. 32 e leis distritais), auto-governo (eleição de seu governador e deputados da Câmara Legislativa) e auto-administração (competências administrativas e tributárias próprias). O artigo 32 veda a divisão do Distrito Federal em Municípios.
 
Poder Executivo: Governador e Vice–Governador (art. 32, § 2º)
Poder Legislativo: Câmara Legislativa (deputados distritais) (art. 32, § 2º e 3º).
Poder Judiciário: organizado e mantido pela União, por lei federal (art. 48 – Compete ao
Congresso Nacional com a sanção do Presidente da república, a organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal).
 
Bens: definidos por lei federal (art. 16, § 3º do ADCT).
 
Competências:
 
·       as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios (art. 32, § 1º);
·       comum (art. 23);
·       concorrente (art. 24);
·       delegada (art. 22, parágrafo único).
 
Impostos: art. 155 e 156.
 
TERRITÓRIOS
São meras divisões administrativas da União, sendo também denominados como autarquias territoriais. Atualmente não existe território no Brasil. Existia até 1988, eram eles: Roraima, Amapá e Fernando de Noronha – Ver artigos 14 e 15 do ADCT. Estão tratados nos artigos 33 e 18, §2º. Ressalta-se que os Territórios podem dividir-se em Municípios. Dispõe o artigo 45, § 2º que cada Território elegerá quatro Deputados Federais, contudo, não haverá escolha de Senador.
 
Princípio da Predominância do Interesse (para identificar a competência): os assuntos de predominante interesse local devem ser regulamentados pelo Município; sendo de interesse regional ou se abranger mais de um Município, ficam a cargo do Estado; a competência será da União quando predominante ao interesse nacional.
QUESTAO 04 : ESTADO DE SIITO E ESTADO DE DEFESA
Três distinções entre os Estados de Defesa e de Sítio
O objetivo desta breve postagem é o de compartilhar três breves distinções entre os Estados de Defesa e de Sítio.
Não são as únicas diferenças, mas ao menos servem para que se tenha um primeiro contato com os temas, situados no Título V da Constituição (Defesa do Estado e das Instituições Democráticas).
Tanto o Estado de Defesa quanto o Estado de Sítio estão previstos nos artigos 136 a 141 da Constituição de 1988 e representam situações de restrição aos direitos fundamentais em nome da preservação do próprio Estado.
Sendo assim, a primeira diferença entre os Estados diz respeito à forma de decretação: enquanto o Estado de Defesa exige decreto do Presidente da República (art. 136, § 1º), que, a seguir, é sujeito a exame do Congresso Nacional (art. 136, § 4º), no Estado de Sítio o Presidente da República precisa primeiro solicitar ao Congresso Nacional autorização para a sua decretação, diante de sua maior gravidade (art. 137, caput).
Nota-se, então, a segunda diferença, a qual contempla o tempo de duração de cada regime. Enquanto o Estado de Defesa possui duração máxima de 30 dias, prorrogável, uma vez, por igual período (art. 136, § 2º), há duas situações a serem enfrentadas em se tratando do Estado de Sítio, dispostas no art. 138, § 1º. No caso do artigo 137, inciso I (Estado de Sítio envolvendo comoção grave de repercussão nacional ou em caso de ineficácia do Estado de Defesa), o regime excepcional dura no máximo 30 dias, prorrogável, de cada vez, por igual período. Vale salientar, ainda, que existe uma outra modalidade de Estado de Sítio, regrada pelo artigo 137, II, da CF/88: nesse segundo caso há duração indeterminada, já que se trata do Estado de Sítio que ocorre caso de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Por fim, a terceira diferença diz respeito às medidas que podem ser tomadas no Estado de Defesa e no Estado de Sítio. Enquanto no Estado de Defesa podem ser tomadas as medidas previstas no artigo 136, § 1º, da Constituição, o Estado de Sítio contempla, mais uma vez, duas situações díspares: no caso do Estado de Sítio com fundamento no artigo 137, I, podem ser adotadas as medidas previstas no artigo 139 da Constituição; já no caso do Estado de Sítio decretado com fundamento no artigo 137, II, não há previsão expressa das medidas que podem ser tomadas, o que evidencia a gravidade da situação.
Vale lembrar, ainda, que na vigência do Estado de Defesa, do Estado de Sítio ou de Intervenção Federal a Constituição não será emendada, em virtude de serem situações de limites circunstanciais ao exercício do Poder Reformador (artigo 60, § 1º, da Constituição Federal).
am
Subiu para 71 o número de cidades em situação de emergência em decorrência das chuvas em Minas. Os últimos municípios a terem o decreto confirmado foram Patrocínio de Muriaé, Visconde de Rio Branco, Guaraciaba, Moeda e Senador Nordestino Gonçalves.”
Na esfera federal, existem ‘estado de defesa’ e ‘estado de sitio’. O estado de sítio é muito mais grave que o estado de defesa, e ambos só podem ser decretados pelo presidente da República. 
O estado de defesa é decretado para preservar ou restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
O estado de sítio é decretado quando estado de defesa não resolveu o problema, quando o problema atinge todo o país, ou em casos de guerra.
Já nas esferas estadual e municipal existem ‘estado de calamidade pública’ e situação de emergência.
A situação de emergência é muito menos grave do que o estado de calamidade pública. O Decreto 7.257/10, que rege o Conselho e o Sistema Nacional de Defesa Civil (Condec e Sindec), estabelece a diferença entre eles:
Situação de emergência: a situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido
Estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido
Eles podem ser decretados tanto pelo prefeito quanto pelo governador. Mas se for decretado pelo prefeito, precisa ser homologados pelo governador e reconhecido pelo Ministro da Integração Social, para ter validade estadual e federal, respectivamente.
Quando a situação de emergência ou estado de calamidade pública são decretados, o município ou estado podem ter acesso ao FUNCAP (Fundo Especial para Calamidades Públicas), que é um fundo especial no qual a União deposita R$3 para cada R$1 depositado pelo município ou estado.
QUESTAO 05
COMISSOES DO CONGRESSO NACIOAL PERMANENTES E TEMPORARIAS
	
Conforme art. 58 da Constituição, o Congresso Nacional e suas Casas terão comissões parlamentares permanentes e temporárias. Há previsão constitucional tambémde comissões mistas e de uma comissão representativa do Congresso Nacional. A doutrina define essas comissões parlamentares como organismos constituídos por cada uma das Casas do Congresso Nacional, em geral compostas de um número limitados de membros, com o objetivo de estudar e examinar proposições legislativas, apresentando ao final um parecer.
As comissão são criadas na forma dos respectivos regimentos internos de cada órgão parlamentar. Suas atribuições estão também previstas nesses regimentos ou no seu ato de criação. Conforme o § 1º do art. 58, será assegurada nas comissões parlamentares, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos e blocos parlamentares.
Comissões parlamentares permanentes
As comissões parlamentares permanentes são também chamadas de comissões técnicas ou comissões em razão da matéria. Suas atribuições estão relacionadas nos incisos do § 2º do art. 58 da Constituição, reproduzidos a seguir:
I – discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III – convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI – apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
Conforme o caput do art. 61 da Constituição, também cabe às comissões da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional a iniciativa das leis complementares e ordinárias.
São exemplos de comissões permanentes do Senado Federal a Comissão de Assuntos Econômicos, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e a Comissão de Assuntos Sociais.
Na Câmara dos Deputados, dentre outras, temos a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, e a Comissão de Defesa do Consumidor.
Comissões parlamentares temporárias
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
As comissões parlamentares temporárias ou especiais são criadas para a apreciação de matéria específica. Elas são extintas logo que cumprida a finalidade para a qual foram criadas ou no fim da legislatura.
As comissões parlamentares de inquérito (CPI) são um tipo especial de comissão temporária, criadas para investigar fato certo e determinado.
Comissões parlamentares mistas
As comissões parlamentares mistas são formadas por Deputados e Senadores para a apreciação de assuntos que devam ser examinados em sessão conjunta. É o caso, por exemplo, da Comissão Mistas de Orçamento, prevista no art. 166 da Constituição, cujas atribuições estão relacionadas no § 1º do mesmo artigo, reproduzido a seguir:
1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
Comissão representativa do Congresso Nacional
A comissão representativa é constituída somente durante o recesso parlamentar, ou seja, fora da sessão legislativa ordinária prevista no art. 57 da Constituição. Essa comissão representa o Congresso Nacional durante esse período.
A comissão representativa é eleita pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal na última reunião de cada período da sessão legislativa ordinária. Como as demais, deve sempre refletir, na medida do possível, a proporcionalidade da representação partidária nas Casas.
No primeiro recesso parlamentar, que ocorre de 18 a 31 de julho, a comissão é eleita na última reunião do primeiro período legislativo ordinário, que vai de 2 de fevereiro a 17 de julho. Da mesma forma, no segundo recesso, de 23 de dezembro a 1º de fevereiro, a comissão é eleita na última reunião do segundo período legislativo, que vai de 1º de agosto a 22 de dezembro.
As atribuições da comissão representativa estão previstas no Regimento Comum do Congresso Nacional.
Veja como esses detalhes sobre as comissões parlamentares são cobrados em provas de concurso público:
Questão (FUNDEP – TCE/MG – Auditor): São competências de uma comissão permanente da Câmara de Deputados, EXCETO:
a) Convocar o Presidente da República e Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições.
b) Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão.
c) Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil
d) Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas.
e) Exercer a iniciativa das leis complementares e ordinárias, na forma e nos casos previstos na Constituição da República.
Resposta: Letra A.
Comentário: Às comissões permanentes, na letra do art. 58, § 2º, III, cabe convocar somente Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições, mas não o Presidente da República. As demais são atribuições dessas comissões conforme art. 58, § 2º, V (letra B), II (letra C) e IV (letra D), e o art. 61, caput (letra E).
 
Questão (CESPE – Câmara dos Deputados – Consultor Legislativo): Às comissões permanentes da Câmara dos Deputados é dado o poder de convocar ministros de Estado, bem como autoridades e cidadãos.
Resposta: Errado.
Comentário: Em relação aos Ministros de Estado, a Constituição prevê que as comissões permanentes podem convocá-los para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições (art. 58, § 2º, III). Quanto às autoridades e cidadãos, a previsão é de que essas comissões possam solicitar depoimentos (art. 58, § 2º, V).
 
Questão (FCC – TRE/SP – Analista Judiciário): As comissões próprias do Poder Legislativo com atribuições, dentre outras, de realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; e as comissões instituídas durante o recesso parlamentar, eleitas pelas Casas do Congresso Nacional na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, dizem respeito, respectivamente, à Comissão
a) especial e mista.
b) permanente e representativa.
c) mista e parlamentar de inquérito.
d) parlamentar de inquérito e permanente.
e) representativa e especial.
Resposta: Letra B.
Comentário: Conforme art. 58, § 2º, II e § 4º do mesmo artigo.
 
Questão (FCC – TRF4 – Técnico Judiciário): A Comissão do Congresso Nacional constituída durante o recesso, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária, denomina-se, constitucionalmente de Comissão
a) mista.
b) representativa
c) permanente.
d) parlamentar de inquérito.
e) de Constituição e Justiça.
Resposta: Letra B.
Comentário: Novamente, conforme art. 58, § 4º, da Constituição.
 
Questão (CESPE – Polícia Federal – Delegado de Polícia): Cabe à comissão mista permanente de senadores e deputados federais examinar e emitir parecer sobre as contas apresentadas pelo presidente da República.
Resposta: Certo.
Comentário: Conforme art. 166, § 1º, I, da Constituição.
 
Questão (FGV – Senado Federal – Técnico Legislativo): As comissões permanentes e temporárias do Congresso Nacional e de suas casas legislativas:
a) na sua composição devem respeitar a representação proporcional de partidos e blocos parlamentares que participam da respectiva casa legislativa.
b) não podem convocar Ministros de Estadopara prestar informações, pois tal prerrogativa é exclusiva das Comissões Parlamentares de Inquérito.
c) podem ser dissolvidas por deliberação do Presidente da respectiva casa legislativa.
d) As comissões permanentes têm atribuição apenas de discutir projetos de lei, ficando a votação reservada ao Plenário da respectiva casa legislativa.
e) As comissões temporárias só funcionam durante o recesso do Congresso Nacional e têm atribuição de apreciar.
Resposta: Letra A.
Comentário: Conforme art. 58, § 1º, da Constituição.
 
Questão (VUNESP – TJ/SP – Juiz): No tocante às Comissões Parlamentares, é equivocado dizer:
a) a Constituição Federal prevê a constituição das Comissões Permanentes, das Comissões Temporárias, das Comissões Mistas e das Comissões Parlamentares de Inquérito.
b) as Comissões Mistas são sempre Temporárias, extinguindo-se ao preencherem os fins a que se destinam.
c) as Comissões Parlamentares de Inquérito têm por objeto a apuração de fato determinado e têm prazo certo de funcionamento.
d) as Comissões Permanentes organizam-se em função da matéria de sua competência.
e) a Comissão Representativa tem por atribuição representar o Congresso Nacional durante o recesso parlamentar.
Resposta: Letra B.
Comentário: O art. 166, § 1º, da Constituição, prevê a formação de comissão mista permanente, não sendo elas, portanto, necessariamente temporárias.
QUESTAO 06
ORGANIZAÇAÕ CASAS DO CONGRESSOS E SEUS CARGOS
	
	Tipo
	Tipo
	Bicameral
	Câmaras
	Senado Federal
(Câmara alta)
Câmara dos Deputados
(Câmara baixa)
	Liderança
	Presidente
do Senado
	Eunício Oliveira, PMDB - CEdesde 1 de fevereiro de 2017
	Presidente
da Câmara
	Rodrigo Maia, DEM - RJ desde 14 de julho de 2016
	Lider do Governo
	André Moura, PSC - SE
	Lider da Minoria
	Décio Lima, PT - SC
	Estrutura
	Membros
	594
81 (Senado Federal)
513 (Câmara dos Deputados)
	
	Grupos políticos:
Senado
	Expandir
	
	Grupos políticos:
Câmara
	Expandir
	Eleições
	Última eleição:
Senado
	1 de fevereiro de 2017
	Última eleição:
Câmara
	2 de fevereiro de 2017
	Sede
	
	Palácio do Congresso Nacional
Brasília, Distrito Federal
	Site
	http://www.congressonacional.leg.br/
O Congresso Nacional é o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções do poder legislativo, quais sejam, elaborar/aprovar leis e fiscalizar o Estado brasileiro (suas duas funções típicas), bem como administrar e julgar (funções atípicas). O Congresso é bicameral, logo composto por duas Casas: o Senado Federal (integrado por 81 senadores, que representam as 27 unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal) e a Câmara dos Deputados (integrada por 513 deputados federais, que representam o povo). O sistema bicameral foi adotado em razão da forma de Estado instalada no País (federado), buscando equilibrar o peso político das unidades federativas.
No Senado Federal, todos os estados (e o Distrito Federal) têm o mesmo número de representantes (três senadores), independentemente do tamanho de suas populações; enquanto na Câmara dos Deputados, o número de representantes de cada unidade federativa varia conforme o tamanho da sua população (estados mais populosos, como São Paulo, chegam a eleger 70 deputados, ao passo que os menores, como o Acre, elegem oito).
O Congresso reúne-se anualmente na capital federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro. Até a emenda constitucional nº 50 de fevereiro de 2006 (EC 50/2006), o período era de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro (regimento interno da Câmara dos Deputados).
Cada um desses períodos é chamado de período legislativo, sendo o ano conhecido como sessão legislativa ordinária. A legislatura é o período de quatro anos no qual o Congresso se reúne que coincide com o mandato de deputado federal. Quando o Congresso é reunido fora dos períodos legislativos é necessário ser feita uma convocação extraordinária, instalando-se a denominada sessão legislativa extraordinária. O presidente do Congresso Nacional é o presidente do Senado Federal, já que o presidente da Câmara é o terceiro na linha de sucessão presidencial, após o vice-presidente do Brasil.[1]
Índice
  [esconder] 
1Estrutura
1.1Casas
1.2Órgão deliberativo
1.3Atual Mesa Diretora
1.4Bancadas parlamentares
2Congressistas
2.1Das prerrogativas dos congressistas
2.1.1Imunidade material
2.1.2Imunidade formal
2.2Foro por prerrogativa de função
2.3Outras garantias dos congressistas
3Competências
4O edifício
5Regimento Comum do Congresso Nacional do Brasil
6Ver também
7Referências
8Ligações externas
Estrutura[editar | editar código-fonte]
Casas[editar | editar código-fonte]
O processo legislativo brasileiro é bicameral, pois envolve a manifestação de vontade de duas câmaras legislativas para a produção das normas jurídicas. As normas que se submetem a esse procedimento são as emendas à Constituição Federal, as leis federais complementares, ordinárias e delegadas, as medidas provisórias, os decretos legislativos federais e as resoluções comuns das duas casas do Congresso Nacional do Brasil.
Todas essas normas são apreciadas pelas duas Casas, em conjunto ou separadamente. Os projetos que tramitam conjuntamente nas duas Casas são os relativos às leis orçamentárias - Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e suas alterações e as Medidas Provisórias editadas pelo Poder Executivo.
Além disso, ainda submetem-se a deliberação das duas Casas, em sessão conjunta, os vetos presidenciais a projetos de lei, e a criação de créditos adicionais [2]
Plenário da Câmara dos Deputados.
 
Plenário do Senado Federal.
 
Uma das várias salas de comissões.
 
Salão nobre do Senado Federal
Órgão deliberativo[editar | editar código-fonte]
O órgão deliberativo de direção do Congresso Nacional é a Mesa (Mesa do Congresso Nacional). Para a composição da sua Mesa, o Congresso se utiliza de membros da Mesa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Ver hierarquia abaixo.
Nota: Órgão administrativo, na estrutura da organização estatal entende-se como ente desconcentrado da união, o que não é o Congresso Nacional. Trata-se apenas de um ente deliberativo que ocorre com a reunião entre as duas Casas (Art. 57, §5º, CF).
	Presidente
	Presidente da mesa do Senado Federal
	1º Vice-presidente
	1º Vice-presidente da Câmara dos Deputados
	2º Vice-presidente
	2º Vice-presidente do Senado Federal
	1º Secretário
	1º Secretário da Câmara dos Deputados
	2º Secretário
	2º Secretário do Senado Federal
	3º Secretário
	3º Secretário da Câmara dos Deputados
	4º Secretário
	4º Secretário do Senado Federal
Atual Mesa Diretora[editar | editar código-fonte]
Presidente: Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE)
1ª Vice-Presidente: Deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG)
2º Vice-Presidente: Senador João Alberto Souza (PMDB-MA)
1º Secretário: Deputado Fernando Giacobo (PR-PR)
2º Secretário: Senador Gladson Cameli (PP-AC)
3º Secretário: Deputado João Henrique Caldas (PSB-AL)
4º Secretário: Senador Zezé Perrella (PMDB-MG)
Bancadas parlamentares[editar | editar código-fonte]
Ver artigos principais: Bancada da bala, Bancada evangélica e Bancada ruralista
No Congresso Nacional são estabelecidas bancadas/frentes parlamentares em torno de agendas temáticas que defendem. Destacadamente, os congressistas estão agrupados em cinco delas: da bala ou "policial", evangélica (Frente Parlamentar da Evangélica), ruralista (Frente Parlamentar da Agropecuária), sindical e "LGBT".[3]
Congressistas[editar | editar código-fonte]
Os membros do Congresso Nacional, também conhecidos como congressistas ou parlamentares, são os senadores (representantes das unidades federativas: 26 Estados-membros além do Distrito Federal) e deputados (representantes dos cidadãos).[4] Não pode haver qualquer diferença entre a remuneração dos deputados e senadores.
	e • d Sumário de resultados das eleições de outubrode 2014 do Congresso Nacional do Brasil
	Coligação
	Partidos
	Câmara
	Senado
	
	
	Votos
	% dos votos
	Assentos
	% dos assentos
	+/–
	Votos
	% dos votos
	Novos assentos
	Total de assentos
	% dos assentos
	+/–
	Coligação Com a
Força do Povo
(Governista)
	 
	Partido dos Trabalhadores
	13.554.166
	14,00%
	70
	13,65%
	–18
	15.155.818
	17,00%
	2
	12
	14,81%
	–2
	
	 
	Partido do Movimento Democrático Brasileiro
	10.791.949
	11,15%
	66
	12,87%
	–13
	12.129.969
	13,61%
	5
	18
	22,22%
	–2
	
	 
	Partido Social Democrático
	5.967.953
	6,16%
	37
	7,21%
	Novo
	7.147.245
	8,02%
	2
	3
	3,70%
	Novo
	
	 
	Partido Progressista
	6.178.949
	6,38%
	36
	7,02%
	–5
	1.931.738
	2,17%
	1
	5
	6,17%
	±0
	
	 
	Partido da República
	5.633.054
	5,82%
	34
	6,63%
	–7
	696.462
	0,78%
	1
	4
	4,94%
	±0
	
	 
	Partido Republicano Brasileiro
	4.408.641
	4,55%
	21
	4,09%
	+13
	301.162
	0,34%
	0
	1
	1,23%
	±0
	
	 
	Partido Democrático Trabalhista
	3.469.168
	3,58%
	19
	3,70%
	–9
	3.609.643
	4,05%
	4
	8
	9,88%
	+4
	
	 
	Partido Republicano da Ordem Social
	1.977.117
	2,04%
	11
	2,14%
	Novo
	2.234.132
	2,51%
	0
	1
	1,23%
	Novo
	
	 
	Partido Comunista do Brasil
	1.913.015
	1,98%
	10
	1,95%
	–5
	803.144
	0,90%
	0
	1
	1,23%
	−1
	
	Total
	53.894.012
	55,66%
	304
	59,26%
	+4
	44.009.313
	49,36%
	15
	53
	65,43%
	+3
	Coligação Muda Brasil
(Oposição)
	 
	Partido da Social Democracia Brasileira
	11.071.772
	11,43%
	54
	10,53%
	+1
	23.880.078
	26,79%
	4
	10
	12,35%
	−1
	
	 
	Partido Trabalhista Brasileiro
	3.914.193
	4,04%
	25
	4,87%
	+4
	2.803.999
	3,15%
	2
	3
	2,47%
	−3
	
	 
	Democratas
	4.080.757
	4,21%
	22
	3,94%
	–21
	3.515.426
	4,29%
	3
	5
	6,17%
	−1
	
	 
	Solidariedade
	2.637.961
	2,72%
	15
	2,92%
	Novo
	370.507
	0,42%
	0
	1
	1,23%
	Novo
	
	 
	Partido Trabalhista Nacional
	720.878
	0,74%
	4
	0,78%
	+4
	2.741
	0,00%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	 
	Partido da Mobilização Nacional
	467.777
	0,48%
	3
	0,58%
	–1
	57.911
	0,06%
	0
	0
	0,00%
	−1
	
	 
	Partido Ecológico Nacional
	663.108
	0,69%
	2
	0,39%
	Novo
	65.597
	0,07%
	0
	0
	0,00%
	Novo
	
	 
	Partido Trabalhista Cristão
	338.117
	0,35%
	2
	0,39%
	+1
	21.993
	0,02%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	 
	Partido Trabalhista do Brasil
	812.206
	0,84%
	1
	0,19%
	–2
	11.300
	0,01%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	Total
	24.706.769
	25,52%
	128
	24,95%
	+3
	30.729.552
	34,47%
	9
	19
	23,46%
	−5
	Coligação Unidos pelo Brasil
(Oposição)
	 
	Partido Socialista Brasileiro
	6.267.878
	6,47%
	34
	6,63%
	±0
	12.123.194
	13,60%
	3
	7
	8,64%
	+4
	
	 
	Partido Popular Socialista
	1.955.490
	2,02%
	10
	1,95%
	–2
	0
	0,00%
	0
	0
	0,00%
	−1
	
	 
	Partido Humanista da Solidariedade
	917.647
	0,95%
	5
	0,97%
	+3
	0
	0,00%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	 
	Partido Republicano Progressista
	723.965
	0,75%
	3
	0,58%
	+1
	170.527
	0,19%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	 
	Partido Social Liberal
	808.710
	0,84%
	1
	0,19%
	±0
	0
	0,00%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	 
	Partido Pátria Livre
	141.254
	0,15%
	0
	0,0%
	Novo
	29.366
	0,03%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	Total
	10.814.944
	11,17%
	53
	10,33%
	+2
	12.323.087
	13,82
	3
	7
	8,64%
	+3
	Não coligados
	 
	Partido Social Cristão
	2.448.898
	2,53%
	12
	2,34%
	–5
	19.286
	0,02%
	0
	0
	0,00%
	−1
	
	 
	Partido Verde
	2.004.464
	2,07%
	8
	1,56%
	–7
	536.978
	0,60%
	0
	1
	1,23%
	+1
	
	 
	Partido Socialismo e Liberdade
	1.745.470
	1,80%
	5
	0,97%
	+2
	1.045.275
	1,17%
	0
	1
	1,23%
	−1
	
	 
	Partido Social Democrata Cristão
	500.021
	0,52%
	2
	0,39%
	+2
	31.011
	0,03%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	 
	Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
	450.393
	0,47%
	1
	0,19%
	–1
	38.429
	0,04%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	 
	Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
	182.760
	0,19%
	0
	0,00%
	±0
	345.200
	0,39%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	 
	Partido Comunista Brasileiro
	66.615
	0,07%
	0
	0,00%
	±0
	68199
	0,08%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	 
	Partido da Causa Operária
	12.969
	0,01%
	0
	0,00%
	±0
	8.561
	0,01%
	0
	0
	0,00%
	±0
	
	Total de votos válidos
	96.827.315
	100,00%
	513
	100,00%
	±0
	89.154.621
	100,00%
	27
	81
	100,00%
	±0
	
	Referências: Câmara, Senado
Das prerrogativas dos congressistas[editar | editar código-fonte]
Congresso Nacional ao entardecer.
Com a finalidade de garantir a independência do Poder Legislativo, os parlamentares possuem algumas prerrogativas, dentre as quais, encontram-se as imunidades.
Imunidade material[editar | editar código-fonte]
Também conhecida como inviolabilidade, consiste em afastar a ilicitude dos crimes de opinião ('por exemplo, injúria, difamação, calúnia, entre outros), quando praticados por parlamentares no exercício de suas funções. Assim, os parlamentares são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras ou votos, devendo, para tanto, haver uma pertinência temática, com o exercício do mandato parlamentar.
Imunidade formal[editar | editar código-fonte]
Congresso Nacional do Brasil (arquitetura de Oscar Niemeyer).
É a prerrogativa que garante ao parlamentar a impossibilidade de ser preso, salvo em flagrante delito de crime inafiançável, ou, ainda, a sustação do andamento da ação penal, neste caso, somente por crimes praticados após a diplomação. Assim, o congressista não poderá sofrer qualquer tipo de prisão cautelar, prisão preventiva ou prisão por sentença penal transitada em julgado. Caso seja preso em flagrante por crime inafiançável, a sua manutenção na prisão dependerá da autorização da Casa (por votação da maioria dos seus membros) a qual ele pertença. Já no caso da sustação do andamento do processo criminal, após a Emenda Constitucional n. 35,o parlamentar só poderá ter suspenso o seu processo pela respectiva Casa e, ainda sim, somente nos crimes praticados após a sua diplomação. Dessa forma, caso a Casa pretenda suspender o processo criminal contra o seu membro, será necessária a iniciativa de partido político nela representado, além da aprovação, pelo voto da maioria de seus membros. Com a suspensão do processo, os prazos prescricionais ficam suspensos.
Foro por prerrogativa de função[editar | editar código-fonte]
Também conhecido pelo "senso comum" como foro privilegiado, o foro por prerrogativa de função ou ratione muneris, consiste em outra garantia funcional conferida aos parlamentares. Visa proteger o bom funcionamento do Congresso Nacional, impedindo que os seus membros sejam perseguidos politicamente por meio de ações judiciais. Assim, após a diplomação, os congressistas só poderão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Após a revogação da Súmula 394, pelo STF, encerrado o mandato do parlamentar, não compete mais a esse Tribunal julgar os ex-parlamentares, devendo os mesmos serem processados como quaisquer outros cidadãos.[5]
Outras garantias dos congressistas[editar | editar código-fonte]
Visando assegurar ao máximo o bom funcionamento do Poder Legislativo, os seus membros possuem outras garantias:
Não poderão ser incorporados às Forças Armadas, ainda que militares e em tempo de guerra, somente podendo sê-lo com a prévia licença da respectiva Casa.
Os congressistas não são obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
Caso o parlamentar se licencie para exercício de cargo executivo, perderá as suas prerrogativas.
Competências[editar | editar código-fonte]
	
	Parte da série sobre
	Política do Brasil
	Constituição[Expandir]
	Executivo[Expandir]
	Legislativo[Expandir]
	Judiciário[Expandir]
	Eleições[Expandir]
	Divisões administrativas[Expandir]Tópicos relacionados[Expandir]
	 Portal do Brasil
	v • e
Ao Congresso Nacional compete dispor, com a sanção da presidente da República, sobre todas as matérias de competência da União, em especial:
sistema tributário, arrecadação e distribuição de renda;
plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento público, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;
fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas;
transferência temporária da sede do Governo Federal;
concessão de anistia;
organização administrativa e judiciária do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, dos Territórios e do Distrito Federal;
criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas;
criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;
telecomunicações e radiodifusão;
matéria financeira, cambial e monetária instituições financeiras e suas operações;
moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
fixação do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
É de competência exclusiva do Congresso Nacional:
Gabinete do Presidente do Congresso.
Sessão final da Assembleia Constituinte de 1988 envolvendo parlamentares das duas casas.
resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;
autorizar o presidente e o vice-presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;
aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
mudar temporariamente sua sede;
fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores;
fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado;
julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;
apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
autorizar referendo e convocar plebiscito;
autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;
aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.
O edifício[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Edifício do Congresso Nacional
Vista noturna do Congresso Nacional.
O Congresso sediou-se no Rio de Janeiro, da Independência até 1960. A partir de 1926, o Palácio Tiradentes abrigou os trabalhos do Congresso Nacional. Em 1960, houve a transferência para Brasília, e desde então o Congresso Nacional opera no Palácio Nereu Ramos. Como a maioria das construções oficiais brasilienses, o edifício do congresso foi projetado por Oscar Niemeyer, e segue o estilo da arquitetura brasileira moderna. O responsável pelo cálculo estrutural do edifício foi o engenheiro Joaquim Cardozo.[6]
A semiesfera à esquerda é o assento do Senado, e o hemisfério à direita é o assento da câmara dos deputados. Entre eles há duas torres dos escritórios. O congresso ocupa também outros edifícios vizinhos, alguns deles interconectados por um túnel.
O edifício é situado no meio do Eixo Monumental, a principal avenida da capital brasileira. Na frente dele há um grande gramado, onde acontecem passeatas, protestos e outras manifestações públicas. Na parte de trás do edifício, se encontra a praça dos Três Poderes, onde estão o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
Em 6 de dezembro de 2007, o Iphan decidiu pelo tombamento da estrutura arquitetônica do Congresso Nacional. O prédio está compreendido no patrimônio da Unesco, como peça urbanística do Plano Piloto de Brasília, desde 1987.[7]

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