Buscar

THP AE01 Breve linha do tempo

Prévia do material em texto

THP 
TEORIA E HISTÓRIA DO PAISAGISMO 
PROF. ARQ. LEONARDO MARQUES HORTENCIO 
 
 
AE-01 
 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
ESTÁCIO 
2016-01 
 
 
 
AE01- Linha do Tempo 
da Arquitetura da Paisagem 
 
Os Espaços Abertos 
nos Diferentes Períodos Históricos 
 
A arquitetura da paisagem teve grande desenvolvimento em diversos 
períodos da história. Entre as primeiras referências constam os jardins da 
Mesopotâmia datados de três mil anos antes de Cristo. Entre eles 
despontam os Jardins Suspensos da Babilônia (600 a.C. ) considerados 
uma das sete maravilhas do mundo antigo. 
Os jardins do antigo Egito são os mais antigos de que temos registros. 
Construídos por volta de 2000 a.C. Caracterizavam-se por linhas retas 
e formas geométricas em perfeita simetria. 
Agora de Assos – 200 a.C 
a. Templo e portão de entrada 
b. Stoa (pórticos – com função comercial) 
c. Bouluterion (assembléia) 
d. Stoa sobre banhos públicos 
 
a 
b 
c 
d 
O espaço aberto na arquitetura grega: a praça. 
Atenas – a Ágora e a Acrópole – 300 a.C 
O Foro romano 
Século VI - I a.C 
A Praça medieval 
Il Campo – Siena (Italia) – século XIII 
Renascença 
A praça: onde as ideias da nova cidade 
são implantadas 
Palmanova – Italia -1593 
Vincenzo Scamozzi 
Piazza della Signoria 
Florença (Italia) – séculos XIV-XVI 
A praça de São Pedro 
Bernini – século XVII 
ARGAN, Giulio Carlo. El concepto del espacio arquitectonico: desde el 
barroco a nuestros dias. Buenos Aires: Nueva Vision, 2003. 
1506 – Bramante 
1546 – Michelangelo (Bruneleschi-Duomo Firenze) cruz grega – 1590 
1605-1614 – Maderno (ampliação leste-cruz latina e fachada) 
1659 – Bernini Praça de São Pedro 
A fachada de Maderno - 1605-1614 
A praça de Bernini - 1659 
A praça do Capitólio – Roma 
 Michelangelo - 1536 
Estátua de Marco Aurélio 
Palazzo Senatorio (Pref. Roma) 
Palazzo dei Conservatori 
(governo da cidade na 
 Idade Média) 
Palazzo Nuovo 
(1º Museu público 
Clemente XII) 
Cordonata 
A 1ª Praça Real 
Place des Vôsges – Paris 
Baptiste du Cerceau – 1605-12 
A vegetação data de 1680 
Tilia sp. (cordata) 
Período barroco 
As Praças Reais 
Henrique II foi ferido em um torneio realizado na praça e veio a falecer (1559-Hôtel des Tournelles) 
Place Vendôme – Paris 
Jules Hardouin-Mansart - 1699 
O barroco da nobreza 
O modelo francês: 
“jardim sublime” 
O período barroco foi, talvez, onde a aristocracia mais valorizou os jardins e 
parques junto a palácios e castelos. São desta época os jardins franceses ou 
“sublimes” e os jardins ingleses ou “pintorescos” que ainda hoje influenciam 
alguns arquitetos e servem de referência para releituras contemporâneas de 
alguma componentes. 
Chantilly (1659) e Versailles (1661) 
 Andre Le Nôtre 
O modelo inglês 
jardim “pintoresco ou paisagista” 
Stourhead – Wiltshire (Inglaterra) 
Henry Hoare / Henry Flitcroft – (1741) 
Wimbledon Park Londres 
Lancelot "Capability" Brown 1716–6 February 1783) 
A revolução industrial 
 O sanitarismo, 
 as transformações urbanas 
Haussmann (prefeito 1853-1870) e Alphand 
Birkenhead – 1847 (Inglaterra) 
 Joseph Paxton 
Central Park (1857) –Nova York 
 F. L. Olmsted e C. Vaux 
Na nascente arquitetura 
modernista podemos citar as 
propostas das cidades jardim de 
Ebenezer Howard. 
 
Os planos urbanos de Le 
Corbusier incluem grandes 
espaços livres ajardinados, 
 
mas o modernismo deu, ao 
menos teoricamente, pouco valor 
aos espaços abertos. No Brasil 
tivemos a felicidade de contar 
com Roberto Burle Marx que 
revolucionou o desenho de 
parques, praças e jardins e se 
tornou, muito justificadamente, 
um ícone internacional desta 
arte. 
 
 
 
Brasil 
 
Roberto Burle Marx (1909-1994) 
e a reinterpretação do jardim 
Não obstante esta trajetória, na segunda metade do século XX, a arquitetura 
praticamente deixou de considerar importante a concepção dos espaços 
abertos. Prova disto é a afirmação de François Barre “Quando se lançou o 
concurso esperava-se que fosse a ocasião para o «grande debate» sobre a 
relação entre a edificação e a paisagem.” (BARRÉ, 1987, p. 63). Entre os anos 50 
e 80 a paisagem, em geral era considerada acessória ao projeto da edificação. 
Felizmente nas duas ultimas décadas do século anterior passou a haver uma 
compreensão de que a edificação só pode ser concebida como parte da 
paisagem, sendo esta, matéria essencial na organização do espaço 
arquitetônico. 
 
 
 
Arquitetos como Tschumi, Koolhaas, o grupo Plot (Julien De Smedt and 
Bjarke Ingels ), o FOA (Alejandro Zaera-Polo e Farshid Moussavi), o grupo Metapolis 
(Manuel Gausa, Willy Müller, et alii) entre tantos outros passaram a conceber 
a paisagem como essencial na criação do espaço arquitetônico. 
 
 
Alejandro Zaera-Polo 
Foreign Office Architects afirma: 
 
O enorme interesse em torno da paisagem, tão comum nas 
discussões arquitetônicas contemporâneas, 
é um sinal inequívoco de que já não confiamos mais nas relações 
clássicas entre o edifício e o solo, nem na definição convencional 
do solo como algo delimitado, estável, horizontal e homogêneo. 
Pelo contrário, a paisagem só é interessante se a entendemos em 
seu sentido mais amplo: como uma categoria do sistema 
operativo topográfico, e não como uma categoria do entorno 
construído; uma “plataforma”, e não um “lugar”. 
Novo conceito de parque 
 La Villette (concurso – 1982) 
 espaço da cidade contemporânea 
City of Culture – Galicia (Espanha) 
 Peter Eisenman (concurso – 1999) 
Três layers: 
•Sobreposição da malha medieval de Santiago 
 à topografia da colina; 
•Sobreposição de uma malha cartesiana a essa; 
•Distorção dessas geometrias planas, 
 em computador gerando uma 
 superfície topológica; 
 Topologia. 1. topografia (descrição ou delineação); 2. GRAM. Tratado ou 
estudo sobre a colocação ou disposição, na frase, de certas categorias de 
palavras 3.MAT estudo das propriedades geométricas de um corpo, que não 
sejam alteradas por um a deformação contínua. (Houaiss, 2001). 
Zentrum Paul Klee – (2006) Berna (Suiça) 
 Renzo Piano 
Jardim Botânico de Barcelona (2000) 
 Carlos Ferrater, Josep Lluís Canosa, 
 arquiteta paisagista Bet Figueras 
ARFEUILLE, Flore d’; JAULIN, Béatrice. Paris, La Villette. Paris: Gallimard, 1996. 
 
BARRÉ, François. Entretien. Techniques et Architecture, Paris, n. 370, p. 63-80, mar. 1987. 
 
BAUDRILLARD, Jean. O claustro moderno do século XXI. Jornal do 
Brasil, Rio de Janeiro, p. 10, 29 out. 1989. 
 
BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2007. 
 
BUTLAR, Adrian Von. Jardines del clasicismo y el romantismo: el jardin paisagista. Madrid: Nerea. 1993. 
 
Diccionario metápolis de arquitectura avanzada. Barcelona: Actar, 2004. 
 
ENGE, Torsten Olaf; SCHROER, Carl Friedrich. Garden architecture in Europe, 1450-1800: from the villa garden of the 
Italian Renaissance to the English landscape garden. Koln: Taschen, 1992. 
 
FLEMING, Laurence. Roberto Burle Marx: a portrait. Rio de Janeiro: Index, 1996. 
 
FLETCHER, Banister. A history of architecture: on the comparative method for students, craftsmen e amateurs. 15ed 
London: Batsford, 1950. 
 
FROTA, Leila Coelho. Burle Marx: paisagismo no Brasil. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1994. 
 
GORELIK, Adrián. La grilla y el parque. Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes, 1998. 
 
KOSTOF, Spiro. The city assembled: the elements of urban form through history. London: Thames and Hudson, 2001. 
 
LATARJET, Bernard & MORENO, Jean-Claude. Le parc urbain de La Villette. Vis a vis, Paris, n. 3, numéro spécial, hiver 
1996.LEMOS, Paulo; SCHWARTSTEIN, Eduardo C. R. Burle Marx. São Paulo: Lemos Editorial, 1996. 
 
MOHR, Udo Silvio. FACULDADE DE ARQUITETURA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, 
2003. Os grandes espaços do lazer urbano, arquitetura dos parques públicos: morfologia, tipologia e 
potencialidades. Porto Alegre, 2003. Dissertação Mestrado. 
 
ORLANDINI, Alain. La Villete 1971-1995: histoires de projets. Paris: Somogy Editions D'Art, 1999. 
 
Paris Pratique. Paris: Ed. L’Indispensable, 1998 
 
PROMENADE a la Villette. Paris: Somogy, 1997. 
 
ROGERS, Elizabeth Barlow. Rebuilding Central Park: a management and restoration plan. Cambridge: MIT, 1987. 
 
ROSENZWEIG, Roy; BLACKMAR, Elizabeth. The park and the people: a history of Central Park. Ithaca: Cornell 
University, 1998. 
 
SEGAWA, Hugo. Ao amor do público: jardins no Brasil. São Paulo: Studio Nobel, 1996. 
Referências bibliográficas 
Créditos das imagens 
BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2007. 
 
 
ENGE, Torsten Olaf; SCHROER, Carl Friedrich. Garden architecture in Europe, 1450-1800: from the villa garden 
of the Italian Renaissance to the English landscape garden. Koln: Taschen, 1992. 
 
FLEMING, Laurence. Roberto Burle Marx: a portrait. Rio de Janeiro: Index, 1996. 
 
FLETCHER, Banister. A history of architecture: on the comparative method for students, craftsmen e amateurs. 
15ed London: Batsford, 1950. 
 
FROTA, Leila Coelho. Burle Marx: paisagismo no Brasil. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1994. 
 
http://earth.google.com 
 
http://rpbw.r.ui-pro.com/ 
 
 
KOSTOF, Spiro. The city assembled: the elements of urban form through history. London: Thames and Hudson, 
2001. 
 
LEMOS, Paulo; SCHWARTSTEIN, Eduardo C. R. Burle Marx. São Paulo: Lemos Editorial, 1996. 
 
MOHR, Udo Silvio (diversas imagens). 
 
ORLANDINI, Alain. La Villete 1971-1995: histoires de projets. Paris: Somogy Editions D'Art, 1999. 
 
Paris Pratique. Paris: Ed. L’Indispensable, 1998 
 
PROMENADE a la Villette. Paris: Somogy, 1997. 
 
ROGERS, Elizabeth Barlow. Rebuilding Central Park: a management and restoration plan. Cambridge: MIT, 
1987. 
 
www.centralparknyc.org/site/PageServer 
 
www.educatorium.com/images/projetos_referenciais/affonso%20reidy%20e%20BURLE%20MARX_ATERRO%20FL
AMENGO-2.jpg 
 
www.eisenmanarchitects.com 
 
www.fascinioegito.sh06.com/jardins.htm 
 
www.mtholyoke.edu/.../Enlightenment.htm 
 
www.palmanova.it/pal_frame.htm 
 
www.pt.wikipedia.org/wiki/Jardins_suspensos_da_Babil%C3%B3nia 
 
www.students.sbc.edu/gregg09/Gregg%20Versailles%20gardens%20background.htm 
 
 
 
 
 
 
PESQUISA PARA PRÓXIMA AULA 
 
1. DIFERENÇA ENTRE ESPAÇO EDIFICADO E ESPAÇO LIVRE DE 
EDIFICAÇÃO 
2. ESPAÇOS ABERTOS 
3. PAISAGISMO 
4. ARQUITETURA DA PAISAGEM 
5. PAISAGEM

Continue navegando