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A Inclusão do aluno Com Transtorno do Espectro Autista no Ensino Regular

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SUMÁRIO
11 INTRODUÇÃO	�
12 DESENVOLVIMENTO	�
1. Como a escola deve se organizar para receber o público-alvo da Educação
Especial, no que se refere às práticas que contribuem para o
desenvolvimento da cultura inclusiva?
2. Qual o respaldo legal para a inclusão do aluno PAEE?
3. Em um contexto de escola inclusiva, que tenha um aluno com as
características de Paulo, como vocês agiriam, enquanto professores que
compõem a equipe dessa escola?
4. Como a família poderia auxiliar no desenvolvimento dessas estratégias?
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................1
14. CONCLUSÃO	�
1REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo o levantamento de alguns tópicos referentes à escola inclusiva e a discussão da sua relevância tanto para o desenvolvimento pessoal do docente, como também o da sociedade como um todo. 
Primeiramente são apresentadas algumas práticas que viabilizariam a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais, como: uma equipe bem qualificada em um ambiente adaptado para eles e uma integração com a família dos estudantes para garantir seu bem-estar.
 Depois, serão citadas algumas leis e medidas nacionais e internacionais que foram criadas visando a busca pela educação inclusiva, que traz consigo a qualificação profissional e melhoria nas condições de vida dos alunos. 
Por último, seguirá a reflexão do grupo quanto à situação-problema apresentada, correlacionando a mesma aos conceitos aprendidos ao longo do semestre.
DESENVOLVIMENTO
Práticas efetivas para uma escola inclusiva
A escola inclusiva é o modelo de educação no qual o ensino é voltado para as especificidades de cada aluno, com adaptações curriculares, acessibilidade, com profissionais de apoio, como os TILS (Tradutores e Interpretes de Língua Brasileira de Sinais) e os professores do AEE (Atendimento Educacional Especializado), possibilitando a educação do Público Alvo da Educação Especial nas classes de ensino regular.
Para uma inclusão efetiva desses alunos, a escola precisa garantir adaptações baseadas no conhecimento prévio da condição física, intelectual, visual e auditiva dos seus alunos. Práticas de inclusão são feitas para atender as necessidades de cada indivíduo, considerando as suas especificidades, para só assim planejar o desenvolvimento das habilidades que o aluno já possui e trabalhar os déficits de maneira adequada, visando o bem-estar e desenvolvimento dos educandos. Para isso, a escola precisa garantir que a Equipe de Instrução tenha formação adequada e atualizada.
 
Que os espaços físicos tenham mobiliário adequado, rampas de acesso aos ambientes comuns, portas largas para possibilitar a entrada de cadeiras de rodas, corrimão, uso de tecnologia assistiva como: pranchas de comunicação alternativa, adequações do material didático, adaptações no currículo escolar, profissionais de apoio, participação da família e trabalho integrado com os possíveis atendimentos que esse aluno recebe fora do ambiente escolar.
A proposta da escola inclusiva surgiu como o melhor meio de construir uma sociedade inclusiva; considerando a escola como a base da sociedade, e a necessidade de garantir que a escola seja um patrimônio de todos. Viabilizando a preparação dos alunos com deficiência para a vida em sociedade. Contudo esse modelo proporciona muito mais do que isso, a inclusão valoriza a diferença, auxilia no desenvolvimento da sensibilidade e respeito às pessoas, ou seja, há um enriquecimento pessoal e profissional de todos os envolvidos. Elucida o saber coletivo, pois aprendemos por meio das relações, mas também o individual quando nos coloca como partícipes de uma construção social que requer responsabilidade, maturidade e discernimento.
Leis que garantem a inclusão do PAEE no ensino regular
Ao longo da história, as pessoas com deficiência foram vítimas de abandono e extermínio, tiveram a sua deficiência posta acima do indivíduo e conviveram com muitos mitos acerca da sua condição. Contudo, nos últimos anos podemos perceber que os governos vêm buscando por meio de documentos e leis, melhores condições de vida, qualificação profissional e a tão atual educação inclusiva. 
A primeira declaração que aponta a necessidade de garantir os direitos básicos e inerentes a vida humana foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que trouxe consigo os ideais da Revolução Francesa e que influenciou outros documentos como a Declaração de Jomtien, também conhecida como a Declaração Mundial da Educação para todos, que se estabeleceu por meio conferencial no ano de 1990 para garantir a universalização do ensino básico.
 A Declaração de Jomtien foi um marco importante na história da educação, pois nela foi ressaltado a importância da educação nos mais profundos problemas sociais como o rápido aumento da população, as mortes de crianças que poderiam ser evitadas, as guerras civis, a violência, a degradação do meio ambiente. E como a falta de instrução de uma significativa parcela da população impede que a sociedade se posicione assertivamente. Também foi responsável por associar a baixa escolaridade a condições de vida precárias e a refletir sobre as mudanças que ocorreram e vêm ocorrendo nos últimos anos sobre a produção de conhecimento e o acesso à informação e, principalmente, as novas formas de comunicação que viabilizam a erradicação do analfabetismo.
 
Posteriormente, no ano de 1994, foi realizada a Declaração de Salamanca com objetivo de conceber o acesso de crianças, jovens e adultos com necessidades especiais à educação regular. Nessa conferência o modelo de educação proposto situou o educando como participante do processo de aprendizagem, e trouxe pela primeira vez um sistema de ensino voltado para as especifidades de cada aluno. Além disso, esclareceu que a deficiência é apenas uma característica do indivíduo e que o desenvolvimento das capacidades do aluno também depende dos recursos disponíveis.
 
A partir de meados do século XX com a intensificação dos movimentos sociais de luta contra todas as formas de discriminação que impedem o exercício da cidadania das pessoas com deficiência surge a nível mundial o desafio de uma sociedade inclusiva (INCLUSÃO – REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2010, p. 20).
No Brasil, em 1961 foi criada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que norteia a prática pedagógica no país. Trazendo a educação como um direito de todos e a transmissão de conhecimento como um patrimônio cultural inviolável. No seu artigo 88, menciona que a educação dos "Excepcionais" deve ser feita no ensino regular sempre que possível como forma de integrar as pessoas com necessidades especiais na sociedade. Mais tarde, no ano de 1973, o decreto n°72.425 trouxe a regulamentação do ensino especial no país por meio do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP) com a proposta de expansão e melhoria da qualidade do ensino especial no período pré-escolar, nos 1° e 2° graus, superior e supletivo, para os deficientes visuais, auditivos, mentais, físicos, educandos com problemas de conduta para os que possuem deficiências múltiplas e os super dotados. A Constituição da República de 1988 reforça o dever do Estado em garantir o Atendimento Educacional Especializado no ensino regular e a igualdade de condições de acesso e permanência na escola. No ano de 1996, influenciada pelo modelo de escola inclusiva apresentado na Conferência de Salamanca, a Lei n° 9.394 ou Lei de Diretrizes e Bases (LDB) traz conceitos até então inexistentes na legislação brasileira, como a necessidade de adaptações do currículo, a formação de professores e o uso de recursos para melhor atender às necessidades da criança com deficiência, transtornos globais dedesenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
 
Em um contexto de escola inclusiva, que tenha um aluno com as
características de Paulo, como vocês agiriam, enquanto professores que compõem a equipe dessa escola?
Diante da situação de Paulo e considerando o contexto de escola inclusiva podemos afirmar que como professores de Paulo, nós iríamos reunir a gestão da escola e a família do Paulo para buscar melhorias na inclusão dele na sala de aula. Solicitando um auxiliar capacitado para a função, adaptações no currículo trazendo mais atividades visuais, uso de prancha de comunicação para desenvolver a comunicação do aluno. Buscar por meio de atividades pedagógicas incluir os outros alunos na realidade da criança autista, e desenvolver vínculos saudáveis apesar das diferenças. 
Também solicitar a mãe do aluno um kit de higiene pessoal para que a escola possa ter autonomia nos cuidados básicos do aluno. É imprescindível o acompanhamento dos tratamentos que Paulo faz fora do ambiente escolar, assim podemos buscar ajuda de outros profissionais que ajudam Paulo no seu desenvolvimento.
Sabemos que as mudanças muitas vezes assustam, mas devem acontecer. Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações são muitas vezes a concretização do óbvio, do simples, do que é possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem muitas resistências, se não aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades. (MANTOAN, 2003, p. 56).
O papel da família na inclusão do aluno na escola
O papel da família no que se refere ao processo educativo dos alunos com necessidades especiais é muito importante para o desenvolvimento do aluno dentro e fora da sala de aula. É importante que a família saiba quais são os recursos utilizados na educação dele na classe regular e também no Atendimento Educacional Especializado (AEE) para assim poder ajudar esse aluno nas suas tarefas de casa e no seu aprendizado como um todo, pois sabemos que muitas vezes a aquisição de habilidades vistas por nós como simples e corriqueiras são um grande avanço para a pessoa com necessidades especiais. 
A presença da família dentro do contexto escolar também agrega muito aos recursos usados no ensino do aluno, pois os responsáveis são as pessoas que mais conhecem a criança e podem ser uma ponte para o professor estabelecer vínculo com o aluno.
 
Segundo a LDB e o Estatuto da Criança e do Adolescente, as escolas têm a obrigação de se articular com as famílias, e os pais têm o direito a ter ciência do processo pedagógico. Os pais precisam trabalhar a evolução da autonomia a cada dia, garantindo assistência médica, com acompanhamento psicológico para acompanhar o desenvolvimento, psiquiátrico para avaliar a necessidade de medicação e fonoaudiólogo para desenvolver a fala.
 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Transtorno do Espectro Autista, ou simplesmente Autismo é um assunto complexo, e necessita de uma análise particular em cada criança ou pessoa.
Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo: tomar banho ou preparar a própria refeição.
 É classificado em 3 graus atualmente: autismo Leve, autismo Moderado, autismo Severo.
 Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.
O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo.
Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender.
As pessoas com Transtornos do Espectro Autista. Podem se destacar em habilidades visuais, música, arte e matemática
A maioria das pessoas com autismo é boa em aprender visualmente;
Algumas pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exatidão;
Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média;
É provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos, sejam repetidos;
Algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse especifico durante muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins;
A paixão pela rotina pode ser fator favorável na execução de um trabalho;
Indivíduos com autismo são funcionários leais e de confiança;
4. CONCLUSÃO
Portanto, para se ter uma escola inclusiva de fato é necessário que a Unidade Escolar tenha meios de acessibilidade que possibilitem a locomoção e a aprendizagem desses alunos, como estrutura física adequada como por exemplo, rampas, corrimãos, material em braile, entre outros e também a capacitação da equipe técnica para desempenhar determinadas atividades, como por exemplo a Língua de Sinais.
 A escola deve estar preparada para receber os alunos especiais, já que é na escola onde aprendemos a dar nossos primeiros passos no convívio social, sendo assim: não pode se recusar a receber esses alunos, já que é obrigatoriedade das escolas regulares a aceitarem alunos especiais.
 uma vez que temos leis que garantem este acesso às escolas regulares. Juntamente com a família, a escola deve atuar pelo bem comum que é a educação do aluno especial e preparando o mesmo para o convívio em sociedade.
Mesmo diante de tantas dificuldades, a inclusão se faz necessária e é um direito do aluno especial, uma vez que a nossa constituição nos garante que somos todos iguais perante a lei.
5. REFERÊNCIAS 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948.
MENDES, G. et. al. Atendimento Educacional Especializado: por entre políticas,
práticas e currículo – Um espaço tempo de inclusão? In: Revista Contrapontos -
Eletrônica v. 11 - n. 3 - p. 255-265. Set-dez 2011. Univali, 2011.
CORDE. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994.
https://www.infoescola.com/educacao/declaracao-de-salamanca/
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. MEC/SEESP, 2001.
http://portal.mec.gov.br/par/192-secretarias-112877938/seesp-esducacao-especial-2091755988/12648-diretrizes-nacionais-para-a-educacao-especial-na-educacao-basica
KAFROUNI, Roberta Mastrantonio; DE SOUZA PAN, Miriam Aparecida Graciano. A inclusão de alunos com necessidades educativas especiais e os impasses frente à capacitação dos profissionais da educação básica: um estudo de caso. Interação em Psicologia (Qualis/CAPES: A2), v. 5, n. 1, 2001.
Marcos Históricos da educação especial no Brasil, disponível em<http://cmoreira2.jusbrasil.com.br /artigos/111821610/marcos-historicos-e-legais-da-educacao-especial-no-brasil>acesso em 15 de setembro de 2015
Série 'Autismo' no FANTÁSTICO
Fantástico estreia nova série sobre Autismo, 
com Dr. Dráuzio Varella.
'Autismo: Universo Particular'
https://www.youtube.com/watch?v=OvFNiFQuGPA
Sistema de Ensino Presencial Conectado
 LINCENCIATURA EM GEOGRAFIA
heslen lima teixeira
luciano da silva
natacia rosa
nicholas silva da rocha
raellyne menezes gouveia
thaiza de freitas da silva
A Inclusão do aluno Com Transtorno do Espectro
Autista no Ensino Regular
Cabo Frio
2018 
heslen lima teixeira
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A Inclusão do aluno Com Transtorno do Espectro
Autista no Ensino Regular
 
Trabalho apresentado em requisito a Produção Textual
de Grupo relativa ao 1o Semestre, Portfólio para as
Disciplinas de:
Educação Inclusiva - Juliana Chueire Lyra
LIBRAS- LínguaBrasileira de Sinais - Sandra Cristina Malzinoti Vedoato
Homem, Cultura e Sociedade - Marcio Gutuzo Saviani
Educação e Tecnologias - Amanda Larissa Zilli 
Práticas Pedagógicas: Identidade Docente - Luana Pagano Peres Molina
 
Tutor de sala: Gessica Rosa Mendes
Tutor eletrônico: Natalia Micheli Villa
Da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
Cabo Frio
2018

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