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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC - EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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UNIP – Universidade Paulista 
Educação a Distância 
Curso: Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REIS, Tatiane / 1919214 
SOUZA, Andriele Aila Mancini Fernandes de / 1734552 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
 
2019 
REIS, Tatiane 
SOUZA, Andriele Aila Mancini Fernandes de 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Monográfico – Curso de 
Graduação – Licenciatura em 
Pedagogia, apresentado à Comissão 
julgadora da UNIP EaD sob orientação 
da professora Fabiana Freire. 
 
 
 
 
 
 
UNIP – Universidade Paulista 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REIS, TATIANE. 
... EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL / TATIANE REIS, 
ANDRIELE AILA MANCINI FERNANDES DE SOUZA. - 2019. 
42 f. 
 
... Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao 
curso de PEDAGOGIA da Universidade Paulista, SAO JOSÉ DOS 
CAMPOS, 2019. 
 
... Orientadora: Prof.ª Fabiana Freire. 
 
... 1. LEIS E DECRETOS. 2. REDE DE APOIO Á EDUCAÇÃO. 3. 
PROJETO PEDAGÓGICO. I. MANCINI FERNANDES DE SOUZA, 
ANDRIELE AILA. II. FREIRE, FABIANA (orientadora). III. Título. 
Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelo(a) autor(a). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho a familiares e 
amigos, pela compreensão nos 
momentos de ausência. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente agradecemos a Deus, por nos conceder a vida e ter nos 
dado força para superar as dificuldades. 
Agradecemos a UNIP, aos coordenadores, tutores e todo o corpo docente, 
a oportunidade de estar aprendendo a cada dia mais. 
Aos familiares e amigos, nosso muito obrigado por estarem sempre ao 
nosso lado em todos os momentos de fraqueza e acreditando em nosso trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quem ensina aprende ao ensinar. E 
quem aprende ensina ao aprende.” 
Paulo Freire 
 
REIS, Tatiane; SOUZA, Andriele Aila Mancini Fernandes de. Educação Inclusiva 
no Brasil. São José dos Campos, 2019. 
 
RESUMO 
 
Esta monografia tem como objetivo analisar o processo de educação inclusiva, 
apresentando as dificuldades enfrentadas para a adaptação deste processo, 
buscando maneiras de torná-lo um atendimento que realmente funcione, 
proporcionando as pessoas que possuem necessidades educacionais especiais, 
um ambiente rico em oportunidades, sem discriminação ou preconceito, 
garantindo a participação deles na sociedade como iguais. A metodologia 
utilizada para este trabalho foi a de pesquisa bibliográfica, através das diversas 
obras e autores pudemos fazer uma análise crítica sobre o assunto abordado. 
Trouxemos um pouco do contexto histórico da educação inclusiva no país, as leis 
e decretos que hoje garantem aos deficientes um ensino igualitário na rede 
regular de ensino. Apresentamos também adaptação das escolas a este novo 
modelo inclusivo e pudemos constatar através dos levantamentos que apesar das 
leis a sociedade ainda se encontra resistente a inclusão. Por fim mostramos a 
importância da formação continuada dos professores e da ação conjunta de toda 
a rede de apoio para proporcionar a todos uma educação inclusiva, igualitária e 
de qualidade. 
 
Palavras-Chave: Educação Inclusiva, Necessidades Educacionais Especiais, 
Atendimento Educacional Especializado. 
 
REIS, Tatiane; SOUZA, Andriele Aila Mancini Fernandes de. Educação Inclusiva 
no Brasil. São José dos Campos, 2019. 
 
ABSTRACT 
 
This monograph aims to analyze the process of inclusive education, presenting 
the difficulties faced in adapting this process, seeking ways to make it a service 
that really works, providing people who have special educational needs, an 
environment rich in opportunities, without discrimination or prejudice, ensuring 
their participation in society as equals. The methodology used for this work was 
the bibliographic research, through the various works and authors we could make 
a critical analysis on the subject. We have brought some of the historical context of 
inclusive education in the country, the laws and decrees that today guarantee 
disabled people an equal education in the regular school system. We also present 
the adaptation of schools to this new inclusive model and we can see from the 
surveys that despite the laws society is still resistant to inclusion. Finally, we show 
the importance of continuing teacher education and the joint action of the entire 
support network to provide everyone with inclusive, equal and quality education. 
 
Keywords: Inclusive Education, Special Educational Needs, Specialized 
Educational Care. 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 9 
1 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA, LEIS E DECRETOS QUE A NORTEIAM NO 
BRASIL...................................................................................................... 12 
2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REDE REGULAR DE ENSINO............... 18 
2.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL x EDUCAÇÃO INCLUSIVA................................ 18 
2.2 ADEQUAÇÃO A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS ESCOLAS..................... 21 
2.3 REDE DE APOIO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA....................................... 24 
2.4 PROJETO POLITICO PEDAGOGICO NO CENÁRIO INCLUSIVO......... 27 
2.5 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES................................ 28 
3 METODOLOGIA........................................................................................ 31 
4 DISCUSSÃO E ARGUMENTAÇÃO........................................................... 33 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 36 
REFERÊNCIAS............................................................................................... 38 
 
9 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A educação é um direito de todos, assegurado pela Constituição de 1988, 
artigo 205 que diz “direito de todos e dever do Estado e da família” (BRASIL, 
1988), nesta mesma Constituição, o artigo 208 estabelece que as pessoas com 
deficiência tenham direito a frequentar escolas regulares “atendimento 
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de 
ensino” (BRASIL, 1988). 
 O movimento de educação inclusiva visa firmar este direito como um todo, 
garantindo que, não somente o aluno tenha o direito a frequentar a escola regular, 
mas que também tenha o suporte pedagógico especializado para sua deficiência 
e necessidade, e que eles possam se sentir parte do coletivo e sejam tratados 
como iguais. 
 O tema abordado nesta monografia se dá pelo grande aumento no número 
de crianças, com algum tipo de necessidade educacional especial, sendo inserida 
em turmas regulares, ou seja, turmas com alunos que não possuam nenhum tipo 
de deficiência. Muitas vezes quando inseridos nas salas regulares, o profissional 
e os alunos não sabem lidar com as necessidades do colega, o que acaba 
ocasionando na exclusão do mesmo no ambiente. 
 Colocar um fim a exclusão, não é uma tarefa fácil, de acordo com Mantoan 
(MANTOAN, 2003, p.12) “A exclusão escolar manifesta-se das mais diversas e 
perversas maneiras”, e combatê-la é um missão que envolve mudar todo um 
pensamento preconceituoso sobre o “ser diferente”, pois está enraizado que as 
necessidades especiais tornam o diferente em algo ruim. 
 É fato que as escolas regulares possuem salas com grande número de 
alunos, e para o profissional é muito difícil dar a devida atenção às necessidades 
especiais de cada aluno. Desta forma, para que a inclusão seja feita de uma 
forma correta é preciso preparo de toda a equipe pedagógica, é imprescindível 
queo aluno tenha o suporte correto para o seu tipo de deficiência, o capítulo 5 da 
LDB 9.394/36, artigo 58 diz que “sempre que for necessário haverá serviços de 
apoio especializado para atender às necessidades peculiares de cada aluno 
portador de necessidades especiais”, garantindo assim um atendimento 
especifico para o aluno. 
10 
 
 Os objetivos do trabalho consistem em apresentar as dificuldades 
enfrentadas pela educação inclusiva, e procurar maneiras de minimizar os 
problemas no processo da inclusão, buscando formas de torna-la de fato um 
atendimento eficaz e proporcionando ao aluno oportunidades de conhecimento e 
sociabilidade, sem discriminação ou qualquer tipo de distinção, concedendo a 
eles uma educação igualitária. 
 A metodologia utilizada na monografia foi realizada através de pesquisa 
bibliográfica. Foram consultados site revistas, artigos, documentos oficiais e livros 
para embasar e fundamentar todo o trabalho teórico aqui realizado. As obras, 
como por exemplo, da autora Maria Teresa Egler Mantoan e de Cristiane e Sonia 
Sampaio foram de grande valia para todo o processo de pesquisa, dando suporte, 
visão e compreensão do assunto. 
 Este trabalho dividiu-se em quatro capítulos. O primeiro capítulo apresenta 
de uma forma sucinta a história percorrida da educação inclusiva no país, através 
das leis, declarações e decretos, passando por entre os anos, explicando 
brevemente o olhar de cada sociedade com o deficiente, expondo a evolução da 
inclusão, passando de educação especial para integração, até chegarmos ao 
termo inclusão. 
 O segundo capítulo está dividido em subcapítulos, nele apresentamos 
como está a realidade da educação inclusiva nas escolas regulares. Explicamos 
através de nossas pesquisas a diferença entre os termos educação especial x 
educação inclusiva e também a separação dos termos de integração e inclusão. 
Salientamos as necessidades de transformação nas escolas para que a inclusão 
seja de fato eficaz e trouxemos a rede de apoio da educação inclusiva, explicando 
como funciona o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Também 
entramos brevemente no Projeto Político Pedagógico (PPP), para que se torne 
um documento inclusivo e que a escola proporcione condições para realizar de 
fato uma inclusão. 
 O terceiro capítulo explica a metodologia utilizada para a realização desta 
monografia, explicando a importância de uma pesquisa bibliográfica e como o 
levantamento de vários autores, documentos, livros e artigos enriquecem e 
constroem nossa própria opinião sobre o assunto abordado. 
11 
 
 O quarto capítulo expõe os resultados obtidos por via de todo o 
embasamento teórico exposto no presente trabalho, fazendo uma interpretação 
crítica das informações mencionadas. 
 
 
12 
 
1 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA, LEIS E DECRETOS QUE A NORTEIAM NO 
BRASIL 
 
 Ao adentramos no contexto histórico da deficiência no país, encontramos 
relatos através de historiadores que os índios, mesmo antes da colonização, 
excluíam aqueles que possuíam algum tipo de deficiência. As tribos acreditavam 
que ao nascer com alguma necessidade especial, estariam sendo amaldiçoados 
de alguma maneira, que as deformidades físicas eram castigos enviados dos 
céus, desta forma praticavam a exclusão daquelas crianças. 
 Pode-se notar que a cultura de exclusão daqueles que nascem com algum 
tipo de deficiência ou passe a adquiri-la com o passar do tempo, é algo enraizado 
em nossa cultura a muito tempo, como cita Figueira “Historicamente, pessoas 
com deficiência ficaram por muito tempo escondidas do convívio social” 
(FIGUEIRA, 2011), estas pessoas eram totalmente exclusos pela sociedade, não 
tendo direito a educação e, muitas vezes, não tendo nem cuidados básicos 
relacionados a sua saúde, sendo internados em hospitais psiquiátricos, tratados 
como anormais ou débeis. 
Nos primeiros anos da colonização brasileira, entre os séculos XVII e XVIII, 
tivemos as primeiras iniciativas voltadas para o atendimento destas pessoas, a 
chamada medicina jesuítica, onde foram criados os primeiros hospitais das 
irmandades de misericórdia, nesta época eram criadas as Santas Casas de 
Misericórdia. Elas surgiram a partir e iniciativas da Igreja Católica, que era muito 
forte no país devido aos portugueses e tinham como objetivo cuidar dos excluídos 
e menos favorecidos, como os órfãos, velhos, doentes e portadores de alguma 
necessidade especial. 
 A partir do século XVIII, o país passa por duas iniciativas que marcam 
alguma mudança em relação ao tratamento com pessoas com deficiência, este 
marco foi intitulado: institucionalização. Este movimento teve como seu ponto 
principal a criação do Imperial Instituto de Meninos Cegos, em 1854 (atualmente 
chamado de Instituto Benjamin Constant – IBC) e o Instituto dos Surdos-Mudos 
(hoje conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES). 
 A criação destes institutos, que a princípio eram de responsabilidade do 
poder central, enquanto a educação continuava a ser de responsabilidade das 
13 
 
províncias, abriu portas para um atendimento especializado a um pequeno grupo 
de deficientes, como afirma Jannuzzi: 
Enquanto a educação popular permanecia sob a responsabilidade das 
províncias desde o Ato Adicional 1834, o governo da Corte, numa 
sociedade agrária, iletrada, assumia educar uma minoria de cegos e 
surdos, movido, provavelmente, por forças ligadas ao poder político, 
sensibilizadas com esse alunado por diversos motivos, inclusive vínculos 
familiares. (JANNUZZI, 2004, p. 7). 
Somente a partir deste momento, começa se aumentar o número de institutos não 
financiados pelo poder central, oferecendo um número maior de atendimentos, 
porém ainda voltados para o lado clínico. 
Com a implantação da institucionalização, os atendimentos começaram a 
não ficarem restritos apenas aos cegos e surdos, mas também se ampliaram aos 
que ficavam em clínicas e manicômios, como cita Jannuzzi (JANNUZZI 2004, p. 
36-37), “Os médicos também perceberam a importância da pedagogia, criando 
instituições escolares ligadas a hospitais psiquiátricos”. 
Podemos notar que as iniciativas para atendimento as pessoas com 
deficiência eram tratadas com descaso, e os Estados se isentavam de qualquer 
responsabilidade, tendo de partir de pequenos movimentos da sociedade, o 
pouco atendimento a fornecido. Partindo desta visão, foi criada em 1954, a 
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), um grupo formado por 
professores, pais, amigos e médicos, que procuravam suprir de algum modo a 
educação para os deficientes, de maneira especializada, porém os mantendo 
longe de classes regulares. 
 Destacamos que mesmo após a criação do movimento, a educação 
especial não era responsabilidade do Estado, sendo sempre as associações, 
entidades ou instituições em caráter filantrópicos ou religiosos que realizavam os 
atendimentos. As ações acabaram por fazer ainda mais a exclusão destas 
pessoas, as privando do convívio social, ficando exclusivamente em escolas ou 
classes especiais. 
 Inicia-se assim em 1961, com a criação da Lei nº 4.024/61, uma série de 
Leis e Decretos que visam nortear a educação inclusiva. A Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional – LDBEN indica o direito dos “excepcionais” a 
educação, preferencialmente no sistema geral de ensino, no entanto não garante 
a inclusão destes em salas regulares. 
14 
 
 Já em 1971, a Lei de Diretrizes e Bases traz a Lei nº 5.692/71, mais 
precisamente o artigo 9º diz: 
Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que 
encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e 
os superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as 
normas fixadas pelos competentes Conselhos da Educação (BRASIL, 
1971). 
 Porém a Lei apenas reforça o atendimento aos deficientes em salas 
especiais, não conseguindo proporcionar um ensino igualitário que sejacapaz de 
atender as necessidades dos alunos, causando assim ainda mais a sua 
segregação. 
 Apesar dos esforços para tentar mudanças no cenário da inclusão, 
conseguimos notar que não se faz muito progresso neste período. As leis criadas 
acabam tendo dupla interpretação e, ao invés do atendimento ser adaptado as 
salas regulares, o atendimento torna-se cada vez mais exclusivo de escolas e 
classes especiais. 
 Em 1988 a Constituição vem assegurar o direito de todos à educação 
básica, no artigo 205 diz “é direito de todos e dever do Estado e da família 
(BRASIL, 1988)”. O artigo 208 acrescenta diretamente aos portadores de 
deficiências “atendimento educacional especializado os portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 1988). 
 Em 1990 foi criada a Declaração Mundial sobre a Educação para Todos, 
em uma Conferência Mundial sobre a Educação para Todos, em que o Brasil 
participou na cidade de Jomtien, na Tailândia. É uma declaração de suma 
importância que visa assegurar o conhecimento básico para se ter uma vida 
digna. Vale ressaltar, que em seu artigo 3º ela diz “é preciso tomar medidas que 
garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer 
tipo de deficiência.” (UNESCO,1990). 
 Neste momento, o país começa a se sentir pressionado a mudar em 
relação a educação inclusiva, começam a acontecer reformas educacionais com o 
intuito de obedecer a este novo sistema, prova disto é o grande aumento no 
número de matriculas efetuadas por alunos com deficiência nas redes regular de 
ensino. Começa-se assim a introdução do termo de educação inclusiva nas 
escolas. 
15 
 
 Porém o grande avanço para a Educação Inclusiva passa a ser em 1994, 
com a Declaração da Salamanca, que aconteceu na Espanha. O documento 
implementa a inclusão e garanta o direito das pessoas com qualquer tipo de 
deficiência ou transtornos de desenvolvimento. A declaração diz: 
• Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à 
escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia 
centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades. 
• Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os 
meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, criando-se 
comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e 
alcançando educação para todos; (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 
1994). 
 Firmando assim o direito a inclusão, garantindo que o aluno seja inserido 
em uma classe regular independente de sua deficiência. Nesta concepção, vale 
ressaltar que a escola deve adaptar-se as necessidades do aluno e não ao 
contrário, como afirma a própria declaração: 
O Currículo deveria ser adaptado às necessidades das crianças, e não 
vice-versa. Escolas deveriam, portanto, prover oportunidades 
curriculares que sejam apropriadas a criança com habilidades e 
interesses diferentes. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 8). 
Sendo assim, para que a inclusão seja feita de maneira correta é 
necessário que a escola consiga atender as carências e dificuldades 
educacionais, proporcionando uma educação de qualidade para todas as 
crianças. 
 Para conseguir corresponder a esta expectativa de ensino, é estabelecido 
também, através desta declaração, que as escolares devem receber apoio 
especializado de instituições que trabalhem com estes alunos. É necessário que 
toda uma equipe, de psicólogos, terapeutas, profissionais especializados em 
atendimento a este público, esteja disponível para enriquecer o desenvolvimento 
dos alunos com necessidades educacionais especiais. 
 Esta declaração só reforça, ainda mais, que cada criança tem suas 
peculiaridades, sendo interesses diferentes ou capacidades próprias de 
aprendizagem, e que o sistema educacional deve ser elaborado através desta 
visão, para que os programas sejam implantados na rede de ensino e consiga 
atingir a toda e qualquer característica ou necessidade. 
16 
 
 A Nova Lei de Diretrizes e Bases em 1996 vem reforçar o atendimento das 
pessoas com deficiências, sejam elas motoras ou cognitivas em salas regulares, 
garantindo o atendimento desde a Educação Infantil. A Lei procura ajustar o 
atendimento de forma igualitária a todos, sem preconceitos, respeitando-se as 
diferenças, sejam elas por causa de sua raça, religião ou alguma deficiência, 
como afirma Mantoan no trecho: 
“Se o que pretendemos é que a escola seja inclusiva, é urgente que seus 
planos se redefinam para uma educação voltada para cidadania global, 
plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças”. 
(MANTOAN, 2003, p. 14). 
 O Decreto nº 3298 (Brasil, 1999), vem regulamentar a Lei nº 7853/89, onde 
se define a educação especial como modalidade transversal a todos os níveis e 
modalidade de ensino, ressaltando que a educação especial é complementar ao 
ensino regular. 
Após a criação destas Leis e Decretos, o país passa a usar o nome de educação 
inclusiva, oferecendo a população em meados dos anos 2000 atendimento aos 
deficientes em escolas públicas, porém não mencionado o direito de um 
acompanhamento especializado complementar. 
Em 2003 o MEC trás as redes de ensino um novo programa, denominado: 
Educação Inclusiva: direito à diversidade, tendo como intenção contribuir para a 
transição de um sistema de ensino comum, para o sistema de ensino inclusivo. 
Assim, a inclusão passa a ganhar espaço e consegue transformar a visão da 
sociedade, é necessário neste processo de implementação do novo programa a 
formação da equipe gestora, professores e todos envolvidos na educação, para 
garantir a todos o seu direito de escolarização, de forma adequada e de 
qualidade, garantindo também a acessibilidade e ofertando um atendimento 
educacional especializado. 
Toda esta remodelação se é necessária para a continuidade de um Estado 
democrático, onde a sociedade precisa destas mudanças para dar suporte as 
pessoas com necessidades especiais, para que possamos trabalhar suas 
competências, de forma a vivermos em uma comunidade que saiba respeitar as 
diferenças, acolhendo as diversidades de cada um. 
 No ano de 2009, a Resolução CNE/CEB nº 4, cria as Diretrizes 
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação 
17 
 
Básica, modalidade na Educação Básica, determinando que os alunos com altas 
habilidades/superdotação, deficiências e transtornos globais do desenvolvimento 
devem estar matriculados não somente em salas regulares, como também no 
Atendimento Educacional Especializado (AEE), este serviço é oferecido como 
apoio aos alunos, como um facilitador, para que seja otimizada sua participação 
na sociedade e em sala de aula, como cita Meire Cavalcante “O atendimento 
educacional especializado é apenas um complemento da escolarização e não um 
substituto” (CAVALCANTE, 2005). 
 As Diretrizes consideram como público-alvo: 
I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo 
prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial. 
II – Alunos com transtornos globais de desenvolvimento: aqueles que 
apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento 
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na 
comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição 
alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, 
transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos 
sem outra especificação. 
III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que 
apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas 
de conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, 
liderança, psicomotora, artes e criatividade (BRASIL, 2009) 
 Este atendimento educacional especializado (AEE) tem como 
funcionalidade o trabalho conjunto com as salas regulares, onde o aprendizado 
fica a encargo da escola regular e a AEE trabalha com as potencialidades 
especificas de cada criança, desenvolvendoestratégias para facilitar o 
aprendizado e suas competências. O atendimento deve acompanhar o aluno 
desde o ingresso na educação até sua conclusão, como cita Mantoan “esse 
atendimento especializado deve estar disponível em todos os níveis de ensino, de 
preferência na rede regular, desde a educação infantil até a universidade” 
(MANTOAN, 2007, p. 22), este acompanhamento irá facilitar o desenvolvimento 
do aluno não somente em suas atividades pedagógicas, como também irá aguçar 
suas capacidades. 
 
 
 
18 
 
2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REDE REGULAR DE ENSINO 
 
 A educação inclusiva pode ser considerada um movimento, que tem como 
objetivo integrar a todos, independentemente de suas diferenças, sendo elas de 
raça, cor, etnia, religião, cultura, deficiência ou transtorno, oferecendo uma 
educação justa, igualitária e de qualidade em salas regulares, como afirma 
Rosana Glat: 
O princípio básico deste modelo é que todos os alunos, 
independentemente de suas condições socioeconômicas, raciais, 
culturais ou de desenvolvimento, sejam acolhidos nas escolas regulares, 
as quais devem se adaptar para atender suas necessidades (GLAT, 
2007). 
 
2.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL X EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
É necessário que todos tenham em mente a diferença entre a educação 
especial e a educação inclusiva. A educação especial de acordo com Leandro 
Rodrigues “é uma modalidade de ensino que visa promover o desenvolvimento de 
potencialidades das pessoas portadoras de necessidades especiais.” 
(RODRIGUES, 2017), o atendimento especializado a educação especial não é 
substituto e sim um complemento da escolarização, Ainda de acordo com 
Leandro Rodrigues a educação inclusiva é: 
Processo educativo deve ser entendido como processo social, onde 
todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios 
de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível 
do normal. (RODRIGUES, 2017). 
 Outro termo que deve ficar bem entendido é a diferença entre a integração 
e a inclusão. De acordo com Mantoan na integração “o aluno tem acesso às 
escolas por meio de um leque de possibilidades educacionais, que vai da 
inserção às salas de aula do ensino regular ao ensino em escolas especiais.” 
(MANTOAN, 2003, p. 15), ou seja, o aluno pode ir e vir da educação regular para 
a educação especial, o que acaba ocasionando em uma inclusão parcial deste 
aluno. Já a inclusão, na visão da mesma autora “prevê a inserção escolar de 
forma radical, completa e sistemática. Todos os alunos, sem exceção, devem 
frequentar as salas de aula do ensino regular.” (MANTOAN, 2003, p. 16). 
19 
 
 Historicamente, as pessoas que possuíam alguma necessidade especial, 
sempre foram excluídas pela sociedade, acreditava-se que suas deficiências 
eram algo anormal e sofriam discriminação por não se enquadrarem no padrão 
imposto pela comunidade. Muitas famílias tiravam estas pessoas do ambiente 
onde viviam, escondendo-as em casa, as privando do convívio social. O 
preconceito com deficientes foi passando de gerações em gerações, enraizando 
uma cultura de que aqueles que eram considerados fora do padrão, eram 
diferentes e incapazes de se comunicar, de aprender ou até mesmo querer algo. 
 As primeiras iniciativas no país que envolvia o atendimento à deficiência 
foram por volta do século XVIII com a criação do Instituto de Meninos Cegos e o 
Instituto dos Surdos-Mudos, porém ambos atendiam uma pequena minoria e não 
possuíam nenhum incentivo público para a realização do trabalho. 
A Institucionalização também foi um marco importante ao decorrer do 
contexto histórico, neste período as pessoas com deficiência eram atendidas de 
forma totalmente reclusas da sociedade, vivendo longe de suas famílias. Elas 
eram encaminhadas para conventos, igrejas, hospitais psiquiátricos, manicômios 
e as chamadas “escolas especiais”. 
Este contexto só vem mudar em meados do século XX, com o movimento 
de institucionalização, que criticava o isolamento dos deficientes e apoiava uma 
vida comum em sociedade, conforme cita Cristiane e Sonia Sampaio: 
As pessoas com deficiência tinham o direito de usufruir de condições de 
vida as mais normais possíveis, participando das atividades sociais, 
recreativa e educacional frequentada pelas demais pessoas de sua 
idade cronológica em sua comunidade. (SAMPAIO; SAMPAIO, 2009, p. 
37.) 
 Neste momento, as autoras também afirmam o surgimento do termo 
integração: 
Surge o conceito de integração como novo modelo de atenção à 
deficiência, cuja manifestação educacional efetivou-se, desde o início, 
nas escolas especiais, nas entidades assistenciais e nos centros de 
reabilitação. (SAMPAIO; SAMPAIO, 2009, p. 37.) 
 Ao decorrer cerca de duas décadas, pode-se notar que a uma grande 
evolução na introdução do deficiente na sociedade, porém as famílias e os 
próprios deficientes já ambientados com essa realidade passam-se a debater se é 
o suficiente, eles buscam garantir os mesmos direitos de todos, procurando 
20 
 
realizar a transformação da sociedade, promovendo modificações estruturais e 
um atendimento igualitário e sem preconceitos. Inicia-se assim a inclusão, um 
processo no qual todas as pessoas tem os mesmos direitos, acessos e 
oportunidades na sociedade, não apenas as crianças com alguma deficiência, 
mais toda aquela que sofre algum tipo de segregação, por raça, cor, religião ou 
situação financeira. 
A inclusão, de acordo com Mantoan “implica uma mudança de perspectiva 
educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam 
dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na 
corrente educativa geral” (MANTOAN, 2003, p. 16), ou seja, todos tem o direito a 
educação. 
Cristiane e Sonia Sampaio confirmam esta visão: 
É nesta perspectiva que se destaca a importância de estudos sobre a 
escola inclusiva enquanto contexto de desenvolvimento significativo não 
apenas para as crianças com deficiência, mas também para crianças 
sem deficiência, pela possibilidade da convivência com a diversidade e 
do estímulo à cidadania (SAMPAIO; SAMPAIO, 2009, p. 31) 
Entende-se então, que o processo da educação inclusiva se dá com 
participação de todos os alunos. É uma reforma escolar, que busca mudar toda 
uma cultura, reestruturando as práticas e políticas da escola, valorizando a 
diversidade e diferença dos alunos, de uma forma mais ética e democrática que 
reconhece o indivíduo e suas particularidades, resgatando neles a vontade de 
fazer parte da cidadania, mostrando a eles seus direitos e seus deveres, 
inserindo-os novamente a um convívio social saudável e harmonioso, respeitando 
seu tempo. 
Conseguimos assim, perceber a importância do termo inclusão, que está 
além de colocarmos o sujeito numa sala regular, é garantir a todos a igualdade 
em direitos a aprendizagem, proporcionando aqueles que tenham alguma 
necessidade educacional especial um atendimento especializado para dar suporte 
e aprimorar suas capacidades, buscar flexibilização no currículo escolar de 
acordo com a singularidade de cada um de uma forma eficaz e de qualidade, 
mantendo a permanência e o sucesso dos alunos na escola, é proporcionar aos 
profissionais, suporte e recursos para uma formação contínua. 
 
21 
 
 
2.2 ADEQUAÇÃO A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS ESCOLAS 
 
Esclarecidas as diferenças, constatamos que a educação inclusiva é algo 
novo, implantado no início do século 21 com a proposição de acolher todos os 
alunos no ensino regular oferecendo recursos e apoio adequados aos que tem 
dificuldades de aprendizagem, neste modelo de escola o sistema educacional 
precisa mudar para atender as necessidades de cada aluno reconhecendo que 
eles aprendem em ritmos diferentes, visando às diferenças como diversidades e 
não como problemas. 
Um dos focos da educação inclusiva é incentivar a ética na sociedade 
através dos alunos, motiva-los a compreender as diferençase aceita-las, 
valorizando a diversidade, acolhendo as minorias dando voz a elas, Mantoan 
confirma no trecho: 
A ética, em sua dimensão crítica e transformadora, é que referenda 
nossa luta pela inclusão escolar. A posição é oposta à conservadora, 
porque entende que as diferenças estão sendo constantemente feitas e 
refeitas, já que vão diferindo, infinitamente. Elas são produzidas e não 
podem ser naturalizadas, como pensamos, habitualmente. Essa 
produção merece ser compreendida, e não apenas respeitada e tolerada 
(MANTOAN, 2003, p. 20) 
A escola começa passar por uma mudança de identidade institucional, 
onde o convívio com as diferenças é trabalhado e valorizado, reconhecendo como 
citado por Mantoan “as diferentes culturas, a pluralidade das manifestações 
intelectuais, sociais e afetivas” (MANTOAN, 2003, p. 20). 
Outro intuito da educação inclusiva é promover a interação dos alunos na 
participação de atividades de aprendizagem, bem como motiva-los a conduzir as 
suas necessidades, acredita-se que quando o aluno com alguma necessidade 
educacional especial está inserido em salas regulares, na hora em que vai 
executar alguma atividade é estimulado a “imitar” os outros colegas, superando 
suas próprias limitações e proporcionando também o convívio social. 
Neste conceito, a escola passa a ser um ambiente transformador, indo 
além dos processos básicos de aprendizagem, como cita Cristiane e Sonia 
Sampaio “Para empreender essa transformação, a escola assume um papel 
fundamental, em que se destaca sua função educativa, que vai muito além da 
22 
 
formação acadêmica, pois implica a formação moral, ética, estética e política.” 
(SAMPAIO; SAMPAIO, 2009, p. 43), ou seja, a escola tem como função de criar 
cidadãos pensantes, críticos e empáticos. 
Ainda de acordo com as escritoras, a escola é importante para saúde 
psíquica das crianças, pois ela é o primeiro contato da criança com o mundo fora 
do espaço familiar, a escola é quem faz a conexão entre a criança e a sociedade, 
criando um elo com a cultura, afirmam ainda: 
Sendo a educação de boa qualidade, um dos fatores essenciais para o 
desenvolvimento econômico e social de um país, priorizar a qualidade do 
ensino regular é um desafio que precisa ser assumido por nossa 
sociedade e pelos educadores, em particular, para que se coloque em 
prática o princípio democrático da educação para todos. (SAMPAIO; 
SAMPAIO, 2009, p. 31). 
Podemos ver que mesmo com o amparo das leis e decretos, o movimento 
da escola inclusiva ainda vem caminhando “a passos de formiguinha”, mesmo 
sendo uma ação inovadora, encontramos muitas dificuldades de efetivar a 
inclusão nas salas regulares. Na maioria das vezes a realidade é totalmente 
diferente da pratica, o sistema ainda é falho, a segregação dos deficientes ainda é 
muito recorrente, o preconceito enraizado na nossa cultura ainda exclui o que é 
considerado “diferente”, muitos educadores se encontram resistentes a adequar-
se a este novo modelo pelo grande número de alunos em sala e os educadores 
que aderem ao movimento muitas vezes são impedidos de realizarem suas ações 
por falta de recursos ou apoio. 
É de suma importância que haja uma transformação no sistema 
educacional, partindo de ações do governo como garantir o direito de todos em 
salas regulares e investindo verba em projetos voltados para a inclusão, da 
equipe gestora em como acolher e desenvolver alunos que tenham alguma 
necessidade educacional especial é necessário também que a comunidade aonde 
se localiza a escola seja conscientizada e passe a ter informações sobre a 
inclusão, para que o processo se torne de fácil aceitação e manipulação. 
Outros tipos de transformações também são fundamentais, como reforma 
física, estruturando o ambiente para que ele possa acolher qualquer pessoa que 
tenha algum tipo de dificuldade de locomoção, eliminando qualquer barreira que o 
impeça de circular no espaço ou promova alguma dificuldade. A tecnologia 
também é outro recurso fundamental na educação inclusiva, como separar algo 
23 
 
tão benéfico a sociedade como a inclusão digital da inclusão dos alunos na 
escola, é necessário usar este meio ao favor do educador e do aluno, para que 
ele tenha suas competências ampliadas e suas dificuldades minimizadas. 
Adequar-se a este novo modelo de escola é um desafio a ser trabalhado 
todos os dias nas escolas, como afirma Cristiane e Sonia Sampaio: 
A fim de que a inclusão ocorra de forma gradativa, contínua, sistemática 
e planejada. Deve ser gradativa para que os ensinos de educação 
regular e especial possam adequar-se à nova ordem, construindo 
práticas que garantam a qualidade de ensino. Deve ser contínua, para 
ampliar constantemente os processos de inclusão, levando em conta as 
características dos alunos, dos professores, das escolas e dos sistemas 
de ensino. Enfatiza a necessidade de serviços de apoio que possam 
contemplar a diversidade dos alunos, para que a inclusão realmente se 
efetive (SAMPAIO; SAMPAIO, 2009 p. 42) 
Reforçando assim que é necessário um trabalho árduo a ser feito em 
relação a inclusão, pois tudo o que é novo gera resistência e com a inclusão não 
é diferente. Não basta apenas que a criança que tenha alguma necessidade 
educacional especial, seja ela cognitiva ou física, esteja matriculada na rede de 
ensino, é necessário que haja uma pedagogia centrada nos alunos. É necessário 
que exista toda uma equipe profissional voltada para esse movimento, composta 
por uma equipe pedagógica e de professores que devem se dedicar e observar 
cada um em sua individualidade, utilizar métodos diferentes, criar condições e 
acessibilidades a fim de atender especificidade de cada aluno, como afirma 
Mantoan: 
A inclusão é um desafio que, ao ser devidamente enfrentado pela escola 
comum, provoca a melhoria da qualidade da educação básica e superior, 
pois para que os alunos com e sem deficiência possam exercer o direito 
à educação em sua plenitude, é indispensável que essa escola aprimore 
suas práticas, a fim de entender às diferenças. (MANTOAN, 2007, p. 45) 
É imprescindível que haja investimento na capacitação dos profissionais, 
assim como a formação continuada que já é implantada em algumas escolas, 
visando o aperfeiçoamento do conhecimento dos professores e orientadores. 
Compreendemos que a educação inclusiva não depende somente dos 
professores, por esse motivo há uma rede de apoio que é sustentada pela gestão 
escolar, pelos profissionais da área de saúde como fonoaudiólogos, terapeutas 
ocupacionais, psicólogos, psicopedagogos, os apoios centrais como o 
24 
 
Atendimento de Educação Especializado (AEE), pela comunidade e 
principalmente pelas famílias. 
 
2.3 REDES DE APOIO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
Adequar a educação já existente para um novo modelo de educação 
igualitária e inclusiva se faz necessário, e para que haja estas mudanças é 
indispensável que elas partam da vontade pública e de nossa sociedade. É 
essencial que para que essas transformações ocorram os envolvidos tornem-se 
agentes transformadores da educação inclusiva, ou seja, que se crie uma rede de 
apoio que desenvolvam de forma conjunta um trabalho pensando no atendimento 
à diversidade social e as necessidades educacionais especiais. 
O documento desenvolvido de apoio no III Seminário Nacional de 
Formação de Gestores e Educadores define como funções da rede de apoio à 
educação inclusiva: 
• ampliar a atenção integral à saúde do aluno com necessidades 
educacionais especiais; 
• assessorar as escolas e unidades de saúde e reabilitação; 
• formar profissionais de saúde e educação para apoiar a escola 
inclusiva; 
• assessorar a comunidade escolar na identificação dos recursos da 
saúde e da educação existentes na comunidade e orientar a otimização 
na utilização desses recursos; 
• informar sobre a legislação referente à atenção integral ao aluno com 
necessidades educacionaisespeciais e sobre o direito à educação; 
• sensibilizar a comunidade para o convívio com as diferenças. (BRASIL, 
2006) 
A Gestão escolar é a principal rede de apoio, deve promover o diálogo com 
o professor, buscando sanar dúvidas, discutir estratégias para juntos enfrentar os 
desafios que surgem diariamente, como afirma Sage: 
O diretor deve ser o principal revigorador do comportamento do 
professor que demonstra pensamentos e ações cooperativas a serviço 
da inclusão. É comum que os professores temam inovação e assumam 
riscos que sejam encarados de forma negativa e com desconfiança pelos 
pares que estão aferrados aos modelos tradicionais. O diretor é de 
fundamental importância na superação dessas barreiras previsíveis e 
25 
 
pode fazê-lo através de palavras e ações adequadas que reforçam o 
apoio aos professores. (SAGE, 1999, p. 138) 
A atuação dos profissionais da área da saúde como fonoaudiólogos, 
psicólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, neurologistas, 
fisioterapeutas e todos os outros médicos que possam estar envolvidos, ajudam 
no processo de adaptação dos alunos na vida escolar. Para que haja um 
atendimento de forma eficiente e essa adaptação seja satisfatória é fundamental 
que esses profissionais trabalhem em conjunto com a escola, que tracem 
estratégias para facilitar a interação deles no convívio social. 
É necessário que a escola esteja sempre passando os avanços do aluno 
que possui alguma necessidade educacional especial para a equipe médica que o 
atende, para que possam assim “caminhar juntos”, desenvolvendo as 
capacidades e competências deles não só como aluno, mas como um indivíduo 
pensante e com vontades próprias. Os profissionais da saúde também devem 
buscar transmitir à escola a evolução destas crianças, seu quadro clinico (quando 
houver). 
O centro de apoio de Atendimento de Educação Especializado (AEE), que 
é garantido por lei, também deve trabalhar em conjunto com professores, equipe 
médica, equipe gestora e a família, porém os atendimentos devem acontecer em 
contraturnos escolar, temos que deixar claro que a AEE não é um substituto da 
educação em salas regulares e sim um apoio especializado, que visa estabelecer 
ligações entre o aluno e o professor, contribuindo para o desempenho da 
aprendizagem, promovendo condições de acesso, assegurando condições para 
continuidade do estudo. 
O atendimento educacional especializado, de acordo com o Decreto nº 
7.611, de 17 de novembro de 2011 “ofertas de educação especial 
preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 2011), ou seja, ele deve 
ocorrer de preferência dentro das escolas em que o aluno esteja matriculado, com 
profissionais formados e especializados na área de Educação Especial, em uma 
sala de recursos própria para esta função. 
Os professores da sala de recurso são fundamentais no processo de 
aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais, pois ele é 
um intermediário entre o aluno e o professor da sala regular, contribuindo assim 
26 
 
para uma rica troca de experiências e garantindo a inclusão do mesmo na 
sociedade. Estes profissionais têm como algumas de suas funções: 
• Planejar e realizar atividades que complementem a grade curricular 
escolar, de forma adaptada para as necessidades do aluno; 
• Colaborar e trabalhar ativamente com o professor de sala regular, 
traçando estratégias de aprendizagem em conjunto para assim facilitar a 
compreensão dos alunos nas atividades e na interação com os demais colegas de 
classe; 
• Garantir que os alunos atendidos pela sala de recursos tenham os 
mesmos direitos que os outros alunos e que possam participar ativamente de 
todas as atividades oferecidas pela escola; 
• Desenvolver junto à equipe pedagógica modificações nos projetos 
políticos pedagógicos para assim, garantir os direitos dos alunos com 
necessidades educacionais especiais, implantando mudanças para que estas 
necessidades sejam atendidas de forma eficaz e sem preconceitos. 
De acordo com as Diretrizes Operacionais do ano de 2009, o atendimento 
educacional especializado está direcionado à alunos que tenham deficiências à 
longo prazo, que são elas: a física, intelectual, mental ou sensorial, os alunos que 
tenham transtornos globais do desenvolvimento, que são por exemplo: o autismo, 
síndromes de Asperger e Rett, e aqueles alunos com altas habilidades ou 
superdotação (BRASIL, 2009). Para cada um destes aspectos o profissional deve 
desenvolver uma forma diferente de trabalho, pois cada aluno terá sua 
peculiaridade e necessidade educacional especializado, é necessário que o 
acompanhamento seja sempre feito de uma forma personalizada, para que o 
aluno esteja sendo desenvolvidos em todas as suas áreas, aproveitando todas as 
suas capacidades e especificidades. 
A comunidade onde o aluno com necessidade educacional especial vive é 
de suma importância também em sua interação com a sociedade, pois é o 
ambiente onde o mesmo vive, sendo assim é necessário que esta comunidade 
esteja sempre aberta a uma convivência respeitosa, harmoniosa, que entenda as 
diferenças como potencialidades e não “esquisitices”, como muitas vezes são 
denominados, é importante que sejam todos tratados como iguais, tendo seus 
direitos garantidos. 
27 
 
Sem dúvidas a família é um dos braços mais importantes na educação 
inclusiva, pois ela tem um papel fundamental na educação de uma criança. É de 
suma importância a participação efetiva da família nas conquistas escolares de 
seus filhos, pois toda criança sente a necessidade de se sentir importante para 
sua família, sentir-se parte de um todo, principalmente quando a criança tem 
alguma necessidade educacional especial. 
É de grande valia que todas as conquistas sejam comemoradas, a família 
nunca deve focar no fracasso do aluno ou no tempo em que ele leva pra aprender 
algo. O processo de aprendizagem é o mesmo para qualquer um, todos 
demandamos nosso próprio tempo para conseguirmos compreender e executar 
algo da maneira correta e automática. O intuito é que o aluno possua segurança 
no que lhe está sendo ensinado e não o tempo que ele leva para concluir esta 
etapa. 
A família deve sempre trabalhar em conjunto com todos os profissionais 
envolvidos na educação dos seus filhos, intermediar os avanços e conquistas 
entre todos, trabalhar em casa com eles para promover a interação diária e 
continua do indivíduo com o restante da sociedade. 
A rede de apoio quando funciona em conjunto e de uma maneira eficiente, 
proporciona uma educação inclusiva de qualidade e uma sociedade 
transformadora, porém é um desafio fazer com que todas as peças do quebra-
cabeça se encaixem e desenvolvam seu objetivo de forma eficaz, como já 
citamos muitos não conseguiram aderir-se ao movimento da educação inclusiva, 
não conseguem romper as barreiras imposta por uma sociedade preconceituosa. 
 
2.4 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NO CENÁRIO INCLUSIVO 
 
As instituições de ensino contam com o projeto político pedagógico (PPP) 
que é um documento obrigatório de acordo com a lei de diretrizes e bases (LDB) 
de 1996, a escola tem a responsabilidade de elaborar e tornar possível a 
execução do projeto buscando uma educação participativa e de qualidade onde a 
sociedade deve estar integrada construindo assim uma gestão democrática. 
 O PPP deve reunir propostas curriculares, diretrizes para a gestão 
administrativa e formação dos professores. 
De acordo com Libâneo: 
28 
 
O projeto é um documento que propõe uma direção política e 
pedagógica para o trabalho escolar, formula metas, prevê as ações, 
institui procedimentos e instrumentos de ação. (LIBÂNEO, 2005, p. 345). 
Baseado no projeto político pedagógico a escola constrói uma gestão 
democrática e garante a organização do seu trabalho para um planejamento de 
ações. 
O PPP oferece o apoio necessário para atender as necessidades da 
educação inclusiva em todosos aspectos, atendendo as peculiaridades dos 
alunos com a flexibilização do funcionamento curricular, determinando uma rede 
de apoio para facilitar o processo de aprendizagem e inclusão, este documento 
serve como um guia norteador não só a equipe pedagógica mas também dos 
alunos e suas famílias. 
É necessário que as escolas preparem um projeto pedagógico inclusivo e 
que ofereça aos profissionais condições de viabiliza-lo, garantindo assim a todos 
os alunos, todas as possibilidades de aprendizagem de forma igualitária e sem 
distinções. Este documento elaborado no começo do ano letivo para melhor 
desempenho do corpo docente, deve ser planejado por toda equipe pedagógica, 
sempre analisando as necessidades da comunidade aonde a escola está inserida, 
é importante que o projeto pense em uma maneira de otimizar o atendimento as 
necessidades educacionais especiais. 
Para que haja um retorno de como as ações estão sendo colocadas em 
prática e sua eficácia, é importante estar sempre sendo retomado em reuniões o 
documento e suas orientações, pois é no dia a dia, dentro das salas de aulas que 
podemos verificar se as práticas estão sendo de fato utilizadas e se estão 
proporcionando uma educação de excelência. Devido sua grande importância o 
projeto político pedagógico deve estar sempre completo e disponível para toda 
comunidade. 
 
2.5 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES 
 
O professor é um agente transformador na vida de qualquer pessoa, ele faz 
parte da formação do cidadão, ensinando-lhes seus aprendizados das diversas 
áreas de conhecimento, trocando experiências sobre a vida e sobre a sociedade, 
ampliando nossas competências. Mantoan afirma esta visão no trecho: “referência 
29 
 
para o aluno, e não apenas um mero instrutor, a formação enfatiza a importância 
de seu papel, tanto na construção do conhecimento, como na formação de 
atitudes e valores do cidadão.” (MANTOAN, 2003, p. 44). 
Partindo dessa relevante importância do papel do professor em nossa 
formação, podemos dizer que o professor, na inclusão, torna-se chave principal 
de sucesso em todo o processo. 
Infelizmente é que quando um aluno com necessidades educacionais especiais 
bate a porta das salas regulares, a realidade é que muitos professores se 
encontram resistentes a inclusão, alegam não estarem preparados para atender a 
estes alunos, que não sabem como desenvolver as habilidades e especificidades 
deles. Muitos professores tem a ilusão de não estarem capacitados para lidar com 
as deficiências, o que os fazem pensar que não são competentes para trabalhar 
com as singularidades, o professor Leandro Rodrigues, porém diz em um de seus 
artigos: 
Um professor não ter formação específica nessa ou naquela deficiência 
não quer dizer que seja incompetente. 
O professor, na educação inclusiva, precisa ser preparado para lidar com 
as diferenças, com a singularidade e a diversidade de todas as crianças 
e não com um modelo de pensamento comum a todas elas. 
(RODRIGUES, 2017). 
 Ou seja, um professor de sala regular, não é menos capacitado que outro, 
por não especialização em todas as deficiências. 
 Mas é fato que para que um bom educador não se permite estar 
desatualizado, está sempre buscando conhecimentos para ampliar a eficácia de 
seus métodos de ensino, é necessário estar sempre se preparando para o novo, 
estar aberto a mudanças. Desta maneira podemos constatar que a formação 
continua é a melhor forma preparar o professor para receber alunos com 
necessidades educacionais especiais. 
 É necessário que o profissional saiba reconhecer que todos precisaram 
estar em constante renovação, sair de nossa zona de conforto, promovendo 
inovações em nossas práticas pedagógicas. Esta formação continuada é uma das 
principais maneiras de enriquecer as potencialidades do professor, aumento 
assim as de seus alunos. 
 A partir de estudos de novas teorias são possíveis realizar um 
planejamento prévio de uma nova abordagem de técnicas de aprendizagem, 
30 
 
porém é indiscutível que somente a vivência trará ao professor a experiência 
necessária para trabalhar com as diferenças e peculiaridades de cada aluno, será 
um trabalho diário de autoconhecimento e doação para poder compreender suas 
próprias técnicas de ensino. 
 Além de tudo é necessário que toda a gestão escolar esteja disponível para 
o enriquecimento deste profissional, é de suma importância que haja 
investimentos para a formação continuada, mas não devemos nos contentar 
apenas com o que nos é disponibilizado, tornar-se um educador inclusivo faz com 
que esteja sempre em busca de outras maneiras para se preparar a todos para a 
transformação do ambiente escolar, como afirma Mantoan: 
Por tudo isso, temos de ficar cada vez mais atentos, questionando o que 
existe, mas, ao mesmo tempo, apresentando outras maneiras de se 
preparar profissionais para transformar a escola, na perspectiva de uma 
abertura incondicional às diferenças e de um ensino de qualidade. 
(MANTOAN, 2003, p. 44). 
 O professor quando adere ao movimento inclusivo tem que estar preparado 
para enfrentar diversas batalhas diárias, saber mediar conflitos sem beneficiar os 
alunos que possuam necessidades educacionais especiais, todos precisam ser 
tratados como iguais. É fundamental que o professor estimule em toda a classe a 
solidariedade e encorajar as capacidades de todos, promovendo um ambiente 
escolar onde os alunos estejam envolvidos na inclusão, ajudando os colegas com 
dificuldades sem rivalidades ou competitividades. 
 É imprescindível que o professor respeite o tempo de aprendizagem dos 
alunos, que desenvolva métodos e práticas de ensino para que o aluno consiga 
acompanhar os demais alunos, fazendo com que ele se sinta acolhido e parte do 
grupo. 
Fica claro que toda essa mudança, deve ocorrer em toda rede de ensino, 
todos os professores devem ter acesso a condições de trabalho que proporcione 
executar a inclusão, que tenham a oportunidade de realizar a formação 
continuada com o apoio de gestores e coordenadores, é importante que estejam 
sempre sendo acompanhados e sinalizados. 
Todos os envolvidos no processo de inclusão, a rede de apoio escolar e a 
sociedade deve trabalhar em conjunto com os professores para que obtenhamos 
resultados positivos na inclusão e que ela aconteça de uma forma natural, 
31 
 
proporcionando a todos um ambiente provedor de igualdade social e aceitação, 
garantindo uma educação de qualidade a todos. 
 
 
32 
 
 
3 METODOLOGIA 
 
Com o intuito de compreendermos melhor o tema e apresenta-lo, 
utilizamos em nossa monografia a técnica de pesquisa bibliográfica, na qual o 
escritor Antônio Carlos Gil define “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com 
base em material já elaborado, constituído principalmente por livros e artigos 
científicos.” (GIL, 2002, p. 44), através desta definição realizamos nossas 
pesquisas e desenvolvemos o assunto embasando nossas teorias em autores 
como Maria Teresa Egler Mantoan e de Cristiane e Sonia Sampaio. 
De acordo com as autoras Marina de Andrade Marconi e Eva Maria 
Lakatos, a pesquisa bibliográfica nos permite ter contato com todo o material já 
elaborado sobre o assunto escolhido: 
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda 
bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde 
publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, 
monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação 
orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e 
televisão. (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 183). 
 Por meio desta técnica, é possível ter acesso a diversos materiais, 
permitindo assim que realizemos uma autoanálise sobre o assunto e possamos 
criar a nossa própria teoria, enriquecendo o nosso conhecimento e nossa 
monografia. 
 Para elaborarmos o embasamento teórico do presente trabalho realizamos 
um exclusivolevantamento bibliográfico, por intermédio de documentos 
internacionais oficiais como a Declaração de Jomtien (1990) e a Declaração de 
Salamanca (1994), documentos oficiais do Brasil tais como a Constituição da 
República Federativa do Brasil (1988) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (1996), livros como, por exemplo, o da autora Mantoan: Inclusão 
Escolar. O que é? Por quê? Como fazer? Entre outros. Todos esses documentos, 
livros e artigos nos permitiram entender a realidade da inclusão no país desde a 
colonização até os dias atuais, conhecer os direitos garantidos por lei dos 
deficientes quanto a educação e como a inclusão está sendo aderidas nas redes 
regulares de ensino. 
33 
 
 Dado o exposto, podemos concluir que a pesquisa bibliográfica foi 
enriquecedora, viabilizando a construção de uma monografia com dados verídicos 
e expondo a visão de diversos autores. Pudemos compreender a importância do 
movimento de educação inclusiva nas escolas não somente para os alunos que 
tenham necessidades educacionais especiais, mas também para todo aquele 
aluno que seja segregado de alguma forma por ser considerado diferente por uma 
sociedade ainda preconceituosa. 
 
34 
 
4 DISCUSSÃO E ARGUMENTAÇÃO 
 
 A partir do exposto de todo contexto histórico da educação inclusiva no 
país, podemos notar que apesar de todos os esforços para que a inclusão seja 
feita da melhor maneira possível, pode-se notar que a realidade nas escolas 
ainda é bem diferente. São muitas as leis, decretos e declarações que firmam o 
direito dos alunos como necessidades educacionais especiais, mas na integra a 
segregação da classe ainda é enorme. 
 Vemos que apesar de termos um breve começo de educação especial 
antes dos anos de 1970, somente em 1971 através da Lei nº 5.692/71, o 
deficiente passa a ter mais atenção e é garantido a eles tratamento especial, 
porém a lei é interpretada de outra maneira pelas escolas, ocasionando ainda 
mais a exclusão dos deficientes. 
 Em 1988 com a Constituição garantindo o direito de todos á educação, os 
deficientes passam a ter, por lei, garantia de atendimento educacional 
especializado preferencialmente nas redes regulares de ensino, o que vem 
mostrar um olhar diferenciado já para a inclusão. 
 Os próximos passos para a educação inclusiva vêm com as declarações de 
Jomtien de 1990 e a declaração de Salamanca em 1994, ambas importantes para 
o crescimento do movimento. Jomtien passa a garantir a igualdade de direito dos 
deficientes com os demais alunos e a Salamanca mostrar que é o ambiente 
escolar que deve adaptar-se as necessidades e peculiaridades dos alunos e não 
ao contrário. 
 Com o passar dos anos, podemos considerar que as tentativas de se fazer 
uma educação realmente inclusiva vem tomando forma em questões legais, em 
1996 as Novas Diretrizes reforçam o atendimento dos alunos em salas regulares 
desde o Ensino Infantil, e em 1999 o Decreto nº 3298 vem ressaltar que a 
educação especial é apenas complementar a educação regular e não um 
substituto. 
 Em 2003 o Ministério da Educação cria o programa denominado Educação 
Inclusiva: direito a diversidade e em 2009 a Resolução CNE/CEB nº 4, cria as 
Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na 
Educação Básica, analisando até este momento na história podemos perceber a 
criação de várias formas de tornar efetiva a igualdade de direitos e o atendimento 
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educacional especializado aos que possuem necessidades educacionais 
especiais. 
 Ao nos depararmos com a realidade de todo esse cenário em que o 
governo parece estar dando a devida atenção ao processo inclusivo, garantindo a 
vaga do aluno em sala regular, podemos observar que o que realmente acontece 
nas escolas não contempla a inclusão com tanta efetividade. 
Os recursos financeiros destinados para custear o atendimento 
especializado não são suficientes, pois as escolas não possuem estruturas físicas 
para receber alunos que possuam necessidades de locomoção, não possuem 
banheiros adaptados ou rampas de acesso, não dispõem de espaços físicos para 
a criação de salas de recursos garantidas por lei para a AEE. 
Existe uma grande escassez de profissionais formados e qualificados para 
realizar o atendimento especializado, ocasionando muitas vezes a contratação de 
professores que não estão devidamente capacitados ou preparados para 
desenvolver atividades adaptadas às peculiaridades de cada aluno, realizarem 
atendimentos respeitando os limites e tempo do aluno, e os poucos profissionais 
especializados na área não conseguem dar suporte suficiente às necessidades 
dos alunos devido ao grande número de atendimento que precisa realizar. 
Os professores de sala regular também encontram dificuldades em 
executar um trabalho com excelência, é um fato que o professor precisa estar 
preparado para atender alunos que tenham algum tipo de deficiência, mais são 
poucos os que conseguem conciliar um atendimento especial ao aluno que 
apresenta alguma dificuldade com o restante da turma, o que acaba deixando o 
aluno de lado e promovendo a exclusão do mesmo no processo de 
aprendizagem. Toda esta falta de preparo nos leva sempre ao ponto de uma 
formação continuada e assistida, aonde o profissional deve ter o mínimo de 
conhecido para o desenvolvimento de uma educação inclusiva, ofertando a todos 
uma aprendizagem igualitária e efetiva. 
Mesmo com todos os esforços para tornar a educação inclusiva, é possível 
ver que a segregação ainda continua enraizada na sociedade, seja ela em 
ambiente escolar ou na comunidade. Nota-se que a aceitação das diferenças 
ainda é mínima, os demais alunos acabam isolando os alunos com necessidades 
educacionais especiais, não ofertando a eles a oportunidade de participar de 
atividades recreativas ou que demandam alguma habilidade específica. Os 
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professores acabam, seja por falta de experiência ou capacitação, "facilitando" as 
atividades oferecidas e desenvolvendo atividades diferentes do restante da turma, 
provocando mesmo que sem a intenção, a sensação de exclusão do indivíduo na 
turma. 
Apesar de todos estes direitos garantidos por lei, como o de uma educação 
de qualidade e igualitária, a maioria da sociedade ainda continua a ignorar a 
inclusão, não sabendo lidar com as diferenças, sendo preconceituosa e os 
excluindo. É necessário que haja uma conscientização e uma grande mudança 
em nossa cultura, para que esta luta seja de fato satisfatória, gerando um novo 
tempo, aonde exista uma sociedade justa e democrática que respeite o outro e 
suas diferenças. 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O tema da educação inclusiva nos surgiu da necessidade de abordarmos 
um assunto tão importante nos dias atuais. O grande aumento de crianças com 
necessidades educacionais especiais inseridas nas redes regulares de ensino, só 
vem evidenciar cada vez mais a necessidade de tomarmos para nós, profissionais 
da educação, a missão de proporcionarmos um ambiente escolar incluso, 
garantindo os direitos dos alunos que possuam alguma deficiência, eliminando 
barreiras nos processos de adaptação e aprendizagem e promovendo mudanças 
na cultura preconceituosa existente. 
 As pesquisas realizadas ao decorrer da elaboração desta monografia 
conseguiram nos mostrar que estamos apenas no começo do processo da 
educação inclusiva, que temos um caminho longo e cheio de batalhas para 
percorrer. 
 Os estudos apresentados vieram apontando as evoluções da educação 
inclusiva ao longo da história do país. As iniciativas de educação para os 
deficientes começaram no Brasil sem o apoio de governo, apenas com a 
contribuição de pequenos grupos que tinham algum interesse, eram eles 
familiares, amigos, instituições e professores. 
 No entanto, através das leituras, podemos constatar que o movimento de 
educação inclusiva só ganha forças já em meados da década de 90, com a 
criação da Declaraçãode Salamanca, que é quando o país se sente pressionado 
a tomar providências e começa a pensar de uma forma inclusiva, garantindo 
através das leis, cada vez mais o direito das pessoas que tem necessidades 
educacionais especiais. 
 Abordamos em nossa monografia a separação dos termos educação 
especial e educação inclusiva, apontando a diferença entre ambas, deixando 
claro que a inclusão é a garantia de que todas as pessoas tenham iguais acessos 
de oportunidades. 
 Através de nossos levantamentos, conseguimos trazer um pouco da 
realidade da educação inclusiva nas escolares regulares, as ações que devem ser 
tomadas pelo governo, a gestão escolar e a equipe pedagógica, a comunidade, 
os familiares e os alunos. Numa revisão dos estudos realizados conseguimos 
compreender que a educação inclusiva jamais caminhará sozinha e que para 
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termos uma sociedade justa é necessário que todos façam sua parte e tomem 
para si a missão de tornar não só a educação, mas também o mundo, um lugar 
mais inclusivo, tolerante e rico em troca de experiências. 
 Por fim, podemos concluir com todo o material apresentado, que apesar 
dos desafios a serem percorridos, acreditamos que com trabalho árduo, uma 
formação continua investimento e visibilidade, é possível sim termos uma 
sociedade inclusiva, porém para que isso ocorra é importante não tratar as 
diferenças como problemas e sim como diversidade, oportunidades de 
enriquecimento pessoal, tendo admiração pela superação de limitações, assim 
podemos ter uma sociedade mais justa e humanitária, extinguindo essa cultura 
preconceituosa e limitada, e não só apenas com os deficientes, mais com todas 
as minorias marginalizadas e inferiorizadas por um sistema antigo. 
 
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