Buscar

Educação Inclusiva: Práticas Inclusivas no Ambiente Escolar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

0 
 
 
 
 
CURSO DE PEDAGOGIA 
PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA 
SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA - PRÁTICAS INCLUSIVAS NO AMBIENTE 
EDUCACIONAL 
 
 
 
 MAGNOLIA SANTOS RA: 1883525 
THIAGO COSTA RA: 1889254 
 
 
 
 
Polo 
Jabaquara 
2020 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA - PRÁTICAS INCLUSIVAS NO AMBIENTE 
EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 MAGNOLIA SANTOS RA: 1883525 
 THIAGO COSTA RA: 1889254 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polo 
Jabaquara 
2020 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
TEMA 03 
 
JUSTIFICATIVA 05 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA 06 
 
PÚBLICO-ALVO 07 
 
OBJETIVOS 08 
 
EMBASAMENTO TEÓRICO 10 
 
PERCURSO METODOLÓGICO 17 
 
RECURSOS 19 
 
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 20 
 
AVALIAÇÃO 21 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22 
 
 
 
 
3 
 
TEMA 
 
Este trabalho na área de supervisão escolar tem como tema: 
“Educação inclusiva: Práticas inclusivas no ambiente educacional”. 
A inclusão é a equiparação das oportunidades de desenvolvimento 
de todos os indivíduos da sociedade, garantindo acesso igualitário em todos os 
campos da vida, proporcionando relações de acolhimento e aceitação das 
diferenças. A inclusão escolar é parte integrante desse processo e deve 
oferecer educação de qualidade para todos, desconsiderando qualquer tipo de 
discriminação. A inclusão rompe com os paradigmas que sustentam o 
conservadorismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus 
fundamentos. Dessa forma, a inclusão escolar se faz necessária a cada dia, 
com ela o desafio de garantir uma educação de qualidade para todos. 
A partir de uma motivação do Supervisor Escolar, com a colaboração do 
Orientador Educacional de uma escola da rede pública estadual de São Paulo, 
e também pelo desejo de contribuir para com uma visão de maior interesse 
sobre a questão inclusão escolar de crianças com necessidades especiais, foi 
desenvolvido este projeto, cujo tema é: 
Educação Especial: A visão dos professores a respeito da inclusão da 
criança no cotidiano da escola. 
De acordo com as novas diretrizes para o ensino no Brasil, 
estabelecidas em leis - Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases (LDB), 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - a pessoa com necessidades 
especiais tem o direito de suprir essas necessidades no próprio ambiente das 
demais pessoas, ou seja, sem a segregação normalmente existente quando se 
pensa na criação de ambientes especiais. Em outras palavras, a inclusão 
significa a convivência natural da pessoa com necessidades especiais dentro 
do ambiente escolar. 
Com isso, é de suma importância, refletir sobre o desafio da educação 
inclusiva em sala de aula com alunos inclusos e comuns, bem como as 
dificuldades encontradas pelos professores frente essa problemática, ministrar 
aulas na perspectiva da educação inclusiva, sem a capacitação em serviço. 
4 
 
Tendo-se em vista que; os benefícios da inclusão, não é só para a escola 
pública, mas para toda a sociedade. 
A metodologia para elaboração deste projeto foi de pesquisas em meio 
eletrônico, tendo como recursos para elaboração a internet, um computador e 
orientações do ambiente virtual de aprendizagem da universidade, da disciplina 
de Projetos e Práticas de Ação Pedagógica de um curso EAD em pedagogia de 
uma universidade do município de São Paulo. Este relatório é a parte 2/2 de 
um trabalho a ser realizado no 6º semestre, tendo como Postagem 1: Painel e 
Postagem 2: Relatório. 
 
5 
 
JUSTIFICATIVA 
 
Acredita - se que as concepções dos professores que trabalham nas 
séries iniciais do ensino fundamental, divergem das concepções teóricas da 
atualidade, o que gera uma problemática, situação em que essas concepções 
são inadequadas, as metodologias utilizadas em práticas docentes, alterando a 
dinâmica inclusiva em sala de aula, o que favorece ainda mais as dificuldades 
do professor , no que se refere a prática metodológica, especialmente, em 
ministrar os mesmos conteúdos para alunos comuns e alunos inclusos. É fato 
que a inclusão escolar traz em si um novo paradigma de educação. Alguns 
desafios que se colocam para a efetiva inclusão escolar de pessoas com 
necessidades educativas especiais é a falta de preparo do professor e a 
existência nas escolas publicas de currículos tradicionais e inadequados, à 
prática da educação inclusiva. Os Projetos Políticos Pedagógicos nessas 
escolas não contemplam a educação inclusiva com as mudanças necessárias. 
Funciona como um documento paralelo que não atravessa o cotidiano da 
escola fica restrito à categoria de um arquivo, apenas engavetado. 
Pensar educação inclusiva é refletir sobre a função de cada 
profissional da escola e no desafio que esta tarefa exige. Sendo muito 
importante a visão dos professores a respeito da inclusão da criança no 
cotidiano da escola, tendo como foco principal o preparo dos professores e a 
adequação da escola para a inclusão. 
Assim, é importante compreender a visão dos professores sobre a 
inclusão da criança com necessidades especiais no cotidiano escolar, bem 
como avaliar em que medida a teoria e a prática se associam na visão dos 
professores, como os professores enxergam a questão em relação ao seu lado 
prático, ou seja, quando lidam com alunos com necessidades especiais. Cabe 
ao Supervisor Escolar, Orientador e Coordenador da escola, numa gestão 
baseada em diálogos, saber como os profissionais de ensino lidam com a 
questão da inclusão. 
6 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA 
 
O padrão de inclusão não se restringe ao aluno com deficiência ou 
aquelas com necessidades educacionais, mas atinge todo aluno, em sua 
diversidade de habilidades e dificuldades. Com isso, evidencia-se a falta de 
capacitação do corpo docente e a falta de estruturação do ambiente escolar, 
afim de promover um espaço inclusivo. 
Em vista do exposto, o Supervisor Escolar tem o seguinte problema de 
pesquisa: Qual a visão, a percepção real e a postura adotada por professores e 
outros profissionais de ensino diante de situações com crianças com 
necessidades especiais no cotidiano da escola? 
Outra questão é a percepção de como a pessoa com necessidades 
especiais vê o mundo à sua volta, as dificuldades que enfrenta, os preconceitos 
que sofre, e temas relacionados à educação dessas pessoas, principalmente a 
visão do professor sobre a inclusão. Não se trata de entrevistar pessoas com 
necessidades especiais para conhecer os seus problemas, mas sim de 
observar como a sociedade viu e vê essa pessoa ao longo da história. 
Outro ponto é que a escola tem um papel importante, que é o da 
inclusão do indivíduo na sociedade, independente de ter ou não deficiência. 
Portanto, o papel da escola é o de integrar, democratizar e não segregar, 
selecionar, escolher quem é que pode ter melhores oportunidades na vida 
social. Como ponto de partida para reflexão, de acordo com os pressupostos 
básicos expressos na Declaração de Salamanca (1994), não deveriam ser 
separados os ambientes escolar, familiar, profissional ou social, quando se 
trata da inclusão da pessoa com necessidades especiais. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 PÚBLICO-ALVO 
 
O projeto de intervenção será aplicado primeiramente em uma 
escola pública da rede estadual de São Paulo, para posteriormente expandir 
para as demais unidades sob responsabilidade do Supervisor Escolar. 
 O Supervisor contará com o apoio do Orientador Educacional e/ou 
Coordenador Pedagógico da escola. A pesquisa e observação pretendem-se 
atingir todos os profissionais da unidade escolar, principalmente os professores 
eos demais funcionários que lidam com as crianças no dia-a-dia da escola. 
 
 
 
8 
 
OBJETIVOS 
 
Na educação inclusiva, a escola deve estar revisando suas práticas, 
mudando concepções, revendo seu papel, reconhecendo e valorizando as 
diferenças, explicitando claramente no seu projeto pedagógico, o compromisso 
com o êxito do processo de ensino, a capacitação de seus profissionais e a 
oferta de recursos pedagógicos especiais aos alunos que deles necessitarem. 
Assim, o Supervisor Escolar pode apresentar atitudes para uma 
prática pedagógica inclusiva, destacando algumas necessidades dirigidas ao 
professor do ensino regular, tais como: promover uma cultura de convivência 
com as diferenças e as exigências legais da Educação Inclusiva, Contribuir no 
suporte pedagógico aos docentes em assuntos referentes à Educação 
Inclusiva; estimular tanto o trabalho individual quanto as atividades grupais; 
promover a construção ativa do conhecimento; oferecer ajuda mútua e 
solidariedade. 
Para uma prática pedagógica inclusiva, é importante destacar algumas 
necessidades dirigidas ao professor do ensino regular, tais como: 
-Promover uma cultura de convivência com as diferenças e as 
exigências legais da Educação Inclusiva. 
- Estimular tanto o trabalho individual quanto as atividades grupais, pois 
a combinação de ambos ajuda no desenvolvimento de responsabilidades e da 
consciência de que o saber é resultado da produção coletiva; 
- Promover a construção ativa do conhecimento, contra a ideia de 
fornecer o ensinamento, infelizmente comum nas culturas escolar e familiar; 
- Oferecer ajuda mútua e solidariedade; 
- Recusar o espírito de competição e concorrência no ato de aprender; 
- Lembrar que a noção de incompletude (ninguém é autossuficiente) é 
essencial para entender as diferenças; 
- Dizer não a todo tipo de generalização. 
Assim, para que tudo passe a acontecer na forma desejada nas escolas, 
um dos primeiros objetivos do Supervisor Escolar é sensibilizar a todos: 
funcionários e professores, entre outros. Mas é importante também sensibilizar 
9 
 
os pais, sobretudo os dos não deficientes, levando ao entendimento de que 
todos devem desempenhar um papel ativo no processo de inclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
EMBASAMENTO TEÓRICO 
 
A Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da 
escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a 
diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter 
necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar. 
Há, entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa 
no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica 
da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados 
para garantir a aprendizagem de todos os alunos. 
A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do 
pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos 
direitos e liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, 
deve ser incentivado. 
Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em 
um mesmo contexto escolar. A opção por este tipo de Educação não significa 
negar as dificuldades dos estudantes. Pelo contrário. Com a inclusão, as 
diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. É essa 
variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão de mundo e 
desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças. 
Com base nos pressupostos legais da Constituição Federal de 1988, 
o artigo 205 prevê o direito de todos à educação e o artigo 208 prevê o 
atendimento educacional especializado, e a inclusão escolar, fundamentada na 
atenção à diversidade, exigindo mudanças estruturais nas escolas comuns e 
especiais. 
Beauclair (2007), afirma que a inclusão é o movimento humano de 
celebrar a diversidade, envolvendo o sentimento de pertencer, de fazer parte 
de, é a valorização da diferença e a busca de uma cidadania ativa construtora 
de qualidade de vida para todos. 
Stainback e Stainback (1999) complementam essa definição, 
especificando que o objetivo da inclusão é criar uma comunidade em que todas 
as crianças trabalhem juntas e desenvolvam repertório de ajuda mútua e apoio 
dos colegas. Neste contexto, a educação inclusiva busca assegurar a todos os 
11 
 
estudantes a igualdade de oportunidades educativas, proporcionando espaço 
para o desenvolvimento integral dos mesmos, levando em consideração suas 
potencialidades e especificidades, favorecendo a construção de uma sociedade 
mais democrática e flexível. 
De acordo com Pessotti (1984), de um modo geral, a deficiência é 
vista sobretudo sob o prisma da capacidade do indivíduo em se adaptar 
socialmente. Assim, segundo o autor, devido à menor capacidade do indivíduo 
em responder às demandas da sociedade, as formas de lidar com crianças 
deficiência foram diferentes ao longo do tempo. Diz que até o século XV as 
crianças que nasciam deformadas eram sacrificadas, ou seja, “descartadas”, 
da sociedade. Tanto na Grécia quanto na Roma Antiga existia o costume de se 
abandonar crianças, principalmente aquelas com deficiência, sendo que em 
Roma eram simplesmente jogadas nos esgotos. 
Porém, também segundo Pessotti (1984), ainda na Idade Média, em 
algumas regiões da Europa, os deficientes podiam encontrar abrigo nas 
Igrejas. Outros tinham suas vidas preservadas, porém em funções imbuídas de 
grandes preconceitos, como a de “bobos da corte”, por exemplo, isto é, 
pessoas destinadas a divertir a nobreza. Até mesmo Martinho Lutero, o grande 
reformador religioso e criador da primeira Igreja protestante, via os deficientes 
a partir de um ponto de vista nada humano, pois para ele, segundo Pessotti 
(1984), os deficientes mentais, por exemplo, eram seres diabólicos que 
mereciam castigos para serem purificados. Para outras formas de deficiência a 
visão era basicamente a mesma. 
Entre os séculos XVI e XIX, a sorte das pessoas com deficiência adquire 
um novo rumo, porém, segundo Pessotti (1984), continuavam isoladas do resto 
da sociedade, “protegidas” em asilos, conventos e albergues. Foi nesse 
período, segundo o autor, que surge o primeiro hospital na Europa destinado 
ao tratamento de pessoas com deficiência mental, abrindo assim espaço para 
se pensar no abrigo de outros tipos de deficientes. Porém, lembra também que 
todas as instituições dessa época não passavam de prisões, sem tratamento 
especializado nem programas educacionais. 
Pessotti (1984) indica que somente no século XX é que as pessoas com 
deficiência passaram a ser vistos como cidadãos, adquirindo assim direitos e 
12 
 
deveres de participação na sociedade, porém, diz o autor, sob uma ótica muito 
mais assistencial e caritativa do que propriamente um reconhecimento de 
igualdade. Essa igualdade passa a ser reconhecida em 1948, com a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela qual todo o ser humano tem 
direito à educação. Ou seja, ainda que falte o reconhecimento de fato, por parte 
da sociedade, ao menos esse reconhecimento passa a existir na forma de um 
documento de âmbito mundial. 
No Brasil, segundo Pessotti (1984), começa a ocorrer nos anos 60 uma 
certa organização por parte de parentes de pessoas deficientes e ainda no 
início dessa década aparece uma referência legal para a educação especial, 
expressa na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1961. 
Essa lei determinava que, dentro do que for possível, a educação das pessoas 
com deficiência - tratadas, então, como “excepcionais” - deve enquadrar-se no 
sistema geral de educação. Mas é nos Estados Unidos, a partir dos anos 70, 
que se avança nas pesquisas e teorias de inclusão, havendo, porém, uma 
motivação particular para estes estudos: a existência de mutilados da Guerrado Vietnã. De qualquer modo, uma lei sobre educação de pessoas com 
deficiência (Lei nº 9414, de 1975) dá início naquele país à educação inclusiva 
que estabelecendo as necessárias mudanças nos currículos. 
Nos anos 80, segundo Santos (1992), a questão da inclusão adquire um 
contorno global e surgem declarações e tratados mundiais que passam a 
defender a inclusão em larga escala. Essas declarações, segundo a autora, 
são em grande parte resultados das lutas e das muitas ações em favor das 
minorias, desencadeadas nos anos 70. 
Em 1994, é assinada na Espanha a Declaração de Salamanca, por 
dirigentes de mais de oitenta países reunidos, representando um dos mais 
importantes documentos de compromisso de garantia de direitos educacionais, 
que proclama as escolas regulares inclusivas como o meio mais eficaz de 
combate a discriminação. Nesta declaração fica determinado direitos iguais às 
crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, 
emocionais ou linguísticas. 
No Brasil, a partir da promulgação da Constituição de 1988, e com 
reflexo que se estenderam pelos anos 90, o atendimento educacional 
13 
 
especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular 
de ensino, passa a constar do amparo legal, sendo que a Lei Federal nº 7853, 
de 1989, prevê a oferta obrigatória e gratuita da educação especial nos 
estabelecimentos públicos de ensino. A lei prevê também a punição de um a 
quatro anos e multa aos dirigentes de ensino que recusarem e suspenderem 
sem justa causa a matrícula de um aluno. Nessa mesma década, o Brasil 
aprova o Estatuto da Criança e do Adolescente, que reitera os direitos 
garantidos na Constituição: “atendimento educacional especializado para 
pessoas com deficiência”. 
De forma mais específica, em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases, nº 
9394, se ajusta à legislação federal e aponta que a educação de pessoas com 
deficiência deve dar-se preferencialmente na rede regular de ensino. 
Porém, mais do que uma questão legal, a inclusão social é uma questão 
de humanidade e justiça: 
 
A exclusão social nas escolas lança as sementes dos 
descontentamento e da discriminação social. A educação é uma 
questão de direitos humanos, e os indivíduos com deficiências devem 
fazer parte das escolas, as quais devem modificar seu funcionamento 
para incluir todos os alunos (STAINBACK e STAINBACK, 1999). 
 
A mensagem acima, segundo (Stainback e Stainback, 1999) foi 
transmitida pela Conferência Mundial de 1994 da UNESCO, em referência às 
necessidades educacionais especiais. A mensagem procura tornar evidente 
que “... o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos - independentemente 
de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultual – em 
escolas e salas de aula provedoras, onde todas as necessidades dos alunos 
são satisfeitas”. Os autores vão além, e dedicam a obra aqui referenciada a 
mostrar, entre outros pontos importantes, que a inclusão escolar não trata 
apenas do âmbito escolar propriamente dito e sim da preparação do indivíduo 
para a vida em comunidade e, talvez até o mais importante, da preparação da 
comunidade para a inclusão das pessoas com deficiência. 
Ou seja, não basta apenas preparar o indivíduo e a escola, mas sim 
preparar a própria sociedade. Este é o papel da escola. 
14 
 
O ganho resultante das atitudes inclusivas é para todos, dizem 
Stainback e Stainback (1999), enfatizando que além de uma atitude 
humanitária e de justiça, a inclusão significa benefícios gerais para a 
sociedade. Segundo os autores, capacitação e participação são aspectos 
fundamentais para o bem-estar do indivíduo com deficiência, mas são também 
fatores de benefícios para a sociedade, no sentido de que essas pessoas 
podem contribuir socialmente tanto quanto aquelas que não têm nenhuma 
deficiência. 
Mas há um ponto importante a ser considerado, segundo Stainback e 
Stainback (1999), no que diz respeito às experiências dos professores com a 
inclusão. Segundo demonstram, para a maioria dos professores, o primeiro 
contato de um professor com a inclusão costuma gerar reações dos mais 
variados tipos, muitas delas, inclusive, negativas, seja por gerar um sentimento 
de impotência, diante da situação, seja pelo próprio inusitado que é deparar-se 
com alguém ‘diferente’. No entanto, as experiências mostram que, uma vez 
passado espanto inicial, o desfecho da situação tende sempre a caminhar no 
sentido de acrescentar ao professor uma grande dose de crescimento 
profissional e pessoal. Em outras palavras, mostram os autores que trabalhar 
para a inclusão é uma experiência altamente enriquecedora. 
Num sentido geral, a deficiência somente ocorre ou faz sentir seus 
efeitos com relação a um ambiente, pois uma criança não é deficiente dentro 
do seu próprio universo individual de existência. Os problemas começam a 
surgir a partir do ambiente onde é inserida. O primeiro ambiente da criança é a 
família, e até esse ponto encontra um meio no qual sua deficiência não é tão 
percebida, desde que envolvida com os cuidados e os carinhos dos demais 
membros da família. 
Mas a família não é o único ambiente da criança, pois à medida que 
cresce, vai aos poucos se integrando aos grupos sociais com os quais tem 
contato, até que se torna adulta. Se em outros tempos o mundo da criança 
deficiente era restrito ao seu lar ou a grupos sociais restritos, essa visão mudou 
radicalmente. Atualmente se acredita que o ambiente da criança deve ser 
alargado desde cedo, para que não sofra depois os efeitos da não-inclusão. No 
dizer de Stainback e Stainback (1999), “em geral, quanto mais tempo os alunos 
15 
 
com deficiências passam em ambientes inclusivos, melhor é seu desempenho 
nos âmbitos educacionais, social e ocupacional”, isto porque, conforme 
ressaltam estes e também outros autores, não se aceita mais a ideia de que a 
criança deficiente deve ficar “protegida” dentro do seu ambiente familiar, com a 
pretensão de que ali ela esteja imune aos impactos que a sua deficiência pode 
lhe trazer, quando convivendo em outros ambientes. 
Foi a partir da visão de que a criança com necessidades especiais não 
apenas tem o direito como também necessita participar dos diversos ambientes 
dentro de uma sociedade que começaram os movimentos pela ‘inclusão’. 
As escolas públicas destinadas a alunos com deficiências funcionavam 
até então como um sistema de segregação, na medida em que separava tais 
alunos dos “normais”. Segundo Stainback e Stainback (1999), isso criava uma 
situação em que para alguns casos, como de deficientes visuais ou auditivos, 
entre outros, existiam escolas especiais, enquanto que: 
 
(...) outros alunos com déficit importante de desenvolvimento em geral 
não tinham nenhum tipo de serviço educacional disponível e ficavam 
quase sempre nas alas dos fundos das grandes instituições do Estado 
(...) Quase todas as crianças confinadas a cadeiras de rodas, não 
treinadas no controle das funções fisiológicas ou consideradas 
ineducáveis eram excluídas, devido aos problemas que o seu ensino 
iria envolver (STAINBACK e STAINBACK, 1999:39). 
 
No Brasil, segundo Mazzotta (2005),: 
 
(...) a inclusão da educação de deficientes, da educação dos 
excepcionais ou da educação especial na política educacional 
brasileira vem a ocorrer somente no final dos anos cinquenta e início 
da década de sessenta do século XX (Mazzotta, 2005). 
 
O histórico mostrado Mazzotta (2005) mostra que o caminho, além de 
curto, menos meio século, praticamente, também foi trilhado nos mesmos 
moldes que os modelos europeus e norte-americanos, ou seja, com a criação 
de escolas especialmente adaptadas para alunos com deficiência, 
16 
 
notadamente aquelas mais comuns ou perceptíveis, como a deficiência auditiva 
e a deficiência visual, por exemplo. 
Dentre as instituições listadas pelo autor, algumas são para deficientes 
visuais,como o Instituto Benjamin Constant, que em 1942 editou em braile a 
Revista Brasileira para Cegos; o Instituto de Cegos Padre Chico, fundado em 
1928 na cidade de São Paulo; a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, 
instalada em 1946, graças aos esforços de Dorina de Gouvea Nowill, 
professora de deficientes visuais, cega aos 17 anos. A lista prossegue, mas 
cumpre destacar pelo menos mais uma instituição: a Associação de 
Assistência à Criança Defeituosa (AACD), fundada em 1950 e mantenedora 
dos mais importantes Centros de Reabilitação do Brasil. É uma “instituição 
particular especializada no atendimento a deficientes físicos não-sensoriais, de 
modo especial com paralisia cerebral e pacientes com problemas ortopédicos” 
(Mazzotta, 2005). 
Fica evidente, portanto, que o principal objetivo destas instituições é 
integrar pessoas com deficiências à sociedade, preparando-as para o exercício 
profissional e outras atividades. Embora não se possa negar o caráter 
necessário desse tipo de “assistência”, pois as pessoas com deficiência 
precisam de alguma forma estar integradas à sociedade, sob o risco de ficarem 
segregadas no próprio ambiente doméstico, a discussão em torno da questão 
ganhou uma amplitude muito maior, no sentido de chegar ao entendimento de 
que a integração por si é um primeiro passo, mas o objetivo final é a inclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
PERCURSO METODOLÓGICO 
 
O projeto será dividido em algumas etapas, com uma duração 
aproximada de um ano, sendo primeiramente implantado em uma unidade 
escolar, para depois ser expandido para as outras unidades de 
responsabilidade do Supervisor Escolar. 
A metodologia será realizada em uma escola da rede pública estadual 
de São Paulo, no município de São Paulo, que atua com alunos do Ensino 
Fundamental I. 
No primeiro trimestre será realizada uma pesquisa entre Professores e 
sociedade com base a essa temática sobre a educação inclusiva e suas 
possíveis ações para melhoria e o papel do Professor diante a essa temática. 
Com isso, será implantado uma pesquisa de campo envolvendo 
profissionais da educação, principalmente os professores, sendo elaborados e 
aplicados questionários, avaliando em detalhes a visão, as perspectivas e as 
experiências práticas dos professes em relação a alunos com necessidades 
especiais. As questões referem-se: sobre as condições que a escola oferece; 
sobre a formação geral dos professores; sobre a forma para se manter 
atualizado; opinião sobre a inclusão; sobre as principais dificuldades 
encontradas na prática escolar. 
O Supervisor, junto com o Orientador e/ou Coordenador da escola farão 
uma análise do ambiente, observando as mudanças necessárias para uma 
adaptação física da escola para recebimento de alunos com necessidades 
especiais, seguidos de questionários, registros e levantamentos. 
No segundo trimestre será feita a apresentação e análise dos resultados 
para os envolvidos e será introduzido encontro de capacitação aos professores 
para lidarem com a educação inclusiva. 
Esses encontros de capacitação oferecidos aos professores serão 
realizados uma vez por semana. Como suporte aos professores e demais 
profissionais, serão realizadas palestras e a construção de uma rede de apoio, 
com uma equipe multiprofissional com: psicopedagogos, psicólogos, assistente 
social, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional. Além disso, os 
profissionais terão encontros com temática bem fundamentadas que poderão 
18 
 
guiar o professor a desenvolver as capacidades de seus alunos, a partir de 
uma nova perspectiva em relação ao aluno e a suas diferenças. Isso também 
fará com que ele venha a ter um melhor desenvolvimento, respeitando sempre 
suas características e especificidades e o seu tempo de aprendizado. Com 
isso, podemos perceber a importância da ressignificação das práticas 
educativas para inclusão de todos. O professor deve manter-se em constante 
atualização para que possa acolher as diversas realidades que chegam à 
escola, podendo assim adaptar atividades e avaliações de acordo com as 
especificidades dos alunos. 
No terceiro e quarto trimestre será feita o planejamento e aplicação das 
atividades propostas e uma avaliação das condições apresentadas, incluindo 
respostas dos professores quanto à melhora na qualidade de ensino na 
questão da inclusão escolar. Será dada a continuidade na aplicação das 
propostas citadas acima, assim como o acompanhamento e ampliação dos 
profissionais formadores da rede de apoio. 
Será possível também uma prévia avaliação das condições 
apresentadas, incluindo respostas dos professores quanto à melhora na 
qualidade de ensino na questão da inclusão escolar. 
O Supervisor Escolar deverá estar atento a todas estas modificações e 
avaliações, assim como estar sempre disponível e aberto para mudanças e 
opiniões. Seu esforço deverá ser grande na busca de recursos financeiros e 
recursos humanos, tentando trabalhar em equipe, numa gestão participativa e 
inclusiva. Toda ajuda será bem vinda e todo o trabalho será recompensado no 
decorrer das transformações. Não há um ponto final, pois, uma escola está em 
constantes mudanças e atualizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
RECURSOS 
 
Dentre os recursos materiais necessários estão os listados abaixo: 
Humanos- Professores e gestão educacional; Supervisor educacional. 
 Materiais- Prédio escolar, salas para reunião dos encontros e 
capacitação da equipe docente e materiais pedagógicos; 
 Imateriais- Questionários pré-estabelecidos; Leis e orientações 
normativas, Artigos e periódicos que fundamentam e embasam as ações na 
educação inclusiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
 
Calendário escolar; observações e registros, levantamento de 
hipóteses, questionário, reuniões, encontros e oficinas e avaliações. Tempo 
estimado- um ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
AVALIAÇÃO 
 
Este projeto propõe alternativas de solução para as dificuldades 
constatadas na instituição e estará sendo avaliado no final de cada ano letivo 
através de reuniões específicas para este fim com a comunidade escolar, com 
o propósito de fazer um diagnóstico de todos os segmentos da escola, reavaliar 
as ações e listar as prioridades para o próximo ano letivo, podendo sofrer 
adaptações. 
O Supervisor, Orientador e Coordenador, assim como os 
professores envolvidos deverão fazer anotações regulares e depois discuti-las 
entre si, buscando detectar pontos falhos e procurando meios de corrigi-los. 
A ação avaliativa abrange a auto avaliação e também a de todos os 
envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Na medida em que a ação de 
avaliar exerce uma função dialógica e interativa, ela promove a reflexão crítica 
do resultado do trabalho, sendo contínua e diagnostica. A avaliação é essencial 
à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como 
problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. É a partir da análise 
de situação de vida por nós pedagogos no nosso cotidiano é que 
reconduziremos nossas perspectivas de melhoria da qualidade do trabalho 
pedagógico. 
O trabalho de inclusão não poderá ser finalizado enquanto existir 
necessidade de aprimoramento tanto das práticas de ensino como também dos 
sistemas educacionais. A inclusão é uma realidade que não pode mais esperar 
melhores preparos por parte das instituições de ensino, como também dos 
responsáveis em promover a dignidade humana, buscando com isso os valores 
éticos para que todos tenham lugar e vez nos demais segmentos da sociedade. 
Todos são responsáveis pela inclusão, tanto a escola como a sociedade de um 
modo geral. 
 
 
 
 
22 
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares 
Nacionais: Adaptações Curriculares.Secretaria de Educação Fundamental. 
Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1999 
 
DECLARAÇÄO DE SALAMANCA. Conferência Mundial sobre Necessidades 
Educativas Especiais. Espanha: Salamanca, 1994. 
 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar, o que é? Por quê? Como 
fazer? São Paulo: Moderna, 2003. 
 
MAZZOTTA, Marcos J. da Silveira. Educação especial no Brasil: história e 
políticas públicas. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005. 
 
PESSOTTI, Isaías. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: 
Editora 34, 1984. 
 
SANTOS, M.P. Educação especial: integrada paralela? Revista Vivência, pg.10 
a 15, edição out/nov 1992. 
 
STAINBACK, Susan e STAINBACK, William. Inclusão: um guia para 
educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999.

Outros materiais