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Prática Simulada V Caso 09 ADIN POR OMISSÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉRGIO 
SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 PARTIDO PROGRESSISTA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNP nº, 
com sede na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, endereço eletrônico, neste ato representado 
por seu presidente NOME, nacionalidade, estado civil (existência de união estável), profissão, 
portador da carteira de identidade nº, inscrito no CPF nº, residente e domiciliado na rua, nº, 
bairro, cidade, estado, CEP, endereço eletrônico, por seu advogado legalmente constituído 
que para fins do artigo 106, I do CPC indica endereço profissional na rua, número, bairro, 
cidade, estado, CEP, endereço eletrônico, vem perante vossa excelência propor: 
 
 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO COM PEDIDO 
DE LIMINAR 
 
 
 Com base na lei 9868/99, face a omissão legislativa praticada pelo EXCELENTÍSSIMO 
SENHOR DOUTOR GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, com 
endereço funcional na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, endereço eletrônico, pelos fatos e 
fundamento que a seguir expõe: 
 I – DOS FATOS: 
 
 Face ao descumprimento e falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no 
artigo 37, X, da Constituição Federal, o qual prevê a revisão geral anual dos servidores 
públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual dos servidores públicos 
do Estado de Santa Catarina. Alega o Partido a omissão do Governador do Estado de Santa 
Catarina, do dever de encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a 
revisão geral anual, na mesma data e sem distinção de índices, da remuneração dos servidores 
públicos daquela unidade da Federação, conforme o disposto no art. 37, X, da Constituição 
Federal. A agremiação política afirma que a última revisão remuneratória ocorrida naquele 
Estado-membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003. Sustenta que os servidores 
acumulam, desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação. Assevera que, 
mesmo após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o Executivo Estadual 
pretenda cumprir o ditame ora destacado. Assim, configurado o comportamento omissivo do 
Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado tanto pelos reajustes pontuais concedidos 
a determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis orçamentárias dos últimos 
anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores, pretende propor ação 
para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do art. 
37, X, da Carta Magna, bem como o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. 
Sr. Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei 
específico, destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos 
vencimentos 
 
II – DOS FUNDAMENTOS: 
DA LEGITIMIDADE ATIVA: 
 
 A Constituição Federal estabelece em seu artigo 103, VIII o rol dos legitimados para 
propor ação direta de inconstitucionalidade, entre os quais, se faz presente os partidos 
políticos com representação no congresso nacional. 
 Portanto, segundo a Carta Magna, o partido político progressista possui legitimidade 
para propor a presente ação. 
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA: 
 
 O art. 102, I, alínea a, da Constituição Federal determina que compete ao Supremo 
Tribunal Federal a guarda da Constituição, cabendo portanto processar e julgar 
originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal. 
 Diante disso, resta comprovado que a competência para realizar o processamento e 
julgamento da presente ação é originária do Supremo Tribunal Federal. 
 
DO CABIMENTO DA AÇÃO: 
 
 A competência legislativa dos Órgãos Estatais é um poder-dever, ou seja, tem como 
objetivo principal a realização do interesse público, devendo este sempre prevalecer sobre 
qualquer interesse particular. 
 Sabe-se ser imprescindível, para o cabimento da ação direta de inconstitucionalidade 
por omissão a existência de um direito previsto na Constituição Federal que não possa 
ser exercido por ausência de lei especifica e, no caso em tela, tal direito, pode ser 
encontrado no artigo 37, X da CF. 
 
 
I- IGUALDADE DE CONDIÇÕES: 
 
 Segundo o artigo 5º da CF todos são iguais perante a lei, neste mesmo sentido os artigo 
37, x e 103§2º, ambos da Constituição, dissertam que a administração pública direta e indireta 
deve respeitar o princípio da legalidade, impessoalidade, eficiência entre outros, nos elucidam 
também que a remuneração dos servidores públicos somente poderão ser fixados ou alterados 
por lei específica. 
 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do 
art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada 
a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na 
mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento)” 
 
“Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) 
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar 
efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a 
adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão 
administrativo, para fazê-lo em trinta dias.” 
 
II-CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR: 
 
 Segundo o que dispõe o artigo 22 da lei 9868/99, o tribunal, em caso de urgência ou 
grande relevância poderá conceder medida cautelar após a audiência dos órgãos ou 
autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional. 
 De acordo com os fatos acima narrados fica claro a relevância e a urgência da matéria, 
sendo assim, a medida cautelar deve ser concedida. 
IV – DOS PEDIDOS: 
Diante do exposto requer a Vossa Excelência: 
a) A concessão da medida liminar com fulcro no artigo 12,f, da lei 9868/99 para fixar 
prazo na forma do artigo 103§2 da CF ou qualquer outro prazo razoável para que o chefe do 
poder executivo estadual elabore a lei complementar de forma a atender o deposito no artigo 
37,x da CF; 
 
b) Notificação do Excelentíssimo Senhor Doutor Governador do estado de Santa Catarina 
para que como autoridade competente pela elaboração da lei querendo se manifeste no prazo 
legal; 
 
c) 
d) Notificação do advogado geral da união para se manifestar sobre o mérito dessa ação no 
prazo de 15 dias; 
 
e) Oitiva do Procurado Geral da República para emitir seu parecer; 
 
f) Procedência do pedido declarando por sentença a mora legislativa do Excelentíssimo 
Senhor Doutor Governador do estado na elaboração da lei; 
 
 
V- DAS PROVAS: 
 
 
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova 
documental e documental superveniente conforme artigo 14 parágrafo único da lei 9868/99 
(em anexo cópia das decisões judiciais). 
 
VI- DO VALOR DA CAUSA: 
 
 
 Dá-se a causa o valor de R$ 1000,00 (mil reais) para fins de efeitos fiscais. 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
 Local, ___,___,___ADVOGADO 
 OAB/UF

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