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Teoria das Provas em Espécie no Processo Penal

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES – Matrícula nº 201202199216 
 
DIREITO PROCESSO PENAL II 
 
Tema: Teoria Provas em espécie. 
 
SEMANA 2 
 
CASO CONCRETO: 
 
 O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta 
própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, 
admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus 
diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no 
estabelecimento, e o valor de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde 
a processo crime onde lhe foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O 
Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e 
pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. 
Pergunta-se: Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de 
cometer o crime do art. 342 do CP? 
 
Resposta: NÃO. Com base n o art. 207 do CPP: São proibidas de depor as 
pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar 
segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu 
testemunho. Marcellus Polastri (2010) bem explica a diferença entre estes institutos: 
a) Função: é o exercício de atividade por força de lei, decisão judicial ou 
convenção, a exemplo do funcionário público, d o tutor, dentre outros. 
b) Ministério: é a atividade decorrente de condição individual ligada à religião, a 
exemplo dos padres, irmãs de caridade, pastores, dentre outros. 
c) Ofício: é a atividade de prestar serviços manuais, a exemplo do eletricista, 
bombeiro, etc; 
d) Profissão: é qualquer atividade desenvolvida com fim lucrativo, como ocorre 
com os engenheiros, médicos e advogados. 
 
A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida? 
 
Resposta: NÃO. A não observância ao aludido preceito legal, além de tornar a 
prova testemunhal ilegal, implica em sanções penais de violação do sigilo 
profissional previstas no Art. 154, do CP. 
 
 
 
Questão Objetiva 
(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que: 
 
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que 
tenham desaparecidos os vestígios do crime; 
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do 
Juiz de Direito, fundado no exame das provas em conjunto; 
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a 
mantenham ou modifiquem; 
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, 
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste caso, porém, 
não deverão prestar compromisso legal; 
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
Gabarito: Letra "E"

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