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Apostila Periodontia

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Periodontia I 
 
 Tudo em odontologia esta relacionado a periodontia: 
- Cirurgias; 
- Dentistica (caries profundas com afastamento gengival); 
- Endodontia; 
- Prótese; 
- Ortodontia (retração gengival); 
- Outros.. 
 
 60% dos pacientes periodontais são também pacientes de ortodontia por causa da 
retração gengival e reabsorção óssea. 
 Tártaro não causa doença periodontal. 
 Foi realizado um estudo onde em uma bolsa profunda o tártaro é raspado e deixado 
uma parte polida (superfície lisa). Tempo depois o tecido se recuperou. Ou seja, o tártaro 
apenas é retentivo e facilita a instalação de bactérias. As bactérias causam problemas 
periodontais e não o tártaro. 
 O dente pode ter mobilidade dentaria e não ter doença periodontal (em casos de 
contato prematuro). Por não ter doença periodontal (bactéria) ao retirar o contato prematuro 
aparece radiolucidez e a frouxidão dos ligamentos volta ao normal 100%. O osso retorna pois 
quando há um trauma o osso retira a parte inorgânica (cálcio) do local agredido e fica apenas a 
parte orgânica, então não aparece na radiográfica. Ao retirar o trauma a parte inorgânica se 
reposiciona no local, aparecendo radiograficamente. 
 Reabsorção óssea é apenas quando a matéria orgânica e inorgânica se retiram do local 
juntos. 
 
 Periodonto de sustentação: ligamentos periodontais, cemento e osso alveolar. 
 Periodonto de revestimento: gengiva. 
 
 A periodontia lida com gengiva mas não lida com mucosa. Ex.: secção do freio 
mediano labial (periodontista); secção do freio lingual (cirurgião). 
 
 Microbiologia das doenças periodontais. 
 
 Espaço biológico: 
- Epitélio juncional (+/- 0,97mm); 
- Inserção conjuntiva (+/- 1,07mm). 
 
O espaço biológico é um mecanismo que o organismo tem para proteger o osso. Ele se 
forma entre o meio externo e a crista óssea. Sempre haverá o espaço biológico, pois o 
organismo não deixa o osso ficar exposto. Uma restauração deve estar no mínimo à 2,5mm da 
crista óssea. 
Caso uma restauração invada o espaço biológico, o organismo responde com 
inflamação e reabsorção óssea para a recuperação do espaço biológico. Para reabsorver a 
crista óssea, é preciso inflamação. 
Para realizar uma restauração que invade o espaço biológico, é preciso utilizar de 
técnicas que tracionem o dente (extrusão), assim realiza-se o procedimento sem que o 
organismo precise causar inflamação. 
A placa bacteriana causa inflamação, pois o organismo reage contra os ácidos 
produzidos pelas bactérias. Há a reabsorção óssea. As doenças periodontais são causadas pelas 
toxinas bacterianas. 
 
Saúde gengival: baixa quantidade de bactérias; composição mista e pouco virulenta de 
bactérias; resistência do hospedeiro. 
 
A placa supragengival inespecifica (microbiota mista) provoca gengivite em 10 dias. 
Há presença de bactérias, porem não são caracterizadas para causar doença periodontal. Com 
o tempo, essa placa inespecífica sofre transformações e se torna especifica. 
 
Se a microbiota assumir um caráter periodontopatogênica (com microorganismos gram 
negativos), estimula uma resposta inflamatória e imunologica com potencial destrutivo. 
 
Evolução da placa bacteriana. 
A placa só se torna madura após 24 horas de existência. Só há a deposição de bactérias 
quando a placa estiver madura. 
Tudo se inicia com a película aderida, composta por saliva e glicoproteinas. 
1 – A primeira etapa é a atração de bactérias na película aderida. 
2 – Ocorre a adesão dessas bactérias. 
3 – Multiplicação. 
4 – Microcolônias. 
5 – Biofilme (placa aderida). 
6 – Crescimento e maturação. 
 
 Essa seqüência demora em torno de 24 horas. Apartir de então, ela começa a se tornar 
especifica. 
 Somente após 24 horas que a placa bacteriana apresenta-se madura. E somente uma 
placa madura tem poder periodontopatogênica. 
 
 Avanço subgengival é o aumento da exsudação tecidual e migração de leucócitos 
polimorfonucleados (neutrófilos) para o sulco gengival. 
 Para que o exsudato e os neutrófilos cheguem ao sulco gengival, há um edema e 
afastamento das células, o que favorece a entrada de bactérias causando gengivite. 
 
 Na cavidade bucal há mais de 350 especies diferentes de bactérias, e mais de 10 entre 
elas são periodontopatogênicas. 
 A microbiota periodontal é diferente da microbiota cariogenita. 
 Carie: bactérias gram positivas facultativas, sacaroliticas e intensamente acidogênicas. 
 Doença periodontal: bactérias gram negativas, proteolíticas, anaeróbias estritas. 
 
 Periodonto sadio: pouco infiltrado inflamatório, bactérias gram positivas, anaeróbias 
facultativas. 
 Gengivite: aumento de inflamação, equilíbrio entre bactérias gram positivas e gram 
negativas, e entre aeróbios e anaeróbios. 
 Periodontite: grande inflamação, predomínio de bactérias gram positivas e anaeróbias. 
 Fatores que facilitam o acúmulo de placa: 
- Cálculo; 
- Junção cemento/esmalte com exposição de dentina. 
- Projeção de esmalte (gengiva não adere ao esmalte). 
- Áreas de furca e concavidades. 
- Cárie de colo ou raiz. 
- Apinhamento dental. 
 
 Fatores de retenção iatrogênicos: mesmo restaurações e coroas protéticas clinicamente 
perfeitas, quase sempre, apresentam fendas marginais à observação microscópica. 
 
Historia da periodontia. 
 
Há 1,8 milhoes de anos, os homens já palitavam os dentes. 
O primeiro problema que se observou na boca foi periodontal (mais antigo que a 
carie). 
Em 1910 Robiscek realizou a primeira gengivectomia e curetagem. 
 
O osso dá o formato à gengiva. Antigamente, o tratamento periodontal, era a 
gengivectomia total da gengiva que obtém a bolsa periodontal. Ex.: há uma bolsa de 5mm, ao 
invés de tratar, eles cortavam a gengiva que estava “sobrando”. O dente fica com exposição 
radicular, sensível e suceptível à mais bactérias. 
 
RTG: regeneração tecidual guiada. 
 
“O normal não é representado por uma linha e sim por uma faixa”. 
Ou seja, não existe uma definição exata de normal, pode variar de acordo com a 
situação. 
 
Função do periodonto: 
 
- Ligar o dente ao osso; 
- Suportar e transformar forças geradas pela mastigação, fonação e deglutição; 
- Defesa contra influencias ambientais externas nocivas presentes na cavidade bucal. 
- Manter a integridade da superfície do corpo, separando meio externo do interno. 
- Ajustar as alterações estruturais associadas ao uso e envelhecimento por meio de 
regeneração e remodelações constantes. 
 
 Mucosas: 
- Revestimento (palato mole, mucosa jugal); 
- Especializada (língua e suas células gustativas); 
- Mastigatória (gengiva). 
 
 O periodonto é dividido em: 
- Periodonto de proteção (gengiva marginal livre e ceratinizada); 
- Periodonto de inserção ou sustentação (ligamento periodontal, osso e cemento). 
 
 A gengiva é parte da mucosa bucal que reveste os processos alveolares e a porção 
cervical dos dentes. 
 Gengiva marginal é composta de: 
- Vertente externa; 
- Vertente interna; 
- Papila interdentaria; 
- Área de col. 
 
 Quando a gengiva esta muito inflamada há um procedimento cirúrgico que corta parte 
da vertente interna. Técnica de retirada do tecido necrosado para que a regeneração seja 
completa e bem sucedida. 
 
 Área de Col é o processo juncional que localiza-se interdentalmente, não sendo 
totalmente queratinizada. 
 É a papila interdentaria localizada nos dentes posteriores. 
 Pela facilidade de acumulo de bactérias, as faces possuem mais problemas periodontais 
são as proximais. 
 A área de col é uma parte da gengiva que tem mais facilidade de haver acumulo de 
bactérias, pois com dificuldade o fio dental limpa essa “cavidade”. 
 
 Divisãoentre gengiva marginal e inserida é o sulco marginal ou ranhura. 
 A gengiva inserida também é chamada de gengiva ceratinizada, pois com uma 
periodontite a gengiva inserida/ceratinizada se “desloca” do osso, deixando de ser inserida. 
Então não podemos chama-la de inserida, mas ela nunca deixará de ser ceratinizada. 
 
 Gengiva ceratinizada é delimitada por: 
- Ranhura; 
- Limite ou junção mucogengival; 
- Medida (de 0 à 9mm) há pessoas que nem possuem gengiva ceratinizada; 
- Maior faixa nos incisivos superiores; 
- Menor faixa nos pré-molares inferiores; 
- A quantidade de gengiva ceratinizada não é sinônimo de saúde; 
 
 A largura da gengiva ceratinizada varia quanto à: 
- Genética; 
- Segmento do osso; 
- Idade; 
- Erupção em relação ao arco (erupção ativa e passiva). 
 
 Na erupção passiva o dente erupciona por ter perdido o ponto de contato (extrusão) 
com o antagonista, ao extruir os tecidos periodontais acompanham a extrusão. Por isso, em 
alguns casos de pessoas idosas, a gengiva ceratinizada aumenta de tamanho e a coroa clinica 
perde. O palato duro é inteiro composto por gengiva ceratinizada. 
 
 Gengiva clinicamente saudável. 
 
- Em uma pessoa que tem adequada higiene bucal; 
- Há células de defesa; 
- Fluido gengival normal. 
 
 O fluido gengival é uma defesa para “lavar” o sulco gengival da deposição de 
bactérias. 
 
 Fatores de proteção do hospedeiro contra o microorganismo. 
- Epitélio juncional intacto (1º defesa do organismo para não deixar as bactérias entrarem. 
Barreira mecânica). A gengiva inflamada apresenta ulcerações, deixando de ser intacta. 
- Descamação de células epiteliais. Quando descama leva os microorganismos junto. Já o 
dente não sofre descamação, por isso a placa se forma nele. 
- Fluido. 
- Células de defesa. 
 
 Alterações do balanço hospedeiro X microorganismo. 
Quando ocorre um acumulo e retenção de placa. 
 As bactérias passam a ser mais virulentas. 
 “Os processos inflamatórios e imunes agem na proteção dos tecidos gengivais, porem 
também são considerados potencialmente nocivo ao periodonto”. 
 O que destrói o periodonto é o próprio organismo, pois tenta de toda forma se afastar 
da agressão bacteriana, tendo a reabsorção óssea e do ligamento periodontal. 
 
 Virulência bacteriana é a propriedade que permite que o microorganismo se instale e 
colonize o tecido periodontal. Quanto maior a virulência maior é a doença, pois irá ter uma 
resposta inflamatória maior. 
 
 Gengivite. 
 
 Lesão inflamatória limitada à gengiva. 
 A gengivite mostra um equilíbrio entre a capacidade de virulência das bactérias e da 
defesa do hospedeiro. Se a virulência aumentar a periodontite se instala, se o hospedeiro 
aumentar sua defesa a gengiva volta a ser saudável. 
 A gengivite tem características típicas de inflamação: edema, rubor, dor, calor e 
sangramento. 
 Placa bacteriana ou biofilme são os fatores que levam à gengivite. 
 A gengiva saudável que tem aspecto de casca de laranja, tem essas pregas pois na 
gengiva ceratinizada há projeções do epitélio, que mergulha no tecido e se liga ao periósteo 
em busca de nutrientes. Quando a gengiva fica inflamada e com edema, ela perde o aspecto 
rugoso e se torna lisa, pois as pregas não estão aderidas, e sim apenas projetadas. 
 A hiperplasia gengival é uma falsa bolsa. A sondagem mostra grande bolsa, mas deve-
se levar em consideração que a altura da gengiva aumentou pois esta com edema. 
 Na gengivite a gengiva se torna flácida. Quando tratada e saudável, a gengiva volta a 
ser mais firme. 
 Durante a periodontite o dente perde suporte de osso e gengiva. Ao tratar, o osso não 
volta ao normal, mas a gengiva se torna mais firme, dando uma estabilidade relativa ao dente. 
 A gengivite não pode ser diagnosticada em radiografia. 
 
 Sulco gengival saudável: 
- 0 à 2mm em faces livres. 
- 0 à 3mm em faces proximais. 
 
Gengiva saudável: 
- Rosa; 
-Papila preenchendo o espaço interdental; 
- Consistência firme; 
- Sem sangramento 
- Mínimo exsudato 
Gengivite 
- Vermelha; 
- Papila bolhosa; 
- Consistência flácida; 
- Sangramento; 
- Exsudato aumentado. 
 
 Tipos de gengivite: 
- Associada apenas a placa bacteriana; 
- Associada a hormônios; 
- Associada a medicamentos (que podem causar hiperplasia gengival e imunosupressão). 
 
 Periodontite. 
 
 Lesão inflamatória com destruição ativa do periodonto, resultando em perda de 
inserção conjuntiva e reabsorção da crista óssea alveolar de maneira irreversível. 
 É possível movimentar dente com doença periodontal, desde que associada com 
tratamento. 
 Um dente com perda óssea e exposição da furca pode ser mantido, desde que tenha 
acompanhamento e higiene adequada. A gengiva sempre acompanha o osso, nunca o deixando 
exposto. Osso exposto é osso morto. 
 Periodontite é uma doença inflamatória que atinge os tecidos de suporte do dente. É 
caracterizada pela perda de inserção clinicamente detectável. E ocorre mudanças na densidade 
e altura do osso alveolar. 
 Características clinicas: 
- Alteração de cor, textura e volume; 
- Sangramento à sondagem; 
- Perda do nível de inserção; 
- Aumento da profundidade da bolsa; 
- Recessão de margem gengival; 
- Perda do osso alveolar; 
- Exposição de furca; 
- Aumento da mobilidade; 
- Exofiliação do dente. 
 Características gerais: 
- Iniciada e mantida pela placa bacteriana; 
- Os fatores do hospedeiro determinam a patogênese e a taxa de progressão da doença; 
- A quantidade de destruição esta relacionada à higiene oral e com níveis de placa, fatores 
locais (tabagismo, stress, fatores sistêmicos). 
 
 Classificação quanto a perda de inserção: 
- Leve de 1 à 2mm; 
- Moderada de 3 à 4mm; 
- Profunda de 5mm ou mais. 
 
 Na radiografia de uma periodontite observa-se destruição da crista óssea e presença de 
calculo. 
 Histologicamente acontece a vasodilatação e perda de colágeno. 
 Pessoas fumantes apresentam níveis mais elevados de periodontite (independente da 
higiene oral). Isso acontece porque o fumo diminui as defesas do hospedeiro. 
 Calculo é a placa bacteriana calcificada, porém ele pode gerar a gengivite. Deve ser 
removido pois as bactérias se ligam à sua superfície. 
 
 Sulco gengival (saudável). 
 
 Sulco gengival é o espaço entre o dente e a gengiva livre (esmalte e gengiva livre), 
localizado sobre a coroa do dente. 
 Sulco gengival: 
- Parede lateral 
- Parede dentaria; 
- Epitélio juncional. 
 
 O sulco é medido com a sonda milimetrada tipo Willians. 
 
 Epitélio juncional é avascularizado e não possui terminação nervosa. Apenas o tecido 
conjuntivo possui vascularização e inervação. 
 Por isso quando realiza-se a sondagem a sonda entra no epitélio juncional e não sangra, 
nem dói. 
 Caso haja sangue e dor a sonda invadiu o tecido conjuntivo. 
 Espaço biológico: é do epitélio juncional ao espaço conjuntivo. 
 
 Características clinicas da gengiva normal: 
 
- Cor: rosa pálido que varia conforme a vascularidade, espessura, grau de 
queratinização e presença de pigmentos. 
Quanto mais fluxo sanguineo mais vermelha a gengiva fica. 
Quanto mais queratinização mais clara a gengiva vai ser, pois a queratina “esconde” a 
região vascularizada. 
A milanina esta presente também na gengiva, e pode escurece-la. Varia de etnia. 
As áreas da boca podem variar de cor, não pelos melanócitos, e sim pela densidade de 
queratina e vascularização. 
A gengivectomia pode retirar cirurgicamente a parte mais escura da gengiva e 
permanecer clara após a cicatrização, pois tira os melanocitos que se encontram na camada 
basal do tecido juncional. Com o tempo acor pode voltar (a tendência é voltar com o mesmo 
tom de cor). 
 
- Volume: elementos celulares, elementos extra-celulares, suprimento sanguineo. 
A inflamação altera o volume, pois as células ficam expassadas e aumenta os 
elementos extra-celulares. 
Hiperplasia: crescimento tecidual diferente. 
Hipertrofia: crescimento tecidual gengival. 
 
- Contorno: forma dos dentes, alinhamento, pontos de contato (se for mais incisal a 
papila é maior, se for mais cervical é menor, e se não houver é menor também). 
 
- Forma: arco côncavo regular é a forma que a gengiva ganha ao seguir o formato dos 
dentes e formar a papila. Pode ser formado por toda uma arcada ou só um grupo de dentes. 
O osso define a forma de gengiva. 
 
- Aspecto superficial: brilho (quando seca e é opaca), textura (pontilhada). 
Quando esta inflamada a gengiva fica brilhosa. 
 
- Profundidade de sulco X Profundidade de sondagem. 
É diferente, pois normalmente a sonda invade o tecido juncional. 
Profundidade de sulco: até a primeira célula do tecido juncional. O que é impossível 
medir com a sonda, e é possível medir só histologicamente. 
Profundidade de sondagem: a sonda entra um pouco no epitélio juncional, onde haverá 
resistência à pressão. 
A media de epitélio juncional é de 0,67mm. 
A sonda não desloca o tecido juncional do dente e sim invade ele, pois o que liga esse 
tecido ao dente as ligações protéicas fortes, mas entre cada célula a ligação não é tão forte. 
 
Avaliação radiográfica em periodontia. 
 
Quando se faz avaliação no paciente o principal método é o clinica. Caso precise (e é 
sempre recomendado) realiza-se a radiografia. 
 
Saudável: crista óssea em relação com a junção cemento/esmalte (levando em 
consideração 2mm de cemento que o espaço biológico ocupa). 
Periodontite: destruição óssea. 
 
Exames diagnósticos de rotina que devem ser realizados: 
- Exame clinico (mapeamento periodontal e teste de mobilidade); 
- Exame radiográfico. 
 
 Exame clinico – Mapeamento. 
 É realizado através da sondagem. Serve para saber o quanto de reabsorção óssea existe 
na boca do paciente. E quanto de gengiva ceratinizada ainda resta, pois um dente que não 
possui gengiva ceratinizada e só possui mucosa a área fica muito propícia a bactérias, então é 
preciso realizar enxerto gengival. 
 Ou seja, o mapeamento periodontal serve para: 
- Medir a reabsorção óssea; 
- Medir a reabsorção gengival (relação junção cemento/esmalte); 
- Saber a quantia remanescente de gengiva ceratinizada. 
 
 Exame clinico – Mobilidade. 
 A mobilidade deve ser medida utilizando o cabo do espelho. Com ele coloca-se uma 
leve pressão na face vestibular do dente, e com o dedo indicador apoiado na face 
lingual/palatina o profissional poderá identificar melhor os níveis de mobilidade. 
 Pode existir três níveis de mobilidade: 
- Grau I: leve (+/- 1mm); 
- Grau II: moderada (geralmente de sentido vestíbulo-lingual e mesio-distal); 
- Grau III: avançada (grande mobilidade, incluindo características do grau II e mobilidade no 
sentido cervico-apical). 
 Quando há mobilidade em grau III, na maioria dos casos realiza-se exodontia. 
 
 Exame radiográfico. 
- Radiografia panorâmica: Ela deveria ser pedida em todos os procedimentos odontológicos. É 
o mínimo para se fazer uma avaliação geral da boca. Porém em alguns casos onde não há 
nitidez é importante usar periapical ou interproximal. 
- Filme radiográfico periapical: dará melhor visualização à altura óssea. 
 
 Na gengivite não se perde osso, então em sua radiografia observa-se apenas suas 
cristas ósseas preservadas. 
 Já nas radiografias de periodontite observa-se destruição das cristas ósseas alveolares e 
presença de calculo subgengival. 
 
 Entre os dois exames, a avaliação clinica é mais importante que a radiográfica. Pode 
acontecer de haver bolsa profunda em apenas uma face do dente, que não fica nítida em 
radiografia (exemplo em faces livres, pois a radiopacidade dos dentes impede a sua 
radiolucidez). 
 
 Avaliação radiográfica: 
- Nível ósseo; 
- Padrão de destruição óssea (vertical ou horizontal); 
- Largura do ligamento periodontal; 
- Radiopacidade óssea; 
- Padrão trabecular; 
- Contorno marginal da lamina dura. 
 
 Fatores que alteram o septo interdental: 
- Formato e posição da raiz; 
- Nível da junção cemento/esmalte; 
- Angulação dos feixes de raio-x. 
 
 Angulação dos feixes de raio-x. 
 Variações nas técnicas radiográficas produzem artefatos que limitam o valor 
diagnostico da radiografia. A principal técnica na periodontia é a interproximal. 
 As técnicas de bissetriz e paralelismo com cone largo dificultam o diagnostico da crista 
óssea, pois a direção dos feixes de raio-x modificam a angulação da crista. 
 Quando ocorre essa distorção a linha de crista óssea vestibular aparece mais cervical, e 
a linha da crista óssea lingual aparece mais apical. 
 No caso da bissetriz pode haver angulação vertical. Mas pode acontecer da radiografia 
sofrer alterações na nitidez por angulação horizontal também (nesse caso observa-se sobre 
posição coronária). 
 
 Lamina dura X Doença / Saúde. 
 Não encontrar alterações radiográficas não significa que não haja doença. 
 Se existe alteração óssea não significa que tenha doença. Pode ser uma periodontite 
que já foi tratada. Por isso a avaliação clinica é tão importante. 
 Lamina dura em bom contorno é prova de saúde, quando não está íntegra não há 
certeza de saúde. 
 
 Avaliação radiográfica da evolução da doença periodontal. 
 Para se observar radiolucidez significativa é preciso ter cerca de 40% de reabsorção 
óssea. 
 A imagem radiográfica tem uma tendência a “parecer” que a doença é menos grave do 
que realmente é. 
 
 Tipos de defeitos ósseos: 
- Horizontal; 
- Vertical. 
 Horizontal: todos os dentes são afetados pela reabsorção óssea por igual. 
 Vertical: a crista óssea reabsorve de forma irregular. Obliqua. 
 Quanto mais fina a tabua óssea maior a tendência à reabsorção horizontal, e quanto 
mais espessa a tendência é de ser vertical. 
 No caso de defeitos verticais, pode ocorrer reabsorção vestibular e osso integro 
palatino. Na radiografia observa-se uma radiolucidez na crista óssea (área de reabsorção). 
 
Defeito ósseo pode causar a perda de paredes, e quanto mais paredes perdidas, menos é 
o sucesso de prognostico. 
 
 A exposição de furca só pode ser avaliada clinicamente. Há três graus de 
envolvimento: 
- Grau I: até 1/3 da raiz (o instrumental não atravessa); 
- Grau II: mais que 1/3 da raiz (porém o instrumental não atravessa); 
- Grau III: mais que 1/3 da raiz (o instrumental atravessa a furca). 
 
 Envolvimento de furca: 
 O exame clinico da exposição de furca é realizado com a sonda Nabers. 
 A avaliação radiográfica subestima a extensão do defeito principalmente por causa das 
variações na técnica radiográfica. 
 Geralmente para se diagnosticas envolvimento de furca é preciso mudar a angulação 
vertical. A mais leve alteração radiográfica na furca deve ser estudada atentamente. 
 
 Tratamento para um caso avançado de furca: 
 Avaliar o grau de mobilidade, se for grau III, a única opção é exodontia. Caso o grau 
for menos, o dente pode ser mantido, desde que o paciente aceite as condições de higiene. 
 A descontaminação do osso deve ser completa. E as vezes, se for necessário, aplanar a 
região para haver espaço suficiente para introduzir o instrumental de higienização. 
 Opta-se pela tuneficação, onde a furca fica exposta, e é responsabilidade do paciente 
higieniza-la corretamente. 
 
 Periodontite agressiva: 
 Não há alteração gengival, não há gengivite. A periodontite fica“mascarada”, de 
forma que só é descoberta por meio de sondagem e radiografia. 
 Na maioria das vezes a reabsorção se inicia nos incisivos inferiores e mesial de 
primeiros molares. Para ter essa periodontite a pessoa tem um fator hereditário. 
 
 
 
 
 
 
 
N2 
 
Gengiva – Aspecto microscópico. 
 
 Epitélio gengival: 
- Epitélio oral (reveste gengiva voltada para a cavidade oral); 
- Epitélio sulcular; 
- Epitélio juncional (fim do sulco, inicio do tecido conjuntivo). 
 
O epitélio sucular vai do ápice da vertente interna até o fim do sulco. 
O epitélio juncional segue do fim do sulco ate o tecido conjuntivo. É o mais frágil por 
não ter queratina igual o oral e o sucular. 
Nenhum dos epitelios tem vascularização e inervação. Apenas o tecido conjuntivo 
possui. 
 
Epitélio oral: 
Segue do ápice da vertente externa e vai até a junção mucogengival (toda a gengiva 
marginal e ceratinizada). Ele é mais queratinizado. 
É escamoso, estratificado e queratinizado. 
Possui camadas: Camada basal; Camada espinhosa; Camada granulosa; Camada 
queratinizada. 
- Camada basal: (ou também chamada de Germinativa) é a camada mais próxima do 
tecido conjuntivo, com função de nutrir o epitélio e induzir a proliferação das células. 
Única camada que tem ligação direta com o tecido conjuntivo. Produção de 
tonofibrilas, que são responsáveis por “ligar” as células. 
Na camada basal há entre as células melanócitos, responsáveis pela produção de 
melanina. Quando houver a raspagem no epitélio e retirar os melanocitos, demora cerca de 3 
meses para a camada basal se reconstruir, produzir melanocitos, ele amadurecerem e criar 
melanina novamente. 
Quando essas células da camada basal se multiplicam, elas não ocupam mais espaço e 
sim se deformam, ficando achatadas. 
- Camada espinhosa: células maiores que as basais. Possuem desmossomas (ligação de 
uma célula a outra). Seu contorno é irregular. 
- Camada queratinizada: transição súbita. O núcleo da célula desaparece. Começa a 
ocorrer a descamação. 
 Turn-over é o tempo que a célula demora para nascer a camada basal ate se tornar 
queratina e descamar. 
 
 Epitélio sulcular: 
 Epitélio estratificado. Não queratinizado. Um dos grandes fatores que estimulam a 
produção de queratina é o estimulo (alguma agressão). As cerdas da escova de dente em uma 
angulação correta (45º) durante a escovação, limpa p sulco e estimula a produção de queratina. 
Aumentando assim a proteção do sulco. 
 Formação de epitélio sulcular: antes de erupcionar o dente está coberto por um epitélio 
chamado Epitélio Do Esmalte. Quando esse dente esta perto do Epitélio Oral, os epitélios se 
fundem. Como o epitélio é nutrido pelo tecido conjuntivo, ao ligar os dois epitélios, a região 
do ápice do dente fica sem nutriente, necrosando e “abrindo” o caminho para o dente se expor 
na cavidade oral. O epitélio oral tem origem do próprio epitélio oral, e o epitélio sulcular tem 
origem do epitélio de esmalte. 
 
 
 
 Epitélio juncional: 
 Se origina do Saco Coronário. Não possui queratina. Possui poucas camadas (basal e 
espinhosa apenas). Possui poucas uniões de demossomas. Suas células são achatadas ao dente. 
 
 Conjunto gengival: 
 Tecido conjuntivo denso orientado. 
 Composto por fibras colagenas (60%, fibroblastos (5%), vasos, nersos e matriz (35%). 
 As fibras são colagenas e oxitalânicas. 
 Grupos de fibras: 
1 – Dento-gengivais; 
2 – Cresto-gengivais; 
3 – Dento-periosteais; 
4 – Circulares ou arciformes; 
5 – Transeptais. 
 
 
 
 Suprimentos sanguíneos da gengiva: 
 Vasos supra periostais: linguais, mentoniano, bucinador, palatino. 
 
 Suprimento nervoso da gengiva: 
 Ramos terminais de fibras nervosas do ligamento periodontal. 
 Ramos do infra-orbitário, palatino, lingual e mentoniano. 
 
Instrumentação Periodontal. 
 
 Indicação de uso: 
- Raspagem supragengival; 
- Raspagem subgengival. 
 
 Quanto a visualização do campo de atuação: 
- Fechada (sem retalho; introdução do instrumento pela bolsa); 
- Aberta (com incisão e deslocamento do retalho). 
 Geralmente em bolsas profundas é mais indicado a realização de retalho para poder 
enchergar toda a área de trabalho. Na técnica fechada em bolsa profunda o dentista pode se 
perder quanto à área já raspada. 
 É indicado a associação da técnica fechada e aberta em alguns casos. 
 Pode-se usar diretamente a técnica aberta. Nesse caso é realizado um retalho até a 
crista óssea. 
 O campo mais utilizado é o fechado. 
 
 Objetivo da instrumentação: 
 A completa eliminação de microorganismos patogênicos da superfície radicular é 
bastante ambiciosa. 
 Dentes com mobilidade grau 3 são delicados à raspagem. Sua raspagem depende da 
oclusão, pois com oclusão inadequada será perdido com pouco tempo. 
 
 Objetivo geral do instrumento: 
 Descontaminar a superfície dentaria. 
 Desorganizar a placa bacteriana. 
 Alisamento radicular (previne a recolonização bacteriana e facilita a higiene). 
 
 Curetas: 
 Instrumentos mais importantes na periodontia. Junto com a sonda periodontal. 
 Curetas Gracey possuem um lado cortante e outro rombo. São divididas em 4 curetas: 
5/6 (para faces livres de dentes anteriores); 7/8 (faces livres de dentes posteriores); 11/12 (face 
mesial e ângulo de dentes posteriores); 13/14 (face distal e ângulos de dentes posteriores). 
 Cureta Universal ou McCall possue dos dois lados cortantes, e uma única cureta pode 
ser usada para todos os dentes. 
 A Foice possui um formato triangular e pontiagudo, é usada em regiões interproximais 
de dentes anteriores. 
 
 A cureta universal apresenta uma ponta ativa onde a face esta em 90º em relação à 
haste. 
 A cureta Gracey apresenta uma ponta ativa onde a face está em 70º em relação à haste. 
 
 Afiação dos instrumentos: 
 Pedra em um ângulo de 110º em relação à face da cureta. 
 A pedra tem que passar de uma maneira que pegue no ângulo cortante da cureta. 
 
 Angulação da cureta: 
 Dependendo da angulação da cureta, deve ser de tal forma que a lâmina fique em 
contato com o tártaro. 
 Angulação entre 45º a 90º com a superfície do dente. 
 
 
 Para introduzir a cureta na bolsa, ela entra em 0º. Para raspar a angulação pode mudar 
entre 45º e 90º. 
 A cureta Gracey possui angulação na face de 70º. Se, na hora da raspagem, a haste 
estiver paralela ao longo eixo do dente, logicamente a parte ativa da cureta já esta angulada a 
70º. 
 Antes de introduzir a cureta, deve-se medir a profundidade da bolsa. 
 Adaptação subgengival ao redor da raiz é melhor a utilização de uma cureta do que 
com uma furca. 
 
 Tipos de apoios digitais: 
- Intra-orais; 
- Convencionais (próximo a área de trabalho); 
- Dedo-a-dedo; 
- Extra oral; 
- Arcada oposta. 
- Arco cruzado (apoio no lado oposto do ardo); 
- Arco oposto (trabalho no inferior, e apóia no superior, ou vice-versa); 
 
 Direção de movimentos: 
 Vertical, oblíqua, horizontal. 
 
 Raspagem: São movimentos mais fortes de tração (no sentido apicocoronal). 
 Alisamento: Movimentos leves e rapidos de tração e vai-e-vem. 
 
 Fatores que interferem na completa remoção de calculo: 
- Extensão da doença; 
- Fatores anatômicos (dentes posteriores e furcas); 
- Habilidade do operador; 
- Qualidade do instrumento; 
- Técnica aberta ou fechada de raspagem. 
 Acima de 90º dos casos com bolsa profunda com mais de 5mm, permanecem placa e 
calculo aderidos. 
 
 Curetas padrão x mine-five x after-five: 
 As curetas mini-five tem as mesmas angulações que as padrões. Porém são menores e 
facilitam a chegada ao fundo de bolsas estreitas. 
A after-five possui a haste mais longa.Etiopatologia da doença periodontal. 
 
 São os fatores que podem causar a doença periodontal. 
 
 Classificação dos fatores etiológicos das doenças periodontais. 
 O fator determinante para haver a preiodontia é bactéria. 
 Em casos com ponto de contato prematuro, radiograficamente observa-se um 
espassamento no periodonto e cortical óssea, pois o organismo retira a matriz inorgânica do 
local afetado pelo trauma. Uma semana depois, mantendo a higiene adequada, ao tirar o ponto 
de contato prematuro toda a parte inorgânica do osso que foi retirada do local retorna. E dias 
depois, percebe-se radiograficamente que o dente esta como antes. 
 Se a mesma experiência for realizada novamente, e dessa vez a pessoa não manter a 
higiene adequada, haverá a presença de bactérias. E além do organismo retirar a matriz 
inorgânica do local as bactérias causam a retirada da matriz orgânica da cortical óssea. Com a 
retirada das matrizes (inorgânica e orgânica) juntas há a reabsorção óssea. Mesmo parando o 
trauma por contato prematuro este dente não voltará a ser como antes, e haverá bolsa ao 
sondar. 
 
 Fatores locais: 
- Determinante; 
- Predisponente; 
- Modificadores; 
- Iatrogenicos; 
- Outros fatores. 
 
 Fatores determinantes: 
 A doença periodontal ocorre pela presença de placa bacteriana constituída por 
microorganismos de diferentes espécies e formada a partir da microbiota bucal. 
 
 Fatores predisponentes: 
 
 - Calculo: 
 O calculo em si não causa doença periodontal, sua porosidade falicita o acumulo de 
bactérias que causam periodontite. O calculo é composto por bactérias mortas, por isso não 
tem nenhuma agressividade ao periodonto. 
 É uma massa calcificada depositada sobre a superfície dos dentes e próteses, cuja 
formação está na dependência de íons de cálcio e potássio existentes na saliva e fluido 
gengival. 
Maiores formações na lingual de dentes anteriores inferiores e vestibular de molares 
superiores. 
 Prevalência: pessoas entre 10 e 15 anos de idade; aumenta com a idade; e maior 
incidência no sexo masculino. 
 
Calculo supragengival: se origina na gengiva, é branco-amarelado, pode ser 
pigmentado (por pigmentos exógenos, como alimentos e bactérias cromógenas). 
 Calculo subgengival: se origina pelo fluido gengival, possui coloração escura pelos 
radicais de hemoglobinas (resultante de sangramento), é mais mineralizado e mais aderido. 
 
 Diferença ente matéria alba e placa bacteriana: usar jato de ar. Se for removida é 
matéria alba. 
 Bactérias só tem poder patogênico depois de 24 horas instalada. 
 A pessoa pode ter calculo e não ter bactéria nem inflamação. 
 
- Anatomia dentária: 
Furcas pouco expostas são mais predisponentes à doença periodontal. Por causa da 
dificuldade de acesso pela pessoa para higienizar. Em furcas muito expostas, é mais difícil a 
evolução da doença periodontal, pois a higienização é facilitada. 
Em casos de fissura palatina também são predisponentes à doença periodontal. 
Acomete principalmente incisivos laterais. É uma dobra do cíngulo e pode acometer coroa 
raiz. Nesses casos não se pode preencher a fissura com resina, pois a gengiva não se adere à 
resina e haverá a formação de bolsa da mesma forma. O correto é realizar uma planificação 
que segue da coroa do dente até a crista óssea, para que haja certeza da limpeza do cemento e 
sua preparação para a aderência da gengiva nele. 
Perolas de esmalte também promovem a formação de bolsas periodontais, pois a 
gengiva não se adere à esmalte. O tratamento deve ser o desgaste da perola de esmalte com 
uma broca. 
 
- Posicionamento dentário no arco: 
Apinhamentos e giroversões são fatores predisponentes à doença periodontal. 
A ortodontia pode ser feita após o tratamento de periodontia, não durante. Não se ativa 
o aparelho com doença periodontal instalada. 
Dentes vestibularizados são propícios a doença periodontal pela facilidade de sua 
exposição radicular. 
 
- Respirador bucal: 
A pessoa que tem o costume de respirar pela boca possui uma ventilação maior nos 
dentes anteriores. Esse ar resseca a placa bacteriana. A placa seca é mais difícil de ser 
removida do que a placa bacteriana úmida. 
 
- Freios e bridas: 
Acreditava-se que quando houvesse uma brida ou frênulo perto de um dente com 
retração gengival, eles deveriam ser seccionados. 
Depois acreditou-se que as bridas e frênulos só deveriam ser removidos se ao puxar o 
lábio ocorresse a isquemia perto do dente com retenção gengival. 
Hoje sabe-se que só deve realizar a secção das bridas ou frênulos se ao puxar o lábio 
houver a retração gengival. 
 
Recessão gengival: migração da gengiva marginal em direção ao ápice do dente. 
Retração gengival: afastamento da gengiva marginal da parede do dente. 
 
- Fumo: 
Modifica o sistema de defesa imunológico, por modificar a circulação sanguínea. 
O calor do fumo causa vasoconstrição. Diminuindo a chegada de sangue nas 
extremidades e diminuindo as células de defesa. Altera o processo de quimiotaxia. 
O fumo pode causar perda óssea alveolar, mobilidade dentaria, aumento da 
profundidade de sondagem, perda do dente, GNA (gengivite necrosante aguda), periodontite 
refratária (periodontite sempre recidivante) e alteração do processo de cura não-cirurgica e 
cirúrgica. 
 
- Diabetes: 
O grande problema para o diabético é a circulação. O diabético tem dificuldade em 
produção de colágeno, por conseqüência, a cicatrização é debilitada. 
Há também a dificuldade de diapedese, pois a diabetes causa um espaçamento das 
células dos vasos sanguíneos. 
 
N3 
 
 Classificação das doenças periodontais. 
 
1 – Periodontite do adulto; 
2 – Periodontite de aparecimento precoce: 
 Periodontite juvenil; 
 Periodontite pré-púbere; 
 Periodontite de progressão rápida; 
3 – Periodontite relacionada a doenças sistêmicas; 
4 – Periodontite necrosante aguda; 
5 – Periodontite refratária. 
 
 1 – Periodontite do adulto: 
- Inicia-se por volta dos 30 anos e continua pela vida; 
- Não é clinicamente significante (até o terço médio); 
- Prevalência e severidade com a idade; 
- Progressão lenta; 
- Não parece ter predileção por sexo; 
- A presença e severidade são diretamente relacionadas a presença da placa; 
- Espiroquetas e bastonetes G- (bactérias predominantes); 
- 80% das doenças periodontais; 
 
 2 – Periodontite de aparecimento precoce: 
 
 Periodontite juvenil: 
- Pacientes de 11-12 e fica ativa até os 18 anos; 
- Doença de característica auto-imune (aparece e some sozinho); 
- Perda rápida de inserção; 
- Conhecida como circúmpubere; 
- Generalizada ou localizada; 
- Ocorre mais no sexo feminino; 
- Parece ser um fator genético dominante; 
- Acomete grande parte da população 3,4%; 
- Gengiva com aspecto normal; 
- Mobilidade e migração e extrusão; 
- A.a. e capnocytophaga (bactérias predominantes); 
- Maior destruição nos primeiros 4 e 5 anos; 
- Tratamento: Raspagem em bolsas acima de 4mm. Realizadas com campo aberto. Usar 
antiinflamatório (tetraciclina), por 14 dias, de 8/8horas, 500mg. Após 2 meses refazer a dose 
de 14 dias. 
Ps.: inicia-se preferencialmente em primeiro e segundo molar e incisivos. 
 
 Periodontite pré-pubere; 
- Compromete a dentição mista; 
- Pacientes portadores de neotropinemia cíclica (doença sistêmica relacionada aos netrofilos); 
- Forma localizada ou generalizada; 
- Doença rara; 
- Destruição rápida; 
- Inicia-se com a erupção dos tecidos; 
- Perda de inserção dos tecidos; 
- Tratamento: extração. 
 
 Periodontite de progressão rápida: 
- Prevalência entre 20 a 35 anos; 
- Generalizada com precoce irregular;- Períodos variáveis de dormência; 
- Quantidade de placa incompatível; 
- Em torno de 75% dos portadores apresentam defeitos periféricos de neutrofilos ou monócitos 
(quimiotaxia); 
- Perda óssea angulares; 
- Gram-negativos P. gingivalis (bactéria prevalente); 
 
 3 – Periodontite relacionada a doenças sistêmicas: 
 
 Influencias sistêmicas. 
 
4 – Periodontite necrosante aguda; 
- Advém de uma gengivite necrosante aguda; 
- Sua progressão pode levar rapidamente a perda dos dentes; 
- Etiologia multifatorial: microbiota; estresse; aids; deficiências nutricionais; fumo. 
- Perda rápida do periodonto de inserção. 
 
5 – Periodontite refratária. 
 
Mesmo frente ao tratamento não sofre estabilização. 
 
Novo sistema de classificação para condições de doenças periodontais. 
 
 Periodontites: 
 - Extensão: Localizadas: ou menor que 30% dos sítios envolvidos. 
 Generalizada: mais que 30% dos sítios envolvidos. 
 
 - Severidade: Leve: 1 ou 2mm de perda de inserção clinica. 
 Moderada: de 3 a 4mm de perda de inserção clinica. 
 Severa: 5mm de perda de inserção clinica. 
 
 Periodontite crônica (periodontite do adulto): 
 - Localizada. 
 - Crônica. 
 
 Periodontite agressiva (periodontite juvenil, pré-púbere, progressão rápida); 
 - Localizada; 
 - Crônica. 
 
Alterações do periodonto. 
 
Inflamações agudas: 
De instalações repentinas, progressão rápida e curso breve, caracterizando-se por 
apresentar os clássicos sinais de inflamação, predominando os fenômenos vasculares e 
exsudativos. 
 
Alterações agudas: 
- Abscesso pericoronário; 
- Gengivite ulcerativa necrosante; 
- Periodontite ulcerativa necrosante; 
- Gengivoestomatite herpetica primaria; 
- Abscesso gengival; 
- Abscesso. 
 
 Gengivite ulcerativa necrosante: 
- Adultos jovens de 17 a 30 anos; 
- Maior incidência no sexo masculino; 
- Estresse; 
- Fumo; 
- Gengivite pré existente; 
- Odor desagradável; 
- Perda por necrose da ponta da papila; 
 
 Gengivoestomatite herpética primaria: 
- Mais comum na faixa etária de 2 a 6 anos. 
 
 Abscesso gengival: 
 Pus localizado na gengiva resultante de uma inflamação. Impactação de alimentos. 
Tratamento: remoção do agente etiológico e drenagem do pus. 
 
 Abscesso periodontal: 
 Pus localizado no periodonto, com doenças periodontal inflamatória. 
Etiologia: 
- Obliteração da entrada da bolsa periodontal; 
- Bolsas sinuosas; 
- Irrigação sob pressão, fraturas, trepanações e trincas; 
- Introdução de calculo e diabetes; 
 
 Abscesso pericoronário: 
 Inflamação do capuz pericoronário de dentes semi-erupcionados. Tratamento: se 
precisar anestesiar, e se conseguir drenar pelo suco, bochecho com água morna e sal. 
 
 
Periodontia II - N1 
 
 
Doenças Agudas do Periodonto. 
 
Doenças periodontais são assintomaticas, com dor leve e tolerante. De maneira geral, a 
periodontite e a gengivite são doenças crônicas. Porem, pode haver doenças agudas 
relacionadas ao periodonto. 
 
Doenças agudas do periodonto: 
- Gengivite ulcerativa necrosante (GUN) 
- Periodontite ulcerativa necrosante (PUN) 
- Gengivoestomatite herpética aguda primaria (GEHP) primeira infecção do vírus da herpes 
- Abscesso periodontal 
- Pericoronarite (inflamação da mucosa ao redor de um dente semi-erupcionado). 
 
 Gengivite ulcerativa necrosante. 
 
Também conhecida como “boca de trincheira” e “infecção de Vincent”. 
É uma doença muito relacionada à má alimentação, e principalmente ao estress e 
sistema imunológico debilitado. O termo “boca de trincheira” é associada à segunda guerra 
mundial, onde os soldados possuíam má higiene, condições psicológicas ruins e sistema 
imunológico debilitado. 
 
É uma condição inflamatória aguda destrutiva, em que ocorre a necrose da papila 
interdentaria e/ou gengiva marginal. 
Em forma de cratera. 
São lesões ulcerativas limitadas apenas à gengiva, sem perda de inserção periodontal 
ou suporte ósseo alveolar. 
É uma doença aguda que se inicia, e em poucos dias há muita dor. Clinicamente 
observa-se muita placa bacteriana e a retracao da papila atingida, ela começa a necrosar 
(deixando aparentar um espaço entre os dentes pela necrose papilar). 
 
Características patognomonicas: Papila necrosada perfurada externamente 
(pseudomenbrana esbranquiçada). Paciente com dor. Sangramento local. 
Pode-se observar exsudato purulento. 
 
O local torna-se infeccionado e inflamado. 
Pode atingir apenas uma papila, uma hemi arcada, ou a boca em geral. 
 
Outras Características: 
- Sangramento intenso após mínima estimulação, 
- Dor persistente, 
- Resíduos branco-amarelo (pseudomenbrana), 
- Eritema linear (halo eritematoso) 
- Gosto metálico 
- Odor fétido 
- Halitose. 
 Sintomas sistêmicos: 
- Linfadenopatia local (aumento local da caideia ganglionar), 
- Febre leve, 
- Mal-estar geral. 
 
 A reação em crianças costuma ser mais grave. 
 
Para possuir o GUN tem que possuir bactéria, má higiene, sistema imune debilitado e 
estress! 
 
Causada por bacilos fusiformes e espiroquetas. 
Quanto mais gram-negativo e quanto mais anaeróbia for a bactéria, mas destrutiva ela 
se torna ao tecido. 
- Porphyromonas 
- Prevotella intermédia 
- Treponema. 
 
 Lesão necrotica da gengiva marginal e/ou papilar (podendo também atingir apenas a 
gengiva papilar). Pode também evoluir para osso e ligamento, se tornando periodontite. 
 Se progredir, pode continuar necrosando os tecidos circundantes (lábio, mucosa, 
mucosa jugal). 
 
1- Necrose da ponta da papila interdentaria (93%) GUN 
2- Necrose de toda a papila (19%) GUN ou PUN 
3- Extensão da necrose para a margem gengival (21%) PUN 
4- Extensão da necrose para a gengiva inserida (1%) PUN 
5- Extensão da necrose para a mucosa oral ou labial (6%) estomatite necrosante 
6- Exposição do osso alveolar (1%) estomatite necrosante 
7- Exposição da pele da bochecha pela necrose (0%) NOMA 
 
Idade de acometimento 
20 – 30 anos (em adultos juvens). 
Incomum em crianças, porem os índices aumentam em grupos socioeconômicos 
menos favorecidos. 
 
Fatores predisponentes: 
- Estresse psicológicos 
- Tabagismo 
- Imunossupressão 
- Desnutrição 
- Sono inadequado 
 
 (apenas a bactéria não desenvolve a doença, é necessário que haja interagindo com os 
fatores predisponentes). 
 
 Tratamento: 
 Sua gravidade geralmente se reduz sem tratamento, o que pode levar a um estagio 
subagudo (picos de regressão e aumento da doença), com sintomas clínicos leves. O paciente 
pode apresentar historias de remissões e exarcebacoes repetidas. 
 Estagio subagudo: picos de regressão e elevação da doença (dor aumenta e diminui). 
Esse estagio diminui a procura ao dentista pelo paciente. A escovação deve ser delicada e leve 
para evitar trauma local. 
 
- Remoção profissional da placa e do tártaro (curetagem, ultrassom, irrigação com 
clorexidina) 
- Orientar o paciente (realização de bochecho e escovação para desorganizar a colonica de 
bactérias, para que elas percam a agressividade) 
- Terapia anti-microbiana (antibióticos). 
- Bochechos com clorexidina a 0,12%. 
- Antibióticoterapia. Somente com envolvimento sistêmico (caso os linfonodos estiverem 
inflamados e febre. Já o bochecho é apenas para sintomas locais sem características 
sistêmicas). Penicilina, Doxiciclina, Metronidazol. Geralmente utiliza-se dois antibióticos 
associados. A penicilina é a prineira escolha de infecções odontogenizas. As combinações 
possíveis de se realizar é Penicilina com Metronidazol e Penicilina com Doxiciclina. 
 
Em caso de apenas dorlocalizada, aspecto clinico discreto (sem muito edema extra-
oral, febre, linfonodos infartados) não é preciso usar antibiótico, apenas faz-se a drenagem do 
pus e da causa. Nesse caso apenas indica-se o bochecho com clorexidina 0,12%. 
 
 1º consulta: 
 Leve remoção da placa. Com cureta ou ultraçao nos local envolvido pela doença. 
 Remoção da pseudomembrana com o auxilio da gaze, 
 
 Não pode-se realizar limpeza com jato de bicarbonato, pois o tecido esta exposto, é 
doloroso e muito agressivo. 
 
 Deve-se anestesiar o local antes dos procedimentos. Pode ser de bloqueio do nervo ou 
infiltrativa. Dependendo da extensão da agressão. 
 
 GUN pode ser o sintoma de apresentação da infecção por HIV. 
 Nestes pacientes a GUN apresenta as mesmas características clinicas, porém com uma 
evolução extremamente destrutiva, levando a PUN, com perda de tecido mole, osso e 
formação de seqüestro ósseo. 
 A doença em pacientes com HIV se torna mais agressiva com progressão mais rápida. 
 Pessoas transplantadas que tomam medicamento para diminuir a resposta imunológica 
para não acontecer rejeição, também estão favorecidas a desenvolver a doença. 
 
Periodontite ulcerativa necrosante – PUN 
 
 É a evolução do GUN. 
 Nesse caso, não são encontradas bolsas periodontais convencionais, pois ao necrosar, 
os tecidos de revestimento são destruídos (necrosados) e o osso de torna exposto. O osso se 
torna no limite da gengiva. 
 Conforme a evolução da doença pode haver a perda do dente. 
 Em pacientes HIV-Positivos, de 0,5% a 6,3% possuem a doença. 
 Em pacientes HIV-Positivos, a PUN pode apresentar-se bem mais destrutiva, 
resultando em perda óssea e perda de inserção extremamente rápidas. Também há a 
progressão de lesão mole, com exposição e sequestro dos segmentos ósseos. 
 
 Mesmos fatores predisponentes da GUN. 
 
 Tratamento: 
- Debridamento local (desorganizar a placa bacteriana), 
- Irrigação clorexidina 0,12%, 
- Lavagem com solução anti-septica, 
- Bochecho com clorexidina 0,12% 3 vezes ao dia até melhorar, 
- Higiene, 
- Eventualmente antibiótico (se houver comprometimento sistêmico), 
- Raspagem e alisamento radicular. 
 
 Antibiótico e antiinflamatório de maneira geral não combinam. Pois o paciente esta 
com uma infecção que será tratada pelo organismo pelas células de defesa, se usar um 
antiinflamatório, ele irá impedir que as células de defesa cheguem ao local, pois causa 
vasoconstrição e imepde a chegada de células de defesa junto com o antibiótico. 
 Porem, uma grande inflamação há no local uma grande concentração de produtos 
tóxicos da inflamação (que causa necrose de tecido pela inflamação), nesse caso é preciso 
diminuir a ação inflamatória do organismo. 
 De maneira geral, receita-se antibiótico e analgégico. 
 Se o caso for extenso, com edema extra-oral, pode-se receitar antibiótico, analgegico e 
antiinflamatório para diminuir os sintomas da inflamação. 
 
 Sucesso do tratamento é fundamental para que não ocorra recidiva. 
 
 Gengivoestomatite herpética aguda. 
 
 Também conhecida como gengivoestomatite herpética primaria (GEHP). 
 É uma infecção da cavidade oral causada pelo vírus do herpes simples do tipo 1 (HSV-
1). 
 Maior freqüência em bebes e crianças com menos de 6 anos de idade. Pouca 
freqüência em adolescentes e adultos. 
 Na maioria dos pacientes, a infecção primaria é assitomatica. 
 O HSV permanece latente nos gânglios neuronais, e em 1/3 da população observam-se 
e manifestações secundarias (ex. herpes labial, genital, ocular). 
 
 Características clinicas: 
 Acomete praticamente a boca toda. Aspecto difuso nas mucosas com grau variado de 
edema e sangramento. 
 A doença dura de 7 a 14 dias e regride espontaneamente. 
 Inicialmente, presença de vesículas (até 10mm) esféricas acinzentadas delimitadas. Ao 
perceber a presença das vesículas no começo a manifestação da doença, pode-se entrar com 
tratamento de anti-viral, isso amenizará os sintomas. 
 24hrs depois do aparecimento da vesícula, ela irá estourar e formar pequenas úlceras 
dolorosas, com halo eritematoso. 
 Acomete principalmente mucosas. 
 As vesículas rompidas são pontos focais de dor (mesma dor de queimadura). É 
também o momento de contaminação, pois a carga viral do liquido é concentrada. 
 Ocorre uma sensibilidade dolorosa generalizada na cavidade oral. 
 Dificuldade de ingestão de alimentos e líquidos. 
 Crianças: irritabilidade e recusa a ingestão de alimentos. 
 
 Sinais e sintomas sistêmicos: 
- Infartamento ganglionar. 
- Febre. 
- Mal estar geral. 
 
 Evolução clinica: 
- Evolução se limita de 7 a 14 dias. 
- Não deixa cicatriz. 
 
 Diagnostico 
- Historia do paciente 
- Achados clínicos 
- Teste de laboratório 
 
“é fundamental que se chegue a um diagnostico mais precoce possível. O uso de antiviral irá 
reduzir os sintomas”. 
 
Tratamento: 
- Aciclovir 15ml/kg (suspensão) – 5x por dia por 7 dias 
- Remoção da placa e resíduos alimentares (pode-se usar anestesico tópico) 
- Aines (ex. Ibuprofeno – Alivium pór kg) – alivio da dor e febre 
- Pais podem usar anestésico tópico antes da alimentação da criança 
- Evitar alimentos condimentados e cítricos 
- Avisar que demora de 1 a 2 semanas para passar. 
 
 Não deve-se esquecer nunca de prescrever o Aciclovir (mais importante), o 
antiinflamatório, e o anestésico tópico. 
 
Abscesso periodontal. 
 
 Acumulo localizado de pus intimamente à parede gengival da bolsa periodontal. 
 Alguma agressão local pode causar um acumulo de bactéria e abscesso. 
 
 Abscesso periodontal se inicia a partir de uma periodontite. Formando uma bolsa que 
acumula pus. Com uma sonda periodontal pode-se drenar esse pus. Normalmente há local para 
ele extravasar, mas pela sua viscosidade e pela eslasticidade que a gengiva forma ao redor do 
dente, há o acumulo. 
 
 Abscesso gengival: limitado apenas à gengiva. Resposta aguda a uma introdução de 
um material estranho para dentro da gegiva (ex.: casquinha de pipoca, fio dental). 
 Abscesso periodontal: envolve estruturas de suporte. Geralmente ocorre em conjunto a 
uma periodontite crônica. 
 
 Características clinicas: Tipicamente encontrado nos seguintes casos 
- Periodontite não tratada e associada a bolsas periodontais moderadas profundas. 
- Periodontite em tratamento, porém com remoção incompleta do calculo ou presença de 
calculo solto no interior da bolsa. 
- Após cirurgia periodontal. 
- Após manutenção preventiva. 
 
 Características clinicas: 
- Elevação ovóide ao longo da gengiva (ao redor do dente); 
- Edema 
- Rubor 
- Dor latejante 
- Maciez excessiva da gengiva 
- Linfonodos infartados 
 
 Tratamento: 
- Resolver a lesão aguda. Com drenagem do pus e medicação. 
- Controlar difusão da infecção 
- Aliviar sintomas 
- Estabelecer a drenagem 
- anestesiar a área do abscesso 
- Introduzir delicadamente a sonda na bolsa 
- agastar a parede da bolsa suavemente na tentativa de iniciar drenagem pela entrada da bolsa 
- Pode-se utilizar pressão digital leve ou irrigação 
 
Recomendações pós-tratamento: 
- Bochecho a cada 2 horas com água morna e sal (para estimular a drenagem) uma colher de 
sal para um copo de água. 
- Bochecho com clorexidina 0,12% 3x ao dia 
 
 Diagnostico diferencial: 
 
 Abscesso periodontal: 
- Bolsa periodontal preexistente 
- Vitalidade pulpar 
- dor leve e localizada 
- Sensibilidade à percursao pode ou não estar presente 
- Edema geralemnte inclui a gengiva e fistula ocasional 
 
 Abscesso pulpar 
- Pode não haver bolsa 
- Polpa não vital 
- Dor grave de difícil 
 
Pericoronarite 
 
Infecçãoaguda da gengiva que recobre o dente parcialmente erupcionado. 
 
Características clinicas: 
- Dor na região retromolar, que irradia para a face 
- Tecido com edema, inflamação e sensível 
- Acumulo de placa bacteriana 
- trismo 
- Esxudato 
- Sangramento 
- Febre, mal estar, linfonodos infartados 
- Extensão da infecção para espaços faciais. 
 
 Tratamento: 
- Melhorar o quadro geral: nutrição. 
- Controle de infecção: 
 - Bochechos: clorexidina 0,12% 
 - Limpeza local: irrigação clorexidina e remoção da placa 
 - Antibioticoterapia: associação de Amoxicilina 500mg e Metronidazol 400mg, ou 
Amoxicilina 500mg e Clavulanato de Potássio 125mg. 
 - alérgicos: Clindamicina 300mg 
 - Analgésico: Dipirona sódica 500mg ou Paracetamol 750mg 
- Intervenção cirúrgica: exodontia após a fase aguda. 
 
 
Espaço biológico ou distancia biológica. 
 
 Espaço biológico: 
- Epitélio juncional (+/- 0,97mm); 
- Inserção conjuntiva (+/- 1,07mm). 
 
O espaço biológico é um mecanismo que o organismo tem para proteger o osso. Ele se 
forma entre o meio externo e a crista óssea. Sempre haverá o espaço biológico, pois o 
organismo não deixa o osso ficar exposto. Uma restauração deve estar no mínimo à 2,5mm da 
crista óssea. O espaço biológico vai do topo do epitélio juncional ao topo da crista óssea. Ou 
seja, sempre deve haver um espaço de cerca de 2,04mm acima dela, se não há uma resposta 
inflamatória e a reabsorção da crista óssea. 
 Espaço biológico e distancia biológica são consideradas a mesma coisa na literatura 
atual. Antigamente considerava-se que a distancia biológica considerava o sulco. 
 Subgengival não é a mesma coisa que intra-sucular. Intra-sucular não invade espaço 
biológico. 
 Essas medidas são medias histológicas, ou seja, pode haver variações. Em termos 
clínicos trabalha-se com uma margem de segurança de 2,5mm. Na radiografia, antes de 
realizar um preparo, deve-se medir 2,5 do preparo à crista óssea. 
 Clinicamente, para o preparo intra-sucular a media clinica é de até 0,5mm. 
 Quando realiza-se um preparo que invade o espaço biológico há uma resposta 
inflamatória, e ocorre uma vasocongestão (problema de circulação). 
 
 Aumento da coroa clinica (reestabelecimento de espaço biológico – REB). 
- Sem invasão de espaço biológico; 
- Com invasão de espaço biológico. 
 
 Sem invasão: 
A gengiva tem uma tendência a ocupar espaço (em casos de caries cervicais abaixo do 
nível cervical), sofrendo hipertrofia. Caso a gengiva invada uma cavidade de carie, e seja feita 
a restauração apenas com o afastamento da gengiva hipertrofiada pode acontecer de formar 
uma falsa bolsa (sulco aumentado sem inflamação) e facilitar uma infecção oportunista. Nessa 
situação (restauração sem invasão de espaço biológico, gengiva hipertrofiada) deve-se realizar 
a gengivectomia. 
A gengivectomia é o ato de cortar a gengiva. Pode-se seccionar apenas a parte 
hipertrofiada. 
A necessidade de sutura deve ser avaliada. Há dois tipos de cicatrização, por primeira 
intenção e por segunda intenção, a de primeira intenção há epitélio cobrindo tecido 
conjuntivo, por segunda intenção o conjuntivo esta exposto e o epitélio se prolifera de forma a 
cobri-lo. 
Caso haja a exposição de tecido conjuntivo, ele pode cicatrizar por primeira intenção 
(com sutura) ou segunda intenção. 
O que da formato à gengiva é o osso que a sustenta. Quando realiza-se uma 
gengivectomia e não há altura de osso, pode ocorrer uma contração por cicatrização. 
 
Com invasão: 
Caso haja uma carie que invada o espaço biológico e a gengiva invade a cavidade, não 
houve a hipertrofia da gengiva. 
Há duas opções de tratamento para que se recupere o espaço biologico, ou a extrusão 
dentaria ou o desgaste da crista óssea. 
Durante o desgaste é importante manter o formato arco côncavo regular, por isso ao 
remover osso, deve ser feito um desgaste geral ao redor do dente e não apenas na proximal em 
local de carie, para que a cervical sempre esteja esteticamente mais auto em relação à 
proximal. 
 
Em caso de preparo para coroa protética, o uso de fio retrator possui epinefrina e afeta 
a vasculariação terminal do epitélio, causando posterior a necrose da papila gengival. Pode-se 
utilizar um rolete de algodão com algum liquido hemostático, coloca-lo no sulco por dois 
minutos e retirar para realizar a moldagem. 
A resina acrílica para a confecção de provisórios, possui a capacidade de mimetização, 
por isso pode acontecer da coroa de porcelana não se adaptar tão bem. 
 
 Retalho de Widman: 
 
 Definição: 
 “Técnica com retalho, utilizada exclusivamente para acesso às raízes subgengivais para 
alisamento e raspagem radicular, através de incisão sulcular sem retrair o retalho além da linha 
mucogengival.” 
 A gengiva ceratinizada é a mais aderida ao osso, e a mucosa é menos aderida sendo 
elástica. Ao realizar um retalho, se ele for afastado ate região de mucosa, ao realizar a sutura, 
pode ocorrer dele ser puxado de forma a formar uma falsa bolsa. Caso a intenção seja 
recobrimento radicular, pode-se utilizar desta técnica. 
Então ao realizar um retalho, é recomendado que ele seja apenas em região de gengiva 
ceratinizada, pois não possui elasticidade e não formará falsa bolsa. 
 
 Retalho total: 
 Sobre a tabua óssea há o periósteo, conjuntivo e epitélio. O retalho total é o ato de 
descolar (com a espátula 7, ou cureta molt) todo o conjunto que recobre o osso. Deixando 
apenas osso exposto. 
 
 Retalho dividido ou inserção sulcular: 
 Usando a lamina de bisturi, o corte é realizado no meio do tecido conjuntivo, deixando 
o periósteo e parte do conjuntivo sob o osso. Essa técnica sangra mais devido a vascularização 
no tecido conjuntivo. Essa é a melhor técnica, pois protege melhor o osso, há melhor 
cicatrização, melhor reparação em sutura. 
 
 Retalho de Widman modificado: 
 Definição: 
“Técnica semelhante à original, porem é feita uma inserção de 1 a 2mm (pode ser ate 
mais, dependendo da necessidade) em sentido apical a margem gengival.” 
“Uma incisão com lamina de bisturi numa inclinação de 45º em relação ao longo eixo 
do dente em direção à crista óssea no sentido apical. Complementando com uma incisão 
sulcular convencional de Widman” 
A distancia que fica entre a gengiva marginal e a regiao de incisão do bisturi, chama-se 
colarinho. 
 A opção de retalho é mais viável, pois não deixa tecido conjuntivo exposto. Quando 
usa-se a gengivectomia o corte deixa tecido conjuntivo exposto. 
 Ao remover o colarinho, deve-se medir a altura óssea para definir se será preciso 
desgastar osso. Se for preciso, desgastar a medida necessária com uma broca e raspar o 
cemento com cinzel. 
 
 
Medicamentos em Periodontia. 
 
 Doença periodontal é causada por bactérias, e possui características crônicas. Existe 
características agudas também, porem o principal é crônica. 
 Medicações são principalmente utilizadas em casos de doenças agudas (dor, 
desconforto, mal estar geral, edema). 
 Em preiodontia o uso de medicamentos é muito restrito, pois no dia-a-dia a atuação é 
direta (higiene, raspagem, ultra-som, bochecho). 
 A doença periodontal é crônica e o paciente não percebe sua evolução. Nas doenças 
agudas o paciente percebe, e é preciso medicar e atuar no local. 
 A escovação é a melhor maneira de prevenir e tratar doenças do periodonto. 
 
 Princípios básicos do uso de antibióticos em odontologia: 
 
 De maneira geral em odontologia, pode-se usar antibiótico de duas maneiras: 
 
- Prevenindo uma infecção (pré-cirurgico). 
Podendo ser local (para aquele local realizado a cirurgia). Administra-se de 1 à 2g de 
amixicilina 1hr antes do tratamento.Ou sistêmico (caso em que o paciente tem endocardite bacteriana ou próteses 
coronárias ou articulares, que é preciso realizar uma profilaxia antibiótica). 
No caso do sistêmico, a profilaxia deve ser feita de forma que o paciente tome 2g de 
amoxicilina para adultos ou de 50mg/kg para crianças, em dose única, por via oral, uma hora 
antes do procedimento. E bochecho com clorexidina 0,2%. Em caso de pessoas alergicas a 
amoxicilina deve usar a clindamicina 600mg. 
 
- Tratamento. 
 Quando o paciente apresenta alguma infecção. 
 A infecção pode ser encontrada em dois estágios: celulite ou abscesso. 
 A celulite é mais difusa, abrangendo uma grande área. Forma grave da infecção. Uso 
de antibiótico ate haver a melhora dos sintomas (as vezes mais de 7 dias). Lembrando de 
resolver a causa. 
 No caso do abscesso, há presença de pus e localizada em um local especifico. É a 
melhor forma, pois o organismo conseguiu isolar a agressão. 
 
 Periodontia: 
- Quando empregar antibiótico? 
- Antibiótico local ou sistêmico? 
 
 Antibióticoterapia não substitui a atuação local do cirurgião dentista. 
 
 Princípios básicos do uso de antibióticos em periodontia. 
 São indicados para os seguintes casos: 
 
 “Casos de periodontite generalizada, quando não se obtem um resultado satisfatório 
após a fase de controle de infecção por meio das raspagens e controle mecanico da placa, 
observando a evidencia de doença continua”. 
 
 “Casos de periodontite agressiva, especialmente as formas em que há 
comprometimento do sistema imunológico, existe terapia medicamentosa complementar, 
desde que o insucesso não seja devido a higiene bucal inadequada do paciente”. 
 Muitas vezes essa periodontite agressiva atinge crianças também. E esta associada ao 
comprometimento imunológico. O cirurgião dentista deve fazer sua parte, assim como o 
paciente não deve deixar de realizar a higiene em casa. 
 Muitas vezes a motivação do CD em relação ao paciente é falha. Se o paciente não 
estiver fazendo a parte dele, compromete todo o tratamento. 
 
 “Casos de sinais agudos de doença, como abscessos periodontais ou GUN, com algum 
tipo de comprometimento sistêmico”. 
 Comprometimento sistêmico relaciona-se à linfonodos infartados, mal estar sistêmico, 
febre.. 
 
 “Podem oferecer algum beneficio como tratamento adicional, após RAR, em bolsas 
profundas, podendo reduzir a necessidade de terapia adicional cirúrgica”. 
 Em alguns casos é necessário refazer o tratamento, em casos de realizar novamente a 
raspagem com visão direta e retalho. Com a ajuda de antibióticos, diminui o risco do 
retratamento. 
 Essa técnica é a que menos tem comprovação cientifica. Pois o problema é local, ou 
seja descontaminar a superfície. 
 
 Há um consenso geral de que os antibióticos não devem ser administrados antes da 
conclusão da raspagem, e após um tempo apropriado da raspagem. Ou seja, no mínimo 
demora de um a tres mêses para ter certeza que o tratamento não foi bem sucedido (falha na 
raspagem e/ou na conduta do paciente). Pos esse tempo pode-se utilizar o antibiótico ao 
refazer a raspagem. 
 
 Imediatamente antes de começar o regime antibiótico, a área subgengival deve ser 
mais uma vez instrumentada. 
 
 Para limitar o desenvolvimento de resistência bacteriana aos antibióticos e evitar o 
risco de efeitos sistêmicos não-desejados para o individuo tratado, é recomendada uma atitude 
cautelosa e limitada para o uso de antibióticos em periodontia. 
 
A Vancomicina é o antibiótico mais forte existente no mercado, e já existe casos de 
resistência bacteriana ao medicamento. 
 
 Antibiótico sistêmico X local. 
 
 Administração sistêmica: 
- Distribuição da droga: Ampla distribuição. 
- Concentração da droga: Níveis variados nos diferentes compartimentos do corpo. 
- Potencial terapêutico: Pode alcançar melhor os microorganismos amplamente distribuídos. 
- Problemas: Efeitos colaterais sistêmicos. (náuseas, diarréia, ulceras no estomago, escamação 
das paredes intestinais). 
- Limitações clinicas: necessita ter boa adesão do paciente. 
 
 Ou seja, a administração sistêmica em odontologia é aplicada apenas eventualmente, 
não sendo a melhor opção. 
 
 Administração local: 
- Distribuição da droga: Alcance efetivo limitado. (pois atua realmente onde foi aplicado). 
- Concentração da droga: altas doses no sítio de tratamento, baixos níveis em outros locais. 
(ex.: irrigação com clorexidina localizado). 
- Potencial terapêutico: Pode agir melhor localmente sobre as bactérias associadas ao biofilme. 
- Problemas: Reinfeccao proveniente de locais não tratados. 
- Limitações clinicas: Infecção limitada ao local de tratamento. 
 
 Em periodontia, muitos casos são utilizados apenas irrigação com clorexidina 0,2%. 
Principalmente no inicio da terapia. 
 Procedimentos regenerativos (enxertos) são muito indicados o uso de antibiótico local. 
 
 O tratamento sem antibiótico é o mais indicado. Mesmo o uso local é limitado. 
 
 Antibióticos de primeira escolha em peridontologia: 
 
 Administração sistêmica: 
- Penicilinas (amoxicilina); 
- Metronidazol; 
- Tetraciclina (doxiciclina); 
 
 O uso deve pode ser associado amoxicilina + metronidazol ou amoxicilina + 
tetraciclina. 
 
 Administração local: 
- Clorexidina 
- Ácido de tetraciclina (cap de 500mg diluída em 5ml de água destilada – 6x em 30segundos). 
 
 Penicilinas: 
 A principal utilizada é a amoxicilina. 
 Posologia: 500mg 8/8hrs ou 6/6hrs. 
- Absorção: melhor e mais rápida; 
- Níveis sanguineos: um pouco mais prolongado. 
 O uso pode ser de até 21 dias. 
 Indicações: 
- Primeira opção nas infecções odontológicas. 
 
 Metronidazol: 
 Nome comercial mais conhecido é o Flagyl. 
 Posologia: 400mg 8/8 horas. 
 Atinge bacilos anaeróbios gram-negativos. 
 Indicações: 
- Pericoronarite; 
- Abscessos periapicais; 
- Gengivite ulcerativa necrosante. 
 
 Tetraciclinas: 
 Posologia: 100mg 12/12 horas ou 1 ao dia. 
 
 “Para a supressão máxima de A. actinomycetemcomitans e P. gengivalis, a 
combinação de amoxicilina e metronidazol é eficaz.” 
 
 Digluconato de Clorexidina. 
 Apresenta alta substantividade, ou seja, capacidade de ficar retido na cavidade bucal e 
ser liberado posteriormente, exercendo efeito terapêutico prolongado. 
 A clorexidina reage com uma substancia na pasta de dente, ou seja, se escovar os 
dentes e imediatamente realizar o bochecho a clorexidina é inativada. Ou seja realizar o 
bochecho 30min após a escovação. 
 Efeitos adversos: ardência da língua, manchamento dos dentes (removido com 
profilaxia). 
 Aplicação tópica: por irrigação ou utilizando uma espécie de “chip” que é uma placa 
reabsorvível com 2,5mg de clorexidina (Nome comercial “Perioclip”). 
 
 Cuidados locais pré-operatorios: 
- Remoção de cálculos e placa bacteriana; 
- Aplicação de jato de bicarbonato; 
- Bochechos – clorexidine 0,12% - 1 minuto. 
 Pode-se realizar antes de qualquer tratamento. Pois ate mesmo a introdução da agulha 
pode introduzir bactérias na mucosa. 
 
 Tratamento das infecções agudas instaladas: 
 
 Disseminação e manifestação sistêmicas da infecção. 
 
 Sucesso: 
- Gravidade da infecção; 
- Defesas do hospedeiro; 
- Eficácia do antibiótico. 
 Pacientes sistemicamente comprometidos apresentam maior tendência a infecções, as 
quais se tornam mais serias rapidamente. 
 
 Tratamento das infecções instaladas. 
 
 Codições medicas que comprometem a defesa: 
- Pacientes com porblemas renais; 
- Alcolismo; 
- Desnutrição; 
- Diabetes Mellitus; 
- Leucemia; 
- Linfoma; 
- Tumores malignos 
- agentes quimioterapeuticos contra o câncer.Enxertos ósseos regeneração tecidual guiada. 
 
 Indicado para pacientes com perda óssea e de inserção de conjuntivo. Realiza-se então 
a regeneração tecidual guiada. 
 Para poder estudar a regeneração tecidual guiada é preciso estudar enxertos ósseos 
antes (enxerto para implantes). 
 Os enxertos para periodontia são chamados de regeneração tecidual guiada. 
 
 Objetivo da aula: 
 Modo de ação dos enxertos (osteogênese, osteoindução, osteocondução). 
 Princípios de manipulação dos enxertos ósseos e tecidos associados. 
 Áreas doadores intra e extra-orais (características, vantagens, desvantagens). 
 Regeneração óssea. 
 Regeneração tecidual guiada. 
 
 Implantes: 
 Para realizar um implante é necessário ter osso e tecido em quantia adequada. Quando 
não há, realiza-se um implante. 
 
Para realizar o enxerto é necessário considerar a devolução de todo o espaço biológico. 
 
Perda de inserção x RTG (regeneração tecidual guiada) 
 
Há dois tipos de perda óssea, a horizontal e a vertical ou angular. A vertical é a mais 
viável de realizar enxerto. 
 
A RTG é feita por meio de membranas. Para que forme osso na área desejada e o 
proteja. A membrana é importante para que o epitélio não invada o local desejado para o 
enxerto ósseo. 
 
Diferença entre regeneração óssea (RO) e regeneração tecidual guiada (RTG). 
 
RO: 
É a tecnica aplicada na reconstrução de defeitos ósseos, previamente ou 
simultaneamente à instalação de implantes. (não há presença de dentes). 
Visa reestabelecer a quantidade e qualidade óssea das regiões maxilo-mandibulares 
para inserção dos implante dentários. 
 
RTG: 
É a correcao de defeitos periodontais com intuito de regeneração de tecido ósseo, 
ligamento periodontal, inserção conjuntiva, e distancias biológicas perdidas. 
 
Reabsorção alveolar: 
- 25% do volume diminui no 1º ano; 
- 40% a 60% da largura diminui em ate 3 anos; 
- Região anterior da maxila: rebordo igual 8mm. Depois de realizar uma extração, o mesmo 
rebordo fica com menos que 3mm após 5 anos. 
 
 Tipos de enxerto: 
 
- Autógeno (da pessoa para ela mesmo); 
- Homógeno (entre duas pessoas da mesma espécie. Banco de ossos); 
- Heterógenos (entre duas espécies diferentes. Bovino); geralmente chamado de enxerto 
liofinizado; 
- Aloplásticos (fabricados sinteticamente); 
 
 Enxerto ósseo em implante: 
 
- Osteocondução; 
- Osteoindução 
- Osteogênese 
 
Quando se coloca um enxerto em um local, ele pode sofrer 3 acoes. 
A melhor é a osteogênese, pois é o que leva células vivas ao enxerto. 
 
Osteocondução: 
Colocação do enxerto no leito receptor. As células para formação de osso estão no leito 
receptor e invadem o enxerto. O enxerto funciona como plataforma, e conduz as células vivas 
do local a formar mais osso. 
 As células que entram em contato direto com o enxerto devem ser células 
mesenquimatosas diferenciadas (osteoblastos). 
Plataforma para aposição do osso circunjacente. 
 Se inseridos em locais ectópicos (tecido não-ósseo), não iniciam crescimento ósseo. 
Pode haver rejeição, inflamação. 
 Exemplos: 
- aloplásticos – hidroxiapatita, osso cerâmico (tricálcio fosfato) e vidros bioativos. 
- Heterôgeno – osso bovino liofilizado. 
 
 Osteoindução: 
 Colocar o enxerto no leito receptor, e esse enxerto ter a capacidade de induzir a 
produção óssea. Induzindo uma célula que não é osteoblasto a se habilitar a trabalhar como 
osteoblasto. 
 Libera fatores de crescimento. 
 Se inserido em locais ectópicos induzem a formação óssea. 
 Exemplo: 
- Aloenxertos ósseos – mesma espécie – homógeno. 
- BMPs – proteínas morfogenéticas do osso. 
 
 Osteogênse: 
 Crescimento osse derivado de células vivas, transferidas junto com o enxerto. 
 Único material é o osso autógeno. 
 Parte esponjosa é mais eficaz, pela maior concentração de células. 
 A cortical funciona como barreira para o epitélio. 
 
“Todos os tipos de enxertos dependem de uma boa vascularização. Devido a isso, é 
importante que o enxerto seja posto sobre a medula óssea, e não sobre a cortical.” 
 Para se colocar um implante, o enxerto deve cicatrizar por seis meses. 
 
 Áreas doadoras intrabucais. 
 
 Blocos (retirar no maximo de 4cm de comprimento, e 1cm de altura, espessura de ate 
5mm). 
- Sínfise mandibular (mento); 
- Corpo e ramo mandibular. 
 
 Quantidades menores: 
- Tuberosidade maxilar; 
- Torus; 
- Exostose; 
- Osteoplastias do rebordo; 
 
 Vantagens: 
- Acesso cirúrgico facilitado; 
- Proximidade do local doador/receptor; 
- Tempo reduzido de operação e anestesia; 
- Cirurgia pode ser realizada em consultório; 
- Ausência de cicatriz; 
- Desconforto menor; 
- Menor morbidade; 
 
Desvantagem: 
- Quantidade limitada de osso. 
 
 Em casos de grande reabsorção, o seio maxilar pode apresentar-se pneumatizado: seio 
maxilar ampliado. 
 No caso, para realizar o enxerto, tritura-se o osso heterogeno, tritura-se, e introduz na 
loja do seio maxilar. 
 
 RTG – regeneração tecidual guiada. 
 
 Reconstrução de defeitos periodontais verticular ou angular. 
 
 Indicações: 
- Bolsa periodontal profunda maior de 5mm em paciente periodontalmente controlados (saúde 
periodontal); 
- Lesões de furca; 
- Necessário reduzir a profundidade de bolsa e regenerar a lesão de furca para garantir a 
manutenção da saúde periodontal. 
 
 Conduta: 
- Gengivectomia; 
- Reposicionamento apical do retalho associado a recontorno ósseo; 
- Procedimento regenerativo. 
 
 Objetivo: 
- Regenerar toda a inserção conjuntiva sobre a superfície radicular. 
- Fromacao de novo cemento; 
- Formação de fobras colágenas inseridas nesse novo cemento (inserção conjuntiva); 
- Novo osso alveolar; 
- Restaurar a anatomia do local. 
 
Dependendo do local (anterior), restaura-se a anatomia e consequentemente devolve a 
estética. 
 O sucesso sempre será controverso. 
 
 Tipos de defeitos ósseos: 
- Horizontal; 
- Vertical ou angular. 
 
 Horizontal: É a perda mais comum. O osso é reduzido em altura. Tanto os septos 
interdentais quanto as laminas ósseas V e L são afetadas. 
 
 Vertical: Ocorre em direção oblíqua. A base do defeito está apicalmente em relação ao 
osso circundante. 
Avaliação radiográfica: com defeitos interdentais – geralmente são visualizados, 
porém laminas ósseas V e L espessas podem oculta-os. 
 Enxerto triturado apenas. 
 
 Defeitos ósseos verticais: 
- De 1 parede (restam 1 paredes); 
- De 2 paredes (restam 2 paredes); 
- De 3 paredes (resta 3 parede). 
 
 O defeito mais fácil de diagnosticas radiograficamente é o de 1 parede. 
 
 RTG - Velocidade de proliferação celular. 
 
 Após uma cirurgia à retalho, a superfície radicular pode ser repovoada por 4 tipos de 
células diferentes. 
 
1 – Epiteliais 
2 – Tecido conjuntivo 
3 – Osso alveolar 
4 – Ligamento periodontal. 
 
Sempre que realizar uma raspagem no paciente, e descontamina-lo, sempre haverá um 
reparo tecidual pelo Epitélio Juncional Longo. 
O E.J.L. repara pela velocidade de proliferação que ele tem em comparação com os 
outros tecidos. 
Quando não realiza-se enxerto é o EJL que irá se proliferar. Quando ele se prolifera, 
ocupa o espaço que o osso e os ligamentos iriam ocupar ao crescer lentamente. 
 
Para realizar um enxerto ósseo de forma guiada, utiliza-se uma membrana para isolar o 
osso e os ligamentos periodontais. Ela é posicionada de forma a isolar o osso e o ligamento 
periodontal do epitélio juncional. Assim, não perde-se altura de osso, e esse osso pode crescer 
alguns milímetros. 
 
Avaliação da regeneração. 
 
Alguns fatores locais podem

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