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A FORMAÇÃO DO LEITOR DE A formação de leitores de literatura está diretamente ligada à forma como as crianças são apresentadas as obras literárias. Pode parecer simplista, mas é primordial que a literatura infantil estimule a fantasia, a imaginação de forma prazerosa, que seja um jogo, uma brincadeira. O livro deve estar junto dos brinquedos, do lúdico, da alegria. Para Frantz, “a literatura infantil é também ludismo, é fantasia, é questionamento, e dessa forma consegue ajudar a encontrar respostas para as inúmeras indagações do mundo infantil, enriquecendo no leitor a capacidade de percepção das coisas.” (FRANTZ, 2001, p.16). Por isso, é preciso incentivar e levar a sério a leitura literária desde cedo. Porquanto a natureza e intensidade das emoções do encontro com a literatura repercutem na vida do pequeno leitor de maneira definitiva. LIERATURA INFANTIL. ADEQUAÇÃO DO TEXTO AO LEITOR: ASSUNTO, FORMA E LINGUAGEM. A IMPORTÂNCIA DO LIVRO PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR: Felizmente, na atualidade temos disponível uma ampla variedade de obras literárias infanto-juvenis. Desta forma, a diversificação literária pode ajudar na escolha de leitura dos alunos. Alguns livros infantis não são apreciados pelos jovens, algumas vezes porque banaliza a inteligência infantil, outras por completarem as exigências intelectuais e sentimentais da criança. O assunto precisa chamar a atenção do leitor, ninguém gosta de ler assuntos que não interessam, obviamente a diversidade temática é interessante para um maior conhecimento do aluno. Mas este não é o foco das obras literárias. A forma deve corresponder ao conteúdo do texto e a intenção do autor ao alcançar o leitor, primeiro se lê a forma depois o conteúdo. Um ponto importante a ser considerado é a linguagem utilizada na obra a ser lida. Esta deve ser simples, cuidada e aprazível sem ser piegas. “Quanto mais depurada a expressão, quanto mais simples e bela a entonação da linguagem, mais a criança apreciará a leitura, para qual se sentirá mais atraída. ” (SOSA, 1978, p. 39) CRITÉRIO PARA SELEÇÃO DE OBRAS LITERÁRIAS EM FUNÇÃO DA IDADE E DAS CARACTERÍSTICAS DO IMAGINÁRIO DE SEUS DESTINATÁRIOS: Não é possível determinar com exatidão os melhores livros para determinada idade, deve-se considerar o contexto que a criança vivencia, as experiências que ela tem, o gosto, enfim, o ideal e oferecer uma variedade de livros e deixar que a criança escolha o que mais a atrai. Veja a tabela com sugestões de características de obras que podem ser oferecidos para as crianças e suas idades. 3 A 6 ANOS: Características de obras literárias Livros de gravuras, rimas infantis, cenas individualizadas. 6 A 8 ANOS: Características de obras literárias Aventuras no ambiente próximo: família, escola, comunidade, histórias de animais, fantasias, e problemas infantis. 8 A 11 ANOS: Características de obras literárias Contos fantásticos, contos de fadas, folclore, histórias de humor, animismo. 11 A 13 ANOS: Características de obras literárias Aventuras sensacionalistas: detetives, fantasmas, ficção cientifica, temas da atualidade, história de amor. 13 A 15 ANOS: Características de obras literárias Aventuras intelectualizadas, narrativas de viagens, conflitos psicológicos, conflitos sociais, crônicas, contos. INTERPRETAÇÕES DE HISTÓRIA Uma forma interessante de estimular o hábito de leitura é provocar os alunos com diferentes formas de leitura e interpretação das histórias lidas ou a serem lidas. Fichas de leituras, resumos, resenhas podem tirar o prazer de ler e fazer do prazer um aborrecimento. Assim, é interessante promover atividades como a dramatização na qual os alunos possam imitar, simular, refletir ou reelaborar histórias dos livros. Atividades em que se possa vivenciar situações possibilitam a construção do conhecimento de forma mais ampla fazendo do livro uma possibilidade de reflexão real. A RESPONSABILIDADE DA ESCOLA/PROFESSOR NA FORMAÇÃO DO LEITOR: A escola tem responsabilidade na formação do leitor, ela é o lugar primordial no desenvolvimento do sujeito leitor, ocupa o lugar privilegiado de promoção à leitura. Mesmo sabendo da responsabilidade dos pais e responsáveis na formação do indivíduo, a escola deve garantir o acesso aos livros e sua leitura porque faz parte do currículo escolar tal processo. O cidadão, para exercer, plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos. (LAJOLO, 2008, p.106) Outra preocupação importante que a escola deve ter é transformar o leitor iniciante (neoleitores) em leitores literários permanentes.
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