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Economia SUMÁRIO Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia .......................5 O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda ...................... 17 Agregados Macroeconômicos .................. 33 O Mercado em um Sistema Econômico .... 47 O Balanço de Pagamentos ...................... 63 Política Econômica ................................. 77 Política Cambial ..................................... 83 Política Monetária .................................. 93 Política Fiscal ...................................... 107 A Questão Inflacionária - Noções Básicas ....................................119 Economia REITORIA Reitor Prof. Fernando de Melo Nogueira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Graduação Prof. Guilherme Guazzi Rodrigues Pró-Reitor de Planejamento e Administração Prof. Márcio Dario da Silva Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Profª. Drª. Maria Lectícia Firpe Penna FACULDADE DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS (FACE) Diretor-Geral Prof. Marco Túlio de Freitas Diretora de Ensino Profª. Renata de Sousa da Silva Tolentino FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E DA SAÚDE (FCH) Diretor-Geral Prof. Antônio Marcos Nohmi Diretor de Ensino Prof. João Batista de Mendonça Filho FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA (FEA) Diretor-Geral Prof. Eduardo Georges Mesquita Diretora de Ensino Profª. Maria Silvia Santos Fiuza BELO HORIZONTE 2017 CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O ENTENDIMENTO DA ECONOMIA • Conceito de economia • Teoria econômica • Fatores de produção • E muito mais... Economia CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O ENTENDIMENTO DA ECONOMIA Prof. Walter Alves Victorino Este módulo o(a) convida a explorar um assunto de grande relevância: Economia. Você irá compreender o funcionamento da economia de um país, através da introdução dos conceitos fundamentais relacionados ao tema. Além disso, será uma ótima oportunidade para que você aprenda a utilizar estes conceitos no decorrer do curso e, até mesmo, no seu dia a dia. Prezado (a) aluno (a), Seja bem-vindo(a) ao módulo: Conceitos Fundamentais para o Entendimento da Economia. Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia6 Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia6 APRESENTAÇÃO Este módulo tem por objetivo facilitar o seu entendimento a respeito da economia. Palavra que lhe acompanha no seu dia a dia e que muitas vezes por não entendê-la cria certa resistência quanto a sua compreensão. No entanto, no decorrer de nossas discussões você verá o quanto é simples o entendimento e o estudo a respeito da economia. Como a economia participa do seu dia a dia o seu entendimento vai lhe auxiliar na sequ- ência do seu curso como também facilitará, a partir de agora, suas decisões pessoais e profissionais. A sua compreensão torna-se fundamental. Para facilitar o entendimento da economia e sua dimensão esse módulo será dedicado aos conceitos fundamentais a respeito da economia. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final desse modulo você deverá ser capaz de: • Definir o conceito de economia; • Interpretar o que é teoria econômica. • Distinguir o que são fatores de produção. • Descrever os agentes econômicos. • Identificar o que é necessidade e escassez • Esboçar a curva de possibilidade • Aplicar os conceitos estudados na realização de suas atividades profissionais e pessoais. Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia 7 Conceitos de Economia O porquê estudar economia? Para responder essa pergunta é necessário que você entenda o objeto de estudo da economia. ATENÇÃO Pode-se definir economia como sendo a administração de recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços econômicos, visando o atendimento do desejo ou da necessidade humana. Tal definição exige o entendimento de diversos conceitos que possibilitará o seu entendi- mento do que é produção de bens e serviços econômicos. Em primeiro lugar o que vem a ser recursos escassos? ATENÇÃO Recursos escassos são entendidos como fatores de produção ou recursos de fatores que são utilizados para a produção de bens e serviços econômicos. Compreendem; recursos naturais (extrativa mineral, petróleo, gás natural, etc.), Trabalho (força física e capital intelectual), capi- tal (máquinas e equipamentos). Como se dá a transformação dos recursos de fatores ou fatores de produção em bens e serviços econômicos? Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia8 Essa transformação se da através dos agentes econômicos, que são os indivíduos que compõem a economia e representam diferentes papéis, sejam como consumidor, produ- tor, operário, empresários, etc. São os responsáveis pela geração da produção de bens e serviços econômicos, e são denominados por famílias ou indivíduos, estado (setor públi- co) e empresas. O resultado dessa produção é observado ou medido pela atividade econômica que repre- senta a concretização da produção de uma quantidade intensa de bens e serviços, desti- nados a satisfação das necessidades humanas (objeto de estudo da economia). REFLITA Então aluno (a), até aqui definimos o conceito de Economia, lembra? Agora reflita sobre alguns pontos fundamentais referentes aos Recursos escassos: Recursos ou Fatores de produção: São elementos básicos que serão utilizados na produção de bens e serviços econômicos. Que podem ser classificados em três grandes grupos, a saber: a) Terra que inclui as terras cultiváveis e a urbanas, além dos recursos naturais. b) Trabalho neste fator de produção é incluído a capacidade física e intelectual dos seres humanos. c) Capital que compreende as máquinas, equipamentos, edificações, as fábricas, e demais meios utilizados no processo de produção. Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia 9 Economia Atividade econômica A atividade econômicaé a concretização da produção que visa atender o desejo e as necessidades humanas, através dos bens e serviços econômicos. Esta produção é proveniente de três setores produtivos, a saber: Setor primário que envolve as atividades voltadas para a produção, relacionadas a recursos naturais: atividade agríco- la, atividade pesqueira, atividade pecuária e atividade extrativa. Setor secundário envolve as atividades de transforma- ção e agregação de valores aos fatores de produção. É também conhecido com o setor industrial. Setor Terciário está relacionado às atividadesdo comércio ou serviços. E buscam satisfazer aquelas necessidades que não são materializadas. Setor primário voltadas para a produção, relacionadas a recursos naturais: atividade agríco- Economia Setor Terciário comércio ou serviços. E buscam satisfazer aquelas necessidades que não são materializadas. AA BB CC Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia10 OS AGENTES ECONÔMICOS No sentido de proporcionar o aparecimento da produção de bens e serviços econômicos é importante destacar o papel de cada um dos agentes econômicos, que compreendem a Família (Unidade Familiar), Empresa e Governo. Os agentes econômicos são responsáveis pela transformação da produção E qual é o papel dos agentes econômicos nas atividades econômicas? Veja a seguir o papel que cada agente econômico representa: • As Famílias ou Unidades Familiares: É o agente que representa mais de um papel nas atividades econômicas. O mesmo pode ser consumi- dor de bens e serviços econômicos, pode oferecer recursos de fatores de produção podem participar da administração da produção. • As Empresas: Responsável pela produção de bens e serviços econômicos da economia e pela aquisição dos fatores de produção para sua transformação em bens e serviços econômicos. Tomemos como exemplo a cadeia produtiva do auto- móvel. A Companhia Valedo Rio Doce produz o minério de ferro que é adquirido pela Usiminas para transformá-lo em aço, que será adquirido pela montadora para a construção do carro. • Setor Público (governo): É um agente cujo comportamento dita o ritmo de cresci- mento da economia. Entende por setor publico os três entes federativos (Estado, município e governo central) e compreendem os órgãosda administração pública (As prefeituras, os estados e o governo central). ATENÇÃO Neste momento é importante que busque compreender como ocorrem as relações entre os fatores de produção e os agentes econômicos. Essa relação necessita de uma teoria para explicá-la. Essa teoria é denominada de Teoria Econômica. Recursos de fatores de produção Exemplos de fatores de produção - terra, capital e trabalho Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia 11 Teoria Econômica A teoria econômica busca explicar as relações de troca entre os agentes econômicos e pode ser entendida sobre dois aspectos. • Teoria microeconômica (ou microeconomia - Micro):É o ramo que se preocupa com a unidade econômica, ou seja, o comportamento da família, da empresa, dos consumidores. O objeto de estudo da teoria microeconômica é a Teoria do Consumidor, Teoria da Produção, Mercado. • Teoria macroeconômica (ou macroeconomia - Macro): É outro ramo da teoria econômica, que se preocupa com os agregados, com o conjunto da economia, ou seja, o objeto de estudo da macroecono- mia é o conjunto do comportamento dos agentes econômicos. Nesse sentido, a macroeconomia se preocupa em analisar: Produto Interno Bruto (PIB), é a medição da riqueza de um país Gastos do Governo, Investimento, Poupança Agregada, Emprego, Balanço de Pagamentos, comportamento do setor automobilístico, o setor siderúrgico, etc. Sendo que uma das suas principais vantagens é a possibilidade da simplificação da economia permitindo a criação ou simulação de cenários econômicos, o que facilita a compreensão do funcionamento da economia. Ao tomarmos conhecimento do que trata a Teoria Econômica do estudo da economia nas suas duas vertentes básicas, podemos explicar o objeto de estudo da economia: a escassez. Por que a economia se preocupa com a escassez? A preocupação da economia com a escassez é explicada devido aos fatores de produção serem escassos e a demanda da sociedade ser virtualmente ilimitada. Assim, a economia não tem capaci- dade de responder a todos os desejos ou necessidades da sociedade. Por isso, a economia administra recursos escassos, para a produção de bens e serviços econômicos, que são caracterizados pela escassez, são limita- dos, são transformados em bens e serviços econô- micos e são transferíveis para serem consumidos pelos diversos grupos que forma uma determinada sociedade. Essas características permitem a expli- cação da existência de bens livres. Teoria do Consumidor Que permite que se observe o comportamento do consumidor através da demanda, do mercado, do nível de preço, dentre outras variáveis. Teoria da Produção Refere-se ao comportamento do produtor, responsável pela produção (transformação dos fatores de produção em bens e serviços econômicos) Mercado Local em que ocorre o encontro entre o consumidor e o produtor e suas estruturas – corresponde a o tipo de mercado Produto Interno Bruto (PIB) É a produção da economia Poupança Agregada É a soma das poupanças individuais E o que são bens? É tudo aquilo que é produzido para atender o desejo ou satisfação de alguém. Virtualmente Aquilo que não é quantificada de forma empírica, a sociedade em seus diversos segmentos tem necessidades e desejos que diferenciam de classe social para classe social Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia12 Os bens podem ser classificados em: QUANTO AO SEU CARÁTER: a. Livres – são aqueles bens que não precisam ser produzidos e não são transferíveis e possuem uma quantidade ilimitada, ou seja, em abundância e consegue atender a todos os que o desejarem Exemplo: Sol e o ar b. Econômicos – são produzidos, existem em quantidade limitada e é objeto de estu- do da economia. Exemplos: carro, geladeira, arroz, feijão, carne, etc. QUANTO À SUA NATUREZA: c. De capital ou bens de produção: são utilizados para viabilizar o atendimento das necessidades humanas. Ou seja, não atende de imediato o desejo do ser humano. Exemplo: Máquinas e equipamentos. d. Bens de consumo: são aqueles bens que atendem aos desejos e necessidades humanas. E são subdivididos em: • Bens de consumo duráveis: são os bens de uso prolongado como: carro, geladeira, televisão, entre outros. • Bens de consumo não duráveis: são aqueles bens que acabam como tempo. Por exemplo: carne, arroz, feijão, alimentos perecíveis, etc. TOME NOTA Os bens de consumo são aqueles bens que estão prontos para serem consumidos, que podem ser duráveis e não duráveis. Por sua vez, os bens de capital ou de produção são aque- les bens que servirão para criar ou produzir os bens de consumo. Os bens ainda podem ser classificados em bens privados e públicos. Sendo os bens públicos caracterizados por não ser rival ou excludente. Exemplo: Uma praça, segurança nacional, etc. Já os bens privados são aqueles produzidos e que pertencem a determinado indivíduo. Exemplo: carro, geladeira, etc. Por fim, quanto à sua função, o mesmo pode ser: a. Bens de consumo intermediários: são aqueles bens que ainda sofrerão transforma- ção até o seu consumo final. Exemplos: trigo, farinha de trigo, minério de ferro, aço, outros. b. Bens de consumo final: são aqueles que já passaram por todo o processo de trans- formação e estão prontos para serem consumidos. Como os bens atendem o desejo e a necessidade humana e sua produção é limitada diante de uma demanda ilimitada, surge a questão da escolha e o custo de oportunidade. Caro(a) aluno(a), vamos conhecer agora como ocorre o processo de produção dos bens e serviços econômicos? Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia 13 REFLITA Você já percebeu que diante de nossas necessidades e desejos de satisfação pessoal, profissional, social e financeira, em vários momentos temos que fazer escolhas ou delimitar prioridades? Tal escolha significa renunciar alguma coisa para obter outra. Este é um problema enfren- tado pelos agentes econômicos família, empresa e governo. Por exemplo: • No caso do governo, ele precisa escolher entre fazer mais estradas ou construir mais hospitais dado a sua limitação orçamentária. • No caso das famílias, a escolha ocorre entre sair de férias ou trocar o carro, diante de sua limitação de renda. • Já as empresas devem fazer a escolha entre melhorar a divulgação de seus produ- tos ou comprar um equipamento mais moderno. Ou seja, independente de gastar ou investir, todos os agentes estão sempre fazendo uma escolha ao renunciar a outra. Na economia esta renúncia é chamada de custo de oportunidade.Em outras palavras, o que se deve abrir mão para ter a outra coisa almejada (desejada). A Curva de Possibilidade de Produção ou Fronteira de possibilidade Como a capacidade de produção da economia está condicionada à disponibilidade dos fatores de produção e considerando que a demanda da sociedade é ilimitada, deve ocorrer sempre um processo de escolha entre os agentes econômicos, como já vimos no início desse módulo. Essa limitação é definida pela curva de possibilidade de produção, também conhecida como Fronteira de Possibilidade de Produção, local em que a economia está utilizando plenamente os seus fatores de produção ou está no pleno emprego de fatores. Por exem- plo, em uma economia imaginária ocorre a produção de sapatos e calças, de acordo com os fatores de produção disponíveis. A combinação desses fatores de produção gerou a tabela X. Combase na referida tabela, construa a curva de possibilidade de produção ou Fronteira de Possibilidade. Alternativas a b c d e 0 10 20 30 40 40 30 20 10 0 Produto K - calças quantidade Produto Y - calças quantidade Custo de oportunidade Consiste na renúncia de uma determinada quantidade de certo bem ou serviço econômico para a obtenção de outro bem ou serviço econômico. Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia14 A combinação das diversas alternativas de produção dado os fatores disponíveis pode ser representada pelo seguinte gráfico: Gráfico da Curva de Possibilidade de produção a c d e 0 10 20 30 30 40 40 Calças S ap at o b Observe que a linha ABCDE, corresponde à curva de pleno emprego dos fatores de produ- ção. Ou seja, dado os fatores de produção essa linha reflete a capacidade máxima de combinação de produção que a economia é capaz de produzir. ATENÇÃO Curva de Possibilidade de Produção ou Fronteira de Possibilidade consiste na máxima combi- nação possível dos fatores de produção de uma economia na produção de bens e serviços econômicos, quando da utilização plena desses fatores de produção disponíveis. Bons Estudos! Conceitos Fundamentais para o entendimento da Economia 15 FI CH A T ÉC N IC A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA GESTÃO PEDAGÓGICA Coordenação Gabrielle Nunes Paixão Transposição Pedagógica Flávia Juliana da Silva PRODUÇÃO DE DESIGN MULTIMÍDIA Coordenação Rodrigo Tito M. Valadares Design Multimídia Matheus Guerra de Araújo Raphael Gonçalves Porto Nascimento INFRA-ESTRUTUTURA E SUPORTE Coordenação Anderson Peixoto da Silva AUTORIA DA DISCIPLINA Prof. Walter Alves Victorino BELO HORIZONTE - 2012 Síntese Chegamos ao final deste módulo, onde apresentamos os conceitos fundamentais da economia tais como, o que é economia, fatores de produção, recursos de fatores, ativi- dade Econômica, Agentes Econômicos, Teoria Econômica, classificação dos bens e custo de oportunidade, que são indispensáveis para a compreensão do funcionamento da economia. É importante que você esclareça todas as dúvidas que surgiram no decorrer da leitu- ra desse módulo, uma vez que o entendimento da economia é um encadeamento dos diversos conceitos que precisam ser apreendidos, para facilitara sua compreensão sobre temática. Espero que você tenha conseguido absorver os conceitos até aqui apresentados, já que os mesmos serão fundamentais para a sequência do nosso curso. Te, encontro lá. Referências Economia: Um enfoque básico e simplificado. Rosa Fontes,.et. AL. São Paulo: Atlas, 2010. Mendes, Judas Tadeu Grassi. Economia: fundamentos e aplicações. São Paulo: Prentice Hall, 2004. Moreira, José Octávio de Campos. Economia: notas introdutórias. São Paulo: Atlas, 2009. Rosa Fontes..(ET AL.). Economia: um enfoque básico e simplificado. São Paulo: Atlas, 2010. Vasconcellos, Marco Antônio Sandoval de. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2002. O SISTEMA ECONÔMICO – O FLUXO CIRCULAR DA RENDA • Sistema econômico simplificado • Sistema de Mercado Existente • Renda, consumo e produto • E muito mais... Economia O SISTEMA ECONÔMICO – O FLUXO CIRCULAR DA RENDA Prof. Walter Alves Victorino aos conceitos que serão apresentados agora, o que permitirá avançar do mundo teórico para o mundo real. Conto com o seu entusiasmo para continuarmos avançando no aprendizado da economia. Isso será possível com a assimilação dos conceitos já vistos. Nesse módulo iremos conhecer o funcionamento de um sistema econômico da economia, agregando todos os conceitos vistos no módulo intitulado “Conceitos Fundamentais para o entendimento da economia”, Caro(a) aluno(a), Seja bem vindo(a) a nossa aula. O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda18 APRESENTAÇÃO Neste modulo você terá a oportunidade de entender o funcionamento de um sistema econômico, como também conhecer os conceitos “renda, consumo e produto”, que são as variáveis básicas no entendimento do funcionamento de uma economia, seja ela simplificada, possibilidade dada pela macroeconomia, seja no mundo real. Tais conceitos se fazem necessários para o entendimento dos modelos macroeconômicos. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final desse módulo você deverá ser capaz de: • Entender como funciona um sistema econômico simplificado; • Compreender o funcionamento de um sistema econômico completo em um mundo Real; • Descrever como ocorre o surgimento dos variáveis: Renda, Consumo e produto; • Reconhecer o Sistema de Mercado Existente para dar respostas às necessidades da sociedade; • Quantificar o produto de uma economia; • Definir os tipos de Sistema econômico existentes no mundo real. O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda 19 Introdução No módulo “Conceitos Fundamentais para o entendimento da economia” você viu que os agentes econômicos são os responsáveis pelas transformações dos fatores de produção das relações de trocas que se processam na economia. O entendimento das relações entre os agentes econômicos, que compõe o processo produtivo de uma economia, pode ser observado através de um sistema econômico que permite simplificar a economia, fundamentado na macroeconomia. REFLITA Você se recorda do conceito “Macroeconomia”? Ela se preocupa com o ramo da teoria econô- mica que tem sua preocupação voltada para os agregados, o conjunto do comportamento dos agentes econômicos. Essa simplificação permitirá que você entenda os conceitos fundamentais para a compre- ensão dos modelos macroeconômicos. O Funcionamento de um sistema econômico baseado no fl uxo circular de renda O funcionamento de um sistema econômico deve ter como objetivo buscar responder as demandas sociais, baseado na disponibilidade de seus fatores de produção e as regras institucionais vigentes em cada sociedade, que norteiam as relações entre os agentes econômicos e a representação do papel de cada agente no sistema. Mas o que vem a ser um sistema econômico? SAIBA MAIS Sistema econômico é um conjunto de relações, sejam técnicas ou institucionais, que definem a organização política e econômica de uma sociedade. O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda20 Como essas relações visam atender a demanda da sociedade, todo sistema econômico, independente de sua organização política, tem como objetivo responder a três perguntas básicas: a. O que e quanto produzir? Esta resposta decorre da escassez dos fatores de produ- ção onde prevalece a escolha feita pelo agente econômico, seja público ou privado. b. Como produzir? A produção dos bens e serviços econômicos decorre da disponi- bilidade da tecnologia que a sociedade detém para a concretização de suas ativi- dades econômicas c. Para quem produzir? Significa a definição de quem participará do consumo da produção gerada e como ocorre a distribuição desta produção. Para responder a estas perguntas, três foram as possibilidades ou mecanismos de respostas, considerados: a. O Sistema de mercado (economia de livre iniciativa), também chama- do de economia capitalista, cujas características são marcadas pela posse dos fatores de produção (terra, capital, trabalho). Em uma socieda- de que funciona dentro das regras de mercado, de livre iniciativa, os fatores de produção pertencem à família e as perguntas “o que produzir, como produzir e para quem produzir” são dadas pelo mercado. Exemplo maior é o da economia americana. Apesar de que, ao passar por uma crise global (iniciada em setembro de 2008), sofreu uma forte intervenção do governo como forma de amenizar os impactos das crises. b. O sistema de economia planificada, ou socialista. Neste sistema os fatores de produção pertencemao estado (governo) bem como as respostas às perguntas “o que produzir, como produzir e para quem produzir” são dadas pelo estado (gover- no). CURIOSIDADE Somente dois países nos dias de hoje funcionam com base nestas regras. São eles: Coréia do Norte e Cuba - embora esteja passando por algumas modificações em direção a uma econo- mia de livre iniciativa. c. O sistema misto – É aquele com o qual prevalecem tanto as regras de livre iniciati- va (economia de mercado), como também as regras de uma economia planificada. Exemplo de sistema misto: Brasil, França, dentre outros. No Brasil, pode ser notada com clareza a incidência de tal situação nos seguintes setores: Setor Financeiro: Participação do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (Instituições Públicas – governo maior acionista), Itaú, Unibanco e Bradesco (Instituições Privadas – as famílias são os acionistas majoritários). Para responder a estas perguntas, três foram as possibilidades ou mecanismos de respostas, de que funciona dentro das regras de mercado, de livre iniciativa, os fatores de produção pertencem à família e as perguntas “o que produzir, como produzir e para quem produzir” são dadas pelo Para responder a estas perguntas, três foram as Para responder a estas perguntas, três foram as possibilidades ou mecanismos de respostas, mercado, de livre iniciativa, os fatores de produção pertencem à família e as perguntas “o que produzir, como produzir e para quem produzir” são dadas pelo O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda 21 Setor Elétrico: Cemig – controlador é o estado; CPFL – Controle majoritário pertence ao setor privado. Setor Educacional: Universidades Federais (UFMG) Universidades Privadas (FUMEC). Essa definição de formas de como responder as perguntas básicas a qualquer sistema, nos leva ao surgimento de três variáveis fundamentais, que permitem medir o desempe- nho da economia e facilitar o entendimento dos modelos macroeconômicos. Observe quais são as variáveis: a. O conceito de Renda; b. O conceito de Consumo; c. O conceito de Produto. Para tanto, temos dois caminhos a seguir para compreender estes conceitos. a. No primeiro caminho, você aprenderá os conceitos almeja- dos de forma simplificada, também conhecida como Modelo Simplificado; b. No segundo caminho, você também aprenderá os conceitos almejados de uma forma mais trabalhosa e lenta. Por uma questão didática e sendo um recurso recorrente na maioria das bibliografias disponíveis sobre o assunto, vamos iniciar a busca das variáveis de nosso interesse através do Modelo Simplificado. Para tanto vamos precisar recorrer à macroeconomia que possibilita a simplificação do cenário do objeto de estudo. O Modelo Simplifi cado Caro(a) aluno(a), Você se recorda do processo de funcionamento de uma economia e o papel que os agentes econômicos exercem nesse processo? A partir de agora iremos recorrer a este conhecimento para definirmos as hipóteses do Modelo de uma economia. A princípio, devemos ter em mente a existência dos quatro agentes econômicos e suas respectivas funções: Unidade Familiar – Participa do processo produtivo como fornecedores de fatores de produção, consumidores e também podem estar empregados diretamente no processo produtivo. Empresas – São os agentes responsáveis pela produção de bens e serviços econômicos da economia em estudo. Governo – entendido como sendo os três entes federativos (município, estado e governo central), os quais exercem um papel bastante relevante na dinâmica de crescimento e CPFL Compania Paulista de Força e Luz Para tanto, temos dois caminhos a seguir para compreender estes No primeiro caminho, você aprenderá os conceitos almeja- dos de forma simplificada, também conhecida como Modelo No segundo caminho, você também aprenderá os conceitos Por uma questão didática e sendo um recurso recorrente na maioria das bibliografias disponíveis sobre o assunto, vamos iniciar a busca das variáveis de nosso interesse através do Modelo Simplificado. Para tanto vamos precisar recorrer à macroeconomia que possibilita a simplificação do cenário do objeto de O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda22 desenvolvimento da economia em análise. Resto do Mundo – surge como o agente que vai registrar as transações econômicas (bens, serviços e fluxos de capital) que ocorre entre agentes semelhantes de outros países. A Economia segue as regras de uma economia de livre iniciativa (economia de merca- do). Nessa opção, os fatores de produção pertencem às famílias e as perguntas “o que produzir, como produzir e para que produzir” são dadas pelo mercado. Além disso, nesse modelo de economia as famílias detêm os fatores de produção ou recursos de fatores e as empresas compram das famílias ouso dos seus fatores de produção. O Modelo Simplifi cado e o Fluxo Circular Simplifi cado da Renda HIPÓTESES DE CONSTRUÇÃO DO MODELO SIMPLIFICADO A economia fechada e sem governo: Neste caso teremos a participação de somente dois agentes econômicos: Família e Empresa. Os demais agentes neste momento não participam do modelo. ATENÇÃO Lembre-se que essa simplificação é um recurso de natureza didática, que nos auxilia na compreensão de uma determinada economia, por meio de um cenário. A economia aqui em estudo segue as regras de uma economia de livre iniciativa (econo- mia de mercado). Isso significa que os agentes econômicos vão estabelecer suas relações de trocas no mercado. Nessa economia: • Os indivíduos detêm os fatores de produção. • As empresas compram das famílias o uso dos fatores de produção (recursos de fatores). • As famílias gastam toda a sua renda em bens de consumo. • As empresas só produzem bens de consumo. Observe que existem algumas implicações decorrentes das hipóteses: Existência de dois mercados: • O mercado de fatores de produção, que representa um dos papéis da família, forne- cedora de fatores de produção. • O mercado de bens de consumo, que retrata o papel da empresa como responsável pela produção da economia em estudo. Hipóteses Hipóteses são as condições que se cria para elaborar o cenário almejado O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda 23 Como as famílias permitem o uso dos fatores de produção pelas empresas, as empresas remuneram as famílias pela utilização destes fatores. Surge assim o conceito de renda. Vejamos os exemplos abaixo que ilustram esse conceito: Para o fator de produção “trabalho” a família recebe salário; pelo fator “terra”, ela recebe aluguel ou arrendamento e pelo fator “capital”, recebe juros ou obtêm lucro. Portanto, o conceito renda é a renumeração dos fatores de produção que as famílias rece- bem por parte das empresas pela utilização de seus fatores de produção. Como a família gasta toda a sua renda em bens de consumo, as empresas, como os responsáveis pela produção dos bens e serviços da economia, só produzirão aquilo que será desejado pelas famílias, bens de consumo. Baseado nessas hipóteses simplifi- cadoras e em suas implicações pode- -se construir o fluxo circular da renda, de modo simplificado, como veremos a seguir: Mercado de bens de consumo Fluxo Simplificado da Renda Mercado de Fatores Remuneração de Fatores de Produção (renda, salário, lucro, juros, aluguel) Bens de consumo Consumo (gasto) Fatores de Produção Fatores de Produção Empresas Famílias Bens de consumo Consumo (gasto) Observe que as linhas cheias representam o fluxo físico do modelo e as linhas tracejadas representam o fluxo monetário do modelo. Como a família gasta toda a sua renda em bens de consumo, as empresas, como os responsáveis pela produção dos -se construir o fluxo circular da renda, de modo simplificado, como veremos a seguir: O SistemaEconômico – O Fluxo Circular da Renda24 Você deve ter notado que está faltando a definição do conceito de produto. Com já ressaltado no Módulo “Conceitos Fundamentais para o entendimento da economia” o produto é resultado da atividade econômica e a composição desse resultado decorre das trocas exis- tentes entre os três grandes seto- res (primário, secundário e terciário) que compõe a produção da econo- mia. Surgem então as seguintes indagações: REFLITA Como somar produtos de natureza diferentes? Como tratar os bens econômicos de acordo com sua função? Como o produto pode ser usado como medida de desempenho? A resposta a essa três indagações surge na definição do conceito de produto agregado. O produto agregado é definido como sendo a soma de todos os valores monetários dos bens e serviços econômicos finais produzidos em uma economia em um determinado período de tempo. Assim, para somar produtos de natureza diferentes vamos recorrer à Unidade Monetária que passa ser a referência de comparação entre os diversos produtos. Com isso é possí- vel somar carro, com laranja, com minério de ferro, com aço ou com quaisquer outros produtos. A questão dos bens finais é para que a função dos bens econômicos na economia não permita a sua contagem em duplicidade (dupla contagem), já que os bens intermediários podem sofrer outras transformações, ou seja,na condição de bens finais, já existentes na economia, apenas estão entrando novamente na cadeira produtiva. Exemplo: A Companhia Vale do Rio Doce produz minério de ferro (bem final da Vale), que é adqui- rido pela Usiminas que vai transformá-lo em aço (Agregando valor). A FIAT adquire o aço (bem final produzido pela Usiminas) da Usiminas e o utiliza na produção do carro (agrega- do valor). Ou seja, o produto Interno Bruto, também pode ser definido como a soma dos valores agregados a economia. Outro fator importante para a compreensão deste processo é que a questão do desempenho da economia medida pelo produto exige que o mesmo seja observado como uma variável tempo- ral. Esta observação possibilita a comparação entre diversas épocas e geralmente considera-se na observação da tendência do produto, o ano civil, que corresponde a 365 dias do ano. O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda 25 Após a explanação dos conceitos “Renda, Consumo e Produto”, os quais são funda- mentais para o entendimento dos modelos macroeconômicos, vamos retomar de forma simplificada a definição dos mesmos: 1. Renda: é entendida como a remuneração dos fatores de produção que as empresas fazem às famílias pelo o uso de seus fatores: Salários Juros Lucro Aluguel Renda 2. Consumo: consiste no gasto de parte da renda gerada no atendimento do desejo ou necessidade da sociedade. 3. Produto: é a soma dos valores monetários de toda produção gerada em uma econo- mia em um determinado período de tempo. ATENÇÃO Diante da concepção do modelo simplificado, pode-se perceber que o desempenho da econo- mia pode ser observado em três óticas: a. Ótica do Produto; b. Ótica da Renda; c. Ótica da Despesa (demanda) Assimilando este conteúdo, podemos a partir deste momento, dar mais um passo em direção ao mundo real. Anteriormente vimos um modelo de fluxo simplificado da renda, criado para facilitar a compreensão dos conceitos de renda, consumo e produto. Agora, iremos desconsiderar todas as restrições e Analisarmos o Modelo Completo do Fluxo Circular da Renda. Restrições Restrições são às hipóteses criadas para a simplificação do fluxo simplificado. Ou seja, o Modelo Completo do Fluxo Circular na Renda não apresenta qualquer restrição. O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda26 Modelo Completo do Fluxo Circular da Renda HIPÓTESES DE CONSTRUÇÃO Economia Aberta Com Governo Neste modelo ocorre a participação tanto do setor externo (Resto do Mundo), como do Governo, como agentes econômicos. Este modelo passa a ter quatro agentes econômicos: Unidade Familiar, Empresa, Governo e Resto do Mundo. Vamos, aqui, relembrar o papel de cada agente econômico novamente: Empresas: Considera todas as unidades que compõem o aparelho de produção da econo- mia nacional. Família (Unidade Familiar): o conceito de unidades familiares engloba os indivíduos que se encontram diretamente empregados, fornecendo recursos, para o processamento das atividades primárias, secundárias ou terceiras de produção. Governo: este se destaca como um dos mais importantes agentes ativos do sistema, devido às particularidades especiais que envolvem as suas ações econômicas, que ditará o ritmo de crescimento ou desenvolvimento da economia em observação. Resto do Mundo: Destina-se a registrar as transações econômicas, entre unidades fami- liares, empresas e governo do país em estudo com semelhantes agentes pertencen- tes a outros países. • Neste modelo a uma economia é organizada de forma capitalista, ou seja, os agentes econômicos estabelecem suas relações de trocas no mercado; • A Unidade Familiar possui os fatores de produção (Força de Trabalho, Terra, recursos naturais, máquinas, equipamentos e edificações, capacidade tecno- lógica, etc.); • As Empresas compram o uso desses fatores de produção da Unidade Familiar; • A Produção visa atender não somente ao consumo, mas uma parcela direciona-se para o investimento, que visa aumentar a oferta de produto no período seguinte; • Como a economia é aberta, as famílias podem importar bens e serviços e vender fatores de produção para outros agentes que não participam da economia em observação; • As empresas podem comprar vender parte de sua produção para o exte- rior. Ao mesmo tempo, elas podem importar produtos para completar a demanda interna da sociedade; • O governo tributa a sociedade de forma direta e indireta, faz transferên- cias e fornece subsídios para o setor produtivo; • Existe a possibilidade de existência de poupança na economia. Caro(a) aluno(a), Você observou que existem várias hipóteses neste modelo? Agora, vamos conhecer as implicações das hipóteses de sua construção. Investimento O investimento corresponde à aquisição de bens de produção ou bens de capital - máquinas e equipamentos - ou bens intermediários (matéria prima-adquirida para estocar O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda 27 Implicações das hipóteses de construção do modelo • Em uma economia aberta com governo o número de transações entre os agentes econômicos se eleva. • Em uma economia aberta surge a possibilidade das trocas do mercado interno versus o mercado externo, surgindo assim os conceitos de exportação e importa- ção. As exportações compreendem parte da produção interna que é vendida ao mercado externo (resto do Mundo). Esse movimento provoca a entrada real de recursos na economia. Já as importações consistem na compra de produtos que foram produzidos em outra economia e são adquiridos para complementar a demanda interna. Esse movimento provoca saída real de recursos da economia em estudo. • O fato das famílias não gastarem toda a sua renda em bens de consumo, implica na necessidade da mudança no comportamento do agente empresa que não mais produzirá somen- te bens de consumo, mas também bens de produção (bens de capital ou bens de investimento). Surge também o aparecimento de poupança. Que é entendida como a renúncia do consu- mo presente. • O aparecimento do agente governo traz ao sistema o fator tributa- ção criando uma rela- ção entre o governo e os demais agentes (empresa e família). Essa tributação pode ocorrer de forma direta e indireta. SAIBA MAIS Como tributos, segundo o Sistema Tributário Nacional (STN), compreendem os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria. As taxas decorem do poder de polícia. O estado com base em seus pilares “território,população e governo” possui o legitimo poder da força – o que o faculta a delegar, conce- der poderes para que outros agentes façam o seu papel, agindo em seu nome, permitin- do ao estado conceder ao cidadão determinadas prerrogativas, como dirigir (carteira de motorista), sair do país (passaporte), concessão de alvará de funcionamento às empresas, dentre outras concessões. A Contribuição de Melhoria refere-se a uma obra pública que valoriza o imóvel do potencial contribuinte. demanda interna. Esse movimento provoca saída real de recursos da economia em O fato das famílias não gastarem toda a sua renda em bens de consumo, implica na necessidade da mudança no comportamento do agente empresa que não mais produzirá somen- te bens de consumo, mas também bens de produção (bens de capital ou bens de investimento). Surge também o aparecimento de poupança. Que é entendida como a renúncia do consu- demanda interna. Esse movimento provoca saída real de recursos da economia em demanda interna. Esse movimento provoca saída real de recursos da economia em O fato das famílias não gastarem toda a sua renda em bens de consumo, implica na necessidade da mudança no comportamento do agente empresa que não mais produzirá somen- te bens de consumo, mas também bens de produção (bens de capital ou bens de investimento). Surge também o aparecimento de poupança. Que é entendida O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda28 Implicações das hipóteses de construção do modelo • Em uma economia aberta com governo o número de transações entre os agentes econômicos se eleva. • Em uma economia aberta surge a possibilidade das trocas do mercado interno versus o mercado externo, surgindo assim os conceitos de exportação e importa- ção. As exportações compreendem parte da produção interna que é vendida ao mercado externo (resto do Mundo). Esse movimento provoca a entrada real de recursos na economia. Já as importações consistem na compra de produtos que foram produzidos em outra economia e são adquiridos para complementar a demanda interna. Esse movimento provoca saída real de recursos da economia em estudo. • O fato das famílias não gastarem toda a sua renda em bens de consumo, implica na necessidade da mudança no comportamento do agente empresa que não mais produzirá somen- te bens de consumo, mas também bens de produção (bens de capital ou bens de investimento). Surge também o aparecimento de poupança. Que é entendida como a renúncia do consu- mo presente. • O aparecimento do agente governo traz ao sistema o fator tributa- ção criando uma rela- ção entre o governo e os demais agentes (empresa e família). Essa tributação pode ocorrer de forma direta e indireta. SAIBA MAIS Como tributos, segundo o Sistema Tributário Nacional (STN), compreendem os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria. As taxas decorem do poder de polícia. O estado com base em seus pilares “território, população e governo” possui o legitimo poder da força – o que o faculta a delegar, conce- der poderes para que outros agentes façam o seu papel, agindo em seu nome, permitin- do ao estado conceder ao cidadão determinadas prerrogativas, como dirigir (carteira de motorista), sair do país (passaporte), concessão de alvará de funcionamento às empresas, dentre outras concessões. A Contribuição de Melhoria refere-se a uma obra pública que valoriza o imóvel do potencial contribuinte. Já os impostos podem ser classificados em “direto” que incidem sobre a renda e o patri- mônio (exemplo: Imposto de Renda, IPTU, IPVA) e “indireto” que dependem das transa- ções de bens e serviços (exemplo: ICM, IPI, IOF, outros). Pai, o que e o ipi da geladeira? e o indicador de produto interno!! ipi em baixa • Surgem novos mercados além dos mercados de fatores de produção, e de bens de consumo, o mercado interno e externo; o financeiro, o de bens de produção. • Por fim, além da poupança, gerada pelos agentes família e empresa, aparece a possibilidade da haver uma poupança gerada por parte do governo. Essas hipóteses de construção, juntamente com as suas implicações, são representadas no Modelo Completo do Fluxo Circular da Renda. Observe abaixo a dinâmica do modelo: Fluxo Circular de Renda Setor Famílias Setor de formação de capital Setor Empresas Resto do Mundo Mercado externo Setor Governo Poupança do Governo Consumo agregado de bens e serviços Compras de bens e serviços Investimento agregado Subsídios Impostos indiretos (IPI, ICMS)Impostos diretos (Imp. renda, IPTU) Pagamentos ao funcionalismo Transferências (Aposentadorias, bolsas) Remuneração a fatores de produção (salário + juros + aluguéis + lucros = RENDA NACIONAL Poupança externa (saldo do balanço de transações correntes) Importações Renda líquida enviada ao exterior (juros, lucros, royalties) Exportações O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda 29 Observe que o esquema de fluxo circular apresentado demonstra as relações que são estabelecidas entre os agentes econômicos (empresa, governo e família), no sentido de produzir bens e serviços econômicos. Tais relações são transacionadas em uma economia de livre iniciativa que podem ocorrer tanto internamente como externamente (exportações e importações). Proporciona o surgimento da renda (salários + juros = aluguel + lucro), consumo e poupança. Como não ocorrem quaisquer restrições do modelo às famílias, governo e ao setor externo pode existir poupança (publica, privada (nacional e externa)) que poderão ser utilizadas para proporcionar a acumulação da economia (setor de formação de capital). Com a participação do governo existem relações de tributação (Imposto Direto e Indireto, taxas e contribuição de melhoria) e de transferências (Subsídios, aposentadoria, balsa família, outras), contratação de servidores públicos. Como a economia é aberta podem ocorrer exportações, importações, renda enviada ou recebida do exterior O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda30 FI CH A T ÉC N IC A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA GESTÃO PEDAGÓGICA Coordenação Gabrielle Nunes Paixão Transposição Pedagógica Flávia Juliana da Silva PRODUÇÃO DE DESIGN MULTIMÍDIA Coordenação Rodrigo Tito M. Valadares Design Multimídia Matheus Guerra de Araújo Raphael Gonçalves Porto Nascimento INFRA-ESTRUTUTURA E SUPORTE Coordenação Anderson Peixoto da Silva AUTORIA DA DISCIPLINA Prof. Walter Alves Victorino BELO HORIZONTE - 2012 Síntese Chegamos ao final de mais um módulo introdutório que nos proporcionou uma melhor compreensão dos conceitos utilizados para o entendimento da economia. Merece desta- que aqui os conceitos de sistema econômico e tipos de sistemas econômicos vigentes. Vimos os conceitos de Produto, Renda e Consumo, fundamentais para a compreensão dos modelos macroeconômicos e conhecemos as características de uma de uma econo- mia fechada sem governo e de uma economia aberta com governo. Espero que você tenha compreendido os conceitos até aqui estudados, uma vez que o entendimento dos mesmos é fundamental para o acompanhamento e compreensão dos módulos que veremos ao longo do curso. No próximo, módulo vamos efetivamente vivenciar o mundo real da economia. Pois estaremos estudando os agregados macroeco- nômicos. Te espero lá! Referências Mendes, Judas Tadeu Grassi. Economia: fundamentos e aplicações. São Paulo: Prentice Hall, 2004. Moreira, José Octávio de Campos. Economia: notas introdutórias. São Paulo: Atlas, 2009. Rosa Fontes (ET AL.). Economia: um enfoque básico e simplificado. São Paulo: Atlas, 2010. Vasconcellos, Marco Antônio Sandoval de. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2002. AGREGADOS MACROECONÔMICOS • O conceito de investimentode aplicação financeira • Surgimento da poupança em uma economia • A ligação entre o mercado interno de uma economia com o seu mercado externo • E muito mais... Economia AGREGADOS MACROECONÔMICOS Prof. Walter Alves Victorino Esse momento significa a passagem do Sistema Econômico do Fluxo Circular da Renda para os agregados macroeconômicos. Bem-vindo ao nosso módulo, que tem como objetivo, estudar os agregados macroeconômicos, que definitivamente irá lhe levar ao mundo real da economia. Caro(a) aluno(a), Bons estudos e boa sorte! Agregados Macroeconômicos34 APRESENTAÇÃO No decorrer deste módulo você terá a oportunidade de entender o surgimento da riqueza de um país, como também, conceitos já vivenciados por você no mundo real, relativos à economia e à importância das relações de trocas entre os agentes econômicos que dão dinâmica a economia. Para tanto, você entenderá a questão do investimento, que é fundamental na dinâmica e no crescimento da economia e o surgimento da poupança e dos principais agregados macroeconômicos que refletem o desempenho econômico de um país. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final desse módulo você deverá ser capaz de: • Identificar e diferenciar o conceito de investimento de aplicação financeira. • Descrever o surgimento da poupança em uma economia. • Identificar e mensurar os principais agregados macroeconômicos da economia. • Interpretar a ligação entre o mercado interno de uma economia com o seu mercado externo. Agregados Macroeconômicos 35 Introdução A concretização da atividade econômica ocorre através da produção. As dificuldades quanto à sua mensuração exigem alguns conhecimentos de conceitos fundamentais para que o resultado obtido reflita de fato a realidade econômica. Esses conceitos necessários foram aprendidos no módulo intitulado “O sistema econômico – o fluxo circular da renda” partir desse momento você terá a oportunidade de entender como as relações dos agen- tes econômicos podem ser mensuradas e permitem o acompanhamento das flutuações da economia. Os Agregados Macroeconômicos A aproximação do mundo real nos leva a observar a passagem do fluxo circular da renda em direção aos agregados macroeconômicos. ATENÇÃO Para recapitular o que é um fluxo circular de renda, confira o módulo “O sistema econômico – o fluxo circular da renda”, que aborda o assunto. Esses agregados possibilitaram observar o comportamento, ou seja, desempenho do fluxo de uma economia que reflita o resultado das relações de trocas entre os agentes econô- micos, que por sua vez leva ao aparecimento do produto, dentro de um Sistema Econômico. Para que tal percepção seja confirmada, algumas alterações no comportamento dos agen- tes econômicos se fazem necessárias. Tais alterações visam possibilitar o aparecimento de novos conceitos que permitirá a expansão da economia, com destaque ao investimento, à depreciação e à poupança. A busca da mensuração dos agregados macroeconômicos O primeiro passo a ser observado nessa busca é o aparecimento do investimento. Nesse sentido, pergunto: O que vem a ser investimento para a macroeconomia? Investimento, do ponto de vista macroe- conômico, é o gasto efetivado na aqui- sição de bens de capital que tem como objetivo a ampliação, reposi- ção ou substituição de equipamen- tos que possibilite o aumento ou manutenção da quantidade de bens e serviços econômicos ofertados no período subsequente ao gasto ocorrido. A busca da mensuração dos agregados macroeconômicos O primeiro passo a ser observado nessa busca é o aparecimento do . Nesse sentido, pergunto: O que vem a ser investimento para a macroeconomia? , do ponto de vista macroe- e serviços econômicos ofertados no período subsequente ao gasto Bens de capital Bens de produção Agregados Macroeconômicos36 SAIBA MAIS Para a macroeconomia, o investimento tem por objetivo criar condições necessárias para gera- ção de bens e serviços econômicos. Ou seja, aumentar a oferta de produtos para o período seguinte. E como surge o investimento na economia? O investimento na economia surge como principal alteração no papel dos agentes (família e empresa) que estabelecem as relações de trocas no sistema, visando à obtenção do produto. Assim, é fundamental o aparecimento do investimento, que tem por finalidade a amplia- ção, reposição e a substituição de equipamentos que manterão o nível de produção ou a sua ampliação. Para que isso ocorra, é necessário que o agente família não gaste toda a sua renda em bens de consumo e que parte de sua renda seja destinada à poupança. Com a mudança do comportamento do agente família, a empresa, que tem por finalidade a produção de bens da economia, passa a produzir não somente bens de consumo, mas também bens de produção permitindo com isso, o aparecimento de novos produtos na economia. Agora pergunto: quais são as implicações decorrentes dessas alterações, no comporta- mento dos agentes empresa e família? Para chegarmos a essa resposta, em primeiro lugar, podemos definir os conceitos de investimento, poupança e depreciação. Poupança consiste na renúncia do consumo presente. É a quantidade da renda nacional que não é gasta na aquisição de bens e serviços econômicos. Investimento, como já ressaltado, consiste no gasto na aquisição de bens de capital (ou bens de produção) visando a criação das condições necessárias para o aumento da geração de bens e serviços econômicos no período seguinte. Já a depreciação, consiste na substituição, reposição de determinados bens de capital que sofreram desgastes ou se tornaram obsoletos para o processo produtivo. Repassando esses conceitos (Poupança, Investimento e Depreciação), temos: a. As empresas passam a produzir bens de produção, criando assim, condições para a geração de novos bens e serviços que despertem novos desejos de consumo ao ser humano. b. A renda da sociedade passa a ser destinada ao consumo e a poupança, que pode ser resumida na seguinte equação (1) Y = C + S, onde Y = renda, C= Consumo e S = Poupança. c. A Demanda da sociedade passa a ser composta por bens de consumo e de bens de produção (bens de investimentos), que pode ser traduzida na seguinte equa- ção: DA = C + I, onde DA = demanda agregada; C = Consumo e I = Investimento. E com base na identidade macroeconômica [Produto=Renda=Demanda Agregada] é possível ter a seguinte percepção: Y = DA, logo se a Y = C + S e DA = C = I, assim: Y = DA, C + S = C + I, portanto (2)S = I (Poupança é igual a investimento). Agregados Macroeconômicos 37 IMPORTANTE Com base nessa percepção, temos duas observações importantes: d. Se a Poupança for maior ou igual ao Investimento, antes, para os economistas é uma situação Ex-ante. S≤ ou ≥ I.OK e. Se a Poupança é igual ao Investimento, a uma situação é Ex- Post. Neste momento podemos definir os três conceitos ressaltados anteriormente (todos em termos agregados): Investimento Agregado (IAG) - entende-se como investimento agregado, o gasto ocorrido na produção de bens de produção que foram produzidos na economia, com o objetivo de gerar condições necessárias para elevar a capa- cidade produtiva da economia em períodos futuros. ATENÇÃO Para os economistas o Investimento Agregado é composto pela Formação de Bens de Capital (FBkf) mais a variação de estoque. Então, IAG (Investimento agregado) = FBkf + Variação de estoque. A depreciação em todo processo de produção pode ocorrer com o desgaste das máquinas e equipamentos, e mesmo quando elas se tornam obsoletas, surge a neces- sidade de sua reposição ou substituição, o que nos leva a concluir que nem todo gasto em bens de produção significa um novo investimento, uma vez que o mesmo pode ocorrer para reposição ou substituição. A Poupança Agregadacorresponde à parte da renda nacional que não foi destinada ao consumo de bens e serviços econômicos, em determinado período. Ou seja, significa a renúncia do consumo presente. Com a depreciação dos bens de produção que ocorre na da economia você pode determi- nar os conceitos de investimento bruto (IB) e investimento líquido (IL), sendo que o primeiro inclui a depreciação, e o segundo exclui a depreciação. (3) IB = IL + Depreciação ou (4) IL = IB – depreciação Caro(a) aluno(a), esses conceitos observados permitem notar a expansão da economia, que pode ser constatado através da mensuração dos agregados macroeconômicos, que serão objeto de estudo a partir desse momento. Tal mensuração é possível de ocorrer através da Contabilidade Nacional ou contabilidade social, que considera o resultado da atividade econômica de diversos bens e serviços econômicos que são quantificados através da Unidade Monetária[inserir hipertexto: unidade de conta, uma das funções da moeda, serve par agregar produtos de natureza diferentes]do país em Ex-ante Antes de realizado o investimento. Ex-Post Depois de realizado o investimento. Contabilidade Nacional ou contabilidade social Instrumento que possibilita mensurar a totalidade das atividades econômicas de determinada economia. Agregados Macroeconômicos38 estudo, por exemplo, no Brasil, medido em real, nos Estados Unidos em dólares, e assim sucessivamente. SITE Caro(a) aluno(a), veja a contabilidade nacional do Brasil, no endereço www.ibge.gov.br contas nacionais. Principais Agregados Macroeconômicos Antes de iniciarmos a definição de cada agregado macroeconômico, você deverá se lembrar de alguns conceitos. São eles: 1. A economia em estudo é aberta; 2. Há efetiva participação do governo; 3. A família não gasta toda a sua renda em bens de consumo; 4. Com isso surge a poupança da economia e a possibilidade do aparecimento de estoque. Além do mais, a participação do governo, como já ressaltado no módulo “O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda”, dá uma nova dinâmica a economia, seja na sua participação através da tributação, seja como complemento da demanda agregada ou realizando transferências às famílias (pensões, aposentadoria, pagamento de juros da dívida interna pública, bolsa família, programa nossa cada nossa visa, dentre outras iniciativas governamentais em termos de transferências) e subsídios ao setor produtivo (fiscais e creditícios). A partir de agora, vamos aprender a mensurar os principais agregados macroeconômicos da economia, tais como o Produto Interno Bruto (PIB), que pode ser medido a preços de mercado ou a custo de fatores; O Produto Interno Liquido a custo de fatores (PILcf) ou Renda Interna (RI), o Produto Nacional Bruto (PNB), O Produto Nacional Liquido a custo de fatores (PNLcf) ou Renda Nacional (RN), a Renda Pessoal (RP) e por fim, a Renda Pessoal Disponível (RPD). Todos esses conceitos serão objeto de investigação a parir deste momento. O PRODUTO INTERNO BRUTO O Produto Interno Bruno (PIB) é o resultado da atividade econômica, que se concretiza através da produção. Além disso, o PIB é a medição da riqueza gerada em um país, também denominado de produto territorial. O PIB é o resultado das trocas dos fatores de produção (terra, capital e trabalho) e o pagamento do uso desses fatores entre os três agentes econômicos internos da economia (empresa, famílias e governo – considerando os seus três entes federativos – municípios, estados e governo central). produtivo (fiscais e creditícios). Renda Pessoal (RP) e por fim, a Renda Pessoal Disponível (RPD). Todos esses conceitos serão objeto de investigação a parir deste momento. Agregados Macroeconômicos 39 Como essa produção decorre dos três grandes setores da economia (setor primário, secundário e terciário), e gera produtos de naturezas diversas, os agentes econômicos exercem diferentes funções em determinado período de tempo. Essas argumentações possibilitam definir o Produto Interno Bruto, sob duas óticas: a. Uma que considera somente a troca de fatores de produção entre os agentes empresa e família, que nos leva ao conceito de Produto Interno Bruto ao custo de fatores (PIBcf). b. E uma segunda, que ponde- ra além dos agentes: família e empresa a participação do agente governo, o que leva ao conceito de Produto Interno Bruto ao preço de mercado (PIBpm). Neste caso, deve-se lembrar a participação do governo tanto na tributação indireta, através do imposto indireto, como subsidiando o setor produ- tivo. Vamos observar essas questões em termos matemáticos: a. (5) PIBcf = Salários + Juros + Alugueis + Lucro, em termos brutos, uma vez que o processo produtivo ainda não sofreu qualquer desgaste. b. (6) PIBpm= Salários + Juros + Alugueis + Lucros + Imposto Indireto – subsídios com participa- ção do governo. Então, o que se entende por Produto Interno Bruto? O PIB é a soma dos valores monetá- rios de todo os bens e serviços econômicos finais, produzidos em uma economia durante certo período de tempo. O PRODUTO INTERNO LIQUIDO A CUSTO DE FATORES OU RENDA INTERNA (RI) Com o processo de produção em evolução ocorre o desgaste dos equipamentos utiliza- dos, que precisam ser substituídos ou repostos. Essa prática é denominada de deprecia- ção, como já visto. Assim, se subtrairmos do Produto Interno Bruto a custo de fatores (PIBcf) a depreciação, teremos o Produto Interno Líquido a custo de fatores (PIlcf), que corresponde à Renda Interna (RI). ATENÇÃO Lembre-se, que a Renda Interna (RI) é igual ao Produto Interno Líquido a custo de fatores (PIlcf) Em termo matemático tem-se: (7) PIlcf = PIbcf – depreciação, onde PIBcf = Produto Interno Bruto a custo de fatores: e PIlcf = Produto Interno Liquido a custo de fatos. Como essa produção decorre dos três grandes setores da economia (setor primário, secundário e terciário), e gera produtos de naturezas diversas, os agentes econômicos exercem diferentes funções em determinado período de tempo. Essas argumentações possibilitam definir o Produto Interno Bruto, sob duas óticas: Uma que considera somente a troca de fatores de produção entre os agentes empresa e família, que nos leva ao conceito de Produto Interno Bruto ao custo de fatores IMPORTANTE Lembre-se que o imposto indireto está rela- cionado às transações de bens e serviços econômicos. Renda Interna (RI) A renda interna diz respeito a remuneração dos fatores de produção Agregados Macroeconômicos40 PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) Nesse momento, você terá a oportunidade de entender um novo concei- to a respeito dos agregados macroeconômicos de um país. O Produto Nacional Bruno (PNB) é tão importante quanto o Produto Interno Bruto (PIB). Entretanto, o PNB tem maior abrangência. Além de considerar a produção interna o (PIB) pondera as transações que ocorrem entre residentes de um país e os não residentes, ou seja, as trocas envolvem vendas de mercadorias, serviços e fatores de produção de residentes e de não residentes. Assim, neste agregado macroeconômico, tem que se registrar os recebimentos e as remessas feitas ao exterior. Portanto, o Produto Nacional Bruto (PNB) é igual ao Produto Interno Bruto (PIB), mais a Renda recebida do Exterior, menos a Renda Enviada ao Exterior. Matematicamente tem-se: PNB = PIB = Renda Recebida do Exterior (Rrext) – a Renda Recebida do Exterior (Reext). (9) PNB = PIB + Rrext – Reext. Vamos agora ver duas observações importantes sobre isso: a. A primeira observação refere-se à relação entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o Produto Nacional Bruto (PNB). Como essa relação considera a diferença entre a renda enviada ao exterior e a renda recebida do exterior, é possível de ocorrer três situações entre o PIB e o PNB. Primeira Situação - quando a rendarecebida é maior que a renda enviada, neste caso ao PNB > PIB. Segunda Situação - é quando a renda enviada é maior que a renda recebida do exterior neste caso o PIB > PNB. Por fim, Terceira Situação se a renda recebida for igual à renda enviada, nesta situação o PNB=PIB. b. A segunda observação diz respeito à como devemos tratar as variáveis em estudo, quando as mesmas não são explicitadas. Como ocorre a participação do governo tanto no cálculo do PIB, como do PNB, os mesmos devem ser considerados a preços de mercado. Vejamos um exemplo: Em determinado ano, uma economia hipotética apresentou os seguintes resultados de suas transações, todas em milhões de reais correntes: a. Produto Interno Bruto a preço de mercado igual a R$ 1.230,00. b. Renda envida ao exterior no valor de R$ 150,00 c. Renda recebida do exterior no valor de R$ 85,00. Qual foi o valor do PNB, para a economia em questão? Para resolvermos essa questão, utilizamos o cálculo abaixo: PNBpm = PIBpm + Rrex -,Reex PNBpm = 1.230 + 85 -150 PNBpm = 1.230 -35 Residentes Residentes são aqueles agentes que tem o seu foco de interesse voltado para o país em estudo, podendo estar relacionado à pessoa física ou jurídica. Por exemplo: O turista brasileiro na economia americana o mesma esta momentaneamente fora do Brasil, mas ele é considerado residente do Brasil e não residente da economia americana. A Petrobras explorando petróleo no Iraque, apesar de ser uma empresa brasileira, a mesma é considerada como residente do Iraque. Não residentes Já o não residente é aquele que não atende a condição informada no Box anterior. Agregados Macroeconômicos 41 Logo, teremos o seguinte resultado: PNBpm = R$ 1.195, 00 Milhões O PRODUTO NACIONAL LIQUIDO A CUSTO DE FATORES (PNLCF) OU RENDA NACIONAL (RN) Como obter o Produto Nacional Líquido, a Custo de fatores (PNLcf)? Vejamos: Assim como se pondera no cálculo do Produto Nacional Bruto, as transações entre residentes e não residentes de mercadorias, serviços e fatores de produção, é preci- so, agora, ponderar a questão dos fatores de produção sobre a mesma ótica de trocas de residentes e não residentes. Como já observado no módulo “O Sistema Econômico – O Fluxo Circular da Renda”, quando se estudou o Fluxo Circular Completo da Renda, a utilização de fatores de produ- ção cria a contra partida, que diz respeito à compensação, pelo uso dos fatores de produ- ção. Como se tratando de uma economia aberta, existe a possibilidade de recebimento ou remessa de remuneração de fatores de produção entre os países. Portanto, no calculo do Produto Nacional Líquido a custo de fatores (PNLcf), deve se considerar o Produto Interno Líquido a custo de fatores(Renda Interna) e a ele acrescentar da renda recebida do exterior (Rrext) e subtrair a renda enviada ao exterior (Reext). Matematicamente temos: (10) PNLcf = PILcf + Rrext–Reext O Produto Nacional Líquido a custo de fatores (PNLcf) ou Renda Nacional Liquida a custo de fatores (RNLcf), também é denominada Renda Nacional. Veja o exemplo abaixo: Em uma economia imaginária, o seu Produto Nacional Bruto a custo de fatores em deter- minado ano foi de R$ 2.000,00 milhões reais correntes. A Depreciação da economia nesse ano foi de 5% do Produto Nacional Bruto a custo de fatores. Qual foi a Renda Nacional do país em consideração? Para solucionar tal problema é necessário lembrarmos que a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Liquido a custo de fatores. De posse dessa informação, podemos calcu- lar o Produto Nacional Líquido a custo de fatores (PNLcf). Logo, temos: PNBcf = PNLcf + Depreciação. 2.000 = PNLcf + Depreciação. Como a Depreciação é igual a 5% do PNBcf, ela será igual a 100. Logo O PNLcf = 2000 – 100 = 1.900. Assim, a Renda Nacional é igual a R$ 1.900,00 milhões. A RENDA PESSOAL Na economia, a geração de renda cria algumas relações entre os agentes (família, empre- sa e governo) que devem ser explicitadas quando do calculo da Renda Pessoal. A parti- cipação do governo gera em relação à renda, a tributação direta, o imposto direto, que incide sobre a família e sobre a empresa, além das transferências, que o mesmo realiza Agregados Macroeconômicos42 ao agente família. Essas transferências referem-se ao pagamento de pensões, aposentadorias, bolsa escola, salário educação, dentre outros benefícios como pagamento dos juros da divida pública interna. Já às empresas retêm por alguma estratégia, seja para aumento de capital, ou ampliação de seu investimento com base em uma parte do lucro gerado. Ainda nesta relação, existe a Contribuição a Previdência Social feita pelas famílias. Considerando essas ponderações, pode-se chegar ao conceito de Renda Pessoal partindo da Renda Nacional (RN), retirando da mesma todas essas relações: Renda Pessoal = RN – (lucros retidos pelas empresas + Contribuição à Previdência Social + Imposto Direto Pago pelas empresas) + transferências (pensões, aposentado- rias, bolsa família, salário educação, dentre outros). Veja o exemplo abaixo: Vamos utilizar o exemplo anterior e considerar que no referido ano ocorreu as seguintes operações: Lucro retido= R$ 50; Contribuição a Previdência Social = R$ 35; Imposto Direto pago pelas empresas = R$ 40 e total de transferências governamentais foi de R$ 360,00. Logo, temos o cálculo abaixo: RP = RN – (Lucros Retidos + Contribuição a Previdência + Imposto Direto P/ Empresas) + Transferências Governamentais. RP = 1.900 – ( 50 + 35 + 40 ) + 360 RP = 1.900 – 125 + 360 RP = 2.135 milhões. Aprendemos aqui a calcular os principais agregados mocroeconômicos da economia. Partimos do Produto Interno Bruto (PIB), até chegarmos à renda pessoal agregada de uma economia. No entanto, ainda não é a renda que chega às mãos do agente família, para que o mesmo possa poupar e consumir (Y = C + S), você se lembra? Falta ainda considerar pagamento do imposto de renda pago pela família (imposto direto pago pelas famílias), ponderação que aprenderemos a seguir. Agregados Macroeconômicos 43 RENDA PESSOAL DISPONÍVEL (RPD) Por fim, chegamos ao conceito de Renda Pessoal Disponível, aquela que todos nós rece- bemos no final do mês. Se lembrarmos das relações estabelecidas entre os agentes econômicos, observamos que está faltando a tributação direta sobre as famílias, o impos- to direto (imposto de renda). Assim, da Renda Pessoal devemos subtrair o imposto de renda paga pelas famílias para se chegar a Renda Pessoal Disponível (RPD): Renda Pessoal Disponível = Renda Pessoal – imposto Direto Pago pela família. Matematicamente, temos: 11 – RPD = PP – imposto direto pago pelas famílias. Exemplo: Utilizando o exemplo anterior e considerando que a família recolheu de Impostos Diretos um montante de R$ 200 milhões de reais, qual teria sido a Renda Pessoa Disponível? Para obter a resposta, utilizamos o cálculo abaixo: RPD = RP – imposto direto p/família. RPD = 2.135 – 200 = 1.935 Espero que você tenha aproveitado esse modulo e aprendido como mensurar os agrega- dos macroeconômicos fundamentais para se compreender o comportamento (desempe- nho) de uma economia. Agregados Macroeconômicos44 FI CH A T ÉC N IC A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA GESTÃO PEDAGÓGICA Coordenação Gabrielle Nunes Paixão Transposição Pedagógica Flávia Juliana da Silva PRODUÇÃO DE DESIGN MULTIMÍDIA Coordenação Rodrigo Tito M. Valadares Design Multimídia Matheus Guerra de Araújo Raphael Gonçalves Porto Nascimento INFRA-ESTRUTUTURA E SUPORTE Coordenação Anderson Peixoto da Silva AUTORIA DA DISCIPLINA Prof. Walter Alves Victorino BELO HORIZONTE - 2012 RENDA PESSOAL DISPONÍVEL (RPD) Por fim, chegamos ao conceito de Renda Pessoal Disponível, aquela que todos nós rece- bemos no final do mês. Se lembrarmos dasrelações estabelecidas entre os agentes econômicos, observamos que está faltando a tributação direta sobre as famílias, o impos- to direto (imposto de renda). Assim, da Renda Pessoal devemos subtrair o imposto de renda paga pelas famílias para se chegar a Renda Pessoal Disponível (RPD): Renda Pessoal Disponível = Renda Pessoal – imposto Direto Pago pela família. Matematicamente, temos: 11 – RPD = PP – imposto direto pago pelas famílias. Exemplo: Utilizando o exemplo anterior e considerando que a família recolheu de Impostos Diretos um montante de R$ 200 milhões de reais, qual teria sido a Renda Pessoa Disponível? Para obter a resposta, utilizamos o cálculo abaixo: RPD = RP – imposto direto p/família. RPD = 2.135 – 200 = 1.935 Espero que você tenha aproveitado esse modulo e aprendido como mensurar os agrega- dos macroeconômicos fundamentais para se compreender o comportamento (desempe- nho) de uma economia. Síntese Estamos chegando ao final do módulo “Os Agregados macroeconômicos”, no qual estu- damos o resultado das atividades econômicas, que nos possibilitou aprender como calcu- lar os agregados macroeconômicos. Esses agregados ganham dimensão e importância, uma vez que os mesmos refletem o desempenho de uma economia em estudo. Espero que você tenha compreendido os conceitos aqui estudados, uma vez que lhe ajudarão a entender o comportamento de uma economia. Referências Mendes, Judas Tadeu Grassi. Economia: fundamentos e aplicações. São Paulo: Prentice Hall, 2004. Moreira, José Octávio de Campos. Economia: notas introdutórias. São Paulo: Atlas, 2009. Rosa Fontes..(ET AL.). Economia: um enfoque básico e simplificado. São Paulo: Atlas, 2010. Vasconcellos, Marco Antônio Sandoval de. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2002. O MERCADO EM UM SISTEMA ECONÔMICO • Funcionamento de um mercado em um sistema econômico • O que é a oferta em um sistema econômico • E muito mais... Economia O MERCADO EM UM SISTEMA ECONÔMICO Profa. Walter Alves Victorino Neste momento você pode perceber a importância da divisão da Teoria Econômica em Microeconomia e Macroeconomia – visto no módulo “Conceitos Fundamentais para o entendimento da economia”, que é fundamental para o entendimento da economia. Seja bem-vindo(a) a nossa aula virtual, que tem por objetivo apresentar a você o funcionamento de um Mercado em um Sistema Econômico. Conto mais uma vez com o seu entusiasmo para continuarmos o nosso aprendizado a respeito da economia. Caro(a) aluno(a), O Mercado em um Sistema Econômico48 APRESENTAÇÃO Durante esse módulo você terá oportunidade de estudar conceitos da microeconomia que possibilitara o seu entendimento sobre o mercado em um sistema econômico no que diz respeito ao comportamento do consumidor e das empresas produtoras. Estaremos utilizando as observações microeconômicas, já que aprenderemos os conceitos de mercado, de demanda, oferta e as estruturas de mercado. Você também aprenderá os conceitos de demanda, oferta, ponto de equilibro (preço de equilíbrio e quantidade de equilíbrio) e aprendera as características que definem os diver- sos tipos de mercado. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final desse módulo você deverá ser capaz de: • Entender o funcionamento de um mercado em um sistema econômico • Compreender o que é a demanda ou procura em um sistema econômico e quais os fatores que influenciam na demanda. • Descrever o que é a oferta em um sistema econômico e os fatores que influenciam na oferta. • Identificar o ponto de equilíbrio na economia, a determinação do preço e da quan- tidade de equilíbrio. • Identificar as estruturas de mercado em uma economia qualquer, através de suas características. O Mercado em um Sistema Econômico 49 Introdução O mercado em um sistema econômico permite que você observe as relações que são estabelecidas entre quem está interessado em consumir bens e serviços econômicos, que são produzidos na economia, e aqueles que estão dispostos a produzir esses bens e serviços. É o momento em que você percebe a efetiva concretização do consumo através do gasto realizado na economia em bens e serviços econômicos gerados. O Mercado em um Sistema Econômico No entendimento do funcionamento do mercado em um sistema econômico faz neces- sário que se observe as teorias que explicam o comportamento do consumidor e do produtor. Como a dinâmica da economia depende da realização do consumo (demanda efetiva), iniciaremos nosso aprendizado pela Teoria do Consumidor (da demanda) e posteriormente estudaremos a Teoria da Produção (da oferta). A TEORIA DO CONSUMIDOR A teoria do consumidor diz respeito ao comportamento do consumidor em relação à demanda ou procura da economia em relação a determinados bens ou serviços econômi- cos. Ou seja, quais fatores ou elementos influenciam nesse comportamento. Como já visto no módulo“Conceitos Fundamentais para o entendimento da economia”, na economia, dado a escassez dos fatores de produção e da virtual demanda ilimitada por parte do ser humano, o consumidor pratica sempre uma escolha para atender o seu desejo ou necessidade. Portanto, para atender ao comportamento do consumidor é preciso que se definam quais os elementos que influenciam nessa escolha. Assim, temos que buscar definir e enten- der o conceito de demanda ou procura, através da agregação desses elementos para se chagar a curva de demanda. Então, vamos lá! O que vem a ser a curva de demanda? A curva de demanda pode ser entendida como o conjunto de combinações de escolha de bens e serviços econômicos que os indivíduos estão dispostos a comprar em um deter- minado período de tempo. ATENÇÃO Cuidado! A demanda corresponde ao desejo (intenção), à necessidade, ao planejado. Ela se altera em função do tempo. É diferente de comprar. Além disso, ela pode ser individual ou agregada. O Mercado em um Sistema Econômico50 Observe abaixo quais são os elementos ou fatores que influenciam na decisão do individuo: a. Riqueza (e sua distribuição) (Y); b. Renda (e sua distribuição) (Y); c. Preços de outros bens (p1, p2, p3, ..Pn); d. Fatores climáticos e sazonais. (Fatc); e. Propaganda. (Prop); f. Hábitos, gostos, preferências dos consumidores (G); g. Expectativas sobre o futuro (Ef); h. Facilidade de crédito (disponibilidade, taxa de juros, prazo). (Fcrd, Taj,); i. Produtos substitutos (Ps); j. Produtos complementares (Pc). Como o consumidor visa maximizar sua satisfação, dado a limitação de sua renda, ele buscara aqueles bens que lhe proporcione a maior utilidade possível. Ou seja, diversos fatores influenciam no comportamento do consumidor na hora de sua decisão em consu- mir determinado bem ou serviço econômico, levando-o a adquirir aqueles bens que lhe dê a maior utilidade possível. Em termos matemáticos a curva de demanda ou função demanda pode ser representada por: Dx = F (px, p1, p2,p3, ..pn, Y e, G, Prop, Ef, Fcrd, Taj, Ps e Pc), OndeDx = quantidade do bem x; px=preço do bem x; p1,p2,p3...pn = preço dos demais bens; Y = renda; G = Gostos ou preferência do consumido pelo bem. Como a função, demanda ou quantidade demandada, depende de várias variáveis, como contornar tal dificuldade para que se estabeleça uma relação entre a quantidade deman- dada e o preço do bem x. Os economistas, para contornar essa dificuldade, passaram a considerar vari- ável somente o preço do bem x, tornando as demais variáveis ou fatores que influenciam as demandas constantes (CoeterisParibus). Isso possibilitou a criação de uma relação entre a quantidade demandada de um bem ou serviço qualquer e o seu preço, denominado curva de demanda, que pode ser representada mate- maticamente da seguinte forma: Dx = f(px), onde dx = quantidade demandada do bem x e px = preço do bem x.
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