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Bases de Gestão aula 5

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Bases de Gestão aula 5 módulo 1
Pensamento econômico 
Definição
Noções elementares das ciências econômicas a partir dos ferramentais da Microeconomia, da Macroeconomia e do desenvolvimento econômico.
Propósito
Apresentar o funcionamento das firmas, a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados econômicos, além dos reflexos dessas variáveis no cotidiano das organizações. 
bjetivos
Módulo 1
Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia
Introdução
Certamente em algum momento de sua vida você já se deparou com alguns dos questionamentos a seguir:
Todos esses questionamentos se referem ao campo de estudos da Economia, que estuda o funcionamento das atividades econômicas da sociedade global. Para compreender essa área de conhecimento, é necessário conhecer os conceitos fundamentais da Economia, os ferramentais básicos da Microeconomia e os principais agregados macroeconômicos. É o que veremos neste tema.
Conceitos fundamentais
O estudo introdutório da Economia tem o intuito de estimular a busca por respostas para os principais problemas econômicos, demonstrar as principais teorias e correntes econômicas e sua aplicabilidade em questões práticas na vida dos indivíduos e no funcionamento das organizações.
Mas você sabe quando a economia moderna surgiu?
De acordo com Pinho e Vasconcellos (2017), o marco inicial da economia moderna surgiu entre os séculos XVIII e XIX. Nessa época, foram fundamentados diversos princípios econômicos, desenvolvidos a partir de três tipos de concepções:
Mecanicista
Os economistas desse grupo explicavam as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da Física, empregando, inclusive, a mesma terminologia (estática, dinâmica, elasticidade, fluidez etc.).
Organicista
Os economistas desse grupo afirmavam que as leis econômicas se comportavam como um órgão vivo e usavam a mesma terminologia da Biologia (órgãos, funções, circulação, fluxos).
Humanista
Para os economistas desse grupo, a Economia é uma ciência social e reflete as atitudes do ser humano, cheias de aspectos psicológicos, e a preocupação em fixar relações de causa e efeito entre os fenômenos sociais.
Como pudemos ver nas três concepções, a Economia possui uma forte inter-relação com outras ciências — Matemática, Estatística, Política, História, Geografia e Sociologia —, embora tenha o seu núcleo de estudo muito bem delimitado. Essa particularidade possibilita ao estudante interagir com vários outros domínios do conhecimento científico, empregando o seu ferramental teórico visto na Economia para avaliar de forma sistemática o comportamento humano em sociedade. 
Diante de tantas concepções, como podemos definir a Economia?
A Economia pode ser definida como a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos.
Observe que, nessa definição, estão presentes três conceitos fundamentais:
Escassez
Representa o objeto da economia e consiste em uma restrição física, afinal, temos meios de produção e recursos insuficientes para atender aos desejos e necessidades de todos os seres humanos.
Eficiência
Está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) para obter a máxima produção e ao uso racional dos meios disponíveis para alcançar um objetivo previamente determinado.
Equidade
É a distribuição justa da prosperidade econômica entre os membros da sociedade. A desigualdade de renda é consequência de uma baixa equidade.
Atualmente, podemos perceber que a equidade talvez seja o grande desafio de ser colocado em prática de forma ampla. Alguns economistas, para explicar a situação da desigualdade de renda, afirmam ser preciso esperar o bolo crescer para depois distribuir, pois não se pode distribuir o que não foi produzido.
Mas o que isso significa?
Vamos utilizar os três conceitos mencionados para fundamentar a explicação. Para muitos economistas, a relação entre eficiência e equidade no sistema econômico representa um trade-off, situação em que há um conflito de escolha. Nesse caso, para se ter uma distribuição mais justa da renda entre os agentes econômicos, é necessário abrir mão de uma parcela da eficiência produtiva. Sobre esse conflito de escolha, leia o poema Ou isto ou aquilo de Cecília Meireles:
Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Esse poema ilustra bem o conflito de escolha existente na relação entre eficiência e equidade. Para que as necessidades humanas sejam satisfeitas, é preciso se valer de recursos produtivos disponíveis, que são escassos. Esse desequilíbrio, inevitavelmente, implica escolhas.
Como, então, satisfazer necessidades ilimitadas com recursos limitados?
As teorias econômicas ajudam a responder a essa pergunta por meio de três questões fundamentais:
O que e quanto produzir?
A sociedade deve escolher, dentro de um leque de possibilidades, quais bens e serviços serão produzidos e em que quantidade. Os produtores aumentam ou diminuem a sua produção de acordo com os preços (rentabilidades) dos produtos.
Como produzir?
De acordo com o nível tecnológico existente, consideramos que os fatores de produção são os recursos básicos empregados na oferta de bens e serviços e podem ser divididos em:
Terra ou recursos naturais (N): recursos naturais utilizados no processo produtivo.
Mão de obra ou trabalho (L): trabalho empregado na produção de bens e serviços.
Capital (K): máquinas, equipamentos e imóveis empregados no processo. É importante destacar que, em Economia, o termo capital refere-se ao capital físico e não ao capital financeiro.
Para quem produzir?
A sociedade deve decidir quais os setores que serão beneficiados na distribuição do produto:
Trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra?
Mercado interno ou mercado externo?
Mais uma vez nos deparamos com o problema da escassez. Quer ver? Se uma quantidade infinita de bens pudesse ser produzida e caso as necessidades humanas pudessem ser completamente satisfeitas, não estaríamos preocupados com a utilização racional dos recursos produtivos, nem em desenvolver novas tecnologias para aumentar a eficiência de produção. Além disso, também não estaríamos pensando em questões relacionadas ao meio ambiente.
A relação básica entre escassez e escolha dá origem a um termo muito empregado na economia: o custo de oportunidade. Ele representa o valor associado à melhor alternativa não escolhida. Ou seja, ao tomarmos uma decisão, renunciamos aos benefícios que outras opções poderiam nos proporcionar. Vejamos um exemplo:
Para saber mais sobre esse assunto, assista ao vídeo a seguir em que o professor Paulo Roberto Vieira fala sobre a relação entre a escassez e o surgimento dos mercados
A forma como as sociedades respondem a essas três questões fundamentais (O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?) depende de seus Sistemas de Organização Econômica, que podem ser divididos em: Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo), Sistema de Economia Mista e Economia Centralizada (planificada ou de direção central). Vamos conhecê-los a seguir
Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo)
Neste modelo não existe a interferência do governo na atividade econômica.
Predomina a livre interação entre produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes) na determinação dos preços de bens e serviços.
Por meio dessa interação, os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir) são resolvidosmediante o chamado mecanismo de preços, promovendo o equilíbrio nos vários mercados.
A partir da grande crise dos anos 1930, questionou-se a capacidade de autorregulação do mercado, o qual, agindo livremente, não consegue garantir que a economia opere sempre com pleno emprego de seus recursos, evidenciando a necessidade de uma maior atuação do governo na atividade econômica.
Sistema de Economia Mista
Prevalecem as forças de mercado da demanda (consumidores) e da oferta (produtores), mas com a intervenção governamental em áreas estratégicas, como infraestrutura, energia, saneamento e telecomunicações. De acordo com Vasconcellos (2010), a atuação do governo justifica-se com o objetivo de eliminar as distorções alocativas (na alocação de recursos) e distributivas e de promover a melhoria do padrão de vida da população a partir das seguintes formas:
· Atuação sobre a formação de preços, corrigindo externalidades (via impostos e subsídios), tabelamentos, fixação de salário mínimo, preços mínimos, taxa de câmbio, taxa de juros.
· Complemento da iniciativa privada, principalmente de investimentos em infraestrutura básica (energia, estradas etc.), pois o setor privado não consegue assumir esses gastos, devido ao custo elevado e à demora no retorno do capital investido.
· Fornecimento de serviços públicos: iluminação, água, saneamento básico e outros
· Fornecimento de bens públicos, gerais, fornecidos pelo Estado, que não são vendidos no mercado; fundamentalmente, justiça e segurança.
· Compra de bens e serviços do setor privado: o governo é, isoladamente, o maior agente do sistema e, portanto, o maior comprador de bens e serviços.
Economia Centralizada (planificada ou de direção central)
O sistema produtivo é controlado por um órgão central de planejamento e não pelas forças de mercado. O Estado é o detentor dos recursos, dos meios de produção e define o que é necessário ser produzido para a sociedade. Nessa situação, não há a propriedade privada; todos os bens pertencem ao governo. De acordo com Vasconcellos (2010), uma economia centralizada apresenta ainda as seguintes características:
Bases de gestão aula 5 módulo 2
Identificar os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de mercados distintos.
Princípios de Microeconomia
A Microeconomia é o ramo da Ciência Econômica que se preocupa com a análise do comportamento das unidades econômicas – os consumidores, as famílias e as empresas – na formação dos preços em mercados específicos. Esse ramo observa a atuação das diversas unidades econômicas como se fossem individuais nesses mercados.
Na definição de Microeconomia, falamos de “mercados específicos”. Mas, afinal, o que é mercado?
Grupo de compradores (demandantes) e vendedores (ofertantes) que tem potencial para negociar uns com os outros. Essa definição expressa a relação entre a oferta, representada por pessoas ou empresas dispostas a vender determinados produtos, e a demanda (procura), a qual consiste em um grupo de pessoas ou empresas a fim de adquirir bens e serviços. Vale lembrar que as empresas também podem ser demandantes, pois precisam adquirir materiais de consumo, máquinas, equipamentos e mão de obra para o seu processo produtivo.
Em um conceito mais amplo, mercado pode ser entendido como um espaço de interação e troca, regido por normas e regras (formais ou informais), onde são emitidos sinais como, por exemplo, os preços, que influenciam as decisões dos atores envolvidos. Ao estudarmos o funcionamento de um mercado, procuramos compreender algumas questões:
Qual é o objeto de troca, ou seja, os bens e serviços envolvidos?
Qual é o grau de similaridade entre bens e serviços? Existe a possibilidade de substituição ou de complementaridade entre eles?
Quem são os compradores e os vendedores?
Qual é o local de encontro para as negociações e trocas? Há espaços físicos, como feiras, ou espaços virtuais, como a internet?
Como compradores e vendedores se relacionam trocando informações (sobretudo de preços) e negociando?
Quais são as diferentes formas de organização dos mercados?
Para entendermos a formação de preços em mercados específicos, dividiremos o mercado em lado da demanda e lado da oferta. Como o funcionamento do mercado e a formação de preços dependem da interação entre vendedores e consumidores, faremos a junção dessas duas teorias, chegando aos conceitos de equilíbrio e desequilíbrio de mercado. Vejamos a seguir.
Teoria da demanda
De acordo com Sandroni (2016), a demanda, também chamada de procura, pode ser definida da seguinte forma:
É a quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está disposto a adquirir por um preço específico e em determinado momento.
Os modelos de demanda tentam explicar o que determina a escolha individual dos compradores. Sabemos que o consumidor visa satisfazer suas necessidades e desejos da melhor maneira possível, levando em consideração seus gostos e preferências. Entretanto, ele fará isso enfrentando diversas restrições. Observe o exemplo a seguir:
Percebe-se, claramente, que quando o preço do produto aumenta, sua quantidade demandada diminui. Quando o preço está em R$1,00, são demandadas 25 unidades do produto, enquanto que, ao preço de R$5,00 (maior preço da tabela), somente 5 unidades são demandadas. Veja a representação gráfica dessa situação:
A curva de demanda (em vermelho) representa a relação entre os preços alternativos e quantidades demandadas do produto, por unidade de tempo, coeteris paribus. Essa expressão do latim significa: tudo o mais permanecendo constante, ou seja, se as demais variáveis que influenciam a demanda permanecem constantes, podemos afirmar que há uma relação inversamente proporcional entre o preço do produto e a sua quantidade demandada. E isso resume a Lei da Demanda.
 Atenção!
Na Microeconomia, expressamos o mesmo conceito a partir das linguagens literal, matemática, tabular e gráfica. No exemplo anterior, o -5 representa o coeficiente angular da função do primeiro grau. O sinal negativo informa que a quantidade demandada (Qdx) varia em proporção inversa ao preço (Px). Pode-se construir a tabela e o gráfico a partir da equação dada ou, de modo inverso, definir a equação a partir do gráfico ou tabela.
Preço dos produtos substitutos ou sucedâneos (Ps)
São aqueles que atendem às mesmas necessidades e funções. Por exemplo, a margarina é um produto substituto da manteiga. Sabe-se que um aumento de preços da manteiga reduziria sua quantidade demandada e levaria o consumidor a buscar mais a margarina.
Preços de produtos complementares (Pc)
São aqueles bens que tendem a ser consumidos conjuntamente. Um exemplo de bens complementares são o pão e a margarina. Se o preço do pão baixar, haverá um aumento da quantidade consumida e, consequentemente, de margarina, uma vez que os dois são frequentemente oferecidos em conjunto. Em outros termos, se temos dois bens complementares A e B, um aumento no consumo de A resulta em uma procura maior de B e vice-versa.
Renda dos consumidores (R)
Relacionada ao poder de compra dos consumidores. Quanto maior a renda do consumidor, maior é a sua quantidade demandada de bens normais. Por outro lado, consumidores com rendas mais baixas demandam uma menor quantidade de produtos, tendo em vista a sua restrição orçamentária.
À medida que a renda dos consumidores aumenta, a sua demanda por bens e serviços também cresce. Essa máxima é válida para a maioria dos produtos que são conhecidos como bens normais. No entanto, os produtos conhecidos como bens inferiores apresentam uma relação inversamente proporcional entre renda e demanda. Em outros termos, quando o rendimento dos consumidores aumenta, a demanda pelo bem inferior diminui; e à medida que o rendimento diminui, a demanda aumenta. Vejamos alguns exemplos de bens e serviços considerados inferiores que apresentam um aumento em sua demanda quando há redução na renda dos consumidores:
Podemos expressar a função demanda da seguinte forma:
Teoria da oferta
De acordo com Sandroni (2016), oferta pode ser definidacomo:
A quantidade de bens ou serviços que se produz e oferece no mercado por certo preço e em determinado período.
Os modelos de oferta tentam explicar o que determina a escolha individual dos vendedores, dando ênfase à influência dos preços dos bens e serviços. Para entender a teoria da oferta, observe o exemplo a seguir:
Tabela 2: Oferta hipotética de um produto x.
Ao contrário do observado com as quantidades demandadas, as quantidades ofertadas aumentam à medida que o preço sobe. Em outros termos, a um preço mais alto (produto valorizado), o produtor tem mais incentivos para aumentar a produção. Assim, a maior quantidade ofertada (12 unidades) ocorre quando houver o maior nível de preço (R$8,00). Veja a representação gráfica dessa situação:
Atenção!
A curva de oferta representa a relação entre os preços alternativos e quantidades ofertadas do produto, por unidade de tempo, coeteris paribus.
Oferta: refere-se à curva toda (em vermelho);
Quantidade ofertada: refere-se a um ponto sobre a curva de demanda (A, B, C, D, E, F).
Além do preço do próprio produto, existem outras variáveis que influenciam a oferta de um bem, podendo-se destacar. 
Custo de produção (CP)
Preços dos insumos e fatores de produção, como mão de obra, matérias-primas, terra, entre outros.
Nível tecnológico (NT)
Melhoria na forma de combinar os fatores de produção.
Condições climáticas (CC)
Escassez de precipitações, geadas, altas ou baixas temperaturas e outros.
Podemos expressar a função oferta da seguinte forma:
Equilíbrio de mercado
Após o conhecimento das curvas de oferta e de demanda, é possível entender como ocorre a formação de preços dos bens. Em Microeconomia, o equilíbrio de mercado expressa o resultado da interação entre as forças de oferta e de demanda, que são determinadas pelo processo de negociação entre produtores (vendedores) e consumidores.
Veja a representação gráfica dessa equação: Figura 3: Representação do equilíbrio de mercado.
 
 Equilíbrio = Qdx = Qox
Assim como na análise gráfica, podemos definir o preço e a quantidade de equilíbrio, igualando-se as funções de demanda e de oferta.
Vamos exercitar o que você aprendeu até aqui?
Dadas as funções de demanda e oferta, determine o preço e a quantidade de equilíbrio:
Qdx = 300 - 8Px
Qox = 48 + 10Px
Passo 1
Fazer QdX = Qox para encontrar o preço de equilíbrio:
48 + 10Px = 300 - 8Px
10Px + 8Px = 300 - 48
18Px = 252
Px = 252/18 =
Px = 14
Passo 2
Substituir o preço de equilíbrio encontrado na função demanda (Qdx) ou na função oferta (Qox) para encontrar a quantidade de equilíbrio.
Qex = 48 + 10 (14) = 48 + 140 = 188
Portanto, temos o ponto de equilíbrio dado por:
Pex = 14
Qex = 188
Passo 3
Representação gráfica do equilíbrio de mercado do produto X.
Ainda seguindo o exemplo do exercício, para qualquer preço diferente de R$14,00, teremos um desequilíbrio de mercado, caracterizado por um excesso de oferta (escassez de demanda) ou de demanda (escassez de oferta).
Estruturas de mercado
E quais são as estruturas de mercado?
Veja a seguir.
Concorrência perfeita (pura)
É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das outras estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica. Apesar disso, algumas aproximações dessa situação de mercado poderão ser encontradas no mundo real, como é o caso dos mercados de vários produtos agrícolas. Destacam-se como principais características desta forma de organização econômica:
Produtos homogêneos
As empresas oferecem produto semelhante, homogêneo. O produto oferecido por uma empresa A é o mesmo produto oferecido pela empresa B. Um exemplo são os produtos agrícolas. 
Número muito grande de empresas e de consumidores (mercado atomizado)
Neste tipo de estrutura, cada participante representa uma parcela muito pequena do mercado, um “átomo”, de tal forma que nenhum agente econômico, agindo individualmente, consegue alterar o preço de mercado.
Livre entrada e saída de firmas
Não existem barreiras legais e econômicas para a entrada e para a saída de firmas no mercado (facilidade de entrada e saída de empresas).
Monopólio
Quando falamos de concorrência perfeita, estamos abordando um tipo de estrutura de mercado situada no extremo da concorrência. Em um ponto diametralmente oposto, temos o monopólio, uma situação de mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo. Com isso, o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto: ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixam de consumir o produto. As principais características do monopólio são:
Determinado produto é ofertado por uma única firma
Uma única firma oferece o produto em um mercado.
Não há substitutos próximos para esse produto
O monopolista não enfrenta concorrência.
Impossibilidade de entrada de novas firmas
Para que o monopólio exista, é preciso manter concorrentes em potencial afastados do segmento. 
No Brasil, temos o exemplo da Petrobrás, que exerce monopólio no setor de petróleo por meio de um controle estatal.
Oligopólio
O oligopólio é uma estrutura de mercado que se situa entre a concorrência perfeita e o monopólio. O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos, como serviços de telefonia móvel, serviços bancários, montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de papel, indústria química, indústria farmacêutica, indústria de bebidas, dentre outras. Os mercados oligopolizados possuem as seguintes características:
Concorrência monopolística
Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em situação intermediária entre as duas formas de organização de mercado. Vejamos as características dessa estrutura de mercado:
 Grande parte dos empreendimentos dos setores de serviços e varejistas podem ser enquadrados como concorrência monopolística, destacando-se: bares, restaurantes, escritórios de advocacia, clínicas médicas, escritórios de contabilidade e de consultorias.
Resumindo
Preparamos um quadro-resumo com as principais características das estruturas de mercado:
 Aula 5 Módulo 3
Reconhecer os principais agregados macroeconômicos
Princípios de Macroeconomia
Segundo Garcia e Vasconcellos (2002), a Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como:
Essas são algumas variáveis analisadas no estudo da Macroeconomia (PIB, inflação e balança comercial)
Para entender bem a diferença...
Instrumentos de política macroeconômica
O governo possui instrumentos de política macroeconômica para alterar o comportamento da economia e melhorar a qualidade de vida da população. Esses instrumentos variam de acordo com a política macroeconômica adotada:
Política fiscal
Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo governo para a arrecadação de impostos e contribuições (política tributária) e o controle de suas despesas (gastos públicos). Ela também é utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor privado. Um exemplo foi a política do governo federal de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre automóveis e produtos da linha branca, como eletrodomésticos, que impulsionou o consumo das famílias em 2012
Política monetária
Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos, sendo os recursos disponíveis para sua emissão, compra e venda de títulos, regulamentação sobre crédito e taxas de juros, entre outros.
Política cambial e comercial
Trata da atuação governamental no setor externo da economia. A política cambial diz respeito à ação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo fixa ou permite que a taxa de câmbio seja flexível por meio do Banco Central. A política comercial refere-se aos instrumentos que estimulam as exportações – estímulos fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao controle dasimportações – tarifas e barreiras maiores.
Política de rendas
Refere-se à interferência do governo na formação de renda, mediante o controle e congelamento dos preços. Esse controle sobre os preços e salários é obtido pelo combate ao aumento persistente e generalizado nos preços, que é a inflação. As políticas anti-inflacionárias brasileiras são o salário mínimo e o congelamento de preços e salários, por exemplo.
Uma política macroeconômica bem-sucedida tem impacto direto no ritmo da atividade econômica, podendo melhorar a geração de emprego e renda e até mesmo a distribuição dos recursos entre os habitantes do país. Quando o governo emprega as suas políticas econômicas, ele tem o intuito de alcançar os seguintes objetivo
 Clique nas setas laterais para ver as informações.
Alto nível de emprego
Considera-se emprego a utilização dos recursos produtivos (trabalho, capital e recursos naturais). Quanto maior a utilização de recursos produtivos, maior o ritmo da atividade econômica. Na situação de desemprego, temos ociosidade na utilização de recursos produtivos, dentre os quais a mão de obra.
Estabilidade de preços
O governo busca garantir a estabilidade de preços (controle do processo inflacionário). Entende-se por inflação o aumento contínuo do nível geral de preços. O Brasil experimentou, ao longo das últimas décadas do século passado, períodos com inflação superior a 1.000% ao ano. Com uma inflação tão alta assim, a renda das famílias é corroída, pois os preços sobem muito e não é possível fazer planejamento financeiro. Por isso, a preocupação contínua do governo com o controle da inflação.
Distribuição de renda
É possível, a partir de políticas macroeconômicas, diminuir a disparidade de renda entre os indivíduos e entre as regiões do país. A cada dia, a disparidade de renda aumenta. Garcia e Vasconcellos (2002) apontam que a renda de todas as classes aumentou e o problema é que, embora o pobre tenha ficado menos pobre, o rico ficou relativamente mais rico. O governo deve atuar a favor da igualdade na distribuição da renda gerada no país.
Crescimento econômico
O governo também tem a função de estimular a atividade produtiva nacional. Quando falamos em crescimento econômico, estamos pensando no aumento da renda nacional per capita, isto é, que seja colocada à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional.
Crescimento e desenvolvimento econômico
Muitas pessoas confundem os conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico. Embora existam diversas interpretações, podemos afirmar:
Crescimento econômico
Está relacionado ao aumento de variáveis quantitativas, como a renda ou a renda per capita.
Desenvolvimento econômico
Considera indicadores qualitativos de melhoria da qualidade de vida da população, como expectativa média de vida, grau de concentração da renda, mortalidade infantil, escolaridade, dentre outros.
Todos os objetivos da política econômica apresentados buscam levar o país a um grau de desenvolvimento econômico. Para tal, precisa garantir o crescimento econômico, que é medido principalmente por dois indicadores:
Produto Interno Bruto (PIB)
Representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região durante um período.
PIB per capita
É expresso pela divisão do PIB pelo número de habitantes da região. Esse indicador de renda média é o mais recomendado para analisar o crescimento econômico, pois demonstra a relação entre o produto nacional e a população da região. Note que, se o PIB real crescer 10% em um ano, mas a população crescer 10% ou mais, a renda por habitante estará estagnada ou declinante.
E no Brasil? Como performamos nesses dois indicadores? Veja um quadro comparativo do PIB e do PIB per capita em relação a outros países.
O desenvolvimento econômico deve ser entendido como um processo que engloba o crescimento de longo prazo da renda per capita, a melhoria nas condições de vida da população e a criação de um ambiente social que minimize a desigualdade na distribuição de renda, poder e oportunidades. Um indicador muito utilizado para analisar o desenvolvimento econômico é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O IDH considera três variáveis:
Renda per capita
Indicadores de saúde
Qualidade da educação
Assim, se a renda cresce muito, mas a qualidade de vida não melhora, sendo esta capturada pelos indicadores de saúde e educação, não haverá desenvolvimento. A partir do IDH é possível classificar os países em três grupos de desenvolvimento humano:
Desenvolvidos
(desenvolvimento humano muito alto)
Em desenvolvimento
(desenvolvimento humano médio e alto)
Subdesenvolvidos
(desenvolvimento humano baixo)
O mapa a seguir mostra como os países são classificados de acordo com o seu IDH. Observe:
Como o cálculo do IDH baseia-se em três indicadores (educação, saúde e renda), ele pode ser calculado para qualquer país ou região, tendo em vista que todos os cidadãos, em alguma medida, são alcançados por uma dessas variáveis.
Resumindo
As quatro políticas macroeconômicas são:
Conclusão
Discutimos os conceitos fundamentais da Economia, verificamos o que é a Microeconomia e suas teorias e finalizamos falando a respeito da Macroeconomia e de seus agregados principais. Tudo isso nos ajuda a entender a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados econômicos.

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