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Pragas da Cana-de-Açúcar A Cana é uma planta de cultivo em áreas tropicais, no Brasil São Paulo é um grande destaque, mas toda a região sudeste são os principais de produção, além disso uma parcela muito tradicional no nordeste. A cana gera muitos subprodutos, como açúcar (55$ a saca de 50 kg), etanol, açúcar mascavo, cachaça, vinhaça, bagaço. Importante conhecer a parte fitotécnica, temos ai melhoramento genético intenso buscando variedades mais produtivas e resistentes a doenças, há muitas variedades mas o que se observa é uma concentração de variedades utilizadas, isso é ruim porque você tem uma base genética muito estreita sendo muito vulnerável a novas doenças. A cana é uma planta perene que é cultivada de forma semi-perene, ela plantada, explorado por 4 anos e depois feito replantio. As mudas vêm de viveiros feitos com colmos, são toletes cordados com 2 a 3 internódios, estes são plantados no solo deitado, do intermédio vai originar a touceira. Uma vez plantada a cana vai se desenvolver e vai produzir a primeira safra, que é chamada de cana planta, podendo ser de um ano ou de um ano e meio, ai ela vai ser cortada geralmente no meio do ano, da cana planta tem a rebrota que é a cana Soca que pode ser cortada em um ano ocorrendo novas rebrotas. Antes com a colheita manual era necessário a queima da cana para ser possível a colheita, era a chamada cana queimada, nos últimos 10 a 15 anos foi diminuindo a queima da cana por motivos ambientais e econômicos, mudando o sistema para cana crua e colheita mecanizada. Isto tem um impacto maior sobre as pragas, a cada corte na queimada você tem uma eliminação de pragas e cobertura de solo, na cana crua o solo vai continuando cada vez mais coberto pela palhada. PRAGAS PRINCIPAIS Broca da Cana – Diaraea saccharalis e impersonatella Mariposa marrom, as larvas tem até 3 cm de comprimento, apresenta coloração clara a creme. A saccharallis é mais comum no sudeste e centro-oeste, sendo 90% da ocorrência, já no nordeste é invertido, impersonatella é 90%. Não importa saber qual é, pois o manejo é o mesmo. A postura é imbricada, semelhante a uma escama de peixe, inicialmente amarelos claros e ficando então alaranjados, perto da eclosão é possível ver a cabeça do embrião da lagarta. A lagarta no primeiro instar se alimenta das folhas, faz pequenos furinhos que não são significante para a planta. O dano que preocupa é a perfuração do colmo da cana, dai o nome broca da cana, porque faz galerias nos colmos. Ela assume esse habito de broca no segundo instar, pois fica maior e as mandíbulas maiores e mais quitinizadas. O lugar mais tipo de penetrar é próximo as gemas, que é um tecido meristemático mais mole. As galerias são principalmente verticais, uma lagarta pode alcançar até 3 internódios até completar o seu desenvolvimento. Antes de entrar na fase adulto a lagarta faz um orifício para sair quando eclodir, uma forma de reconhecer o ataque é a presença desses furinhos associado a serragem e excrementos. A fase pupal dura cerca de 10 dias dentro do colomo. Resumindo: Adulto coloca 300 ovos nas folhas, eclodem lagartinhas que só fazem furinhos, que depois penetram no colmo no segundo instar e se desenvolvem até atingir a fase pulpa onde fica 10 dias. O Ciclo total tem cerca de 2 meses, varia muito dependendo da temperatura, se é mais baixa vai haver um prolongamento do ciclo, porque os animais diminuem seu metabolismo, então em altas temperaturas seu ciclo é acelerado. Como é uma cultura semi-perenee que está sempre presente no campo você tem varias gerações por ano da lagarta na cana. Danos diretos: Danos decorrentes da sua atividade alimentar, o inseto por exemplo vai removendo o tecido e isso promove uma redução do peso da cana. Temos o coração morto (destruição do meristema), quebra da brotação lateral, enraizamento aéreo, quebra dos colmos e redução de peso. As gramíneas têm o meristema pequeno, então é comum as lagartas os destruírem e sessar o crescimento da planta quando atacadas na época do perfilho levando aos outros sintomas como brotação lateral e enraizamento aéreo. Danos Indiretos: A lagarta ao entrar no colmo causa ferimentos, por estes é possível a entrada de fungos e oportunistas Podridão Vermelha: Colleototrichum e Fusarium que são fungos patonegicos que vão se desenvolver sobre a sacarose e colonoizar o colmo principalmente em volta da galeria. Quase sempre que tem broca tem essa doença, você pode até ter a podridão sem aa broca(entra por rachaduras). Só relembrando, a broca NÃO é vetor de podridão. A cada 1% de infestação da broca você tem perdas estimadas em 1,14% de produção de cana, 0,42% em açúcar e 0,21% em álcool. Pra poder tomar decisões é necessário um levantamento populacional, geralmente se baseia no I.I.(Indice de intensidade de infestação), que é calculado em porcentagem, nada mais é do que o número de internódios broqueados sobre o número total de internódios vezes 100 (internódio broqueado/internódio total). O que é o internódio: no colmo você tem os nós, e entre os nós está o internódio. Como calcula: tem que pegar vários colmos, contar quantos internódios tem e aí contar quantos internódios foram afetados. Em cada talhão pega cerca de 100 colmos espalhados no talhão (10 colmos por amostra). O NÍVEL DE CONTROLE É 3% de I.I. com base no mapeamento das fazendas. Controle: é possível o uso de inseticidas, mas veremos que na cana usa-se muito o controle biológico, que pode ser natural e o aplicado. Natural: é muito comum por ser um ambiente muito fechado e favorável para a multiplicação de inimigos naturais, além do adensamento por ser semi-perene é possível a formação de ninhos. Este controle consegue resolver 97 a 98% do controle de broca. Aplicado: complementação do controle biológico natural, que é feito com parasitoide larval, que é a Cotesia flavipes, que é uma vespinha exótica trazida por pescadores. Desde 1970 ela vem sido criada em laboratório e liberada no campo. Ela deposita vários ovos em cada lagartas, que vãoo desenvolver larvinhas dentro da lagarta, esta não morre no momento, as larvinhas comem a lagarta vira pulpa e sai pra completar o ciclo. Seu ciclo tem cerca de 20 dias, ou seja, é 3 vezes mais rápida que o hospedeiro, então consegue matar o hospedeiro antes que complete o ciclo. Como é possível criar essa vespinha em laboratório é sucesso de controle biológico. Para fazer a a vespinha é necessário criar lagartas com dieta pastosa e criar ovos, que serão incubados em salas climatizadas até a eclosão, as lagartas no terceiro instar são expostas a vespas que serão formaram pupários, este pupário sera usado para dispersão quando estiverem quase eclodindo. Geralmente se uso 6.000 a 7.500 insetos por área, é feito dispersão a cada 25 m em zig-zag pela área. Embora seja muito eficiente, ela não é capaz de conter os danos feitos pela broca, mas fez os prejuízos caírem de US$100milhões/ano para US$20milhões/ano, com um aumento de parasitismo de 0,14% para 30-40%. Trichoramma galloi é usada em cana para o controle da brocaquando a Cotesia não vai bem, parasita ovos da broca deixando eles escuros, que após alguns dias eclode uma vespinha que vive pouco mas coloniza vários ovos antes de terminar seu ciclo. Por essa razão a sua amostragem é feita de forma diferente, pois visa outra fase de ataque, então a amostragem é feita baseada com o numero de mariposas, através do uso de fermônio sexual, pena que na cana não tem feromônio sintético, então o pessoal usa as femeas virgens, que são abundantes na produção de brocas, é usado armadilhas em copos em uma gaiola com cola ou melaço. A liberação do Trichoramma é feita com cartolinas com alvelosonde estão depositados ovos, nessa cartolina tem furinhos que permitem a saída da vespinha sem sofrer ataques de predadores, é feito liberação de 50.000 vespinhas/há/semana. Aplicação pode ser comum(terrestre) custando 17$, ou usando drones custando 9$ Outras opções: Podem ser usados químicos não seletivos, pois piretroides vão eliminar os inimigos naturais. É difícil a aplicação pois a broca entra dentro do colmo ai fica difícil o inseticida atingir a broca, então deve ser feito a contagem de mariposas pra tentar atingir as lagartas no primeiro instar. Variedades resistentes: foram encontradas variedades resistentes, porém essas são poucas produtivas. Ainda não tem transgênica BT pra cana. CIGARRINHAS São cigarrinhas diferentes das citadas no milho e feijoeiro, são cigarrinhas da família Cercopidae, são relativamente grandes (13mm de comprimento), ela não é ágil(fica mais parada), tem um corpo meio alargado, ovalado, elíptico, e as asas formando um ângulo parecendo um telhadinho, tem duas espécies importantes: Cigarrinha da folha – Mahanarva posticata Tem coloração marrom avermelhada, estes insetos ocorrem em várias regiões do Brasil, mas no nordeste é uma praga chave. A cigarrinha deposita os ovos na bainha junto ao colmo, as ninfas eclodem, passam por 5 instares e vão se alimentando das folhas. O Ciclo varia de 50 a 120 dias aproximadamente. As ninfas não possuem asas desenvolvidas, são menores, não têm órgãos sexuais e produzem uma espuminha que parece um cuspizinho, elas produzem através da glândula de Batelli apenas quando nuvem, acredita-se que a função da espuma é proteger a ninfa de dessecação e trabalha como termorregulador, e essa espuma fdp ainda protege contra inseticidas. O dano deste inseto não está ligado a sucção de seiva, está ligado a injúrias causadas pela saliva que eles injetam e provovam distúrbios no sistema vascular afetando o transporte vascular, levando a uma necrose ao longo do sistema vascular e é feito uma translocação, levando a morte de folhas causando dessecamento dos ápices distais em direção a base(queima do canavial), em ataques mais severos é comum o dessecamento inteiro levando a colmos finos e baixo crescimento(palmeirinha). Cigarrinha da Raiz – Mahanarva Apresenta listras longitudinais nas asas, a coloração varia de marrom a vermelha, o tamanho é similar, porem sua distribuição geográfica é diferente, é mais abundante na região sudeste, sul e centro-oeste, também são pragas de pastagens. Tem o hábito de colocar os ovos na base da plata e quando eclodem se alimentam na base do perfilho, então pra achar essa praga tem que afastar a palha e procurar a espuma na base da planta. Os danos causados são semelhantes, também é a disfunção vascular causada pela saliva. Sua ocorrência é restrita a determinados meses do ano(flutuação populacional) ocorre de Dezembro até final de Abril, sendo um pico em fevereiro e março, isto está ligado ao balanço hídrico no solo, depende da sobra d’água no solo. A flutuação também está ligada a práticas culturais, essa praga era secundária na cana queimada, tornando-se agora uma das pragas principais na cana crua. Amostragem: é recomendado um levantamento feito por pontos, geralmente feito 18 pontos por talhão e feito a cada 8m de forma linear, é avaliado então o numero de ninfas e adultos. Na posticata o NC-2 ninfas/cana ou 1 adulto/cana, e no caso da fimbriolata 2-4ninfas. Havendo a necessidade de controle é feito o uso de inseticidas microbianos, por questões de equilíbrio biológico, o Fungo Verde (metarhizium) consegue atacar adultos e ninfas, consegue penetrar através da espuma, é um fungo que ocorre em condições naturais mas normalmente em ninveis baixos, nesse caso é necessário usar de forma aplicada. Existem formulações feitas com arroz colonozinado por fungos Cupins Subterrâneos Varias espécies atacam as socas e raízes, mas o que causa maior dano é o Heterotermes tenuis, em geral os que causam danos são os soldados, por possuírem maiores mandíbulas. Não vai se preocupar tanto com a questão taxonômica pois os métodos de levantamento são gerais. São pragas que atacam outras culturas, e o que será falado aqui serve para outras culturas anuais. Os cupins subterrâneos formam ninhos no solo, são camaras no formato cilíndrico contendo interligados por galerias medindo 10cmx4cm. Nestas camaras vivem diferentes castas adaptadas em diferentes funções, a rainha por exemplo tem abdome bem avantajado, amplo desenvolvimento dos ovários, a casta dos soldados que cuidam das defesas, e a casta das operárias que cuidam das outras funções. Esses cupins tem uma preferencia por solos mais arenosos e locais mais secos, mas podem ocorrer em diferentes situações. Como a cana é semi-perene favorece a estabilização dos ninhos dos cupins. Os cupins vaão procurando alimento e quando encontram os toletes ele se alimenta e inclusive do rizoma/colo da planta, ficam muito na região basal e subterrânea podendo comer raiz também. Seu dano está relacionado a toletes recém plantados, destruição de gemas e impedindo a germinação/brotação do perfilhos, levando a falhas no canavial e até exigir replante. Posteriormente opde enfraquecer essas touceiras. Temos ai estimado perdas de 10 toneladas por ano se não fizer o controle O controle é feito no plantio, pra isso é necessário fazer uma amostragem, embora o controle seja preventivo os produtos são caros, e também tem problema de desequilíbrio pois muitos predadores tem ninhos no solo, deste modo o controle químico é indicado para áreas mais afetadas. A amostragem é feita no fim do ciclo de cultura, tem que arrancar as touceiras para examinar a presença dos cupins, se tiver mais que 25% de infestação o talhão deve receber controle químico. Existe outras formas de amostragem, é colocado um papelão enrolado no solo, oque acontece: as operarias vão na procura de celulose e econtram o rolinho de papelão, periodicamente são examinadas essas iscas quanto a presença de cupinn(25% CONTROLA). Deve-se usar inseticidas que agem nos cupins, como o fipronil e fosforados no solo. Um método complementar em caso de áreas infestadas é a destruição de soqueiras da cultura anterior.A isca também pode ser usada para controle caso aumente o numero de iscas embebidas em fungos e inseticidas, que vai ter uma eficácia sinergistica. Gorgulho da Cana – *Sphenophorus levis e Metamasius hemipterus Ambos são besourinhos da família curculione, tem a cabeça formando um rostro, medem 1 a 2 cm, tem coloração marrom, o sphenophorus é mais rescuro e o metamasius é mais claro e rajado, além disso tem características diferentes. Sua distribuição é sul, sudeste ecentroeste Eles tem um ciclo relativamente longo, as femeas colocam cerca de 70 ovos nas bases das touceiras, desses ovos eclodem as larvas típicas de curculionide(branca apoda de cabeça diferenciada e levemente encurvada) geralemente encontrada nas bases dos perfilhos e colmos, tem cerca de 1 cm de comprimento, se transforma em pulpa e em duas semas se transforma em adulto, este adulto vive muito tempo, cerca de 7 meses, mesmo comtransporte lento ele consegue ser carregado devido a sua grande capacidedade de movimento, é um bixo que copula de janeiro até maio. Danos: as larvas vão de desenvolver na parte basal da planta formando galerias que levam a um enfraquecimento e secamento de perfilhos, levando a falhas no plantio. É possível encontrar serragem nas galerias. O controle é difícil, a amostragem é feita com a retirada de uma touceira em cada ponto com uma inchada, deve-se analisar 17 pontosha, o NIvel de Controle é de 15% de touceiras infestadas, essa amostragem visa encontrar a larva.Tambem pode ser feito levantamento de adultos, no período de janeiro até março é usado iscas para os adultos, são iscas feitas com os próprios toletes de cana cortados longitudinalmente, essas metades são viradas para baixo para ter contato com o solo, o adulto é atraído pelos açúcares e forma um esconderijo(ele é tímido), coloca cerca de 10 iscas/há, o NC também é 15%. Controle: após o ultimo corte deve eliminar as soqueiras para destruir as larvas e prevenir que os insetos perpetuem, controle de ervas daninhas na fase inicial pq estas auxiliam, e escolha de mudas livres de pragas(as mudas devem vir de toletes acima de 20 cm do solo, ai você evita de pegar larvas, e deve ser colocado direto no caminhão para evitar o ataque dos besourinhos). Pode usar fipronil no sulco de plantio ou carbaril nas iscas de janeiro a março. Outra opção é usar fungos. PRAGAS REGIONAIS OU ESPORÁDICAS Broca Gigante: Telchin licus licus(nordeste e agora em SP)/ Telchin licus laura (MG,GO,MT) Inseto com cilo longo(160 dias), a Larva tem desenvolvimento de 110 dias, é uma lagarta grande, atinge até 7 cm de comprimento, a mariposa é grande também. Como ela tem o ciclo bem longo ele tem habito de ir pra parte basal da planta e faz galerias para descer no solo na época do plantio. Controle com a eliminação manual, uso de fungo Beauveria bassiana, com aplicação feita logo após o corte, de uma tal forma que vai atingir a lagarta dentro do colmo, deve ser feito rápido pois a lagarta fecha o colmo. Ao renovar o canavial deve ser feito a destruição das soqueiras. Felizmente é uma praga restrita a algumas áreas. Besouro Migdolus fryanus Ocorre na região sudeste e centro-sul, prefere solos arenosos e só saem de lá para a cópula, a partir dai a femea mergulha no solo novamente e do solo eclodem as larvinhas e que vão passar por diversos instars atingindo cerca de 3 a 4 cm. Estes insetos podem se aprofundar até 5 m de profundidade, e isso é uma puta dificuldade para o controle. O ataque a cana sera na parte basal das plantas. Terá falhas no plantio, reboleiras com plantas secas. Para encontrar estes insetos é usado isca com feromonio sexual(uma câmara enterrada), que serve para levantamento (1 armadilha/10ha) e NC 2 machos por controle, ou para controle 1 armadilha/30m. Besouros corós ou pão de galinha – Euetheola Adultos pretos de 2 a 3cm, quem causa o prejuízo são as larvas scaberiformes(pernas algongadas, cabeça diferenciada e fortemente recurvada) Elasmo Ocorre nos primeiros meses após o plantio ou corte, porque ataca os perfilhos, ela vai se alimentar na base onde tem meristema apical onde vai causar o coração morto. Ela tem a característica de galerias e casulo lateral. Broca Peluda – Hyponeuma taltula Mariposa parda, deposita os ovos na vase do solo, a larva causa danos ao rizoma e sistema radicular levando ao coração morto e secamento de touceira, a amostragem é a mesma feita com o gorgulho-da-cana (arrancando touceiras). Curuquerê-dos-capinzais – Mocis latipes Essa mariposa gosta de gramíneas, tem 4 a 5 cm de envergadura com listras de uma asa a a outra, na fase larval causa grande desfolha, mas a cana tolera desfolha(exceto desfolhas drásticas ou fases iniciais). Ocorrencia esporádica, comum próximo de pasto. Se precisar aplicar algo tem que tomar cuidado com a seletividade, pode usar Bt sem dó e sem piedade.
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