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AV1 DE EXECUÇÃO (1)

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Questão 01- A desistência da execução depende da concordância do executado?
Sim é possível a desistência. Nos termos do art. 775 do CPC:
Art. 775.  O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
Parágrafo único.  Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
Questão 02- Inadimplemento do pagamento das duas últimas parcela da pensão alimentícia fixada em sentença, como proceder?
O novo Código determina que devedor da obrigação de prestar alimentos constante de decisão judicial definitiva ou provisória seja intimado para cumpri-la em três dias, ou provar já tê-lo feito, ou, ainda, justificar a impossibilidade de fazê-lo (art. 528):
Art. 528.  No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
Não sendo feito o pagamento, ou não apresentada a prova de sua realização, ou, ainda, não sendo justificada a impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, observadas as regras próprias do art. 517,naquilo que couber (art. 528, § 1º):
§ 1o Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517.
§ 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
Questão 03- O que é Expropriação?
Expropriar é o mesmo que desapropriar e consiste no ato de autoridade pública por meio do qual se retira da propriedade ou posse de alguém o bem necessário ou útil a uma função desempenhada em nome do interesse público. De ordinário, a desapropriação transfere o bem do domínio privado para o domínio público do próprio órgão expropriante.
Art. 825.  A expropriação consiste em:
I - adjudicação; (art. 876 cpc)
É o ato de expropriação executiva no qual o bem penhorado é transferido para o credor ou outros legitimados (§ 5.º do art. 876 do CPC/2015)
II - alienação; (art. 880 cpc)
É a alienação por iniciativa do próprio exequente ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante oórgão judiciário, que tem lugar quando frustrada (ou não requerida) a adjudicação.
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens.
 Autoriza a penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel
ou imóvel quando o magistrado considerá-la mais eficiente para o recebimento do crédito e menos gravosa ao executado.
Questão 04- O que é Responsabilidade Patrimonial?
O princípio aduz a possibilidade dos bens do devedor responderem pelas dívidas por ele adquiridas. Em outras palavras: patrimonial a responsabilidade, não há execução sobre a pessoa do devedor, mas apenas sobre seus bens.
Questão 05- Esmeralda firmou contrato, com Anastolfo, famoso pintor contemporâneo, para realização de um quadro. Ficou acordado entre ambos que o mesmo seria entregue em seis meses mediante o pagamento de cem mil reais. Efetuado o pagamento conforme acordado Esmeralda aguardou a criação da obra. Passados doze meses após inúmeras tentativas de conciliação, inexitosas, Anastolfo indignado com as cobranças realizadas decide que não mais pintar o referido quadro. Sabe-se que Bernadete e Manulinda foram testemunhas do referido pacto. Diante de tal fato tem-se que: Poderá mover ação de execução obrigação de fazer, porém, diante da recusa em cumprir sua obrigação pessoal esta será convertida em perdas e danos. 
Questão 07- Mário foi citado em processo de execução, em virtude do descumprimento de obrigação consubstanciada em nota promissória por ele emitida. Alegando excesso de execução, por ter efetuado o pagamento parcial da dívida, Mário opôs embargos à execução.
Existem requisitos para interposição dos Embargos?
Sim. Do art. 914 ao 920 cpc. 
Art. 914.  O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.
	Qual deve ser o valor da causa?
 50% do valor da promissória, ou seja, apenas o controverso. 
	Prazo de apresentação dos embargos?
 15 dias. 
Questão 11- Executado, antes de garantir o juízo, Carlos apresentou embargos do devedor, no prazo de 15 dias, alegando, como única matéria de defesa, excesso de execução, porém sem apresentar o valor que entende correto, o qual requereu fosse arbitrado por meio de perícia. De acordo com o Código de Processo Civil, os embargos do devedor deverão ser?
Rejeitados liminarmente, exclusivamente porque Carlos não declinou na petição inicial o valor que entende correto. Art. 917 CPC. 
§ 4o Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução:
I - serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o seu único fundamento;
Questão 13- Art. 798.  Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
I - instruir a petição inicial com:
a) o título executivo extrajudicial;
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
OBS: Aqui é necessário que o crédito seja líquido, certo e exigível.
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
OBS: Deve haver a prova que se operou a condição ou o termo, desta forma torna-se o título exigível. 
*** Prazo para pagamento: 3 dias, art 829 o cpc
*** Marco inicial para contagem do prazo: à partir da citação. 
Defesa típica a ser apresentada: Embargos e execução. 
Prazo: 15 dias, art. 915 cpc na forma do art. 231 cpc.
Matéria a ser abordada no recurso: Inexigibilidade do título.
Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
Questão 17- Qual medida processual e a respectiva tese defensiva o Executado poderá opor para proteger sua propriedade rural?
Segundo o Art.5º, inciso XXVI não é possível tal penhora.
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
O executado deverá impetrar embargos à execução alegando penhora incorreta, nos termos do Art. 5º, inciso XVI inciso II do art. 917: 
Art. 917.  Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
Qual efeito o executado poderá requerer para suspender a execução?
Poderá requerer a aplicação do efeito suspensivo. 
Art. 525.  Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 6o A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação.
Questão 19- Principal distinção entre cumprimento provisório e o definitivo de sentença.
Execução provisória é fundada em título executivo judicial provisório, isto é, a decisão judicial que pode ser modificada ou anulada em razão da pendência de um recurso interposto contra ela. Proferida uma decisão judicial executável e não havendo a interposição de recurso, verifica-se o seu trânsito em julgado, passando a partir desse momento a ser cabível a execução definitiva.
O cumprimento provisório da sentença nada mais é do que a execução provisória. Havendo a interposição do recurso cabível e sendo este recebido no seu efeito suspensivo, a decisão não poderá gerar efeitos, impedindo-se o início da execução.
Portanto a principal distinção entre ambos é a interposição de recurso à execução, vejamos por um lado na execução provisória, ainda há a possibilidade de a decisão ser modificada, contudo isto não impede o cumprimento provisório da sentença. Mas diferente se faz se não mais haver a possibilidade de recursos à execução, neste caso é cabível a execução definitiva do título executivo. 
Questão 22 e 24- É perfeitamente possível, visto que tal possibilidade está amoldada ao termos do art. 916 do cpc:
Art. 916.  No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês.
Questão 25- A alienação não poderá ser efetivada, visto que o trata-se de um lance de preço vil, ou seja, o valor de lance é inferior a 50% do valor da avaliação. Além disso a alienação será invalidada, Vejamos:
Art. 891.  Não será aceito lance que ofereça preço vil.
Parágrafo único.  Considera-se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação.
Art. 799.  Incumbe ainda ao exequente:
I - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou fiduciário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária;
Art. 804.  A alienação de bem gravado por penhor, hipoteca ou anticrese será ineficaz em relação ao credor pignoratício, hipotecário ou anticrético não intimado.
Art. 903.  Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de que trata o § 4o deste artigo, assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos.
§ 1o Ressalvadas outras situações previstas neste Código, a arrematação poderá, no entanto, ser:
I - invalidada, quando realizada por preço vil ou com outro vício;
II - considerada ineficaz, se não observado o disposto no art. 804;
III - resolvida, se não for pago o preço ou se não for prestada a caução.
Questão 28- O magistrado agiu com acerto ao determinar a penhora do dinheiro de Fernando?
Não, vejamos a previsão legal:
Art. 833.  São impenhoráveis: X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
Qual a tese defensivas Fernando poderá alegar em embargos à execução?
Primeiramente a lesão ao Princípio da Utilidade da Execução,que assim aduz: “a execução deve ser útil ao credor”,por isso, não se permite sua transformação em instrumento de simples castigo ou sacrifício do devedor
Além disso prescreve o art. 794 do cpc: O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.
Questão 29- Sim é perfeitamente admitida a objeção de não executividade.
A exceção de pré-executividade consiste em um meio de defesa do executado, originariamente consagrado na jurisprudência e na doutrina, por meio da qual sem garantia do juízo e mediante simples petição pode o executado alegar, em incidente processual, determinado vício, lastreado em matérias de ordem pública.
Desta feita, a permissividade à utilização da exceção de pré-executividade reside na existência de vício atinente à matéria de ordem pública, desde que concomitantemente haja presença de prova pré-constituída, sem dilação probatória, em que o juiz de oficio pode reconhecer.
Vejamos a previsão legal:
Art. 525.  Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 11.  As questões relativas a fato superveniente ao término do prazo para apresentação da impugnação, assim como aquelas relativas à validade e à adequação da penhora, da avaliação e dos atos executivos subsequentes, podem ser arguidas por simples petição, tendo o executado, em qualquer dos casos, o prazo de 15 (quinze) dias para formular esta arguição, contado da comprovada ciência do fato ou da intimação do ato.