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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO
IMPETRANTE, estado civil, portador da cédula de identidade n°XXXXX, CPF n° XXXXXXX, advogado inscrito na OAB/RJ sob o nºXXXXX, domiciliado e residente nesta cidade, domiciliado e residente nesta cidade, ambos com escritório na Rua XXXXXXXXXX, vem, respeitosamente, perante uma das Câmaras desse Egrégio Tribunal, com fundamento no art., LXVIII, da CRFB/88, impetrar ordem de
HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR
Em favor de MICHEL, brasileiro, residente e domiciliado, o qual se encontra recolhido na XXXXXXXXXXXXXXXX, pela prática dos crimes previstos nos art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06., apontando como autoridade coatora o juízo da 22° Vara Criminal da Comarca da Capital, pelos seguintes fatos e fundamentos
I. DO PEDIDO LIMINAR
O constrangimento ilegal, no presente caso, é de meridiana clareza. O paciente está preso por ter sido flagrado, em sua casa, possuindo três armas, calibre 38 com numeração raspada. Armas estas que nem ele sabia onde se encontravam, pois as mesmas eram guardadas por sua esposa, conforme se comprova em seu depoimento as fls. A própria esposa foi a noticiante do crime, pois a mesma conduziu os policiais até sua casa. A prisão em flagrante, ora questionada, não observou a necessidade de presença do periculum libertatis, pelo que representa afronta ao princípio constitucional do estado de inocência.
A manutenção de sua custódia, nestas condições, seria inegável abuso de poder, trazendo injustas aflições e dissabores não só ao paciente, mas também a sua esposa e filha, haja vista que as mesmas não tem como prover o próprio sustento.
II. DOS FATOS
Michael da Silva foi preso em flagrante no dia 10 de julho de 2016 pela prática do crime previsto no art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06.Em razão de uma notitia criminis realizada por sua mulher Angelina da Silva afirmando que o mesmo possuía armas dentro de casa encontraram três revólveres calibre 38 , em um armário dentro do quarto. Em outro armário, os policiais encontraram 50 munições. Em seguida, encontraram um papelote contendo 0,9 decigramas de cocaína. Perguntado sobre a posse do material encontrado, Michael afirmou que adquirira as armas em Angra dos Reis de um amigo, e quanto à droga, disse que era para seu uso pessoal. O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao juízo da 22ª Vara Criminal da Capital, onde foi requerida a sua liberdade provisória, que foi negada pelo juiz ao argumento de que se tratava de crime grave.
III - DOS FUNDAMENTOS
O Paciente encontra- se preso desde o dia 10 de julho de 2016, tendo como fundamento uma noticia crime realizada pela sua esposa conduzido até a Delegacia de Polícia, foi lavrado o Auto de Prisão em flagrante, pela posse de arma de fogo com numeração raspada e uso de substância entorpecentes.
Por esses motivos é que o presente Habeas Corpus visa fazer cessar a coação ilegal a liberdade ambulatorial do paciente, em razão dos crimes previstos nos art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06. A Ilustre Magistrada, em sua decisão às fls. indeferiu o pedido de liberdade provisória pleiteado por esta defesa, informando que os fatos narrados no processo são graves, sendo prematura a reinserção do réu ao convívio social.
A) DA AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DO ART. 312 DO CPP
Como se sabe, não basta a existência de um auto de prisão em flagrante, com o forma inicial do inquérito policial, revestido de todas as formalidades legais para que subsista o ato coativo, mas sim necessário se torna que se demonstre a necessidade da mantença daquela prisão em face dos requisitos objetivos e subjetivos autorizado res da prisão preventiva, o que não há no presente caso.
Por fim registrou a Douta Magistrada que os fatos narrados no inquérito policial, em princípio necessitam de uma resposta rápida e eficaz, existindo indícios suficientes para justificar a necessidade da manutenção da custódia cautelar, visando garantir a ordem pública e a prevenção de reprodução de fatos criminosos como o narrado na inicial.
Neste momento, existem nos autos elementos essenciais à manutenção da medida restritiva, destacando-se a necessidade da custódia cautelar, na espécie, como garantia da instrução criminal e efetiva prestação jurisdicional. Ressalte-se que a comprovação de residência fixa, eventual primariedade, profissão regular não são suficientes à concessão da liberdade provisória, quando circunstâncias outras recomendam a medida restritiva de liberdade, de modo a impedir a constante repetição de atos nocivos, como os noticiados nos autos.
Conforme se pode verificar, a ilustre magistrada fundamentou sua decisão baseada na gravidade do crime objeto do auto de prisão em flagrante. É de sabença de todos, que a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea a ensejar uma prisão cautelar. A esse respeito ver o verbete da Súmula do STF nº 718. Percebe-se então, que os fundamentos subjacentes ao ato decisório emanada da ilustre magistrada, que manteve a prisão cautelar do ora paciente, fundamentando na gravidade do crime em questão, conflitam com os estritos critérios que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consagrou nessa matéria. Tal fundamentação não pode ser aceita por ausência de respaldo legal
O Supremo Tribunal Federal tem advertido que a natureza da infração penal não se revela circunstância apta, por si só, para legitimar a prisão cautelar daquele que sofre a persecução criminal instaurada pelo Estado, conforme vemos abaixo:
TJ - Habeas Corpus HC 100040001776100040001776 (TJ)
Ementa: ACÓRDAO HABEAS CORPUS - FALTA DOS PRESSUPOSTOS DO ART. 312 CPP - AUSÊNCIA DE NECESSIDADE CONCRETA DA PRISÃO PREVENTIVA - TERMINO DA FASE INVESTIGATÓRIA - ORDEM CONCEDIDA. 
"A prisão preventiva, para legitimar-se em face de nosso sistema jurídico, impõe- além da satisfação de pressupostos a que se refere o art. 312 do CPP (prova de existência material do crime e indício suficiente de autoria) - que se evidenciem, com fundamento em base empírica idônea, razões justificadoras da prescindibilidade dessa extraordinária medida cautelar de privação da liberdade do indiciado ou do réu.
IV- DO PEDIDO
Diante do exposto, requer o acolhimento do pedido liminar e no mérito a concessão do Habeas Corpus, com a consequente expedição do alvará de soltura, por se tratar e medida da mais inteira justiça.
 Termos em que PEDE DEFERIMENTO
Local/data
ADVOGADO/OAB.

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