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Engenharia de metodos e processos Unidade 5

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Prévia do material em texto

Engenharia de 
Métodos e Processos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Luciana Borin de Oliveira
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Projeto do Trabalho
• Projeto de Trabalho
• Divisão de Trabalho
• Administração Científica
• Estudo do método
O objetivo desta unidade é conhecer os principais aspectos dos Projetos 
de Trabalho:
 · Conceitos
 · Objetivos
 · Abordagens
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Caro(a) aluno(a),
Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecer 
o tema Projetos de Trabalho.
Você também encontrará nesta Unidade uma atividade composta por 
questões de múltipla escolha, relacionada ao conteúdo estudado. Além disso, 
terá a oportunidade de trocar conhecimentos e debater questões no fórum 
de discussão.
É extremante importante que você consulte os materiais complementares, 
pois são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus 
estudos sobre o assunto em questão.
Bom estudo!
ORIENTAÇÕES
Projeto do Trabalho
UNIDADE Projeto do Trabalho
Contextualização
Caro(a) aluno(a),
Leia o texto:
Através dos tempos, mudanças sociais e tecnológicas trouxeram novos modelos de 
organização e gerência da área produtiva. Esses novos paradigmas aplicados à produção 
causaram alterações na natureza do trabalho, tornando-o menos manual e mais 
intelectual. As relações de trabalho também mudaram; os processos de trabalho têm cada 
vez mais demandado a realização de tarefas em grupo, ao invés de trabalho isolado. A 
abordagem atual procura utilizar os recursos humanos e as redes de relações estabelecidas 
no ambiente de trabalho para promover a aprendizagem organizacional, sustentar a 
cultura da empresa e impulsionar o trabalho em e entre equipes. 
Disponivel em: http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/243.pdf
Ex
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Trazendo para o dia a dia imediato, podemos imaginar uma turma que se reúne 
para organizar uma viagem de final de semana. O objetivo deve ser comum, a 
diversão. Para isso são necessários roupas, utensílios, comida, transporte. As 
pessoas se dividem para responsabilidade de cada processo, porém todos devem 
estar orientados para o objetivo comum.
Oriente sua reflexão pelas seguintes questões:
Quando você organiza seus trabalhos, quando sua empresa organiza trabalhos, quais são os 
passos seguidos? 
Qual a sua visão de um projeto de trabalho inovador? 
O que deve contemplar?
Ex
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Escolha um processo no qual você esteja inserido neste momento (no trabalho, 
em casa). Aplique o conceito acima, descreva o projeto e o passo a passo para 
melhorias.
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Introdução
Importante!
O projeto de trabalho é uma etapa importante de estudo do processo de produção, este 
tema envolve a relação do trabalho e o trabalhador.
É sabido que homem e máquina são essenciais ao desenvolvimento do trabalho e a 
harmonia entre ambos é fundamental para bons resultados.
Cabe a constante observação desta relação em busca de melhorias
Trocando ideias...
O gerenciamento de produção é frequentemente apresentado como um assunto 
cujo foco principal está em tecnologia, sistemas, procedimentos, equipamentos 
e instalações, ou seja, nas partes não humanas da organização (figura 1). 
Analisando mais profundamente as organizações e seus movimentos, vemos que 
o gerenciamento dos recursos humanos deveria sempre ser o foco principal por 
mostrar muitas vezes grande importância na eficácia das funções operacionais. 
Fonte: iStock/Getty Images
Projeto do trabalho é usualmente definido como os elementos do gerenciamento 
de recursos humanos, que são tradicionalmente vistos como estando diretamente 
dentro da esfera da administração da produção (figura 2). 
Fonte: iStock/Getty Images
7
UNIDADE Projeto do Trabalho
Projeto de Trabalho
Os recursos humanos são de grande importância dentro de uma organização, 
especialmente nas funções operacionais. A liderança, desenvolvimento e 
organização dos recursos humanos são atividades que contam com a iniciativa e 
envolvimento cada vez maiores dos gerentes de produção.
O projeto do trabalho monitora como as pessoas respondem ao seu trabalho. 
Descreve as suas expectativas sobre o que é requerido e direciona suas percepções 
de como participam e contribuem para o negócio. Direciona suas atividades em 
correlação às atividades de seus parceiros de trabalho e sistematiza os canais de 
comunicação para alcançar todas as partes da operação.
Como ponto principal, envolve e estimula o desenvolvimento da cultura 
organizacional sistematizando e enraizando seus valores, crenças, missão e visão. 
É por essa razão que o projeto de trabalho pode ser visto como o aspecto central 
do projeto de qualquer processo de transformação.
Elementos do Projeto de Trabalho
Estabelecer um projeto do trabalho nem sempre é uma simples decisão. Sua 
composição passa por elementos distintos e intimamente relacionados, que definem 
o trabalho das pessoas na produção quando analisados em conjunto.
Objetivos do Projeto do Trabalho
O trabalho pode ser projetado adotando uma das várias opções disponiveis. 
Há muitas alternativas de projeto para qualquer trabalho. Por essa razão, uma 
compreensão de o que o projeto do trabalho deve atingir é particularmente 
importante.
Os objetivos de desempenho de uma empresa podem nos fornecer um norte 
para ações sobre o que é importante a ser considerado nas implantações de um 
projeto do trabalho.
Qualidade
Um projeto de trabalho mal dimensionado pode interferir no trabalho de 
uma equipe focada em produzir produtos e serviços de alta qualidade. Um bom 
planejamento de projeto de trabalho evita problemas e erros no curto prazo, e 
possibilita melhorias e incentivos ao trabalho no médio e longo prazo.
Rapidez
O projeto de trabalho visa mudanças e melhorias para uma boa velocidade 
de resposta. Esta rapidez é muito interessante, por exemplo, em serviços de 
atendimento de pane elétrica ou mecânica de autos em trânsito, a forma pela qual 
8
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o trabalho do pessoal dos serviços de atendimento é organizado será importante 
na determinação de sua capacidade de responder prontamente a esses chamados 
fidelizando assim os clientes e atraindo novos parceiros.
Confiabilidade
Da mesma forma, um projeto de trabalho bem elaborado traz confiabilidade no 
fornecimento de bens e serviços. Um exemplo é o arranjo do trabalho de entrega 
dos sites de venda de produtos, a multivalência, o bom uso do equipamento de 
seleção automática de produtos no armazém, através de um bom projeto de 
ligação, podem ajudar a confiabilidade de entrega dos produtos solicitados com 
prazo e qualidade.
Flexibilidade
A elaboração e condução do projeto do trabalho tem influência na capacidade 
da produção de flexibilizar a natureza de suas atividades. A introdução de novos 
produtos ou serviços, a variabilidade de volume e a flexibilidade de entrega são 
variáveis dependentes do projeto do trabalho em um ou outro requisito.
Custo
Qualidade, Rapidez, Confiabilidade e Flexibilidade são elementos do projeto do 
trabalho que terão influências sobre a produtividade como vimos acima impactando 
também diretamente no custo do trabalho. A relação de Produtividade significa 
especificamente neste caso como a relação entre as entradas e saídas do trabalho, 
como exemplo, podemos quantificar as unidades produzidas por colaborador.
Além disso, o projeto do trabalho influenciará em outros objetivos particularmente 
importantes que não podem de forma alguma deixar de ser considerados.
Saúde e Segurança
O projeto de trabalho deve priorizar a saúde e segurança do colaborador em 
todos os sentidos. Existe a parte legal que deve ser seguida, leis e normas que são 
aplicadas e vistoriadas para garantir a saúde e segurança do trabalhador sempre 
ligadaà atividade que ele faz. O projeto do trabalho não pode pôr em perigo 
o bem-estar das pessoas que fazem o trabalho, das pessoas que transitam pela 
operação nem dos consumidores.
Qualidade de Vida no Trabalho
Este tema de Qualidade de Vida no Trabalho tem sido muito discutido hoje em 
dia. Mede-se a satisfação do funcionário com seu trabalho e o ambiente onde o 
desempenha e chega-se a resultados proporcionais aos resultados de produtividade. 
O projeto de trabalho deve levar em consideração seus efeitos sobre o bem estar, 
o interesse, a disponibilidade, as oportunidades para crescimento, o estresse e o 
comportamento das colaboradores no ambiente de trabalho.
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UNIDADE Projeto do Trabalho
Abordagens usuais para o Projeto do Trabalho
O projeto de trabalho pode ser conduzido por diversos caminhos. Os momentos 
e acontecimentos pelos quais a humanidade passa tem particular influência na 
abordagem e condução do projeto de trabalho. As abordagens de Projeto de 
Trabalho apresentam diferentes filosofias ou, no minimo, priorizam aspectos 
diferentes, ficando claro que não há uma abordagem exclusiva.
Analisando uma linha do tempo imaginária, temos os projetos de trabalho 
seguindo linhas de:
Divisão do Trabalho Administração Cientifica Ergonomia Abordagem Comportamental Empowerment
Podemos destacar que ainda hoje existe a influência de todas elas na forma 
como o trabalho ainda é projetado. Na verdade, pode-se dizer que cada abordagem 
de projeto de trabalho acrescentou nova visão ou perspectiva nas atividades e que 
a aplicação depende do meio.
O empowerment é uma abordagem de projeto de trabalho que visa delegar o poder de 
decisão, a autonomia e a participação dos funcionários na administração das empresas. O 
ciclo de implementação do empowerment é complexo e tem natureza estratégica. Devem 
ser contempladas as dimensões da visão compartilhada, a estrutura organizacional e 
o gerenciamento, a responsabilidade pela gestão do conhecimento e aprendizagem, e o 
reconhecimento institucional dos funcionários.
Leia o texto na integra em:
RODRIGUES, Claudia Heloisa Ribeiro; SANTOS, Fernando César Almada. Empowerment: 
ciclo de implementação, dimensões e tipologia. Gest. Prod., São Carlos, v. 8, n. 3, p. 237-
249, Dec. 2001.
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Divisão de Trabalho
Aparece a necessidade de uma divisão de trabalho no projeto do trabalho 
quando a operação alcança porte grande o suficiente surgindo a necessidade do 
emprego de mais do que uma pessoa, mais de uma função, trazendo a necessidade 
e possibilidade de especialização.
Este conceito denominado divisão do trabalho consiste na divisão do total de 
tarefas em pequenas atividades, sendo que cada uma destas tarefas deverá ser 
desempenhada exclusivamente por uma pessoa com especificidade e qualificação.
Esta ideia se tornou evidente no projeto do trabalho, nos tempos iniciais da 
atividade organizacional, contudo, foi primeiro formalizado como um conceito. 
Um exemplo clássico de divisão de trabalho é a linha de montagem, eternizada 
pelo ator Charles Chaplin no filme Tempos Modernos (figura 3), onde os produtos 
movem-se ao longo de uma linha de produção e são montados por operadores que 
continuamente repetem uma única tarefa.
10
11
Tempos Modernos, EUA 1936 - Direção: Charles Chaplin
Fonte: musicaecinema.com
A linha de montagem, hoje em dia, ainda é modelo predominante de projeto 
de trabalho dos produtos produzidos em massa, e mesmo em alguns serviços 
produzidos em massa como é o caso dos restaurantes fast food. Isto porque, nos 
princípios da divisão de trabalho vemos desvantagens e também vantagens reais.
Proporciona aprendizado mais rápido
Obviamente é mais fácil aprender como fazer uma tarefa relativamente pequena 
e simples do que uma grande e complexa. Isto significa que novos membros do 
pessoal podem ser rapidamente treinados e designados para suas tarefas quando 
as tarefas são pequenas e simples.
A automação facilitando atividades
A divisão de uma tarefa total em pequenas partes faz surgir a possibilidade 
de automatização de algumas dessas tarefas simples. A substituição do trabalho 
humano por tecnologia é consideravelmente mais fácil para tarefas pequenas e 
simples do que para as grandes e complexas.
Trabalho não produtivo mais simples
Este é provavelmente o mais importante benefício da divisão do trabalho e explica 
por que tantos trabalhos altamente divididos ainda existem. Em tarefas grandes e 
complexas, a proporção de tempo despendido em pegar e largar ferramentas e 
materiais e, de forma geral, encontrar, posicionar e procurar coisas pode ser, de 
fato, muito alta.
Todos esses benefícios contribuíram para a larga adoção dos princípios da 
divisão do trabalho à medida que a industrialização tomou corpo nas economias 
desenvolvidas do início do século XX.
Todavia, também há sérias desvantagens nesses trabalhos altamente divididos.
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UNIDADE Projeto do Trabalho
Monotonia
Quanto menor a tarefa, mais frequentemente os operadores precisarão repetir 
a tarefa. Repetir a mesma tarefa, por exemplo, a cada minuto, oito horas por dia 
e cinco dias por semana, dificilmente pode ser chamado um trabalho satisfatório. 
Além de objeções éticas ao projeto deliberado de trabalhos que são terrivelmente 
monótonos, há outras objeções mais práticas para trabalhos que induzem a tal tédio. 
Essas incluem a crescente probabilidade de absenteísmo, a crescente probabilidade 
de erro e mesmo a sabotagem deliberada do trabalho (figura 4).
Fonte: iStock/Getty Images
Dano Físico
A repetição continuada de uma gama muito estreita de movimentos, além de 
monótono, em casos extremos leva a danos físicos. A superutilização de algumas 
partes do corpo, especialmente os braços, mãos e pulsos nos trabalhos em 
computadores, pode resultar em dor e em uma redução na capacidade física. Isto 
é algumas vezes chamado LER ou lesão por esforço repetitivo, e, apesar de a 
extensão de o dano físico através do trabalho repetitivo ser a causa de alguma 
controvérsia, o fato de o trabalho repetitivo poder, sob certas condições, causar 
dano é amplamente aceito (figura 5).
Fonte: iStock/Getty Images
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Baixa Flexibilidade
A divisão de uma tarefa em muitas pequenas partes frequentemente dá ao projeto 
do trabalho uma rigidez que é difícil de alterar em circunstâncias emergenciais. 
Baixa Robustez
Trabalhos altamente compartimentalizados implicam materiais ou pessoas, 
ou informações passando por diversas etapas. Se um desses estágios não está 
trabalhando corretamente, o todo da produção é afetado. Por outro lado, se cada 
pessoa está executando o trabalho todo, qualquer problema somente afetará o 
nível de saída dessa pessoa. O resto da operação continuará levando a produção 
avante normalmente.
Administração Científi ca
No final do século XIX, e no inicio do século XX, pensadores lançaram 
conceitos e princípios de negócios e projetos de trabalho que em conjunto ficaram 
mundialmente conhecidos por “administração científica”. Esta expressão utilizada 
até hoje surgiu em 1911 com a publicação do livro de Frederick Winslow Taylor 
de mesmo nome. Nesse livro, Taylor identificou e difundiu o que entendeu como a 
doutrina básica da “administração científica”:
• para estabelecer as leis, regras e fórmulas que regem os melhores métodos de 
trabalho, todos os aspectos do trabalho devem ser investigados de forma científica;
• a abordagem investigativa do estudo do trabalho é necessária para estabelecer 
o que constitui “o trabalho justo de um dia”;
• para desempenhar suas tarefas os colaboradores devem ser selecionados, 
treinados e avaliados metodicamente;
• os planejadores do trabalho são os administradores que devem agir analisando 
trabalhos e padronizando o melhor método para sua execução;
• os trabalhadores devem ser responsáveis por executarseu trabalho nos padrões 
estabelecidos pelos administradores;
• a máxima prosperidade da administração e dos trabalhadores deve ser atingida 
com a cumplicidade e cooperação entre ambos.
Outros contribuintes para o movimento da administração científica incluem 
Gilbreth, Gantt e Bedaux, todos trabalhando nos Estados Unidos. De todos 
os pensadores e suas contribuições, se destacaram dois campos de estudo, 
separados, mas relacionados: o campo do estudo do método que se concentra na 
determinação das atividades e dos métodos que devem ser incluídos em trabalhos, 
e o outro campo das medidas do trabalho, com a preocupação de medir o tempo 
necessário para a execução de trabalhos. Juntos esses dois campos são referidos 
como estudo do trabalho.
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UNIDADE Projeto do Trabalho
Críticas à administração científica
Logo no início do seculo XIX, críticas à abordagem da administração científica 
divulgada por Taylor começaram a surgir. Em um documento submetido à 
Comissão de Relações Industriais dos Estados Unidos, a administração científica 
é descrita como:
• Sendo em “espírito e essência um sistema habilmente idealizado de fazer mais 
rápido e suar”;
• Intensificando as “tendências modernas no sentido da especialização do 
trabalho e de tarefas”;
• Condenando o “trabalhador a uma rotina monótona”;
• Colocando “nas mãos dos empregadores uma imensa massa de informações 
e métodos que podem ser usados inescrupulosamente em detrimento dos 
trabalhadores”;
• Tendendo a “transferir para a administração todo o conhecimento tradicional, 
julgamento e habilidades, dos trabalhadores”;
• Intensificando grandemente “a administração desnecessariamente ditatorial e 
a disciplina”;
• Tendendo a “enfatizar a quantidade do produto às custas da qualidade”.
Algumas dessas críticas poderiam talvez ser vistas em termos da luta de poder 
organizacional “administração versus força de trabalho organizada”, que ocorria 
naquele tempo.
Os dois temas evidentes nessas críticas iniciais justificam, contudo, uma análise 
mais cuidadosa.
O Primeiro é que a administração 
científica determina a padronização de 
trabalhos muito divididos e reforça os 
efeitos negativos do excesso de divisão 
do trabalho. 
O Segundo é que a administração 
científica separa formalmente as tarefas 
dos administradores de julgamento, 
planejamento e de alta habilidade, 
das tarefas dos operadores de rotina, 
padronizadas e de baixa habilidade.
Esta separação priva os colaboradores em geral da oportunidade de contribuir 
de maneira significativa com seus trabalhos e consequentemente priva a 
organização de novas contribuições e novas ideias. Esses temas de críticas da 
administração científica levantam o ponto que o trabalho desenhado sob os 
princípios rigidos da administração científica inevitavelmente trazem a baixa 
motivação do pessoal, a frustração pela falta de controle sobre seu próprio 
trabalho e à alienação no trabalho.
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Aplicações de alguns dos princípios da administração científica mostram uma 
tendência a superação parcial das objeções a ela transferindo a responsabilidade 
pelo uso de seus métodos e procedimentos da “administração” para a condução 
do processo pelo pessoal. Métodos e técnicas da administração científica, ao 
contrário da sua filosofia, ressaltando especialmente aqueles que vêm sob o título 
genérico de “estudo do método”, podem mostrar-se úteis na reavaliação crítica do 
projeto do trabalho.
A aplicação prática dessas técnicas explica possivelmente por que ela sobreviveu 
para ter influência ainda no projeto do trabalho quase um século após seu inicio.
Estudo do método
O estudo do método é a parte da administração científica que tem as mais diretas 
contribuições para o projeto do trabalho. Ele é mais uma abordagem sistemática do 
projeto do trabalho do que um conjunto de técnicas.
A abordagem do estudo do método envolve seguir sistematicamente passos:
1. Selecionar o trabalho;
2. Registrar todos os fatos relevantes;
3. Levantar esses fatos criticamente;
4. Desenvolver o método mais prático, econômico e efetivo;
5. Instalar o novo método e Mantê-lo regularmente.
Passo 1 - Seleção do Trabalho
A maioria das operações produtivas tem muitas tarefas e atividades menores que 
podem ser submetidos a estudo. Selecionar aquelas a serem estudadas é o primeiro 
estágio, dando preferência àquelas que darão o maior retorno sobre o investimento 
do tempo para seu estudo. Significa que é improvável estudar atividades que, por 
exemplo, podem ser descontinuadas a qualquer momento, ou são desempenhadas 
ocasionalmente. Os tipos de trabalhos que devem ser estudados como assunto 
prioritário são aqueles que, por exemplo, parecem oferecer o maior oportunidade 
de melhorias, ou que estão causando gargalos, atrasos, ou problemas na operação.
Passo 2 - Registrar o Método Atual
Muitas maneiras diferentes de registrar as técnicas podem ser usadas no 
estudo do método, sendo que a maioria delas:
• Segue protocolo de registrar a sequência de atividades no trabalho;
• Anota o relacionamento temporal das atividades entre si no trabalho; ou 
• Registra a trajetória de movimento de alguma parte do trabalho.
15
UNIDADE Projeto do Trabalho
Talvez a técnica de registro mais comumente usada no estudo do método seja o 
fluxograma do processo.
Mapeamento de Processo
Diz-se comumente em reuniões que um Fluxograma vale mais do que mil procedimentos
A elaboração de fluxogramas é uma metodologia fundamental para entender o 
funcionamento e os relacionamentos entre os processos industriais e empresariais.
Um fluxograma pode ser definido conceitualmente como um método para representar 
graficamente um processo existente ou a apresentação de um novo processo utilizando 
simbolos, linhas e palavras de forma a apresentar graficamente a sequência do processo.
Os fluxogramas são ferramentas muito importantes, pois mostram como os elementos se 
relacionam, permitem uma comparação direta com o processo real, apresentam melhorias 
que podem ser adotadas, são elementos chave para aperfeiçoamento de processos e 
facilitam muito a comunicação.
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pl
or
De acordo com a American International Standards Institute, temos quatro 
tipos de fluxograma:
Diagrama de Blocos (figura 6) que nos 
dá uma rápida visão do processo
Fluxograma Padrão (figura 7) que analisa 
detalhadamente os relacionamentos
Fluxogramas Funcionais (figura 8) que 
mostram fluxo entre organizações ou 
departamentos
Fluxogramas Geográficos (figura 9) que 
mostram fluxo entre localidades
Fonte: iStock/Getty Images
16
17
Note que estamos registrando o método atual de fazer o trabalho. Pode parecer 
estranho dedicar tanto tempo e esforço para registrar o que está atualmente acontecendo, 
quando, ao final, o objetivo do estudo do método é desenvolver um método melhor. A 
razão disso é que registrar o método atual pode trazer maior entendimento do trabalho 
em si, e isso pode levar a novas formas de fazê-Io. E, registrar o método atual é um 
bom ponto de partida para avaliar criticamente e, portanto, melhorar o método. Neste 
último ponto, vemos que é mais fácil melhorar o método começando do método atual 
e então criticá-Io em detalhe em vez de começar do zero. 
Passo 3 -Levantar os Fatos
Este é um estágio muito importante no estudo do método. A atividade a ser 
realizada aqui é examinar o método atual de maneira completa e criticamente. A 
“técnica de questionamento” é uma ferramenta muito utilizada nesta etapa. Este 
método procura expor as razões existentes por trás do método, para detectar 
fraquezas em sua razão de ser e, portanto, desenvolver métodos alternativos.
São feitas questões relativas ao:
Local em que cada elemento 
é feito.
Por que é feito ali?
Onde mais poderia ser feito?
Onde deveria ser feito?
Propósito de cada elemento.O que é feito?
Por que é feito?
O que mais poderia ser feito? 
O que deveria ser feito?
Isto pode sugerir uma combinação de certas atividades ou operações.
A sequência em que cada 
elemento é feito.
Quando é feito?
Por que é feito nesse momento? 
Quando deveria ser feito?
Isto pode sugerir uma mudança na sequência do trabalho.
A pessoa que faz o elemento
Quem faz?
Por que essa pessoa faz? 
Quem mais poderia fazê-Io? 
Quem deveria fazer?
17
UNIDADE Projeto do Trabalho
Isto pode sugerir uma combinação e/ou mudança de sequência.
Os meios pelos quais cada 
elemento é feito
Como é feito?
Por que é feito dessa forma?
De que outra forma poderia 
ser feito?
Como deveria ser feito?
Seguir essa abordagem pode parecer algo detalhado e tedioso, porém é 
fundamental para a filosofia do estudo do método - cada coisa precisa ser 
criticamente examinada. Compreendendo a tendência natural de ser menos 
rigoroso neste estágio, algumas organizações usam formulários, fazendo cada uma 
dessas perguntas e deixando espaço para respostas formais e/ou justificativas, que 
pedem ao projetista do trabalho para completar.
Passo 4 - Desenvolver um Novo Método
Neste momento do trabalho. o exame crítico dos métodos atuais mostrou a 
possibilidade e oportunidade de mudanças e melhorias. Este estágio tem o propósito 
de levar essa ideia adiante com o objetivo de:
 · Eliminar partes inteiras da atividade;
 · Combinar elementos;
 · Melhorar a eficiência do trabalho mudando a sequência de eventos; ou
 · Reduzir o conteúdo de trabalho para simplificar a atividade.
Uma ajuda útil durante este processo é a utilização de um check-list.
Passo 5 - Instalar o Novo Método e mantê-lo regularmente
A abordagem do estudo do método para instalação de novas práticas de trabalho 
é, nos padrões modernos, ingênua. Ela se concentra muito no “gerenciamento do 
projeto” do processo de instalação em vez de examinar as reações do pessoal cujos 
trabalhos e métodos estão sendo afetados. A abordagem do estudo do método 
também enfatiza a necessidade de monitorar regularmente a eficácia do projeto 
do trabalho depois de instalado. Todavia, apesar de isso não ter sido concebido 
como forma de filosofia de “melhoria contínua”, ele pode ser usado como uma 
oportunidade para repensar e melhorar métodos continuamente.
18
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Material Complementar
Para complementar os conhecimentos adquiridos nesta Unidade, consulte os 
livros abaixo, disponíveis na Minha Biblioteca:
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livro
CRUZ, Tadeu. Manual para gerenciamento de procesos de negócio: Metodologia DOMP™: 
documentação, organização e melhoria de processos. São Paulo: Atlas, 2015.
REZENDE, Denis Alcides. Inteligência organizacional como modelo de gestão em 
organizações privadas e públicas: guia para projetos de Organizational Business Intelligence 
OBI. São Paulo: Atlas, 2015.
SARAIVA, Renato; MANFREDINI, Aryanna; TONASSI, Rafael (Org.). CLT, Consolidação das Leis 
do Trabalho. 13. ed. Rio de Janeiro: Método, 2015.
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UNIDADE Projeto do Trabalho
Referências
BOOG, G. G. Manual de treinamento e desenvolvimento ABTD – Associação 
Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
CHIAVENATO, I. Gerenciando Pessoas: o passo decisivo para a administração 
participativa. São Paulo: Makron Books, 1994.
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. Ed. Compacta, 4. ed., São Paulo: Atlas, 1997.
DOLL, W. J.; VONDEREMBSE, M. A. The evolution of manufacturing systems: 
towards the post-industrial enterprise. OMEGA, International Journal of Management 
Science, v.19, n. 5, 1991.
HOFFMAN, K., KAPLINSKY, R. The point of transition - from machinofacture to 
systemofacture. In: Hoffman, K., Kaplinsky, R. Driving force: the global restructuring 
of tecnology, labour, and investment in the automobile and components industries. 
London: Westview, 1988.
MARTINS, P. G. E LAUGENI, P. Administração da produção. São Paulo: 
Saraiva, 1998.
PFEFFER, J. Seven Practices of Successful Organizations. California Management. 
v. 40, n. 2, 1998.
SALOMÃO, S. Estratégia de Produção e Gestão de Pessoal na indústria de 
calçados de Franca – SP. Dissertação de Mestrado – Engenharia de Produção- 
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 1998.
SANTOS, F. C. A. Dimensões Competitivas da estratégia de recursos humanos: 
importância para a gestão de negócio em empresas manufatureiras. Tese de Doutorado 
– Escola de Administração de Empresas de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, São 
Paulo, 1998.
WALTON, J. Strategic Human Resource Development. London: Prentice 
Hall, 1999.
20

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