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ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 1 Aula 6: Unidades de administração hospitalar ............................................................................. 2 ............................................................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................................................ 3 Conteúdo Alguns conceitos de organização hospitalar ............................................................... 3 Origem da palavra hospital .............................................................................................. 3 A evolução hospitalar ....................................................................................................... 4 Missão do hospital ............................................................................................................. 5 Sistemas locais de saúde .................................................................................................. 6 Hotelaria hospitalar ........................................................................................................... 6 Principais diferenças entre organizações hospitalares e outros órgãos ................. 7 Funções dos estabelecimentos de saúde ..................................................................... 7 Classificação dos estabelecimentos assistenciais de saúde (E.A.S.) ......................... 8 Instrumentos legais a serem utilizados na gestão de estabelecimentos de saúde ............................................................................................................................................. 10 Tipos de unidades ........................................................................................................... 11 Gestão hospitalar ............................................................................................................. 12 Centro cirúrgico ............................................................................................................... 15 A equipe multiprofissional ............................................................................................. 17 Centro de material e esterilização ................................................................................ 18 As áreas que compõem o centro de material e esterilização ................................. 18 Unidade de emergência/urgência: ambulatório ....................................................... 19 Unidade de emergência/urgência: ambulatório ....................................................... 24 Atividade proposta .......................................................................................................... 25 ........................................................................................................................... 25 Referências ......................................................................................................... 26 Exercícios de fixação Chaves de resposta ..................................................................................................................... 30 ..................................................................................................................................... 30 Aula 6 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 30 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 2 Introdução Esta aula aborda conceitos de organização hospitalar, funções e classificações dos estabelecimentos de saúde e instrumentos legais a serem utilizados na gestão desses locais. Além desses tópicos, serão discutidas as principais unidades e elementos da estrutura hospitalar, notadamente: internação, centro cirúrgico, emergência/urgência, ambulatório, serviços de enfermagem, nutrição, dietética, farmácia hospitalar e lavanderia. Objetivo: 1. Conhecer conceitos de organização hospitalar, funções e classificações dos estabelecimentos de saúde; 2. Exemplificar as principais unidades e elementos da estrutura hospitalar. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 3 Conteúdo Alguns conceitos de organização hospitalar “São todos os estabelecimentos de saúde com, pelo menos, cinco leitos para internação de pacientes, que garantam um atendimento básico de diagnóstico e tratamento, com equipe clínica organizada e com prova de admissão e assistência permanente prestada por médicos. Além disso, considera-se a assistência do serviço de enfermagem e atendimento terapêutico direto ao paciente, durante 24 horas, com disponibilidade de serviços de laboratório e radiologia, serviços de cirurgia e/ou partos, bem como registros médicos organizados para rápida observação e acompanhamento dos casos.” (OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde). Atenção Organização hospitalar é: “Todo estabelecimento dedicado à assistência médica, de caráter estatal ou privado, de alta ou baixa complexidade, com ou sem fins lucrativos”. (Ministério da Saúde). De uma forma mais ampla, podemos considerar o seguinte conceito: “Organização cuja missão envolve a prestação de serviços integrados de saúde com internação e/ou serviços especializados associados”. Origem da palavra hospital A palavra hospital vem do latim hospitalis, adjetivo derivado de hospes (hospede, viajante), podendo significar, também, aquele que dá abrigo a ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 4 viajantes, que hospeda. Diversos estudos apontam origens distintas das estruturas hospitalares como as entendemos hoje. E mesmo aquelas referências mais próximas, ainda assim, possuem diferenças muito significativas na composição estrutural. Como marco referencial, podemos considerar o ano de 360 a.C., quando surgiu, em Roma, o primeiro hospital com atividades básicas destinadas à restauração de saúde e prestação de assistência médica, simplesmente concluindo diagnósticos e efetuando tratamentos limitados devido aos padrões e condições daquela época. Esse marco representa mais o registro da estrutura (possibilitado pelo perfil do império romano como civilização, que nos deixou de legado registros perceptíveis e rastreáveis) do que a certeza de ter sido, efetivamente, o primeiro projeto. A evolução hospitalar No período mais recente, podemos colocar essa referência estrutural em registros europeus, como o evidenciado a seguir: “A evolução hospitalar teve início na Inglaterra, com o Hospital St. John, cuja finalidade principal era a restauração da saúde. Já o Hospital St. Bartholomew surgiu da necessidade de especialização do sistema hospitalar para combate às doenças contagiosas”. (BOEGER, 2008, p. 21). No Brasil, o primeiro hospital construído foi a Santa Casa de Misericórdia, em Santos (SP), pelo português Braz Cubas, que, ajudado por moradores, a inaugurou em novembro de 1543. A construção do segundo prédio foi concluída em 1665, no Campo da Misericórdia, atual Praça Visconde de Mauá. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 5 O terceiro, inaugurado pelo Dr. Claudio Luiz da Costa, em 1836, junto ao morro de São Jerônimo, atual Monte Serrat, foi parcialmente destruído por um deslizamento de terra em 1928. O conjunto atual, único remanescente, foi inaugurado pelo Presidente Getúlio D. Vargas, em 1945, com 1.400 leitos. Fonte: http://www.scms.org.br Missão do hospital O papel que os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (E.A.S.) devem desempenhar na sociedade é de: Sendo assim, definimos o hospitalcomo o ambiente onde se recuperam e se lidam com valores humanos, onde todos os participantes ativos na recuperação da saúde devem estar cientes que tratam de e com seres humanos; portanto, hospital é uma organização e deve ser tratada como tal, mas a matéria-prima é o ser humano. Oferecer assistência médica continuada e integrada • Exemplo de assistência continuada: quando um paciente procura a emergência de uma unidade hospitalar, ele deve ter seu problema solucionado por um especialista em um curto espaço de tempo, evitando, assim, o seu retorno ao atendimento de emergência. • O exemplo marcado pela caixa 2 não parece coerente. Mas está assim no material bruto. Favor verificar com o conteudista se está correto. Concentrar grande número de recursos de diagnóstico e tratamento para que o cliente possa ser reintegrado à sociedade no menor tempo possível. Exemplo: quando mantemos o paciente internado, aguardando exames ou por qualquer outro motivo, geramos perda financeira, visto que a internação ocasiona despesas, como, por exemplo, referentes a serviços de hotelaria; além disso, há o prejuízo social, pois essa pessoa não está produzindo. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 6 Abranger determinada área e permitir que a população local avalie as ações do hospital. É importante que o cliente possa avaliar os serviços que recebe. Não podemos esquecer que os profissionais do hospital também são clientes; portanto, devem avaliar o serviço da instituição. Na estrutura hospitalar, qualidade, preço e satisfação são retornos esperados pelos clientes. Sistemas locais de saúde Referem-se ao total de ofertas de serviços de saúde localizado em uma determinada área geográfica. O Ministério da Saúde cadastra os estabelecimentos de saúde (CNES) por meio das Secretarias Municipais de Saúde. Esses cadastros devem ser atualizados continuamente, pois servem para subsidiar os gestores na implantação de políticas de saúde, além de serem instrumentos importantes para as áreas de planejamento, regulação, avaliação, controle e auditorias. Hotelaria hospitalar No Brasil, o conceito de hotelaria hospitalar surgiu recentemente. Um dos principais motivadores para a construção dessa ideia é o próprio paciente, que começou a cobrar da organização hospitalar não apenas seu tratamento, mas, também, o conforto e, principalmente, o bem-estar próprio, de seus familiares e visitantes. A hotelaria hospitalar pode ser entendida como a união de serviços específicos e de apoio que oferecem conforto, segurança e bem-estar a clientes e familiares durante o período de internação. Embora a tendência seja a construção de hospitais com perfil de hotéis, não podemos esquecer que os hospitais devem atender às normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 7 Principais diferenças entre organizações hospitalares e outros órgãos Acompanhe abaixo algumas diferenças entre organizações hospitalares e outros tipos de instituições. Dificuldade na medição de produtos hospitalares; Frequente existência de autoridades na estrutura, fator que pode potencializar conflitos; Atividades com características muito específicas, cujos resultados dependem de equipes multiprofissionais; O cliente (paciente) é objeto de sua própria transformação no sistema da organização de saúde; Inovações tecnológicas com elevados custos de implantação e que necessitam de manutenções permanentes. Funções dos estabelecimentos de saúde Conheça agora as funções existentes nos estabelecimentos de saúde. Restaurativa É a mais procurada, pois se refere ao restabelecimento da saúde, que pode ser por: • Diagnóstico ambulatorial ou internação em hospitais; • Procedimentos médicos/cirúrgicos, curativos ou paliativos, para tratamento de doenças; • Reabilitação seja física, mental ou social; • Atendimento de emergência. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 8 Preventiva Tem por objetivo evitar a instalação da doença; pode ser executada por: • Controle de doenças contagiosas; • Prevenção de doenças prolongadas; • Prevenção da invalidez física ou mental; • Educação sanitária; • Supervisão do desenvolvimento da criança e do adolescente; • Medidas de biossegurança. Educativa Os profissionais de saúde atuam na educação por meio de identificação de estratégias no processo de ensino-aprendizagem na saúde que possibilitem o desenvolvimento profissional; isso acontece por meio de: • Programas educativos de higiene; • Educação continuada; • Estágios a nível de ensino médio; • Internatos e residências (graduação ou pós-graduação). Na pesquisa sobre saúde em hospitais, temos: • Práticas hospitalares, sejam elas técnicas e/ou administrativas; • Aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde e da doença. Classificação dos estabelecimentos assistenciais de saúde (E.A.S.) Quanto à natureza da assistência, o E.A.S. pode ser: Geral Quando dispõe de vários serviços, como oftalmologia, pneumologia, cardiologia, ortopedia, ginecologia, entre outros. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 9 Especializado Quando só trabalha com uma especialidade, como, por exemplo, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) ou o INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia). Quanto à propriedade, manutenção e controle, o E.A.S. pode ser: Governamental: Federal Estadual Municipal - Capacidade de lotação: Pequeno porte: 5 a 50 leitos. Médio porte: 51 a 200 leitos. Porte especial ou extra: mais de 501 leitos. - Tempo de permanência dos pacientes: Curta permanência: internação para tratamento de patologia de rápida resolução. Longa permanência: as especialidades com esse perfil são as psiquiátricas e asilares. Particular: Sem fins lucrativos Com fins lucrativos Corpo clínico: Aberto: quando permite o antedimento em suas instalações por profissionais que não fazem parte do seu quadro de funcionários. Fechado: só podem trabalhar nas dependências do hospital os profissionais que compõem o quadro funcional da unidade. Ex.: hospitais públicos. Estabelecimentos Particulares – Sistemas de edificação ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 10 Instrumentos legais a serem utilizados na gestão de estabelecimentos de saúde Detalhamos a seguir alguns exemplos desses instrumentos: • A Constituição Federal, que garante o direito universal e integral à saúde; • A Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/90 (Lei de criação do Sistema Único de Saúde – SUS), que assegura o acesso universal e equânime a serviços e ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, garantindo a integralidade da atenção; • A Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que reafirma esse preceito e dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS, e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde; • As Normas Operacionais Básicas (NOB), editadas em 1991, 1993 e 1996, que, por sua vez, regulamentam e definem estratégias e movimentos que orientam a operacionalidade do sistema; • As Normas Técnicas para E.A.S. (RDC 50, de 21/02/2002, da ANVISA, em substituição à portaria MS 1884/94 – planejamento físico de sistemas de saúde), que possuem caráter normativo; portanto, são compulsórias. Devem ser utilizadas na elaboração e análise dos projetos de estabelecimentos de saúde a serem construídos ou reformados. Atenção• Portarias do M.S. e/ou ANVISA referente a cada unidade hospitalar. • Portarias das Secretarias Estaduais de Saúde ou das Secretarias Municipais de Saúde que complementem as do M.S. e/ou da ANVISA. • Manual de Acreditação Hospitalar (OA e CBA). Sugere-se ao aluno sempre ampliar as pesquisas de legislação atualizada nos sites do Ministério da Saúde e ANVISA em função da constante dinâmica de atualização da legislação em vigor. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 11 Tipos de unidades Unidade do hospital É o conjunto de elementos físicos, funcionalmente agrupados, que visam à execução de atividades afins. Exemplos: • Unidade especializada 1 (ex.: materno infantil); • Unidade de internação; • Unidade especializada 2 (ex.: hematologia); • Unidade administrativa. Elemento do hospital É uma área ou dependência que entra na composição de uma unidade do hospital. Exemplos: • Posto de enfermagem; • Enfermarias; • Sala de cirurgia. Unidade de administração É o conjunto de elementos onde se desenvolvem as atividades administrativas do hospital, onde estão incluídos os seguintes setores: • Financeiro; • Compras; • Almoxarifado; • Recursos humanos; • Lavanderia; • Segurança. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 12 Gestão hospitalar Tem a função de gerenciar os recursos financeiros, humanos e materiais da instituição. Atua tanto em hospitais públicos como privados, conforme a interpretação da organização e o funcionamento da empresa como um todo (no conceito empresarial e ético), com o objetivo de planejar, organizar e gerenciar as instituições hospitalares, agindo de maneira cooperativa e interdisciplinar. O profissional que atua nessa área deve: • Utilizar os conhecimentos técnicos e os equipamentos necessários para sua função; • Ter liderança, sem exercer pressão, sabendo motivar os funcionários; • Delegar as funções, objetivando atingir resultados satisfatórios; • Ser sociável; • Ter capacidade de analisar os objetivos; • Refletir ideias e saber transmití-las. Uma boa prática em administração é a liderança articulada e focada no grupo envolvido. Dentre as atribuições de um administrador hospitalar, podemos exemplificar algumas que vêm sendo sedimentadas no nosso contexto, como, por exemplo: Manter o setor de pessoal com registro atualizado dos funcionários, com habilitações específicas e documentação comprobatória; A qualificação dos funcionários deve ser uma preocupação constante do gestor; para isso, é de sua função cuidar do treinamento, da atualização e da avaliação de desempenho do empregado; Atuar no processo de aquisição, distribuição e controle de insumos e recursos materiais duráveis; Criar ou padronizar as rotinas administrativas para avaliação de produtos e serviços; Trabalhar com a planilha de custos para conhecer a dinâmica econômico- financeira da organização; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 13 Dispor de um sistema integrado e de rotina de comunicação e informação aos familiares, a fim de assegurar o direto do familiar no processo de tratamento e recuperação do paciente; Dispor de um sistema de guarda de pertences dos pacientes; com vistas a evitar despesas desnecessárias com ressarcimento de bens de terceiros; Manter o hospital bem sinalizado, evitando a circulação desnecessária de pessoas em áreas que devem ser restritas aos funcionários do hospital. EXEMPLIFICAÇÃO DE COMPOSIÇÃO DE AMBIENTES DA UNIDADE DE INTERNAÇÃO Enfermaria É o espaço físico destinado a acomodar até camas para internação de pacientes, sem contar com acomodação de acompanhante. O espaço físico destinado a cada leito deve ser de 6 m², sem contar com acomodação para o acompanhante. A distância entre os leitos paralelos deve ser de 1 m. ENFERMARIA PEDIATRIA O espaço para cada leito deverá ser de 5 m²/leito. É obrigatório que tenha acomodação para o acompanhante. Deverá ter, ainda, banheiro para o paciente no tamanho adequado para as crianças e banheiro para acompanhante (quando for enfermaria). De acordo com a legislação, terá que contar com área de recreação aberta (solário), refeitório e brinquedoteca. Quarto É o espaço físico destinado a acomodar até seis camas para internação de pacientes, sem contar com acomodação de acompanhante. O espaço físico destinado a cada leito deverá ser de 6 m²/leito, sem contar com a acomodação ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 14 para o acompanhante. A distância entre os leitos paralelos deve ser de 1 m. A acomodação para acompanhante é permitida para: Menores de idade, que é até os 18 anos de acordo com o Código Civil; Maiores de 60 anos, conforme artigo 16 da mesma lei. DEFINIÇÃO DE LEITO HOSPITALAR É a cama destinada à acomodação do paciente durante sua internação no hospital. Não são computados na lotação ou capacidade normal do hospital, pois não são considerados leitos hospitalares. POSTO DE ENFERMAGEM É o local da unidade de internação destinado ao comando e ao controle técnico e administrativo das atividades relacionadas à prestação de cuidados de enfermagem; Deve existir um para cada trinta leitos, medindo, no mínimo, 6 m²; Deve possuir material de parada cardiorrespiratória em condições de uso, devendo ficar sob a responsabilidade da enfermagem a revisão diária desse material. SALA DE EXAMES E CURATIVOS Um para cada trinta leitos, com metragem mínima de 7 m² quando existir enfermaria que não tenha subdivisão física dos leitos. EXPURGO Destinado à coleta e higienização do material utilizado nos cuidados do paciente. Deverá contar com, pelo menos, dois tanques com bacias fundas. Vestiário para funcionários Quando o funcionário não tem lugar para guardar seus pertences, acaba levando para o local onde trabalha. Por exemplo: a enfermagem leva seus pertences, que quase sempre vem de outra unidade hospitalar, e guarda nos ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 15 armários do posto de enfermagem junto com as roupas que os pacientes vão utilizar. Os médicos acabam levando seus pertences durante a visita ao paciente e coloca seus pertences nas mesinhas de cabeceira ou nas camas, o que propicia a infecção cruzada, sem contar que podem carregar bactérias resistentes para suas casas. ÁREA PARA OS FUNCIONÁRIOS De acordo com a legislação em vigor, esse espaço deve possuir: ISOLAMENTO – para cada trinta leitos ou fração, deve existir, no mínimo, um quarto para situações que requeiram isolamento, num espaço de 9 m². MANUAL DE NORMAS E ROTINAS, disponível para uso nos locais de trabalho. SINALIZAÇÃO ADEQUADA, evitando assim a circulação desnecessária em dependências do hospital. ELEVADOR E MONTA CARGA – NBR 7192 da ABNT. CIRCULAÇÃO EXTERNA (ESTACIONAMENTO) OU INTERNA – NBR 900/94 DA ABNT, nas seguintes dimensões: Corredores (trafego de pessoas e materiais) – Largura mínima Corredores (trafego de func. e cargas não volumosas) – Lagura mínima 1,20m Circulação (centro cirúrgico, emergência/urgência) – Largura mínima Portas – Dimensões 1.10 x Rampas, com piso antiderrapante e corrimão – Largura mínima Escadas para funcionários com corrimão - Lagura mínima 1,20m Centro cirúrgico É uma unidade fechada, gerenciada por meio de normas e rotinas e composta equipes multiprofissionais. Essas características são necessárias devido ao ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 16 elevado nívelde estresse dos pacientes, situações pouco percebidas pelos profissionais, que estão envolvidos em diversas atividades. É uma das unidades mais complexas do hospital, não só por sua especificidade, mas, também, por ser um local fechado, que expõe o paciente e a equipe de saúde a situações estressantes. (BRUNNER/SUDDARTH, 1992). O centro cirúrgico é uma unidade de acesso restrito, composta por um conjunto de elementos destinados ao desenvolvimento de todas as atividades relacionadas ao ato cirúrgico, em condições ideais de segurança e conforto para o paciente e equipe de trabalho. O centro cirúrgico é dividido em: Área de escovação Cada área de escovação (degermação cirúrgica dos braços) pode ser destinada a, no máximo, duas salas cirúrgicas e possuir duas torneiras para cada sala. Em casos de mais de duas salas cirúrgicas, esse espaço deve ter duas torneiras para cada novo par de salas ou fração, medindo 1,10m² por torneira com dimensão mínima de 1,0m. Sala de cirurgia Existem três tamanhos de sala de cirurgia: • Sala pequena: 20m², com dimensão mínima de 3,45m; • Sala média: 25m², com dimensão mínima de 4,65m; • Sala grande 36m², com dimensão mínima de 5,0m. O centro cirúrgico deve ter, no mínimo, duas salas e cada espaço deve conter apenas uma única mesa cirúrgica. Para cada 50 leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos, deve existir uma sala. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 17 Recuperação pós-anestésica • Área para prescrição e posto de enfermagem são setores que compõem a recuperação pós-anestésica; • Espaço para recuperação pós-anestésica com, no mínimo, duas macas, observando distância entre elas igual a 0,8 m; • Distância entre macas e paredes, exceto cabeceira, igual à 0,6 m; além disso, deve ter espaço suficiente para manobra da maca junto ao pé desta; • O número de macas deve ser igual ao número de salas cirúrgicas mais um. Atenção Em casos de cirurgias de alta complexidade, a recuperação pode acontecer diretamente na UTI; sendo assim, o cálculo do número de macas deve considerar somente as salas para cirurgias menos complexas. A área para prescrição médica deve ter, no mínimo, 2m². Para cada 12 leitos de recuperação pós-anestésica, deve existir um posto de enfermagem e serviços num espaço mínimo de 6m². A equipe multiprofissional A equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, apoio administrativo e profissionais de limpeza) deve lidar com os aspectos pertinentes à competência técnica, ao relacionamento e aos recursos materiais; além disso, esses profissionais precisam interagir com o paciente e sua família, visto que o medo do desconhecido e a ansiedade são fatores agravantes que contribuem para a complexidade do ambiente. As boas relações entre os funcionários devem predominar sobre as inevitáveis tensões do trabalho; para isso, é necessário possuir profissionais qualificados e em quantidade suficiente para prestar uma boa assistência ao paciente. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 18 O número de cirurgias marcadas está diretamente relacionada à administração de materiais, instrumentos e equipamentos, ao tamanho de sala adequado ao procedimento, além de quantitativo de RH para prestar assistência durante a cirurgia. Centro de material e esterilização É a área reservada, equipada e destinada a atividades relacionadas à limpeza, preparo, esterilização, armazenamento, controle e distribuição de todo material médico cirúrgico e de enfermagem utilizados no hospital. Deve existir quando, na unidade, houver: centros cirúrgico, obstétrico e/ou ambulatorial, hemodinâmica e emergência/urgência. A unidade pode se localizar fora do E.A.S. O serviço deve planejar a produção de acordo com a demanda das unidades atendidas, efetuando controle biológico e registro da data do processo por meio de identificação de equipamento utilizado e funcionário designado à limpeza e desinfecção dos materiais. As áreas que compõem o centro de material e esterilização O centro de material e esterilização é composto por áreas que devem ser separadas por barreiras estruturais. 1ª sala • Área para recepção, descontaminação e separação de materiais; • Espaço de 8 m² destinado para lavagem de materiais. 2ª sala • Área de 4 m² para recepção de roupa limpa proveniente da lavanderia; • Local de 12 m² para preparo de materiais e roupa limpa em pacotes; • Espaço para esterilizações físicas; no entanto, para esterilização química líquida, o espaço físico dependerá do equipamento utilizado. Deve-se manter distância mínima de 20 cm entre as autoclaves. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 19 3ª sala Área de 10 m² para armazenamento e distribuição de materiais descartáveis e roupas esterilizadas. Unidade de emergência/urgência: ambulatório Você sabe a diferença entre emergência e urgência? Emergência Unidade destinada à assistência de pacientes com risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato, utilizando-se técnicas complexas de assistência. Urgência Unidade destinada à assistência de pacientes sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato, utilizando-se técnicas simples de assistência. Deve possuir, pelo menos: Área de classificação de riscos; 01 sala de serviço social com 6 m²; 01 sala de suturas/curativos com 9 m²; 01 sala de gesso e redução de fraturas com 10 m² (quando houver boxes individuais, deverá ter, no mínimo, 4 m² por box); 01 sala de nebulização – 1,6 m² por paciente; 01 sala para exame indiferenciado; Sala de higienização com 8 m²; Sala de aplicação de medicamentos (hipotermia) com 5 m²; Sala de reidratação com 6 m² por leito. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 20 ESTRUTURA FÍSICA FUNCIONAL PARA ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Para cálculo do número de salas (com dimensões mínimas de 7,5 m²), deve-se utilizar a seguinte fórmula: NAU = PG. CHA. A NAU Número de atendimentos de urgência PG População Geral CHA Número de consultas/habitantes/ano A Estimativa percentual do total de consultas médicas que demandam atendimento de emergência URGÊNCIAS (ALTA COMPLEXIDADE) E EMERGÊNCIAS DEVEM POSSUIR: 01 posto de enfermagem/prescrição médica para cada 12 leitos de observação, medindo 6 m²; 01 sala de serviços com 5,7 m²; Sala de isolamento com 8 m²; Sala coletiva de observação; 01 sala de pediatria; 02 salas de adulto (masculino e feminino); Sala de procedimentos especiais (invasivos) com 15 m²; A área de escovação deve possuir duas torneiras por sala, medindo 1,10 m² por torneira; 01 sala de emergência (politraumatismo, parada cardíaca, etc.) com 12 m² por leito (dois leitos, no mínimo), com distância de 1 m entre eles; Área para guarda de pertences de pacientes; Área para depósito de equipamentos; Banheiros para pacientes (salas de observação e isolamento); Salas administrativas; Copas pequenas para refeições dos funcionários; Sanitários para funcionários. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 21 Lavanderia hospitalar “É uma unidade funcional de apoio logístico destinada ao atendimento dos clientes internos e/ou externos do hospital, cujas finalidades são: coleta, separação, processamento, confecção, reparo, reforma, fornecimento e distribuição da roupa hospitalar em condições de uso, higiene, quantidade, qualidade e conservação.” (LISBOA,2000). Deve ser feito em sacos plásticos (de cor diferente da usada para lixo hospitalar) e acontecer em horários predeterminados. Os funcionários que fazem esse trabalho precisam usar o E.P.I. (equipamento de proteção individual) adequado. O Transporte deve ser feito em carrinhos, por elevadores ou rampas. PESAGEM Tem a finalidade de definir a carga correta que cada máquina comporta e de acordo com o programa de fórmulas de lavagem. Pode ser realizada de duas formas: SEPARAÇÃO É feita com os objetivos de fazer lotes de acordo com a capacidade da lavadora e classificação das roupas (grau de sujidade, coloração, tipo de fibra têxtil, tecido, formato, tamanho e ou tipo de peça). LAVAGEM E CENTRIFUGAÇÃO Lavagem: É feita por meio de máquinas que podem servir de barreira física entre as áreas suja e limpa. Centrifugação: Reduz a água da roupa. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 22 CALANDRAGEM E SECAGEM Calandragem: Seca e passa, simultaneamente, as peças de roupas lisas, como: lençóis, colchas lisas, uniformes, camisolas, roupas de linhas retas, sem botões ou elástico; nessa fase também é realizada a classificação da roupa. Secagem: As roupas que não precisam ser passadas, como: uniformes de centro cirúrgico, toalhas, pró-pés, máscaras, cobertores, tecido felpudo, roupas que vão sofrer processo de esterilização. PRENSAGEM Para passar as roupas que não são colocadas na calandra ou que tenham detalhes como pregueados e vincos. A ROUPA SUJA DEVE SER SEPARADA DE ACORDO COM OS SEGUINTES CRITÉRIOS: Altamente contaminadas: Proveniente das enfermarias de moléstias infecciosas e, de cirurgias contaminadas. As roupas devem chegar na lavanderia separadas em trouxas e com especificação: Contaminadas – roupas de pacientes com lesões com sinais de infecção, com fístulas, roupas oriundas de pronto socorro e centro cirúrgico. Com detritos – roupas com dejetos. Com sangue – roupas provenientes do centro cirúrgico, emergência e centro obstrétrico, sujas de sangue. Roupas brancas – lençóis, fronhas, colchas etc. Roupas de cor – das enfermarias e centros cirúrgicos etc. Cobertores. Uniformes. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 23 Rouparia e Evasão de roupa ROUPARIA Local que centraliza o movimento de toda a roupa do serviço de saúde, ou seja, é onde se faz a estocagem (repouso) da roupa, distribuição e costura, incluindo conserto, baixa e reaproveitamento. EVASÃO DA ROUPA Ocorre devido à ausência de um mecanismo de controle da administração do serviço de saúde. As principais fontes de desvios são danos provocados por funcionários e desgaste natural. Sugestões para combater a evasão da roupa: Deverá existir determinação de fluxos corretos e adequados, sem cruzamento no tráfego de roupa limpa e roupa suja. A instalação de equipamentos adequados e que atendam às necessidades do hospital. Estabelecimento de técnicas de processamento que combatam a infecção hospitalar. Ter exaustão e ventilação adequadas às diferenças de pressão entre as áreas, com a garantia de troca mínima do ar. Iluminação adequada e respeito aos princípios ergonômicos. ROUPARIA: ACABAMENTO É importante que haja tratamento acústico, se possível, a fim de diminuir o ruído das máquinas. As portas internas devem ser revestidas de material ou tintas laváveis e dispor de visores. Por sua vez, as tintas devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes, tais como: base de epóxi, pvc, poliuretano etc. O piso deve ser liso e resistente à água, e isento de desenhos e ranhuras que dificultam a limpeza. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 24 DIMENSIONAMENTO DOS AMBIENTES Até 50 leitos: o espaço deve ter 1,2 m² por leito, com, no mínimo, 60 m². De 51 a 149 leitos: 1 m² por leito. Mais de 150 leitos: 0,8 m² por leito, com, no mínimo, 150 m². PRECAUÇÕES COM OS FUNCIONÁRIOS DAS LAVANDERIAS: Utilização dos equipamentos de proteção individual (E.P.I). Lavagem das mãos, depois de qualquer tarefa. Programas de vacinação, atualizado. Controle de acidentes com material perfurocortante. É obrigatório o uso dos seguintes equipamentos de proteção individual (E.P.I) Macacão de mangas compridas. Avental impermeável. Gorro. Máscara. Par de luvas de borracha. Óculos de proteção. Unidade de emergência/urgência: ambulatório Esse serviço deve funcionar sob a responsabilidade de um nutricionista, que deve estabelecer normas e diretrizes técnicas e administrativas de fácil acesso aos funcionários para: • Recepção dos gêneros alimentícios; • Preparo dos alimentos; • Técnicas de conservação de alimentos; • Planejar programas de trabalho, supervisionar sua execução e avaliar os resultados; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 25 • Planejar, acompanhar e supervisionar as atividades de dedetização e desratização do setor; • Planejar a compra dos mantimentos; • Organizar o cardápio diário. Atividade proposta Nesta aula, estudamos aspectos relacionados às estruturas de serviços em unidades hospitalares e, consequentemente, vimos que os conceitos de emergência e urgência devem ser diferenciados. Sendo assim, descreva a diferença entre ambos e, em seguida, amplie a pesquisa, identificando exemplos de composições dessas estruturas na unidade em que atua ou em outras unidades pesquisadas. Chave de resposta: Emergência: unidade destinada à assistência de pacientes com risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato, utilizando-se técnicas complexas de assistência. Urgência: unidade destinada à assistência de pacientes sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato, utilizando-se técnicas simples de assistência. Material complementar Para saber mais sobre as unidades de administração hospitalar, acesse os textos disponíveis em nossa biblioteca virtual. Acesse também os vídeos sobre este tema, disponíveis em nossa galera de vídeo. Referências BOERGER, M. A. Gestão em hotelaria hospitalar. São Paulo: Atlas, 2005. CHERUBIN, Niversindo Antônio. Administração Hospitalar: Missão, Qualidade, Atribuições, Obrigações. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2003. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 26 JENKINS, C. D. Construindo uma saúde melhor: um guia para a mudança de comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. LONDONO, Malagan; MOREIRA, Calan. Administração Hospitalar. 2. ed. Rio de Janeiro: Koogaus S/A, 2001. MEZOMO, João C. Gestão da Qualidade na Saúde: Princípios Básicos. São Paulo: Manole, 2001. MALADON-LONDONO, Gustavo; MORERA, Ricardo G.; LAVERDE, Gabriel P. Administração Hospitalar. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. SENAC. Fundamentos da Saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: SENAC, 2007. TARABOULSI, F. A. Administração Hotelaria Hospitalar. São Paulo: Atlas, 2004. ______. Gestão em Hotelaria Hospitalar. São Paulo: Atlas, 2005. VECINA, Gonzalo; Malik, Ana. Gestão em Saúde. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Exercícios de fixação Questão 1 A palavra hospital vem do latim hospitalis, adjetivo derivado de hospes (hospede, viajante), podendo significar, também, aquele que dá abrigo a viajantes, que hospeda. Diversos estudos apontam origens distintas das estruturas hospitalares como as entendemos hoje, e mesmo aquelas referencias mais próximas, ainda assim, possuem diferenças muitosignificativas na composição estrutural. No período mais recente, podemos colocar essa referência estrutural em registros: a) Ingleses b) Chineses c) Italianos d) Árabes e) Sul-americanos ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 27 Questão 2 Hospital é o ambiente onde se recuperam e se lidam com valores humanos, onde todos os participantes ativos na recuperação da saúde devem estar cientes que tratam de e com seres humanos; portanto, hospital é uma organização e deve ser tratada como tal, mas a matéria-prima é o ser humano. Nas alternativas a seguir, indique aquela que representa um dos papéis que os E.A.S. (Estabelecimentos Assistenciais de Saúde) devem desempenhar na sociedade. a) Possibilitar a geração de saneamento básico à população. b) Concentrar grande número de recursos de diagnóstico e tratamento para que o cliente seja reintegrado à sociedade no menor espaço de tempo possível. c) Estabelecer políticas adequadas a indivíduos com empregos de carga horária mínima de 8 horas ao dia. d) Produção fabril de insumos para a área de saúde. e) Geração de diretrizes sanitaristas a serem aplicadas em áreas relacionadas à saúde. Questão 3 Quando os pacientes começaram a cobrar da organização hospitalar não apenas seu tratamento, mas, também, o conforto e, principalmente, o bem- estar próprio e de seus familiares, surgiu um novo conceito relacionado à gestão de um hospital. Nesse caso, estamos falando do conceito de: a) Hotelaria Hospitalar b) Internação c) Sanitarismo d) Atendimento especializado e) Exames de diagnóstico complementar ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 28 Questão 4 Em relação às funções dos estabelecimentos de saúde, qual é a mais procurada em um hospital por estar relacionada à maioria das internações e atendimentos de emergência realizados? a) Assistencialista b) Educativa c) Preventiva d) Restaurativa e) De promoção da saúde Questão 5 Em relação à classificação dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (E.A.S.), estudamos vários tipos de agrupamentos. Quanto à natureza da assistência, os dois agrupamentos são denominados de: a) Geral e especializado b) Governamental e particular c) Público e privado d) Restaurativo e preventivo e) Alta complexidade e de promoção da saúde Questão 6 Na unidade de internação, o local destinado ao comando e ao controle técnico e administrativo das atividades relacionadas à prestação de cuidados de enfermagem é denominado de: a) Admissão b) Central administrativa c) Coordenadoria de internação d) Expurgo e) Posto de enfermagem Questão 7 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 29 Uma das unidades mais complexas do hospital, não só por sua especificidade, mas, também, por ser um local fechado que expõe o paciente e a equipe de saúde a situações estressantes é denominada de: a) Lavanderia hospitalar b) Enfermaria c) Admissão d) Almoxarifado e) Centro cirúrgico Questão 8 A lavanderia hospitalar é uma unidade funcional de apoio logístico destinada ao atendimento dos clientes internos e/ou externos do hospital, cujas finalidades são: coleta, separação, processamento, confecção, reparo, reforma, fornecimento e distribuição da roupa hospitalar em condições de uso, higiene, quantidade, qualidade e conservação. A atividade relacionada a secar e passar as peças de roupas lisas é denominada de: a) Centrifugação b) Prensagem c) Calandragem d) Enxágue e) Secagem Questão 9 As atividades de dietética em uma organização hospitalar devem funcionar sob a responsabilidade de um: a) Enfermeiro b) Farmacêutico c) Nutricionista d) Médico e) Técnico de enfermagem ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 30 Questão 10 A área reservada, equipada e destinada a atividades relacionadas a limpeza, preparo, esterilização, guarda, controle e distribuição de todo material médico cirúrgico e de enfermagem utilizados no hospital é denominada de: a) Centro cirúrgico b) Emergência c) Almoxarifado d) Centro de material e esterilização e) Internação Aula 6 Exercícios de fixação Questão 1 - A Justificativa: A evolução hospitalar contemporânea teve início na Inglaterra, com o Hospital St. John, cuja finalidade principal era a restauração da saúde. Já o Hospital St. Bartholomew surgiu da necessidade de especialização do sistema hospitalar para combate às doenças contagiosas. Questão 2 - B Justificativa: Quando mantemos o paciente internado, aguardando exames ou por qualquer outro motivo, geramos perda financeira, visto que a internação ocasiona despesas, como, por exemplo, referentes a serviços de hotelaria; além disso, há o prejuízo social, pois essa pessoa não está produzindo. Questão 3 - A Justificativa: O conceito de hotelaria hospitalar pode ser entendido como a união de serviços específicos e de apoio que oferecem conforto, segurança e bem-estar a clientes e familiares durante o período de internação. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 31 Questão 4 - D Justificativa: A função restaurativa é a mais procurada, pois se refere ao restabelecimento da saúde do indivíduo em associação à medicina curativa. Ela pode ser relacionada a: diagnósticos ambulatoriais ou internação em hospitais; tratamento de doenças; procedimentos médico/cirúrgico curativos ou paliativos; reabilitações física, mental ou social; ou atendimentos de emergência. Questão 5 - A Justificativa: A classificação dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (E.A.S.) quanto à natureza da assistência pode ser: geral, quando dispõe de vários serviços, como oftalmologia, pneumologia, cardiologia, ortopedia, ginecologia, entre outros; ou especializado, quando só trabalha com uma especialidade, como, por exemplo, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) ou o INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia). Questão 6 - E Justificativa: O posto de enfermagem é o local da unidade de internação destinado ao comando e ao controle técnico e administrativo das atividades relacionadas à prestação de cuidados de enfermagem. Deve existir um para cada trinta leitos, medindo, no mínimo, 6 m², além de possuir material de parada cardiorrespiratória em condições de uso, cuja revisão diária deve ficar sob a responsabilidade da enfermagem. Questão 7 - E Justificativa: O centro cirúrgico é uma unidade fechada, gerenciada por meio de normas e rotinas e composta equipes multiprofissionais. Essas características são necessárias devido ao elevado nível de estresse dos pacientes, situações pouco percebidas pelos profissionais, que estão envolvidos em diversas atividades. Unidade de acesso restrito, o centro cirúrgico é composto por um conjunto de elementos destinados ao desenvolvimento de todas as atividades relacionadas ao ato cirúrgico, em condições ideais de segurança e conforto para o paciente e equipe de trabalho. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 32 Questão 8 - C Justificativa: A calandragem seca e passa, simultaneamente, peças de roupas lisas, como: lençóis, colchas lisas, uniformes, camisolas, roupas de linhas retas, sem botões ou elástico; nessa fase também é realizada a classificação da roupa. Questão 9 - C Justificativa: O serviço de nutrição e dietética deve funcionar sob a responsabilidade de um nutricionista, visto que são executadas diversas atividades, como, por exemplo: recepção dos gêneros alimentícios, preparo dos alimentos e organização do cardápio diário.Questão 10 - D Justificativa: Essa área é denominada de centro de material e esterilização. Nesse serviço, devemos planejar a produção de acordo com a demanda das unidades atendidas, efetuando controle biológico e registro da data do processo por meio de identificação de equipamento utilizado e funcionário designado à limpeza e desinfecção dos materiais.
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